VIDAS
DOCES E AMARGAS
NOVELA
DE JARDSON PIRES
ESCRITA
POR JARDSON PIRES
PERSONAGENS:
NANDA............................
NANDA COSTA.
MURILO...........................
KLEBBER TOLEDO
RAISSA...........................
KLARA CASTANHO
SUSANA...........................
FERNANDA MACHADO
JARDEL...........................
JOHNNY MASSARO
RÓBERT...........................
FELIPE TITTO
GIL..............................
THALLES CABRAL
LÚCIA............................
LUCINHA LINS
RAQUEL...........................
DÉBORA NASCIMENTO
CLÁUDIA..........................
SAMARA FELIPPO
NANÁ.............................
CLÁUDIA MELO
REGINA...........................
BETTY FARIA
TALLIS...........................
CARMO DALLA VECCHIA
JORGE............................
LUIS GUILHERME
Capítulo 01
Fortaleza,
ano de 2010.
CENA 1.
CASA DA NANDA. INTERIOR. DIA.
O
despertador alarmou às cinco e meia da manhã. Nanda acordou, foi ao banheiro,
lavou o rosto e depois foi à cozinha preparar o café da manhã. Colocou a chaleira
no fogão, foi ao quarto de Raissa e observou a irmã dormir:
Nanda —
Dorme feito um anjo!
Às seis
horas Nanda chamou a irmã, que não acordou. Dez minutos depois, Raissa olhou
para o relógio e se assustou com o horário. Estava ficando tarde e ela chegaria
atrasada na escola. Ela então correu para o banho.
Enquanto
isso, Nanda arrumou numa sacola as mercadorias que vendia, para mais um dia de
trabalho. Após o café da manhã, às seis e quarenta e cinco, as irmãs saíram de
casa, pegaram o ônibus e cada uma seguiu seu destino. Nanda não reclamava da
sua rotina, sempre gostou de trabalhar e cuidava da irmã desde a separação dos
pais. Antes de entrar na loja de sua amiga, ela recebeu uma mensagem do
namorado: “O DIA ESTÁ ALEGRE, E EU TBM, POR DESEJAR MAIS UM PERFEITO DIA AO MEU
AMOR. BJÃO. TE AMO!”.
Ao ler a
mensagem, Nanda sorriu.
CENA 2.
LOJA DA SUSANA. INTERIOR. DIA.
NANDA —
Bom dia Susana!
SUSANA —
Bom dia Nanda, aliás, pelo sorriso, vejo que pra você o dia está excelente!
NANDA —
Graças ao Murilo, que faz com que meus dias sejam felizes!
As duas
amigas conversaram até as oito horas. Após muito conversarem, Nanda arrumou as
coisas que havia comprado de Susana para revender e foi para o centro de
Fortaleza. Ela sempre foi jeitosa com seus negócios, era camelô e todos os dias
saía para vender roupas.
CENA 3.
CENTRO DE FORTALEZA/ PRAÇA. DIA.
NANDA —
Dona Maura, há quanto tempo. Tenho aqui um vestido que achei a sua cara, vou
lhe mostrar!
CLIENTE —
Hoje eu não vou levar nada querida, fica para a próxima! — Disse a cliente.
NANDA —
Mas não custa dar uma olhadinha sem compromisso!
Murilo
saiu de mais um plantão.
CENA 4.
APT. DE MURILO. INTERIOR. DIA.
Ao chegar
em casa, Murilo tomou banho e deitou-se. Estava com muito sono. Não demorou
muito e o telefone fixo tocou e ele atendeu, era Regina, sua mãe. Ela morava em
Recife e nunca deixou de ser mãe-coruja:
REGINA —
Filho, chegou do trabalho agora?
MURILO —
Agora a pouco mãe, estou com muito sono!
REGINA —
Comeu algo? Não deixe de se alimentar meu filhote. Reponha as energias que
perdeu no plantão.
MURILO —
Está certo, Mainha! — Disse ele, bocejando.
REGINA —
A faxineira está indo limpar sua casa? Estou pagando mais do que o necessário
para que ela tenha cuidados absolutos.
O rapaz
acabou adormecendo com o telefone no ouvido. A mulher percebeu o silêncio e
disse:
REGINA —
Filho? Deve ter adormecido. Mamãe te ama.
Murilo
era enfermeiro em um hospital da capital Cearense. Ele e Nanda namoravam há
dois anos, porém, a mãe do rapaz nunca aprovou o namoro, pelo fato da moça não
ser da mesma classe social que o filho.
CENA 5.
ITAPIPOCA. CADA DO JARDEL. INT. DIA.
