Capítulo 30:
Cena 1: Mansão Riccari// Sala//
Interior// Manhã//
Beatriz entra ao local, ela vai
até sua mãe.
Beatriz- {intrigada}: Mãe, por que tem esse monte de policiais lá fora?
Isabela desce as escadas e está
muito arrumada.
Isabela- {falsa}: Oi, amiga. O que achou do meu look?
Beatriz: Que bom que vai sair, assim eu e minha mãe ficamos
mais à sós.
Isabela: Esse look é especial para a sua queda.
Beatriz- {intrigada}: Queda? Mas que queda?
A câmera fica lenta, Renato sai
detrás da escada. O rosto de Beatriz muda de séria para espantada.
Beatriz: Re... Re... Renato?
Renato: Achou que eu tinha morrido, né? Mas você acha que
eu realmente iria te encontrar sem colocar um colete? Que bom que você
acreditou no meu teatro que eu tinha morrido, hein, Beatriz?
Bárbara- {P/ Beatriz}: Por que isso te assusta, Beatriz?
Renato: Você quer que eu conte para sua mãe ou você conta,
Beatriz? Acho menos constrangedor ela saber disso pela sua boca.
O delegado chega ao local e
espanta a menina.
Isabela: Você não esperava por isso, não é, Beatriz? Enfim
estamos vendo que você vai pagar por tudo o que fez.
Renato: É uma pena, de verdade, Beatriz, eu lamento você
ter esse fim, primeiro porque você é uma adolescente brilhante que tinha tudo
para dar certo, e depois porque a sua mãe não merece isso.
Bárbara- {chorando}: Beatriz, me diz que isso que estão falando é
mentira.
Renato: Mentira? Eu tenho provas do que eu estou falando a
verdade, a sua filha não tem provas de que estamos acusando-a injustamente.
Delegado: Ontem fomos à fundação casa e encontramos um
garoto lá. Nós encontramos a digital dele nessa arma e ele contou detalhe por
detalhe o que aconteceu. Não tem como salvar a menina desse crime, já temos
prova de que ela teve envolvimento com o autor do estupro da Isabela e que ela
quem estava usando o celular do Fagner no dia em que a foto da filha do senhor
Renato foi espalhada pela escola.
Renato entrega 3 fotos para o
delegado.
Renato: Aqui nós temos os prints que a amiga da Beatriz
nos deu ontem, ela pegou o celular dela e tirou print do whatsapp, print das
conversas, sendo que nessas conversas tem a conversa dela com o autor do
estupro da minha filha e tem um print dela avisando que a minha filha estava
saindo de casa.
Beatriz permanece tensa e percebe
que está sem saída. Bárbara sofre muito e olha fixamente sua filha. Isabela
olha triunfante para Beatriz. O delegado fica surpreso com o print.
Renato: Veja também a foto do rapaz e me diga se não é o
mesmo que ela estava conversando na rua?
Beatriz: Foi o Nicolas, não foi? Aquele desgraçado resolveu
acabar com a minha vida.
Isabela- {grita/desabafa}: Ninguém acabou com a sua vida, Beatriz. Você
acabou consigo mesma. Não foi o Nicolas que criou esse ódio que você tanto
sente pela minha família, não foi ele quem te deu ideia para pagar alguém pra
cometer um ato estupro, ele não te deu o celular do Fagner para você espalhar a
minha foto íntima para a escola, ele não se empurrou da escada como você fez
com ele na sua casa.
Beatriz- {furiosa}: Até isso ele contou?
Renato: O que você estava achando, Beatriz? Que você
ficaria impune de tudo o que você fez?
Bárbara- {sofre}: Filha, eu não estou acreditando nisso, você é pior
do que o seu pai. Como você teve coragem de fazer umas barbaridades dessas?
Beatriz- {olhos marejados/grita}:
Como você ousa dizer uma coisa,
dessas? A senhora é a principal culpada disso tudo! Quem mandou se envolver com
esse homem?
