Reino de Viturius
Ribarius está caído no piso do salão principal do palácio, ele olha diretamente para Aron.
– Você acha que conseguirá me vencer com um simples feitiço? -Ribarius Sorri-.
O feitiço em Ribarius é desfeito, ele se levanta rapidamente, movimenta a cabeça para o lado direito, Aron é lançado contra a parede, ele fica preso. Alim pega sua espada.
– Você não pode me ferir com uma simples espada, Alim. Vou te mandar para o Reino perdido de uma vez por todas. Você já me irritou demais jovem Príncipe! Você deveria ter ficado dormindo por toda a eternidade naquela Ilha, mas algum intrometido -Ribarius olha para Aron- fez o desfavor de despertar você.
– Eu vou acabar com você, Ribarius!
Alim desfere um golpe em Ribarius, que se transforma em uma fumaça negra e avança contra ele. Ribarius retorna a sua forma humana e tenta com toda sua força enforcar Alim.
– Príncipe! Príncipe! Com você nem precisarei usar magia. Será fácil demais derrotá-lo.
A espada de Alim começa a emitir um brilho intenso, esse brilho ofusca a visão de Ribarius, que se desconcertra, então o feitiço que prende Aron, cessa. Aron cai no chão, Alim corre para próximo do mago.
– Você está bem? – Pergunta Alim colocando a mão no rosto de Aron-.
– Estou, mas não podemos desistir agora!
– Quem falou em desistir, Aron? -Alim estende a mão para Aron- Venha!
Alim puxa Aron, que se levanta rapidamente.
– Não podemos adiar mais! -Aron olha nos olhos de Alim-.
– Eu nunca adiei nada, sempre pensei que a gente tinha essa conexão.
Aron sorri.
– Não estou falando disso, Alim.
– Do feitiço?
– Isso! Você está com medo?
Alim encara Aron com um sorriso discreto.
– Se eu tivesse tanto medo como você me vê , eu não teria coragem de ter enfrentado meu pai por você, jovem Mago!
– Hora inapropriada para uma discussão! Está comigo ou não está comigo?
– Que pergunta idiota, claro que estou contigo, sempre!
Aron e Alim olham para a Espada, que diminui seu brilho e retorna para as mãos de Aron.
– É o momento!
Alim e Aron seguram a espada, eles se concentram.
– Olucric Ratnemele ! -Pronuncia Aron-.
Um círculo dos elementos essenciais surge abaixo dos dois que ficam posicionados no centro.
– Ele está vindo, Aron!
– Vai dar certo, Alim!
Ribarius tenta impedir, mas já é tarde demais.
– Etrom !
Aron e Alim olham diretamente para Ribarius no momento em que o feitiço é lançado. Ribarius começa a flutuar no ar, tenta escapar, mas um campo de energia o envolve, ele é carregado para o círculo dos elementos essenciais.
– Aqueles que você matou não vão voltar, mas você também irá para o mesmo lugar que eles, sem magia, sem nada que te faça voltar a cometer maldades -diz Aron, que apresenta o olho totalmente azul-.
– Vocês vão se arrepender amargamente do que estão fazendo!
O Centro de Magia de Ribarius se desprende, e se funde ao único Centro que Aron e Alim compartilham. Ribarius desaparece por completo. Aron cai de joelhos no chão, a espada de Alim cai a sua frente, Alim cai próximo a Aron, ele sorri.
– Eu tenho magia agora?
– Todos temos, Alim. Alguns tem tão pouco, que não são perceptíveis, outros tem muita magia.
– O seu caso! Agora acabou?
– Eu não sei se acabou, Alim.
– Como assim, Aron?
– Eu acho que estou muito fraco pra reverter o Etrom que Ribarius lançou no sol do Reino.
Alim segura a mão de Aron.
– Eu tenho certeza que você consegue! Você é o mago mais poderoso desse Reino, estou com você para o que der e vier, pode me usar da melhor maneira que você quiser.
Aron sorri, seus dentes brancos bem alinhados ficam a mostra por poucos segundos.