Em
Itapipoca, Jardel acordou às nove horas da manhã. Ele estudava numa escola
profissionalizante de tempo integral, mas neste dia ia ter aula só a tarde. Ao
acordar, a primeira coisa que fez foi ligar o computador e se conectar no Orkut
e no MSN. Sua mãe o chamou para ir tomar café da manhã, mas ele sequer ouviu,
estava concentrado apenas na internet. Ele estava magoado com Juliano, seu
primeiro caso amoroso. Jardel tinha dezessete anos, era ingênuo, tinha
esperanças de namorar, mas o outro não quis relacionamento sério.
Em
Paraipaba, Róbert estava namorando Gil há aproximadamente um mês. Não estava
apaixonado, mas Gil era novinho, tinha dezessete anos e isso atraía muito o
rapaz, que era um pouco mais velho. O adolescente morava em Itapipoca e isso
fazia com que ambos se vissem pouco. Róbert morava apenas com a mãe, Lúcia,
numa casa simples. Ele tinha vinte e dois anos e não trabalhava, apenas
participava de apresentações cênicas, pois era bailarino. A mãe trabalhava numa
escola municipal, na área de serviços gerais.
CENA 6.
CASA DA NANDA. INT. DIA.
Onze e
meia da manhã, Nanda chegou a sua casa, e encontrou a irmã ardendo em febre.
Ela tentou ligar para o namorado, mas a ligação foi encaminhada para a caixa
postal e o fixo só chamava. Ela então ligou para Susana, que rapidamente foi à
casa da amiga de carro e levou as duas para a clínica mais próxima.
CENA 7.
HOSPITAL/ CONSULTÓRIO. INT. DIA.
MÉDICO —
Esta mocinha está apenas com uma virose passageira. Vou receitar-lhe um remédio
para aliviar a febre. Deverá tomar bastante líquido e repousar. — Disse o
médico.
Susana
pagou a consulta e levou Nanda e Raissa de volta para casa.
CENA 8.
EM FRENTE A CASA DE NANDA. INTERIOR DO CARRO DE SUSANA. DIA.
NANDA —
Amiga, lhe pagarei todo o gasto que teve com minha irmã, assim que eu puder. —
Disse a sacoleira.
SUSANA —
Não precisa Nanda, fiz isso por amizade e porque gosto muito dessa garota.
NANDA —
Então pelo menos aceite vir jantar comigo e Murilo hoje à noite!
SUSANA —
Está bem, eu venho!
Nanda deu
o remédio à irmã e foi preparar o jantar.
CENA 9.
CASA DO MURILO/ QUARTO. 14H.
Murilo
acordou, e quando ligou o celular, viu mensagens referentes às ligações de sua
namorada e lembrou do jantar à noite. Ele retornou a ligação e soube do
ocorrido com Raissa:
MURILO —
Meu amor vi que você ligou, mas meu celular havia descarregado e eu adormeci de
tão cansado do plantão.
NANDA —
Liguei sim, mas cogitei que estivesse dormindo mesmo. Quando cheguei em casa a
Raissa estava com muita febre, mas a Susana nos levou de carro a uma clínica e
agora está tudo bem com ela.
MURILO —
Que bom, se quiser levamos a Raissa para o hospital em que trabalho para que
ela faça exames!
NANDA —
Não precisa, era só uma virose!
CENA 10.
CASA DO JARDEL/ QUARTO. NOITE.
Jardel
teclava com amigos, quando surgiu uma solicitação de amizade no Orkut. Ele
então foi ver de quem era, e era de Róbert. O garoto aceitou imediatamente.
CENA 11.
CASA DA NANDA. NOITE.
Nanda
arrumou a mesa do jantar, quando sua amiga chegou com um presente:
SUSANA —
Trouxe um mimo para Raissa. Ela está melhor? — Perguntou Susana.
NANDA —
Sim, não sentiu mais febre e está no quarto assistindo televisão.
SUSANA —
Vou vê-la, aproveito e a entrego o presente.
Por
mensagens no Orkut, Róbert e Jardel adicionaram-se ao MSN, e ambos começaram a
teclar pela rede social.
Não
demorou muito e Murilo chegou à casa da namorada, com flores na mão.
CENA 12.
CASA DA NANDA/ SALA. INT. NOITE.
MURILO —
É aqui que mora a mulher da minha vida? — Perguntou o enfermeiro, sorrindo.
NANDA —
Bobo, que bom que chegou. Estava ansiosa para vê-lo.
Os
dois então se beijaram. Neste momento, Susana foi à sala e observou o casal aos
beijos.
A SEGUIR CENAS DO PRÓXIMO
CAPÍTULO...
SUSANA — Raquel é a amiga
dela?
RAISSA —Eram amigas, não
são mais. Quando Raquel foi embora dessa casa, Nanda me trouxe para morar com
ela, e minha mãe foi morar na zona rural, com alguns parentes. Algum tempo
depois, minha mãe arrumou outro marido e até hoje estão juntos.
SUSANA — E por que Raquel
e Nanda se intrigaram?
0 Comentários