Reveja Web Mundi: Castelo Baellys - Capítulo 3


Georgei Baellys, tentou assassinar o próprio pai, o Rei Henry Baellys, colocando veneno no vinho. Georgei foi trancar a porta e quando voltou o pai já havia bebido toda a taça, quando de repente o rei começou a tossir e a se engasgar com o vinho.
Henry se retorceu todo na cadeira e ficou agonizando por alguns segundos. Georgei não fez nada, não queria matar o pai mas foi induzido e sugerido a isso com a promessa de receber o trono de Baellys, então, ele estava em cima do muro.
Henry foi se acalmando aos poucos até que se encontrou em estado normal. Disse:
- Me engasguei. Não deveria ter bebido tão rápido.
Henry se levantou e foi até a porta. Mas antes de abrir Georgei o chamou:
- Pai, espere!
Henry virou e disse:
- Georgei, eu tenho responsabilidades no reino! Me diga o que quer logo! – exclamou com arrogância o pai
- Pai, eu queria falar com o senhor a respeito de seu sucessor no reino. Sou seu filho... Eu creio que eu mereça o trono após sua morte.
- Minha morte? – Henry riu. Nunca, nem aqui e nem além do Mar Tenebroso que eu daria meu trono para um irresponsável como você. Tire essa ideia da sua cabeça e procure outro rumo na sua vida por que o meu trono nunca será seu!
Na escada estreita do Castelo Baellys, Aldith subia para seu quarto e o do rei quando para no meio da escuridão da escada e levanta seu vestido. Suas mãos passavam por cima de enormes hematomas de violência na coxa. Aldith fechou os olhos com força e uma lágrima escorreu de seus olhos.
Na catedral, Templo da Mãe em Baellys, Amé, o Primeiro Mestre Kadosh estava folheando o Livro Santo na catedral que estava fechada e escura. Enquanto lia as leis e sábias palavras da sua deusa uma mulher apareceu atrás dele. E era Amy, a idosa que ele sentiu uma atração enquanto dava o sermão. Amé foi virar de costas e levou um susto com a idosa.
- Você me deu um susto. Poderia me chamar da próxima vez. – disse o Mestre Kadosh
- Desculpe, Mestre. Eu só queria ter uma conversa com a Vossa Santidade. Preciso muito ser ouvida.
- Mas é claro! Estamos aqui para isso. Os Mestres recebem de Hyarah o dom de saber ouvir e aconselhar. Vamos em minha sala nos fundos.
Amy sorriu e seguiu Amé até a sala nos fundos da catedral. Sentaram em cadeiras, uma de frente para a outra.
- Sinto em você uma grande tristeza... Uma perda antiga talvez. Senti isso desde a primeira vez que a vi.
Amy ficou sem reação e logo começou a chorar.
- Sim, Primeiro Mestre... Perdi meu filho muitos anos atrás...
Amé se arrepiou nesse momento. Amy começou a chorar.
- Não precisamos falar disso se não quiser. Se é que não veio até mim para falar sobre isso.
Amy parou de chorar e enxugou as lágrimas.
- Eu só queria alguém para ouvir meus problemas, saber pelo que estou passando.
- Seja o que for que está passando Mãe Hyarah vai te ajudar.
- Faz muito tempo que perdi tudo em minha vida. Meu filho, meu marido, minha casa. Essa carência por amor vem me consumindo cada dia mais. Tem dias que me encontro chorando nos cantos da cidade sem motivo aparente. 
Amy chora mais
- Não sei se entende, Primeiro Mestre. Sei que sou velha e ninguém nunca vai me querer mas...
Amé a beijou pegando em sua nuca. Nenhum deles resistiu. Amy começou a beijá-lo com ternura. Eles se levantaram da cadeira e começaram a se beijar em pé. Mas o fogo logo acabou quando bateram na porta da sala. Eles pararam e um frio na barriga os dominou. Amé e Amy ficaram sem o que fazer, parados, olhando sem reação para a porta.
Quem batia na porta era uma sacerdotisa. Amé pegou Amy pelos braços e a colocou debaixo de uma mesa coberta com pano branco. Quando ele terminou a sacerdotisa abriu a porta com a chave e ficou olhando.
- Onde estão as vestes sacerdotais? Vim pegá-las. – disse a sacerdotisa
Amé congelou nessa hora.
- Estão... debaixo da mesa. – respondeu tremulo o Primeiro Mestre
A sacerdotisa andou rapidamente em direção à mesa e deu de cara com Amy. Os três ficaram sem reação.
- Quem é esta mulher? – perguntou a sacerdotisa olhando para Amé
- Não... não sei, Segunda Mestra. Não faço a mínima ideia de como esta mulher veio parar ai. Precisamos reforçar a segurança em nossa sala.
- Venha querida. Não entre mais aqui. Se quiser moedas para comer é só falar pessoalmente com um Mestre Kadosh. Não precisa entrar para roubar alimento.
A Segunda Mestra a pegou cuidadosamente e a tirou da sala.
A Rainha Aldith estava sendo vestida em seu quarto por uma Sacerdotisa de Hyarah, a Primeira Mestra Nianny.
Nianny era melhor amiga de Aldith por muito tempo, deste a infância. Nianny aconselhava e confortava Aldith quando era necessário, sempre com base nas Leis da Mãe. Nianny havia terminado de fechar o vestido de Aldith. Aldith virou e sorriu.
- Está lindo! Obrigada por essa gentileza de me doar um vestido. – disse Aldith
- Sempre que precisar de algo venha até mim. Estarei sempre a disposição, Majestade.
Aldith sorriu gentilmente.
