Reveja Web Mundi: Castelo Baellys - Capítulo 5



Rei Henry resgatou a irmã das garras dos Mestres Kadosh. Ela havia sido torturada por horas para que se santificasse. Deslocou uma perna, perdeu muito sangue e pedaços de sua carne foram arrancados nos açoites. Henry a levou para o Castelo Baellys, no quarto dela e a deitou na cama ainda cheia de sangue.
- Chame as servas agora, Aldith! – ordenou o rei a rainha
Aldith no mesmo instante foi chamar as servas. Henry se aproximou do rosto da irmã que estava chorando.
- O que fizeram com você? – disse ele chorando
Dye não conseguiu responder. Apenas apertou o rosto em um choro ainda mais triste.
Nos corredores Aldith havia terminado de chamar as servas e voltava para o quarto quando foi puxada por uma mão para o quarto de Noll. No quarto de Dye as servas chegaram e começaram a cuidar da lady. Henry ordenou:
- Chamem um curandeiro o mais rápido possível ou ela irá morrer!
Henry saiu do quarto e caminhou pelo corredor ouvindo beijos. Ele parou seu andar rápido e começou a ouvir de onde vinha. Parou na frente da porta do quarto de Noll e agachou até que seus olhos vissem na direção da brecha da porta para que ele pudesse ver. Henry se revoltou com o que viu e meteu o pé na porta que saiu do lugar e caiu no quarto. Henry flagrou Noll e Aldith aos beijos na cama.
Ele não pensou duas vezes e foi correndo gritando de ódio em direção ao seu inimigo. Henry o jogou da cama e começou a socá-lo no chão com todo o ódio que tinha guardado por causa da chantagem. Noll não conseguia tirar o rei de cima. Aldith tentou intervir mas o rei a empurrou e a fez cair no canto do quarto. Henry continuou a socar o psicopata que já estava com a cara só sangue. Noll já estava para desacordar quando conseguiu virar o rei para o lado e sair de baixo dele. Noll se manteve afastado do rei que estava extremamente em surto de ódio. Noll disse:
- Sua rainha precisa de carinho e amor! E não de alguém que bata nela enquanto entra e sai do seu corpo. Eu posso dar isso a ela, você não.
Henry disse palavra por palavra:
- Cale a sua boca antes que eu mande acabar com a sua raça.
- E eu acabo com a sua raça e a raça de todo o seu reino! Lembre-se que você ainda é meu.
Eles se olharam mortalmente e Noll saiu do local e encontrou Hod no corredor e ficaram se olhando. Henry virou para Aldith, se aproximou e estapeou seu rosto que a fez cair no chão.
- Sua prostituta! – gritou o rei
A rainha de curvou na parede com medo de ser agredida. O rei se acalmou um pouco e disse quase caindo em choro:
- Você tem tudo. Um castelo, um reino, uma família, título de nobreza, sexo! Isso não é suficiente para você?
Aldith permaneceu calada e em defesa no canto da parede. Henry respirou fundo uma vez e levantou a mão para ela. Ele a estapeou mais forte e ela gemeu de dor. Neste momento Georgei apareceu na porta e se revoltou com o que viu.
- O que você fez?... Seu desgraçado.
Georgei saiu correndo em direção à mãe que estava recolhida e começou a carregá-la no colo quando seu pai o empurrou e lhe deu um soco que o fez virar o rosto. Georgei manteve o rosto virado, fechou o olho e respirou fundo. Virou para o rei e o olhou serenamente. Georgei enfiou um soco tão forte na cara de Henry que caiu no chão e cuspiu sangue. Georgei fez o que queria fazer desde a sua infância. Enquanto o rei estava se levantando do soco, Georgei carregou a rainha e saiu do quarto. Ele a levou para fora do castelo, entraram na Floresta e caminharam por ela à procura de abrigo enquanto ainda não escurecia. Até que encontraram uma enorme árvore e decidiram se abrigar ali.
Depois do quase flagra, Primeiro Mestre Kadosh Amé resolveu se encontrar novamente com sua amante Amy. Toda a santidade que ele apresentava aos fiéis virava safadeza! Amé e Amy estavam de pé, um de frente para o outro. Amé começou a beijá-la. Eles caíram na cama ainda com roupa e tiveram sua primeira vez.
Noll chegou no seu quarto. Havia acabado de se lavar no rio. Ele levantou a porta caída e se jogou na cama. Ficou olhando para o teto. Ele teve um estalo. Saiu de cima da cama e a levantou na intenção de encontrar a Folha do rei debaixo da cama. Mas não achava a folha. Mal sabia ele que a folha já estava na mão de quem sabe de tudo: Hod, o Conselheiro do Rei. Noll se desesperou e começou a surtar procurando a folha.
