Anteriormente em Porto de Pedras:
Madalena encontra Pedro, mas após uma conversa, decide ir embora.
Marlene morre, e seus pais buscam sua alma.
Neuza oferece dinheiro como dívida para Marieta e Joana, pela morte de Cléber. E anuncia que logo, logo irá morrer.
Madalena marca um encontro com José, que a ameaça de morte!
Fique agora com o Capítulo de Hoje!
José - José Mayer
Madalena - Adriana Esteves
Pedro João - (Primeira Fase) João Bravo
Fernanda - (Primeira fase) Alice Braga
Daniel - (Primeira fase) Rodrigo Santoro
Segunda fase:
Pedro João - Thiago Fragoso
Júlio - Luiz Lobianco
Fernanda - Sônia Braga
Daniel - Alexandre Borges
Marieta - Marieta Severo
Joana - Tatá Werneck
Antônio - Eduardo Sterblitch
Paloma - Paola Oliveira
Maria Fernanda - Carol Castro
Samuel - Dalton vigh
Cena 1/ Bar de beira de estrada/ Tarde/ Interno
José – O que? Tu acha mesmo que vai ser assim? Fácil? Então
saiba que eu não vou te dar divórcio é nunca, Madalena. Porque tu não vai
precisar de divórcio, porque tu vai tá morta. Tu vai tá morta!
Madalena levanta da cadeira preocupada.
Madalena – O que tu vai fazer, José? Vai me matar, é? Tu tem
coragem de meter um tiro em mim, José? Tu tem?
José – Não adianta tu correr mil milhas, Madalena! Eu vou te
buscar até o quinto dos infernos, mas eu acabo... eu acabo contigo! E é isso
que eu vou fazer agora. (Saca uma arma e aponta na direção de Madalena)
Madalena – Para com isso, José! Não vai desgraçar a tua vida,
passar anos dentro de uma sela, por causa de apenas uma assinatura em um papel.
Não faz isso com a tua vida. Não faz!
José – Tu que pensa que eu não faço. Eu acabo contigo em dois
tempos, liga pro teu filho!
Madalena – Mas... mas pra que ligar pro Pedro João?
José – Liga pro teu filho, agora!
Madalena pega o celular e telefona para Fernanda, que atende
rapidamente.
Madalena – Passa pro meu filho! Agora!
Pedro João – Oi, mãe!
José – Se despede do teu filho! Vai! Se despede!
Madalena – Pedro, saiba, querido, que onde eu estiver, eu vou te
amar, meu filho! Onde eu estiver, meu bem, eu vou te amar, te amar muito!
José – Agora me dá o celular. Quando acabar isso aqui, eu busco
o moleque.
Madalena – (Para José) Você não vai fazer nada, não vai buscar
ninguém! (Para Pedro) Pedro, nunca diga onde você está para o seu pai, nunca!
Madalena arremessa o celular na direção da estrada.
José – Imbecil...
Madalena – Você vai pagar por tudo que pecado teu, desgraçado.
Tu vai apodrecer na prisão, e vai merecer tudo de ruim!
José mira no peito, aperta o gatilho e fecha os olhos.
A bala atinge Madalena, que decai sangrando em cima do piso.
Cena 2/ Casa dos Oliveiras/ Sala principal/ Tarde/ Interno
Pedro João se ajoelha.
Pedro João – (Chorando) Não! Não! Não!
Daniel – O que foi, meu filho? O que aconteceu?
Pedro João – A minha mãe... aconteceu que a minha mãe está morta...
a minha mãe morreu! A minha mãe morreu!
Cena 3/ Hospital/ Tarde/ Interno
Mariela – (Chorando) Pai... eu não aguento! Eu não vou aguentar
ficar sem a mamãe... pai, eu não vou! Eu não vou, pai.
Otávio – A gente vai tentar superar isso junto, minha filha... a
gente vai tentar fazer isso junto, certo?
Eles se abraçam.
Cena 4/ Sala de Médico Legal
Fernanda e Daniel confirmam que aquele é o corpo de Madalena.
Fernanda chora.
Cena 5/ Casebre/ Interno
José acompanha o caso na televisão, bebendo um bom vinho.