Bárbara: Então quer dizer que a culpa do seu mau-caratismo
é minha? Me conta que dia que foi que eu mandei você pegar em uma arma e matar
uma pessoa? Quando te ensinei expor o próximo? Como eu te ensinei a pagar
pessoas para estuprar as outras? Eu te ensinei a empurrar alguém da escada?
Acho que você nunca viu eu te dando esses exemplos, não é, Beatriz? –{Autoritária}- Então não venha colocar
a culpa das suas tramóias por causa de um erro que eu cometi, você não tem a
moral para me jogar umas coisas dessas na minha cara!
Beatriz: Tenho sim, tenho porque você é uma vagabunda!
Bárbara se enfurece e dá uma
bofetada em Beatriz.
Bárbara: Você não fale assim comigo mais, Beatriz.
Delegado: Depois vocês falem o que quiser falar na hora das
visitas da sua filha, porque nós não vamos adiar a prisão dela.
Beatriz fica desesperada, as mãos
da menina soam, seu corpo fica trêmulo, a câmera lenta marca o olhar agonizado
de Beatriz.
Cena 2: Rua// Manhã//
Cristina está dirigindo o carro,
enquanto Mariana mexe no celular.
Cristina- {pensa}: Otária, você não sabe o que te espera, sua
vadiazinha de quinta.
Enquanto isso, Mariana percebe
que está sendo levada para um local muito afastado. Ela mantém o silêncio e
decide mandar uma mensagem para Eriberto.
Mensagem de Mariana: Eriberto, eu estou ficando com medo. A Cristina
disse que passaria na casa da tia dela comigo, mas já tem muito tempo que ela
não chega nessa tia dela e eu estou ficando com medo.
Mariana olha para Cristina, que
devolve um sorriso debochado. A jovem fica desesperada.
Mariana-{disfarça}: A casa da sua tia é muito longe. Pensei que era no
caminho.
Cristina- {maléfica}: Você acha mesmo que estamos indo para a casa da
minha tia? Que ingênua você, Mariana!
Mariana- {desesperada]: Pra onde você está me levando, sua desgraçada?
Cristina- {sorri maliciosamente}:
Você já vai saber, sua vaca.
Mariana: Nem que eu morra, eu não vou a lugar algum com
você.
Mariana tenta abrir a porta e se
jogar para fora, mas a porta está travada.
Cristina: Acha mesmo que eu seria burra de deixar as portas
destravadas?
O medo toma conta de Mariana, a
menina pega o volante de Cristina e começa virar. Cristina empurra a menina e
as duas lutam pelo volante na avenida, os carros começam a buzinar pelo
descontrole do automóvel de Cristina. A mulher consegue ser mais forte e estaciona
o carro. Cristina e Mariana brigam bravamente. A diretora consegue pegar sua
bolsa e tira uma arma de lá, ela aponta para Mariana, que fica assustada.
Cristina- {ameaça}: Olha, eu vou te dar umas algemas e você vai
colocá-las, querida, se tentar algo, eu mato você.
Cristina tira algemas de sua
bolsa e entrega para Mariana. A menina coloca uma e Cristina coloca a outra. A
mulher arranca o carro e dirige segurando a arma.
Cristina- {diabólica}: Você já sabe, né querida? Uma tentativa e você
morre na hora.
Mariana fica com muito medo e
decide ficar quieta, enquanto Cristina dirige.
Cena 3: Fórum// Sala de
Julgamento// Interior// Manhã//
A mãe de Megan olha insatisfeita
para o advogado e ele percebe.
Advogado de Megan: Eu protesto esse pedido do advogado da reclamada.
Juiz- {intrigado}: Baseado em que o senhor protesta?
Advogado de Megan: Isso é uma injustiça com a minha cliente, não se
pode deixar uma pessoa assim solta por aí. Nós sabemos que existem vários
presídios de menores onde eles podem receber esse tratamento, por exemplo, a
Fundação casa é um dos lugares onde isso acontece.
