Paraíso Perdido | Capítulo 06 #ParaísoPerdidoNoWebMundi

uma webnovela de JAIR VARGAS
produção de LABIRINTO RADICAL

2008, Brasil 
CENA 1: PARAÍSO AZUL | PRAIA | EXTERIOR | MANHà
Manuela continua a olhar para o documento que tem em mãos, ficando incrédula ao ler seu nome e logo depois o sobrenome. Carlos olha para ela sem nada entender, e Talles olha rapidamente para Carlos e Manuela, baixando a cabeça em seguida.
MANUELA: – Onde você achou esse documento, Talles? – Pergunta, tirando os olhos do documento e olhando para o amigo.
TALLES: – Estava em casa, eu ia pegar outra coisa, mas abri a gaveta do meu pai, então achei esse documento. – Responde, levantando o olhar.
MANUELA: – Aqui deixa bem claro de quem eu sou filha, algo que meu avô nunca me contou ou nunca quis me contar por esse simples motivo. – Ela comenta, voltando a olhar para tal documento.
Carlos pega o documento em mãos e olha com atenção. Talles olha para ele e depois para sua melhor amiga.
TALLES: – Eu realmente não sei o que esse documento estava fazendo com meu pai, Manuela. – Afirma cabisbaixo. – E eu tenho muito receio de saber. – Conclui demostrando temer seu pai.
Manuela se aproxima de Talles e segura a mão dele.
MANUELA: – Eu sei, confio em você. – Diz deixando ele mais calmo. – Mas se o que diz neste documento for verdade, Talles, vou ter que conversar com seu pai ou com quem quer que seja. – Continua, compreensiva. – Mas ainda estou um tanto em choque por pensar que posso ser filha daquele homem. – Finaliza, voltando o olhar para Carlos.
Carlos se aproxima e a abraça bem apertado, logo afaga os cabelos dela.
CARLOS: – Eu vou fazer tudo o que puder para ajudar. – Ele diz, olhando nos olhos dela.
Os três caminham para longe da praia enquanto um avião passa sobre eles seguindo rumo ao norte.

CENA 2: PARAÍSO AZUL | POUSADA | QUARTO | INTERIOR | MANHÃ
Rodrigo entra no quarto assim que destranca a porta joga a mochila em cima da cama, ele leva a mão até a boca, parecendo um tanto incrédulo.
RODRIGO: – Eu não acredito que consegui, eu consegui que o Diógenes assinasse os documentos. – Ele diz enquanto se senta na cama. – Minha mãe é quem ficará muito feliz ao saber disso, garanto. – Ele se levanta e segue até a mesa próxima da janela.
Rodrigo se serve com um copo de bebida, a qual começa a beber bem devagar parecendo comemorar a assinatura dos papéis.

CENA 3: PARAÍSO AZUL | FAZENDA ARCO VERDE | SEDE | INTERIOR | MANHÃ
Leopoldo caminha por toda casa, vai da cozinha aos quartos tentando encontrar qualquer vestígio de seu patrão, mas nada encontra. Ele volta pra sala e fica andando de um lado para o outro até que para ao ver o que parece ser uma carta na mesa próxima do sofá. Leopoldo pega o papel e abre, reconhecendo a letra de Diógenes. Ele leva poucos minutos lendo a carta que é exatamente endereçada à ele. Leopoldo se aproxima da janela depois de ler a carta.
LEOPOLDO: – Agora que ele se foi, e com certeza não vai voltar tão cedo à essa fazenda, posso fazer o que eu quiser. – Diz enquanto abre um grandioso sorriso. – Que idiota, que velho idiota! – Conclui amassando a carta.
Leopoldo sai da sala e segue para fora da sede da fazenda, mantendo um sorriso de vitorioso.

CENA 4: TEMEDO | MANSÃO DOS TERRAFORTE | SALA | INTERIOR | TARDE 
Aura está a ver televisão, parecendo bastante distraída quando o telefone começa a tocar, ela então estende a mão e pega o aparelho, aproximando ele do ouvido.
AURA (ao telefone): – Espero que você tenha excelente notícias, meu filho.
RODRIGO (do outro lado da linha): – Com certeza são excelentes, mãe já que consegui finalmente fechar negócio com o Diógenes, então agora boa parte disso tudo aqui é da nossa família. – Conta enquanto sorri.
Mãe e filho conversam sobre como iniciar o próximo passo. Aura não consegue disfarçar a felicidade por ter conseguido as terras pretendidas.
AURA (ao telefone): – E você e o seu irmão voltam quando? – Indaga, curiosa por saber que agora está tudo terminado.
RODRIGO (do outro lado da linha): – Isso eu já não sei quando, mãe…bom mas acho que é o mais depressa possível. – Ele titubeia um pouco enquanto pensa no romance que o irmão está vivendo com Manuela.
AURA (ao telefone): – Você não está me escondendo nada, está? – Indaga, parecendo perceber o desconforto presente na voz do filho mais velho.
RODRIGO (do outro lado da linha): – O mano está chegando, mãe. Eu volto a ligar assim que possível.
Antes que Aura possa dizer qualquer coisa, a ligação é encerrada. Ela olha para o aparelho assim que o afasta do ouvido. Ela olha para o telefone, pensativa.
AURA: – Tem algo acontecendo e ele não quis me contar, com certeza. – Afirma devolvendo o telefone ao seu devido lugar. – Cedo ou mais tarde irei descobrir o que se passa, ah se vou!

CENA 5: PARAÍSO AZUL | POUSADA | QUARTO DE RODRIGO | INTERIOR | TARDE 
Rodrigo ajeita as coisas na mochila, desejoso por partir logo de Paraíso Azul. Ele se senta na cama para conseguir fechar a mochila quando a porta se abre e Carlos entra, encarando o irmão mais velho.
CARLOS: – Essas coisas são para que? – Questiona, observando o irmão fechar a mochila.
RODRIGO: – Como para que? Vamos embora daqui, Carlos. Eu fechei o negócio e agora não há mais motivos para estarmos aqui. – Responde, olhando para Carlos.
Carlos caminha até a janela, observando o mar e logo pensando nos beijos que deu em Manuela e em tudo o que viveram tão intensamente. Ele se vira devagar para Rodrigo.
CARLOS: – Eu não vou. – Diz, parecendo decidido.
Rodrigo encara Carlos, logo se levanta e caminha até onde irmão está, parecendo não acreditar no que acabou de ouvir.
A imagem se congela nos irmãos terraforte, eles estão frente a frente, olhando firme um para o outro.
CONTINUA

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