Cena 6/ Cemitério/ Tarde/ Externo
Madalena é enterrada.
Pedro João se ajoelha próximo ao túmulo, e joga uma rosa
vermelha em cima do caixão da mãe
Cena 7/ Cemitério/ Tarde/ Externo
Mariela e Otávio choram sozinhos, em frente ao caixão de
Marlene.
Cena 8/ Tribunal
O Juiz concede a guarda de Pedro João para Fernanda e Daniel,
que sorriem animados e abraçam o filho.
Dez anos depois
Cena 9/ Biblioteca/ Dia/ Interno
Pedro João entra na Biblioteca.
Júlio vai até sua direção.
Júlio – Atrasado?
Pedro João – Problemas em casa...
Júlio – Problemas?
Pedro João – Adivinha o de hoje.
Júlio – Qual? Qual o de hoje?
Pedro João – Os grandes porcos.
Júlio – Porcos? Que porcos?
Close lento em Pedro João
Cena 10/ Fazenda dos Silvas/ Tarde/ Interno
Marieta guia os porcos até as cercas.
Marieta – Calminhos! Andando lentamente, queridos porcos!
Antônio se aproxima.
Joana sai de dentro de casa e o beija.
Joana – Querido! Senti tanto a sua falta.
Antônio– Eu também, meu amor.
Marieta – Sentiu nada. Passaram menos de um dia sem se ver, e já
tão com saudades? Meu pai amado, me dai paciência
Joana – É, mãe. É normal sentir saudades de quem a gente gosta.
É muito normal!
Marieta – Saudades são dias e dias sem se ver, mas vinte e
quatro horas? Ah, agora deixem dessa melação, e vem me ajudar a carregar esses
porcos.
Antônio e Joana vão até Marieta, pegando um porco cada.
Antônio – Não sei como aguenta, dona Marieta.
Marieta – E quem disse que eu aguento, hein? Só a
minha lombar
sabe o quanto eu sofro. Se eu me deitar agora, só a força do além me tira de
cima.
O porco de Joana começa a correr desenfreado.
Antônio – Segura esse porco!
Marieta – Toma jeito, menina, segura o porco direito. Segura o
porco! Segura o porco! Segura!
Joana – Eu estou tentando, se não está vendo. Ele tá puxando
muito forte. Alguém me ajuda.
Marieta – Tamanha lerdeza, meu pai amado, se eu soubesse nem te
chamava, Jesus!
O porco quebra as cercas e invade o cercado.
Joana é arremessada no chiqueiro.
Antônio – A minha mulher, dona Marieta. A minha mulher! Olha
como ela tá! Caiu no chiqueiro.
Marieta – Joana, levanta o dedo se tiver bem, ou não se mexe se
estiver muito mal.
Joana berra de dor.
Antônio – É melhor a gente correr, dona Marieta. Se não, mais
cedo ou tarde, a minha amada vai virar comida de porco.
Marieta – Que papelão, Joana, nunca mais te chamo pra carregar
os porcos. Nunca!
Cena 11/ Mansão da família Marcel/ Dia/ Interno
Paloma, Samuel e Maria Fernanda aguardam sentados na mesa de
jantar.
Paloma – Eu já falei. Eu não gosto de surpresas! Seja lá o que
vocês tenham pra me dizer, deveriam falar agora! Agora!
Maria Fernanda – Calma, minha irmã, tudo vai ser revelado no seu
tempo. Sabe do que os nosso pais diziam, tudo vai ser revelado no seu tempo.
Paloma – O que acontece, Maria, é que eu acho que já sei sobre o
motivo desta reunião... o mesmo de sempre. E preferem não contar pra mim,
porque sabem da minha resposta. Ela sempre será não. Os tempos em que nós, mulheres,
éramos obrigadas a casar com pretendentes que jamais havíamos vistos, passou. E
vocês jamais irão ocupar o espaço dos meus pais. Eu escrevo as minhas linhas,
domino o que vivo, vocês nunca que vão me obrigar a me casar com qualquer
pessoa. Se um dia eu irei colocar uma aliança de prata, dourada ou até mesmo de
latão, será com quem eu gosto de verdade, e não com quem querem.
Samuel – Sempre mimada. Não vê que essa é a...