Advogado de Natiely: Meritíssimo, o que ele está falando de fato pode
ter um fundo de razão, nós sabemos que um delinqüente não pode ficar solto, mas
também sabemos que não se pode condenar uma pessoa sem saber o motivo dela
cometer o ato. Como o júri pode ver, as provas que apresentei são concretas e
as bases psicológicas feita pela doutora Rebeca são profundas e ali consta que
a minha cliente necessita de um tratamento. Para que uma condená-la à ser
detida se ela nem passou pelo tratamento? Os pais estão dispostos a assinar um
acordo e se responsabilizarem por tudo o que a cliente fizer de errado nesse
tempo de tratamento, acreditamos que com a chance do tratamento, a minha
cliente vai demonstrar-se curada psicologicamente, ela vai pagar uma multa por
infringir a lei e por abusar da imagem da Megan.
O juiz fica pensativo. Megan e
sua mãe olham para Natiely e seus pais. Os advogados das partes se olham
fixamente e expressam a rivalidade. O júri se entreolha e trocam olhares com o
juiz.
Juiz: Vamos dar uma pausa. Quando voltarmos, nós daremos
a sentença para a vítima e para a agressora.
Algumas pessoas levantam-se
tensas. Natiely e seus pais vão até o advogado.
Natália- {preocupada}: O que você acha? A minha filha vai ser livrada
dessa prisão?
Advogado de Natiely: Eu estou muito confiante que sim, acho que a
sentença vai ser o pagamento da multa.
Fidelis: Deus queira que seja isso, eu não vou suportar ver
a minha filha em um abrigo.
Natália e Fidelis abraçam sua
filha. O juiz observa a família e observa a atitude da mãe de Megan, que olha
para a família expressando vingança.
Cena 4: Fundação casa// Quarto de
Leandro e seus amigos// Interior// Manhã//
Pedro, Luis e Gabriel permanecem
com medo de serem flagrados.
Pedro- {nervoso/disfarçando}: Isso é uma brincadeirinha nossa.
Luis: É, nós brincamos assim com o Leandro e com o
Lucas.
Inspetora- {furiosa/grossa}: Depois de tudo que ouvimos, vocês querem que
acreditamos em vocês? Olha o que vocês fizeram com dois colegas de quarto? E
pra que isso? Quem está vendendo essas porcarias aqui na fundação?
Rebeca: Eu espero que vocês sejam verdadeiros, porque se
não contarem quem está fazendo isso, vamos levar em consideração que vocês quem
estão vendendo isso por aqui.
Gabriel: Nós não vendemos nada.
Inspetora: Então falem logo quem está vendendo?
Pedro, Luis e Gabriel ficam com
medo dos carcereiros que estão apontando armas para eles. Os jovens ficam
calados.
Rebeca: Garotos, vocês têm certeza de que vão levar essa
culpa?
Luis: Nós não temos nada demais ara vocês dizerem que
estamos vendendo essas coisas.
Inspetora: Até que se prove o contrário, vocês serão
suspeitos e vão ficar afastados de todos.
Rebeca: Quero que vocês nos dêem esses canivetes.
Os meninos entregam os canivetes
para a inspetora.
Inspetora- {P/ os carcereiros}: Podem levá-los para os quartos de castigo.
Os carcereiros levam os meninos,
a inspetora vai atrás e a psicóloga fica no quarto.
Rebeca: Viu como vocês não precisavam ter medo?
Lucas: Eu já disse pra ele muitas vezes, mas ele ficou
com medo de matarem ele.
Leandro: Muito obrigado por tudo, Rebeca, você está nos
ajudando bastante. Eu não posso te agradecer pelo que você faz senão com
palavras.
Rebeca olha para Leandro e Lucas
com muito amor. A mulher abraça os dois e vai embora.
