JARDIM DO ÉDEN
Capítulo 16
“Armadilha”
Uma WebNovela de: Nathan Freitas
Cena 1. Casa De Daniel. Sala. Int/Dia.
Continuação da cena
do capitulo anterior.
Ruth ainda de
joelhos. Sônia não gosta.
Sônia: Me pedir
perdão? que historia é essa garota?
Ruth:(levantando) A
palavra é bem essa mesmo. perdão! o que eu fiz é realmente algo imperdoável.
mas sei que a senhora tem um coração muito grande e generoso...
Sonia: Dá pra você
ser mais direta?
Ruth: Eu menti pra
senhora, quando disse que estava tendo um caso com o Dr. Daniel.
Sonia: O quê?
Ruth: Eu inventei
toda aquela história por que eu queria extorquir dinheiro dele, com chantagens.
a verdade é que nós nunca tivemos nada.
Sonia: Voce tem noção
do que fez garota?
Ruth: Eu sei disso.
por isso vim aqui lhe pedir perdão.
Sonia: Pedir perdão?
acha que é facil? faz o estrago... destrói nossas vidas... depois com a cara
mais deslavada do mundo, e pede perdão? pensa que as coisas resolvem desta
maneira?
Ruth: Eu tô ciente
que cometi um gravíssimo erro. mas reconhecer que errei é uma boa maneira de
demonstrar meu arrependimento.
Sonia: Se eu dizer...
que não acredito nenhum pouco no teu arrependimento? se eu te disser que sei
que tudo que me diz, é mentira? quem me garante que você não esteja fazendo o
mesmo que fez com Daniel?
Ruth: Eu juro que
não. sei que é difícil da senhora puder acreditar em mim nesse momento. mas
minha consciência falou mais alto. só peço que o aceite como seu marido
novamente. ele é um homem bom... um exemplo de cidadão.
Joana: (ironica) E
que exemplo!
Sonia: Ele sabe que
voce veio aqui?
Ruth: Nem sonha.
Sonia: Voce arruinou
minha vida. me fazendo acreditar numa historia mentirosa. destruiu um casamento
de 25 anos.
Ruth: Ainda dar tempo
de consertar, dona Sonia.
Sonia: Eu não
acredito em voce.
Ruth: Eu já pedi
carta de demissão. hoje mesmo saio da empresa.
Sonia; É o de menos
que voce pode fazer. e a gravidez... é uma farsa também?
Ruth: Não. estou
grávida mesmo. mas não se preocupe. não é do seu marido.
Sonia: Afinal, o que
você com tudo isso? é dinheiro? quanto voce quer pra desaparecer de vez?
Ruth: O meu problema
não é dinheiro. se fosse, há muito tempo já teria resolvido.
Sonia: Eu não
acredito em nenhuma palavra que diz. foi ele quem mandou voce aqui. qaunto ele
te pagou, pra voce vir aqui fazer o papel de madalena arrependida? eu conheço
muito bem esse tipinho... ele paga a amante pra falar pra mulher que tudo não
passou de ummal entendido. ele volta pra casa, depois os amantes voltam a se
encontrar... e ainda por cima rindo da minha cara. não é esse o plano?
(Ruth não ver
alternativa, ja de saco cheio de fingir...)
Ruth: Tudo bem. eu
confesso: o dr. Daniel me pediu que eu viesse aqui e contasse tudo isso pra
senhora. a verdade, é que eu não tô nenhum pingo arrependida. fiz tudo aquilo
que falei e pronto é isso que quer ouvir?
(Sonia não se
contenta em mete uma bofetada em Ruth.)
Sonia; Vagabunda!
vadia. saia já da minha casa. voces se merecem.
Ruth: Eu nunca fui
tão humilhada.
Joana:(pegando Ruth
pelo braço) Vamos garota. não ouviu?
(Ruth sai. Sonia
chorando muito.)
Joana: Não fica
assim, dona Sônia. esse canalha vai ter o que merece.
Corta para...
Cena 2. Escritorio De Daniel Na Empresa. Int/Dia.
Daniel ansioso
andando de um lado pro outro. entra Ruth.