Ao amanhecer, na Floresta, Georgei trazia frutas para a Rainha Aldith, sua mãe. Entregou as frutas e se agachou diante dela dizendo:
- Eu espero que não tenha ficado chateada por te tirar de lá.
Aldith o olhou, mas não falou nada. Estava indecisa.
- Mãe, vamos acabar com isso de uma vez! Vamos tirar papai do trono. Eu poderia me tornar o rei e você poderia se livrar das surras noturnas! – disse Georgei
Aldith pensou e olhou para baixo. Falou:
- Eu ainda amo seu pai.
- Como você pode amar alguém que te machuca. Machuca seu coração, machuca você?!
Aldith pensou na situação e chorou um pouco. Disse:
- Eu não sei... - colocou as mãos no rosto.
Eles começaram a ouvir passos. Georgei sacou a espada e ficou em defesa. A rainha se levantou. Começaram a procurar por todos os lados, quando Onfroi e Nikola apareceram atrás deles.
Onfroi perguntou:
- O que fazem aqui?
Aldith e Georgei viraram e se surpreenderam com o que viram.
- É uma longa história. Mas e você, o que faz aqui? Achamos que tivesse morrido. – disse Georgei
- É uma longa história também. – disse Onfroi
Georgei e Aldith permaneceram calados esperando uma justificativa.
- O que aconteceu para você vir parar aqui? E ele quem é? – perguntou Georgei apontando Nikola
Nikola abaixou a cabeça
- Não podemos falar... – disse Onfroi
- Não precisam nos temer. Seja o que for estamos na mesma situação. Não podemos mais voltar para o castelo. – disse Georgei
Nikola e Onfroi se olharam por um tempo e resolveram falar.
- Uma Mestra nos flagrou se beijando. Ela iria nos prender, mas fugimos pela janela. Achamos melhor não voltar. – disse Onfroi
Aldith e Onfroi se chocaram mas não os julgaram.
- Se se juntarem a nós terão sua justiça. Eu e o Rei Aloys temos um plano. Se ajudarem, prometo a vocês que quando eu sentar naquele trono irei pôr fim à Fé na Mãe e seu templo vai se tornar um puteiro promiscuo! – disse Georgei
Eles todos entraram pela sala do trono e foram em direção à Aloys, que lá estava sentado. Georgei tomou frente e ficou de frente para o Rei Aloys. Onfroi e Nikola se reverenciaram enquanto Georgei e Aldith ficaram em pose. Aloys perguntou:
- O que querem?
- Milorde, finalmente poderemos arrancar o trono de meu pai. Estas pessoas estão dispostas a ajudar no infalível plano que tramei!
Escureceu, Noll decidiu ir tirar satisfações com Hod. Finalmente suspeitou do suspeito mais provável. Hod era quase onipresente naquele castelo. Noll bateu forte três vezes na porta do conselheiro. No momento em que Hod abriu Noll agarrou em seu pescoço, levou-o para o meio do quarto e empurrou a porta para fechar. Hod estava nu, havia uma prostituta atrás de Noll escondida com um pedaço de madeira na mão.
- Onde está a folha que você roubou de meu quarto? Me diga! – ameaçou Noll
- E-Eu não sei do que você está falando. – disse Hod engasgado
- Saia do meu quarto agora! Eu não sei onde está o que você procura. – disse Hod ameaçando
Noll respirou fundo e saiu do quarto.
Noll entrou no quarto ao mesmo tempo em que os Mestres Kadosh subiam as escadas acompanhados de Aldith, Georgei e os Agentes da Mãe. Georgei tomou frente e colocou os Mestres e a mãe no quarto de Onfroi e Nikola. Enquanto estavam lá dentro, Hod pegava a Folha e ia em direção ao quarto do rei. Georgei disse aos Mestres:
- Verão que não estou mentindo diante da Mãe. Henry desonra sua esposa, a rainha. Sempre a machucou no sexo e a violentou. Espero que prendam Henry após o flagra e o santifiquem.
Aldith saiu do quarto e foi em direção ao quarto de Henry. Chegando lá ela vê Hod e o Rei conversando.
Hod mostrando para o rei a tão desejada Folha. Henry estava aos nervos olhando para a folha.
- Acabou meu rei. Entregue o trono para mim amanhã ou lhe tirarei a força e matarei seu filho e sua rainha para que eu possa me sentar nele... Foi uma pena que ela veio parar em minhas mãos. Pois Noll só queria brincar com você... Então, o que vai decidir? – disse Hod