Cena 5: Mansão de Cristina//
Osasco-SP// Sala// Interior// Tarde//
Cristina chega com Mariana ao
local. Ela empurra a menina, que cai no chão.
Cristina: Você deveria pensar muito bem antes de entrar na
sala das pessoas sem ser chamada.
Mariana tenta levantar-se, com
muita dificuldade ela consegue se sentar, pois permanece algemada.
Mariana- {enfrenta}: Você é uma assassina, sua desgraçada!
Cristina: Ninguém pode te salvar, queridinha, é uma pena. Eu
queria apenas te tirar do colégio, mas você quem quis procurar caroço no angu.
Mariana: E finalmente eu descobri quem você é, sua
criminosa.
Cristina: Você acha que elas morreram por quê? À toa não
foi, sua burra. Infelizmente você procurou o mesmo caminho que o delas.
Mariana: Você não gosta de ninguém, sua piranha, você gosta
é de ficar com homens por prazer.
Cristina: Foi ótimo ter prazer com o Eriberto. Você não sabe
como eu fiquei louca.
Mariana- {joga na cara}: Você acha que ele ficou com você por que quis
mesmo? Ele ficou por obrigação, querida. Até um cego consegue ver que ele não
gosta de você. A senhora está achando que ele realmente gostou disso? Me diz
uma coisa, você tem a certeza de que ele estaria fazendo isso tudo se não
estivesse sendo chantageado? –{Provoca}-
Com quem você acha que ele estaria agora?
Cristina vai até Mariana e dá
duas bofetadas no rosto da menina, que sorri.
Mariana: Você é uma louca! Não aguenta se ver derrotada,
mas por mim você sempre será. Mesmo que me matar, o Eriberto nunca vai te amar,
sua vadia.
Cristina aponta a arma para
Mariana.
Cristina: Com um tempo ele te esquece, ele pode amar quem
ele quiser, menos você porque eu não aceito perder, sua cachorra no cio.
A câmera fica lenta, Cristina
ouve o barulho de sua porta sendo arrombada e vira-se para trás. Muitos
policiais invadem o local, deixando a mulher surpresa. Cristina entrelaça seu
braço no pescoço de Mariana e aponta uma arma na cabeça da jovem. A velocidade
da câmera volta ao normal.
Delegado: Achou que não iríamos te encontrar, né Cristina?
Temos acesso aos seus patrimônios.
Cristina- {intimida}: Qualquer movimento e eu atiro nela.
Eriberto chega desesperado.
Eriberto- {chocado/com medo}: Mariana?
Cristina- {sorri}: Agora sim vai ferver.
A câmera se divide em três, foca
no rosto de Cristina, Mariana e Eriberto.
Cena 6: Fórum// Sala de
Julgamento// Interior// Tarde//
Natiely, seus pais e o advogado
se posicionam em seus lugares, assim como Megan, sua mãe e o seu advogado.
Natiely- {aflita}: O juiz não vai chegar não?
Advogado de Natiely: Acalme-se, não tenha pressa, eu estou convicto de
que ele vai estar do nosso lado.
Natália: Tomara que o júri pense assim também.
Natália e a mãe de Megan se
encaram por um longo tempo. A câmera fica lenta e foca no olhar de Megan e
Natiely. O júri e o juiz entram na sala e se posicionam. A velocidade da câmera
volta ao normal.
Natiely- {tensa}: Meu coração vai sair pela boca.
O juiz bate o martelo e a atenção
de todos se viram a ele.
Juiz- {sério}: Diante o parecer do júri e todas as informações
que me foram dadas, eu já tenho uma decisão, mas antes de qualquer coisa,
gostaria de dizer algumas palavras.
Todos ficam tensos e confusos com
a atitude do juiz, que faz um sinal com a mão pedindo para Natiely se
aproximar.
Juiz: Natiely Braga, todos os seres humanos fazem coisas
impensáveis ao decorrer da caminhada da vida. Quem não erra, não é verdade?
