(Últimos Capítulos) Porto de Pedras: Capítulo Nove - Rompimentos, vida e morte!



Cena 1/ Mansão/ Sala de jantar/ Externo/ Noite

Pedro João sai correndo de dentro da mansão, Paloma o segura pelos braços.

Pedro João – O que tá fazendo aqui? Já não cansou de me causar tanto sofrimento, Paloma? Olha. Tudo bem. O que uma mulher rica, e de família de porte iria querer com um homem assim? Que trabalha na biblioteca e ganha meros trocados durante o mês. Que nem ainda saiu da casa dos pais, e nem tem dinheiro pra isso. O que seria de nós dois? Nada! Uma mera ilusão, que eu custei a acreditar que no mínimo seria verdade!

Paloma – Pedro... Por favor, você precisa me escutar. As coisas não são como você anda pensando! São diferente. Por favor, me entende! Me escuta, Pedro!

Pedro João – Eu não tenho mais nada a fazer aqui. Aceita o casamento e vai viver com o homem lá! É! Vai viver com ele. Deve ser rico, dono de terras.

Paloma – Você está tendo uma outra visão de mim! Eu não caso por dinheiro, eu não sou como os sanguessugas dos meus irmãos. Eu sou diferente, e você precisa acreditar em mim.

Pedro João – Então o que tanto quer que eu saiba? Fala! Porque eu não suporto mais passar mais nenhum minuto nessa mansão.

Paloma – Eu estou sendo obrigada a casar com ele... a minha irmã... a Maria Fernanda, ela...

Maria Fernanda abre a porta e caminha lentamente até os dois.

Maria Fernanda – Paloma! Ainda não deu tchauzinho para o profeta? Não pode o segurar para sempre. Trate de se despedir para sempre desse... bem, desse pobre. E que ele jamais volta aqui.

Pedro João – Melhor ser um pobre, como enche a boca pra dizer, do que uma dondoca miserável e sem amor.

Maria Fernanda – Agora o profetazinho vai querer me dar lição de moral? Vai embora da minha casa, e não volta nunca mais!


Cena 3/ Externo/ Noite

Pedro João caminha até sua casa.




Cena 4/ Mansão/ Sala de jantar/ Interno/ Noite

Maria Fernanda e Paloma entram novamente dentro de casa.

Maria Fernanda – Desculpe-me, convidados, mas como puderam ver, houveram tantos imprevistos. Perdão! Perdão! Então pudemos continuar de onde paramos? Sim? Maravilha!

Paloma – Eu não tenho mais paciência pra ficar aqui.

Maria Fernanda – Não importa, Paloma! Aceite o pedido do tão generoso Adamastor. Aceita, Paloma! Aceita o pedido!

Paloma – Eu...

Maria Fernanda – (Sussurrando) Aceita, se não eu serei obrigada a ligar para aquele número que você tão bem conhece. E eu posso apostar que não irá gosta nada, não é? Nada! Então trata de dizer sim para esse púlia. E acaba de uma vez por todas com isso. Porque eu não aguento mais olhar pra tua cara! Anda, faz o que eu estou mandando.

Adamastor – E então, Paloma? Aceita se casar comigo?

Paloma – Aceito!


Cena 5/ Casa dos Oliveiras/ Sala principal/ interno/ Noite

Pedro João entra transtornado dentro de casa, mas em silêncio sobe as escadas.
Fernanda sai da cozinha.

Fernanda – Filho? Oh, eu tive a impressão de que alguém havia chegado.

O telefone toca. Ela atende.

Fernanda – Alô? Quem é?

Cristina – Eu sou a irmã da Madalena, a que morreu, a que era a mãe verdadeira da criança que tu cuida e cria. Mas o assunto não é esse não. O assassino da minha irmã, anda até hoje desaparecido. E eu preciso da tua ajuda pra encontrar ele!

Fernanda apoiou o telefone no colo.

As cortinas voltaram a balançar de um lado a outro, e as janelas se abriram. Ela se levanta preocupada e caminha até o centro da sala.

Madalena surge na sua frente.

Fernanda – Virgem santíssima! O que Diabo é isso?

Madalena – Não é diabo não! Sou eu, Madalena! A gente tem muito a conversar, mas hoje, e agora, tu vai aceitar o que elas disseram, e a partir de hoje, eu te deixo em paz. Ou aceita o que pediram, ou tu vai preferir ter morrido!

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