CAPÍTULO 16:ELA VOLTOU!
No capítulo anterior…
Estela discute com Eduardo e diz que acabou ali o relacionamento de anos deles. Estela chora desesperada.
Fique agora com o capítulo de hoje…
CENA 1/RUA BEIRA-MAR/TARDE/EXT.
(Júlia desperta dentro de uma ambulância, a rua está superlotada, correria pra lá e pra cá, ela lembra do ocorrido e de Biel. Um moça super bonita chega perto dela.)
MOÇA (PREOCUPADA) - Você está bem?
JÚLIA (respira fundo) - Estou sim! Por que, quem é você?
MOÇA (SORRIR) - Me chamo Bruna Pimentel e o seu nome?
JÚLIA (SIMPÁTICA) - Prazer! Júlia Almeida! Você parece bem sucedida. O que está fazendo aqui, no meio deste caos?
BRUNA (PREOCUPADA) - Mulher, um ônibus arrastou meu carro rua abaixo e ainda deu prejuízo pra várias pessoas. Aí estou aqui para ver no que vai dar, não vou ficar no prejuízo. Essa cidade está desta maneira, deveria ter ficado na Europa, mesmo.
JÚLIA (RADIANTE) - Sério, você morou mesmo na Europa, Fantástico!
BRUNA (CONTENTE) - Sim, em Roma, Me formei, mais cansei de lá e voltei para o Brasil e agora essa, cheguei agora pouco para admirar as praias da minha cidade, que passei toda minha vida, saudades deste lugar. Nesses oito anos que estive fora não mudou nada, tudo está do mesmo jeito.
JÚLIA (PERCEBE QUE AO CAIR PREJUDICOU TODA A CESTA DE FLORES QUE VENDIA) - Ah não, não acredito! Olha como ficou as flores da Dona Joaninha, ela fez com tanto carinho.
BRUNA (OBSERVA AS FLORES DESTRUÍDAS) - É uma pena,mesmo! Vamos conversar com aquele policial para saber como ficará essa situação.
(Bruna puxa Júlia. As duas chegam em um policial.)
BRUNA (NERVOSA) - Moço posso saber como vai ficar o prejuízo do meu carro, ainda estou pagando.
POLICIAL (ESCREVE EM UM PAPEL) - Acalme-se moça, aguarde só um instante, que estou colhendo informações sobre os dois bandidos que fizeram essa tragédia (vira-se para o motorista que está muito nervoso) Quer dizer Senhor Raimundo, que um homem tentou parar o ônibus e você percebendo que era um assalto, desviou e aconteceu essa tragédia.
RAIMUNDO (NERVOSO) - Sim, moço eu não tive culpa, pelo amor de Deus ele apareceu do nada apontado um revólver para mim, e só tive a opção de correr.
POLICIAL (SÉRIO) - Quer dizer que você, quase matou um monte de pessoas, quase 50 pessoas por causa de um meliante. E você viu o rosto de algum. Eram em quantos?
RAIMUNDO (AINDA MAIS NERVOSO/CHORA) - Eu não sei,moço! Ele estava mascarado, não deu para ver o rosto dele. (Ele percebe Júlia) Ei você foi a menina que quase ia atropelando, neh! Eu vi que algum deles te salvou.
JÚLIA (NERVOSA) - Sim é verdade!
POLICIAL (QUESTIONA JÚLIA) - Por acaso você viu o rosto do meliante?
JÚLIA (MENTE) - Não vi não, ele estava mascarado, ele o amigo dele saiu correndo.
(O policial olha desconfiado para ela.)
POLICIAL - Algo mais a declarar, seu Raimundo!
(O homem balança a cabeça. Bruna chama a atenção do policial)
BRUNA (AFLITA) - E o meu carro?
POLICIAL (AFIRMA) - Moça, pode ficar tranquila, que a empresa de ônibus já mandou uma nota dizendo, que lamenta o ocorrido é que vai arcar com todas as despesas dos carros que foram destruídos.
(Bruna fica feliz.Júlia lembra a todo instante do rosto de Biel.)
CENA 2/CASA DOS ANTUNES/SALA DE ESTAR/TARDE/INT.
(Yuri assiste ao um programa e aparece o plantão de notícias.)
REPÓRTER - Acaba de ocorrer uma tragédia, aqui no bairro Centro, um ônibus lotado de passageiros perde o controle e sai arrastando vários carros, aqui pela rua Beira mar. A rua tá um caos.
YURI (NERVOSO) - Mais esse é o local que Júlia foi vender as flores. Minha vó vai ficar arrasada ao saber.
(Yuri grita por Isaura. Isaura,Laura e Bartô chegam correndo.)
LAURA (NERVOSA) - Que foi filho, por que essa gritaria!
YURI (APONTA PARA TV) - olhem para TV.
(Os três foca o olhar no anúncio que aparece na imagem da TV.)
LAURA (NERVOSA) - Meu Deus! Que tragédia!
ISAURA (NERVOSA) - Gente, não foi para o centro, que Júlia disse que ia?
BARTÔ (AFLITO) - Sim! E lá na Rua Beira mar era o ponto que a Dona Joana, vendia sempre as flores dela.
ISAURA (DESESPERADA) - Ai, meu Deus! Bartô, pega lá o fusquinha que vamos direto para lá.
LAURA (AFLITA) - Também vou! Só pegar minha bolsa.
(Depois de Laura se calar, Júlia entra pela porta. Isaura corre para abraça-lá. Júlia sente dor no braço e empurra de leve a mulher. Isaura percebe o ferimento, que já está enfaixado.)
ISAURA (NERVOSA) - O que foi isso minha filha!
JÚLIA (CHORANDO/NERVOSA) - Mãe! Foi Deus mesmo! Quase fui atropelada por um ônibus desgovernado. Aí um anjo me salvou.
YURI (SEM ENTENDER) - Um anjo mesmo!
LAURA (NERVOSA) - Não, Yuri! Uma pessoa salvou ela. E quem foi essa pessoa, você conhece?
JÚLIA (LEMBRANDO) - Foi um cara, que nunca vi na vida! Ele tava mascarado, mas eu consegui ver o rosto dele.
(Todos ficam mais aliviado.)
(Júlia sorri Apaixonada.)
A imagem de Júlia é Fixada em um coração que palpita e depois se parte.
FIM
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