Daniel: Então, como
foi lá?
(Ruth dá uma tapa em
Daniel)
Daniel: O que é isso?
Ruth: Foi a resposta
de sua mulher.
Daniel: O que você
falou pra ela?
Ruth: O que
combinamos. mas ela não acrditou em nada do que falei.
Daniel: Sonia é muito
esperta. se ela desconfiou, foi porque voce deu bandeira.
Ruth: Que dei
bandeira o quê? falei tudo que me pediu.
Daniel: Mas ela deu
alguma esperança? falou algo de bom?
Ruth: Nada.
Daniel: Inútil! nem
pra isso voce serve.
Ruth: Voce deveria
era me agradecer.
Daniel: Agradecer o
quê? incompetente!
Ruth: Porque não fala
de vez sobre nós?
Daniel: Voce não vale
nada mesmo, hein?
(Ruth abre a bolsa e
retire os exames de gravidez e passa pra Daniel.)
Daniel: O que é isso?
Ruth: Abra.
(Daniel abre o
exame... ler.)
Daniel: Um exame de
gravidez.
Ruth: Pois é,
querido! eu tô grávida.
Daniel: (pego de
surpresa) O quê? que palhaçada é essa?
Ruth: Palhaçada ou
não. o filho que carrego, será herdeiro de tudo isso aqui.
Daniel: O que você tá
pensando? que vai brincar comigo?
Ruth: Não se
preocupe, meu bem. eu não vou mais precisar das tuas esmolas. (acariciando o
ventre.) Mas ele vai.
(Daniel se
descontrola, pega Ruth pelo braço e expulsa da sua sala.)
Daniel: Vai embora
daqui, sua vagabunda!
(Ruth sai.)
Daniel: Grávida! só
me faltava essa.
Corta para...
Cena 3. Casa De Daniel. Sala. Int/Dia.
Em cena Sonia e
Analu. já conversando.
Analu: Pois eu não
concordo, mãe. ele é quem devia sair. e não a senhora. foi ele quem trouxe essa
confusão pra dentro de casa.
Sonia: Eu sei minha
filha! mas as coisas chegaram de a um tal ponto que não sei como reagir. eu não
vou suportar ter que dar de cara com ele todo dia.
Analu: Pois então,
ele que deve sair. bom, eu preciso sair.
Sonia: Pra onde voce
vai?
Analu: Vou ao
shopping.
Sonia: Ao shopping?
Analu: Porque a
senhora não vem comigo? assim a senhora se distrái um pouco. esquece os
problemas. vamos?
Sonia: Não filha. não
tô com cabeça pra isso. vá. se divirta!
Analu: Tem certeza?
Sonia: Sim.
Analu: Então tá. (se
despede de Sonia e sai.)
Corta para...
Cena 4. Escritorio De Fausto No Hotel. Int/Dia.
Fausto por ali. entra
Ricardo.
Ricardo: Com licença
Fausto.
Fausto: Entre. fique
a vontade.
Ricardo: Fausto... eu
queria te pedir um favor.
Fausto: Se estiver ao
meu alcançe. diga?
Ricardo: Qual é
quarto da Joana, onde ela fica aos finais de semana?
Fausto: É o 22.
porque?
Ricardo: Será que
voce me permitiria que eu fosse até lá?
Fausto: Pra quê?
Ricardo; Eu tava
pensando em fazer uma surpresa pra ela.
Fausto: Eu não
costumo fazer isso aqui. mas como é voce... tudo bem.
(Fausto pega a chave
do quarto de Joana e passa pra Ricardo)
Ricardo: Valeu
Fausto. obrigado.
(Ricardo sai. Fausto
já um pouco arrependido.)
Fausto: Só espero que
a Joana não me mate desta vez.
Corta para...
Cena 5. Hotel/Quarto De Joana. Int/Dia.
Ricardo entra. fecha
a porta atrás de si.
Ricardo: Eu preciso
fazer tudo antes dela chegar.
(Ricardo vasculha uma
gavetas. derrepente encontra uns documnetos. pega, olha, ler cautelosamente.)