– Só você pra me fazer sorrir!
Aron fica de pé, Alim também se levanta. Os dois caminham para fora do salão. Os guardas apontam para os dois.
– Eles estão de volta! Eles estão de volta! -Grita um guarda com grande felicidade-.
Alim e Aron sobem a escadaria até chegarem a Torre mais alta. Os dois olham para baixo e veem grandes quantidades de criaturas negras de olhos vermelhos subirem pela parede do Castelo, é o exército de Camedra.
– Não quero assustar você, Aron, mas temos que andar rápido.
– Se algo der errado, não saia do meu lado, Alim.
– Eu não sairei, Aron.
Aron se concentra ao máximo, fecha os olhos e quando torna a abrir, estão totalmente azuis. Alim está bem próximo de Aron, que puxa a mão dele e a segura.
– Você é parte de mim!
Aron começa a emitir uma forte luz, algo que incomoda as criaturas do exército de Camedra, que começam a pegar fogo e evaporarem de forma instantânea.
– Sol que tudo iluminou, de sua casa foi retirado, luz que protege dos perigos, retorne ao seu lugar, Zul Anrete Adiv Anrete Enroter arap asac !
Fortes ondas de energia e Luz começam a serem emitidas com grande velocidade de Aron, que aperta a mão de Alim. A noite e sua escuridão começam a ceder, raios de sol já podem ser vistos. No palácio todos comemoram ao verem o sol reaparecer. Uma última onda de luz e energia saem das mãos dos dois, que caem um ao lado do outro, Aron e Alim fecham os olhos.
Alim abre os olhos, ele olha para o lado, percebe está deitado em uma cama, a cama dele.
– GUARDAS!!! -Grita Alim-.
Dois guardam abrem a porta do quarto e entram.
– O que o rei deseja? – questiona um guarda-.
– Cadê ele?
Os dois guardas ficam em silêncio. Alim dá um pulo da cama e avança contra os guardas.
– Eu fiz uma pergunta! Onde está o Aron? Eu quero uma resposta.
Um guarda abaixa a cabeça e chora.
– Ele será queimado na fogueira, meu Rei!
Alim arregala os olhos.
– NÃO, NÃO! -grita Alim- quem ordenou isso?
– O Conselheiro Real, Meu Rei.
– Aquele verme era conselheiro do meu pai, droga! Eu esqueci que a magia não tinha sido aceita em documento real, droga! -Alim olha para um dos guardas- me levem até ele, agora, não posso perdê-lo.
Alim segue os guardas pelas escadarias até chegarem a entrada para a masmorra.
– Por favor, deem um jeito naquele conselheiro, pois agora mais do que nunca tenho certeza que foi ele quem facilitou as coisas pro Ribarius aqui no Castelo.
– Sim, meu Rei!
Um dos guardas retorna e outro segue com Alim, que toca uma tocha apagada pendurada na parede, e essa se acende rapidamente.
– Como você fez isso, Rei Alim?
– Longa história que eu prometo contar à todos depois que tirar o Aron desse lugar.
Algumas tochas estão acesas próximo a entrada das celas, Alim avista Aron, que está caído no chão dentro de uma das celas. Alim corre em direção a Aron. O guarda abre a cela mais rápido que pode, Alim entra e fica de joelhos próximo a Aron. Alim toca a face de Aron, que desperta.
– Alim -Aron tenta sorrir-.
– Ei, Pequeno! Nada irá te acontecer. Vou te tirar daqui.
Alim se assusta ao ver o corpo do guarda cair no chão, ele olha pra cima e vê Luniadi do outro lado da cela.
– Só vai tirar se eu deixar, agora Rei Alim.
– Como você veio parar aqui?
– Simples! Meu pupilo traidor, Ribarius se juntou a mim, a rainha de toda a magia negra -Luniadi olha para Alim e sorri- mas preciso de algo que só vocês dois possuem, preciso do amor de vocês, dessa força poderosa que me manterá viva para sempre.
– Você nunca terá isso!
Alim olha com extrema raiva para Luniadi.
CONTINUA…
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