Maria Fernanda – Ok, Paloma, se prefere ser contra o que sempre
queríamos seguir, a culpa não será minha e jamais será do Samuel. Mas não se
arrependa de quando tomarmos medidas drásticas...
Samuel se levanta bruscamente.
Samuel – Eu já me cansei dessas suas bonitas palavras, Paloma.
Eu não estou nem aí pra o que você acha disso ou daquilo. Mas se prefere ser
contra nós, que aceite todas as consequências do que diz!
Paloma – Vai pro inferno! Não é aumentando a voz que vai mudar o
que penso de você! Eu vou embora!
Maria Fernanda – Paloma... não vai querer nem receber o
convidado?
Paloma – Eu prefiro não responder a sua pergunta, Maria
Fernanda. Não tenho hora pra chegar, e não me infernizem com mensagens!
Paloma sai de casa.
Samuel – Tá vendo a merda, Maria Fernanda? Eu sempre disse pra
mamãe, até quando ela tava morrendo, que fez besteira. E agora? Como ela tá?
Olha como ela tá!
Maria Fernanda – Se ela não se casar com um homem rico, pode dar
adeus ao que somos nessa cidade. Iremos a falência, e nenhum de nosso projetos
irão pra frente. Nenhum!
Cena 12/ Casa dos Silvas
Paloma bate na porta da casa de Joana, ninguém atende.
Paloma – Joana? Ninguém aqui? Céus, onde será que ela foi se
meter?
Cena 13/ Biblioteca/ Tarde/ Interno
Júlio – Cara, você precisa sair mais, viver mais a vida,
conhecer garotas.
Pedro João – Cada coisa no seu tempo. Se não veio agora, algum
dia vai chegar. Olha, eu não sou muito apegado a isso.
Júlio – Sair, viver a vida, já ouviu essas palavras?
Pedro João – Eu vivo aqui dentro, no meio desses livros. Isso
não é bom?
Júlio – Baixa o Tinder dos tempos das cavernas, e marca o
encontro com a Capitu, mas cuidado pra ela não te chifrar.
Pedro João – Ela não traiu o Bentinho. Não traiu!
Cena 14/ Mansão dos Marcel/ Quarto de Maria Fernanda/ Tarde/ Interno
Maria Fernanda coloca um batom vermelho.
Maria Fernanda – Paloma, você não me engana. Com ao menos alguém
você está saindo para se recusar tanto aos convites de casamento. Eu vou
descobrir quem é, e pode ter certeza que essa pessoa preferirá pagar anos da
vida em um inferno, do que eu sou capaz de fazer. Ah, minha irmã, eu com
certeza não iria querer estar na sua pele. Jamais!
Cena 15/ Externo
Paloma retira da bolsa um livro e entra na biblioteca.
Cena 16/ Biblioteca/ Tarde/ Interno
Paloma chega no caixa.
Pedro João – Bom dia! Em que posso ajudar?
Close nos dois, que sorriem.
Paloma – Você mora aqui?
Pedro João – Sim!
Paloma – Nunca te vi! (Risos)
Pedro João – Eu já...
Paloma – Sou um pouco desatenta!
Pedro João – Eu um pouco.
Paloma – Eu vim entregar esse livro!
Pedro João – Gostou?
Paloma – Muito. É uma história mega romântica. Onde a mocinha
conhece um bom moço em uma biblioteca, e eles se olham...
Pedro João – Sim. (Risos)
Pedro João assina o papel e guarda o livro.
Juntos eles caminham até a porta.
Paloma – Gosta de trabalhar aqui?
Pedro João – É um refúgio pra tudo de ruim que existe do lado de
fora.
Paloma – Sim. É mesmo.
Pedro João – Pode voltar quando quiser, será sempre um prazer te
atender... aqui... na... biblioteca!
Paloma – Até logo!
Pedro João observa Paloma indo embora.
Ela olha para trás. Os olhares dos dois se cruzam.
A CAM busca Maria Fernanda do outro lado da rua.
Maria Fernanda – Pobres pombinhos. Será que ainda acham que vão
sair ilesos de qualquer investida minha? Podem esperar, porque hoje mesmo eu
acabo com essa festa!
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