Ricardo: O que é
isso? comprovante de adoção? (lendo) "Foi feito neste orfanato a adoção da
criança Vitória Sabattini pela familia Almeida de Alencar." (pego de
surpresa) Almeida de Alencar? mas essa é minha familia. o que isso faz nas coisas
da Joana?
(Ricardo senta na
cama, desconfiado. nessa hora entra Joana.)
Joana: Ricardo?! o
que faz aqui, meu amor?
Ricardo: (com os olhos marejados mostra
os documentos) - Me diz que isso não é verdade. (Joana reconhece, surpresa.)
Joana: (sai para o lado.) Eu não sei o
que voce tá falando.
Ricardo: Responda! eu lhe fiz uma
pergunta.
Joana: Eu ia te contar, Ricardo. eu só
tava esperando a hora certa.
Ricardo: Depois que estivessemos
casados. aí, voce daria o golpe final, não era essa sua intenção?
Joana: Claro que não. eu jamais faria
isso Ricardo.
Ricardo: Pois me responda! isso é o que
eu tô pensando?
Joana: (não ver saída, confirma) É
verdade! a Giovanna é minha filha!
Ricardo: (grita) – naaão! não é
verdade. você está mentindo.
Joana: - eu não tenho por quê mentir. e
melhor voce ficar sabendo, antes que saiba por boca de outras pessoas.
Ricardo: (com raiva) – outras pessoas?
entao eu fui o último a saber, é isso?
Joana: - Eu posso te explicar...
Ricardo: - explicar o quê? que se aproximou
de mim, que me usou pra ficar perto do minha filha? ganhar a amizade dela... a
minha confiança e no fim ter ela e eu como prêmio?
Joana: - não! não é isso Ricardo! foi o
Antonio que me falou que a Giovanna era a criança que eu havia abandonado. por
favor, acredite em mim.
Ricardo: - Eu não acredito no que você
diz. depois de tudo que fez. seria um erro confiar na sua palavra. eu não quero
perder tempo com você. e tem mais: se você pensa que vai ter a Giovanna de
volta, está completamente enganada. perca as esperanças. eu vou embora com
minha filha, prum lugar que ninguém possa saber que nós existimos.
Joana: - Eu nunca pretendia fazer isso
com você, Ricardo. porque sei do exemplo de pai que você é.
Ricardo: Não venha posar de coitadinha.
voce me usou. depois que soube que Giovanna era sua filha, logo aceitou se
casar comigo.
Joana: Não. não foi isso. acredita em
mim.
Ricardo: Chega. não quero ouvir mais
nada de você.
Joana: - mas eu tô falando a verdade.
Ricardo: ( taxativo) - você acha que
sua confissão mudaria o rumo das coisas? que eu ia ter peninha de você? é isso
que você tava pensando?
Joana: ( sentida) - eu tô muito
arrependida, Ricardo. você não sabe o quanto eu sofri por isso. o que eu penei.
acredite no meu arrependimento. e por isso que estou lhe contando tudo. quero
esclarecer as coisas pra voce.
Ricardo: ( magoado) - seu
arrependimento não vai mudar o que eu penso sobre voce.
Joana:( fazendo ele compreender) - não
é sobre mim que você deve pensar. e sim na felicidade de sua filha.
Ricardo:( alto ) - não coloque minha
filha nessa história.
Joana: ( dolorosa ) - o que posso fazer
pra mostrar meu sentimento de culpa? perder uma filha não é fácil, mesmo
sabendo que ela foi criada... por você.
Ricardo: - você já falou o que tinha
pra dizer. e eu já ouvi o que não era pra ter ouvido. (pausa dramática,
choroso.) – acabou! nao vai haver mais casamento. seria um erro ter que
continuar vivendo com voce. quem sabe nao faria a mesma coisa? não da pra
confiar mais.
Joana: (se ajoelha, agarrando as pernas
de Ricardo, desesperada.)- não. você não pode fazer isso comigo, Ricardo.
(Joana vai se levantando até encontrar o rosto de Ricardo e tenta beijá-lo)
você nao sente nada por mim?