- Mas... – hesitou Nianny tocando nos ombros da rainha.- Você não precisa se forçar a ficar com esse homem! Aldith, ele bate em você na hora do sexo! Isso é um pecado muito grave! Se algum sacerdote o ver ou suspeitar ele será preso para confessar seus pecados, será humilhado em público e perderá o trono para sempre... Eu só não o prendo por este crime pois sei que você o ama, e que, o que ele passaria a machucaria muito... Amiga, quando você não aguentar mais isso -A Mestra Nianny levantou o vestido da Rainha Aldith e mostrou os hematomas.- Se separe dele!
Elas ficaram se olhando. Aldith não falou uma palavra. A Primeira Mestra Nianny se retirou.
A Mestra Nianny saiu andando calmamente do quarto da rainha e começou a ouvir beijos e respirações ofegantes vindos do quarto de Onfroi. Ela parou e começou a ouvir, estava começando a se chocar com o que ouvia. Depois de tomar consciência do que se tratava, ela se agachou diante as porta e olhou pela brecha. Onfroi e Nikola estavam destinados ao carniceiro processo de beatificação. Nianny se levantou e gritou diante da porta e fez todo o castelo ouvir:
- Pecadoooores!
Onfroi e Nikola pararam de se beijar e olharam um para o outro. Nianny começou a bater na porta rapidamente e com força enquanto os Agentes da Mãe corriam para chegar lá.
- Pecadores! Vocês serão punidos! Não há por onde escapar! – gritou Nianny
Onfroi e Nikola se desesperaram. Não queriam se purificar, ninguém naquela cidade queria. A janela estava aberta. Sorte a deles era que o quarto fica de visão para a Floresta. Então colocaram móveis para segurar a porta e usaram cobertores para fazer uma corda para descerem atrás do castelo. Os  Agentes da Mãe chegaram, Aldith olhava sem entender o que ocorria. O Rei, que estava no conselho começou a ouvir a gritaria. Enquanto os  Agentes tentavam empurrar a porta Onfroi e Nikola já haviam descido e corrido para a Floresta.
Quando os guardas finalmente conseguiram arrebentar a porta eles não estavam mais lá. O Rei Henry chegou e perguntou:
- O que está acontecendo aqui? Que barulheira era aquela? Quem são esses guardas? Não são os meus!
- Você abrigava dois homens promíscuos em seu castelo. Seja quem for, estavam se beijando, quase fudendo! A Mãe não tolera... Eles serão caçados e purificados! – disse Nianny
Henry ficou com um pé atrás, pois já havia se deitado com outro homem. Ele virou para os Agentes e perguntou:
- Quem são vocês? Pelo que vejo não são da Guarda Real.
Nianny respondeu:
- Estes são os Agentes da Mãe. Protegem os sacerdotes e capturam os pecadores para serem purificados. Estes dois estão sempre comigo.
Henry engoliu saliva fortemente que se deu para ver seu gogó se movendo.
Onfroi e Nikola escolheram amar-se, ao invés de ir à Luz.
A Rainha Aldith entrou no seu quarto após a confusão. Rei Henry retornou para o conselho. Aldith ficou virada para a janela aberta tirando o vestido, ficou nua. Quando ela se virou encontrou Noll Vallois olhando para ela com desejo.
- Como ousa? – disse a rainha se cobrindo com as mãos e curvando o corpo
- Eu não aguento mais... Eu... Eu quero você... Desde ou primeiro dia que te vi eu queria você. Mas todos esses anos me segurei. Segurei minha paixão, meu desejo por você. Deitei com muitas mulheres e homens, mas nenhum deles foi capaz de me satisfazer... Só você...
Noll se aproximou da rainha
- Só você... Meu amor...
Noll e a rainha se aproximaram e fecharam os olhos. Seus lábios queriam se tocar, eles queriam se entregar. Acabaram se beijando. Noll beijou a rainha apaixonadamente com os olhos cobertos de lágrimas.
Enquanto a rainha traia seu grande amor, Georgei havia pegado seu cavalo e partido para o Castelo Orfh para dar a notícia de que falhou em matar seu pai. Aloys estava apreciando Dragh de cima de um forte externo do castelo quando Georgei apareceu atrás dele. Aloys sentiu e virou. Ficaram se olhando. Georgei não estava com uma boa expressão, então, olhando para o Rei Aloys ele confessou:
- Eu falhei...
Aloys continuou o olhando. Logo explodiu:
- Como assim? Você não é capaz de dar uma taça de vinho para o seu pai? Quanta incompetência! Você realmente não tem competência para sentar no trono.
- Não, não. Não é bem isso. Fui fechar a porta para ninguém ver, quando virei papai havia bebido a taça errada.
Aloys se decepcionou mais ainda e enfiou o tapa na cara do filho do rei.
- Estou querendo ajudar você!... Quero acabar seu pai! E você quer o trono do seu pai! Um pode ajudar o outro! E você falhou!
- Não! Ainda temos uma chance.
- O que vamos fazer? Nos ajoelhar diante do rei e pedir que entregue o trono? Pois dar bebida para seu pai morrer novamente você não vai conseguir.
Aloys estava usando a estratégia. Tinha inveja do Rei Henry, queria ser como ele, queria ser o maior e melhor rei do país. E para isso ele teria que matar o rei e colocar seu filho incompetente no trono para poder crescer seu reinado.
- Vamos chamar os Agentes da Mãe para prender o rei... Toda noite, antes de dormir, o rei transa com a rainha e a violenta enquanto fode. Se não podemos matar o rei, podemos prendê-lo e assim ele perderá a coroa. – disse Georgei


Eis um plano infalível. Prender o rei por pecado e ganhar o trono. Era bom para ambos os lados. De Georgei pois ganharia o trono, e para Aloys pois veria seu inimigo sofrer com sangue. 



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