O rei começou a tremer e ao tirar seu olhar da Folha avistou a Rainha Aldith. Seu ódio aumentou. Viu seu conselheiro lhe traindo e viu sua traidora de volta ao castelo.


Quando Henry viu a Rainha seus olhos brilharam e ele queria a todo custo puxar ela para dentro daquele quarto e tirar satisfações com ela.
Hod virou para trás e se calou ao ver a Rainha Aldith. Ele guardou a Folha.
Aldith não tirava o olho do Rei e começou a caminhar lentamente em direção à ele. Hod saiu do caminho. Neste momento os Mestres e os Agentes estavam ao lado da porta prontos para o flagra. Aldith ficou frente e frente do Rei.
- Que bom que voltou. Você sabe que não pode sobreviver sem mim. – disse Henry
- Não. Agora eu posso... A partir de hoje, Henry Baellys, eu não sou mais a sua puta! – começou a gritar. - Eu não sou mais a sua vadia! A sua escrava sexual! – Aldith tomou nojo e falou palavra por palavra. - Eu não deixarei você tocar mais um dedo em mim...
Henry inspirou e pensou como ela ousaria falar assim com ele. Ele revirou de surpresa a mão na cara dela e a fez virar o corpo. A Rainha colocou a mão no rosto e foi virando para ele com um sorriso.
- Eu cansei de você... – disse ela
- Fale direito comigo ou você sofrerá as consequências! Você está falando com o rei Henry Baellys e não com qualquer um por aí.
Aldith ficou calada. Ficaram se encarando. O clima estava tenso e duvidoso. Hod olhava tudo! Henry pegou a rainha pelos braços e jogou na cama. Ele subiu na cama e rasgou as vestes dela e penetrou nela. Começou a usar ela violentamente apertando seus braços enquanto transava por cima dela. A rainha começava a chorar.
- Aprenda... A me respeitar. – disse Henry
Henry deu uma bofetada na Rainha. Foi neste momento que os Mestres apareceram com os Agentes. Um Mestre gritou:
- Prendam-no!
Henry virou surpreso e Aldith ainda sofrendo. Henry interrogou:
- O que está acontecendo aqui?
Os Agentes da Mãe tiraram Henry de cima da Rainha. Aldith levantou. Os Agentes colocaram Henry de frente para um Mestre.
- Você está preso, Henry Baellys. Você será julgado pelos Mestres até que se decida se você passará ou não pelo Ritual de Purificação da Carne. – disse um Mestre
- Eu sou o rei. Vocês não podem me prender! Mandarei matar todos! – exclamou Henry
- Não mandará não. A partir de que é confirmado que você praticou um crime diante da Mãe você é descoroado. Lei antiga... A partir de hoje, você deixa de ser o Rei Henry Baellys... Até mais tarde...
Os Agentes da Mãe levaram Henry enquanto ele olhava para Aldith com um olhar de uma criança perdida procurando pela mãe.
Todos saíram. Georgei entrou em seguida e se sentou ao lado da mãe na cama a abraçando.
- Calma mãe... Já passou. Logo, logo o trono e aquela coroa serão meus. – disse Georgei
Georgei olhou para a coroa com os olhos brilhando.
Henry foi jogado na cela ainda com suas vestes caras. Ele não se sentia mais o mesmo. Era ele o amado, o idolatrado e mais respeitado rei de toda a região. Ser tratado daquele jeito de uma hora para a outra o deixou devastado e sem saber o que fazer.
Em uma sala pouco iluminada a luz de velas estavam dois mestres kadosh. Eram eles que iriam julgar a atitude de Henry. O diálogo se iniciou:
- Vamos analisar bem, Mestre. O crime cometido por Henry não chega a ser culpa da fraqueza da carne. Pode vir a ser culpa de um possível desequilíbrio mental do antigo rei.
- Por um lado você tem razão. Mas o crime é condenável aos olhos da Mãe.
- Você tem razão. Henry merece passar pelo ritual. Mas e o amor?
- O amor é bem visto aos olhos da Mãe. É ele quem perdoa, quem cura, o amor é o lado positivo dessa situação. E não há dúvidas de que a Rainha Aldith ama o antigo rei. A Mãe talvez fosse mais piedosa com este caso.
- Henry deveria aprender sobre a Fé na Mãe. Talvez não conheça quase nada e por isso vive uma vida de pecados e crimes.
- Vemos o papel da Fé nas nossas vidas e na vida do povo. Estamos aqui para selar a paz. Os Filhos Celestiais da Mãe agem nos pensamentos e nas atitudes. Isso torna as pessoas mais boas e menos más. Isso de alguma forma contribui para a paz.
- A Mãe sem dúvidas terá piedade com Henry. Vamos ensinar a ele tudo sobre a Fé na Mãe, lhe dar bons modos e ele poderá retornar ao trono.
- Talvez retorne ou talvez não retorne... Isso irá depender de como ele se sairá após o fim de seu aprendizado.
Uma mestra entrou na cela de Henry e rasgou suas vestes. O deixou nu e saiu de lá.
Madrugou. Hod estava dormindo. Noll saiu debaixo da cama dele e ficou em pé o olhando dormir. Os olhos de Noll brilharam e ele sorriu com os olhos cheios de lágrimas e vermelhos. Noll foi subindo na cama de Hod. Quando chegou perto, colocou as mãos no pescoço dele e começou a estrangulá-lo. Noll chorava de alegria enquanto Hod se agonizava diante de seus olhos. Depois de tanto agonizar Hod se foi.


Noll começou a procurar a Folha pelo quarto de Hod até que achou dentro de um vazo. Ele pegou a Folha e começou a ler. Seus olhos se encheram de mais lágrimas e ele deu uma risada maligna. Ele finalmente iria se sentar no trono e ter tudo em suas mãos!

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