Ricardo: (pega firme nos braços de
Joana.) – sabe o que eu sinto por voce? nojo! repugnancia! alguem que e
capaz de fazer o que voce fez, nao merece piedade. eu não consigo amar
alguém que mente, finge, engana. você foi mais um erro na minha vida. (empurra
Joana, que cai sentada na cama. ela desaba a chorar, forte. tempo.)
(Ricardo sai. Joana fica chorando.)
Joana: Droga!
Corta para...
Cena 5. Shopping/Praça de Alimentação.
Int/Dia.
Uma movimentação frenética de pessoas
pelo shopping. destacamos Analu, vindo com uma sacola e compras na mão. ela
caminha té a praça de alimentação, senta numa mesa. um rapaz vem até ela.
Rapaz: O que vai querer?
Analu: Um milk shake, por favor.
(o rapaz sai. derrepente outro rapaz se
aproxima)
Felipe: Com licença? posso me sentar
com você? as mesas estão todas ocupadas.
Analu: Claro. senta.
(Felipe está com um milk shake e um
porção de batata frita.)
Felipe: Aceita?
Analu: Não. obrigada.
Felipe: Voce vem sempre aqui?
Analu: (ri) Mas que cantada mais
barata.
Felipe: Voce acha que foi uma cantada?
eu perguntei por que é dificil eu sair de casa. desculpa se eu a ofendi.
Analu: Absolutamente. eu também... não
costumo sair de casa. não sei o que deu em mim, que resolvi dar uma
espairecida.
Felipe: Sei. e voce mora perto?
Analu: Não muito perto. porque?
Felipe: Curiosidade.
(Chega o rapaz com o milk shake de
Analu.)
Analu: Obrigada.
(Felipe ri pra ela.)
Corta para...
Cena 6. Restaurante Do Hotel. Int/Dia.
Giovanna sentada numa mesa. aparece
Evaldo.
Evaldo: Oi? posso sentar?
Giovanna: Oi. como vai?
Evaldo: Melhor agora. (senta) voce quer
um refri?
Giovanna: Aceito.
(Evaldo vai até o balcão e pede um
refri. quando volta pra mesa. Giovanna não está mais.)
Evaldo: Ué? cadê ela? coisa mais
esquisita!
Corta para...
Cena 7. Apart De Ruth/Quarto dela.
Int/Dia.
Ruth sentada na cama, impaciente. olha
pro celular. pega e disca.
Ruth: Alô? sou eu. e aí... tudo
combinado? então tá. eu já tou indo. (desliga o celular.) dessa vez não tem
escapatória.
(Pega sua bolsa e sai.)
Corta para...
Cena 8. Praça Do Ferreira. Ext/Noite.
Abrimos nos pés de uma pessoa
caminhando pela praça. algumas deitadas no banco. carros estacionados mais
distantes. deserto total. derrepente vemos Ruth subindo a praça. olha pro lado
e outro. não ver ninguem. senta num banco. uma CAM subjetiva aparece por trás,
e vai até ela. quando e aproxima, ela se assusta.
Ruth: Pensei que não viesse mais.
porque escolheu esse lugar esquisito?
(silencio)
Ruth: (sempre olhando pra CAM) Trouxe o
que combinamos? muito bem. (ela se levanta, olha pro lado. uma arma é apontada
pra ela. fica aterrorizada.) O que vai fazer? por favor. não me mata.
(Um tiro é disparado. acerta o peito de
Ruth. ela vai caindo aos poucos. A CAM caminha em direção oposta. derrepente é
surpreendida por aquelas pessoas que dormia nos bancos. são policiais, com
armas apontadas em sua direção. as luzes dos carros se acendem, encandeando sua
visão. de dentro de um sai o delegado.)
Delegado: Não adianta escapar. Você foi
pego com aboca na botija. está preso. pela morte de Alice Cardoso e do
camareiro Heitor.
(o delegado pega as algemas e prende a
pessoa. Ruth aparece por trás tirando o colete a prova de bala.)
Ruth: Tua hora chegou! eu falei que
você tava brincando com fogo.
(Na reação de todos. corta para...)
FIM DO CAPÍTULO 16.
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