Qualquer um aqui sabe que falsidade ideológica é um crime, além disso você
difamou, usou imagens de outras pessoas, sem contar que expôs a vítima ao
ridículo, mandando fotos íntimas para que pensassem que fosse ela. Perante as
leis, você deveria ser enviada a um abrigo de menores infratores e seus pais e
qualquer outra pessoa que tenha a sua guarda, pode perdê-la imediatamente. Ao analisarmos
o diagnóstico, nós vemos que você teve uma decisão, e é isso que define a regra
da vida. Seria injusto condenar uma pessoa doente mentalmente, mas também é
injusto que ela não pague de alguma forma. Agradeça ao seu advogado, você não
será enviada a abrigo e nem seus pais perderão sua guarda, mas vocês vão pagar
uma multa para a vítima.
Natiely, seus pais e o advogado
comemoram. Megan, sua mãe e o advogado ficam frustrados.
Cena 7: Fundação casa- {feminino}//
Exterior// Tarde//
A viatura estaciona em frente à
delegacia. A câmera fica lenta. Beatriz sai do carro com dois policiais ao
lado. A menina para e olha o prédio.
Beatriz- {assustada}: Não, eu não vou entrar aí!
Os policiais vão até Beatriz. A
menina finge que sentiu uma pontada no peito e o policial segura-a. Beatriz
consegue ser rápida e pega a arma do policial, ela aponta o objeto na cabeça do
homem. A menina tira a algema do homem e coloca nas mãos dele.
Beatriz: Eu vou levá-lo até a frente e vocês vão ficar
paradinhos, se vocês derem um passo, eu estouro os miolos dele. E eu não estou
brincando, não venham tentar fazer um acordo. –{Grita}- Coloca a chave da viatura no carro e depois disso todo
mundo se afasta.
Um policial faz isso e eles vão
se afastando. Bárbara e Renato chegam à fundação e ficam chocados ao verem o
que a menina está fazendo.
Beatriz: Quero todo mundo se afastando.
Os policiais se afastam muito.
Beatriz empurra o policial e rapidamente ela entra no carro. A menina dá a
partida e sai cantando pneu. Os policiais rapidamente entram nas viaturas e vão
atrás dela. Bárbara fica desesperada.
Bárbara- {chora}: Meu Deus, o que está acontecendo com a minha
filha? Eu não acredito que a Beatriz possa ser assim.
Renato abraça Bárbara.
Os policiais e Eriberto ficam
tensos.
Eriberto- {implora}: Deixa eu ficar no lugar dela, Cristina.
Cristina: Não quero te ver machucado, meu bem, ainda mais
agora que estamos juntos.;
Mariana: Você é uma louca.
Cristina- {grita}: Cala boca, sua piranha!
Cristina bate com a arma na
cabeça de Mariana.
Delegado: O que você quer pra soltar ela?
Cristina: Não me venham com esse papinho, eu sei que vocês
vão me pegar depois. Vocês podem pegar, mas depois que ela estiver morta!
Delegado: Se você largar ela, vai ser melhor para você.
Cristina- {diabólica}: Eu prefiro matá-la.
Cristina passa a arma no pescoço
de Mariana e com muita força, ela empurra o ombro da menina para baixo,
fazendo-a ajoelhar. Cristina aponta a arma para a cabeça dela.
Cristina: Três... Dois... e um...
Ouve-se um tiro, Eriberto dá um
grito que ecoa.
Cena 9: BR// Tarde//
Beatriz dirige o carro em alta
velocidade. O delegado faz comunicação com a viatura que ela está.
Delegado: Se você não se entregar, vamos atirar no carro.
Beatriz- {determinada}: Nunca, estão me ouvindo? Eu nunca vou ser presa.
Delegado: Nós tentamos fazer um acordo. O que acontecer já é
uma coisa que você procurou.
Um policial posiciona seu corpo
para fora até a cintura, ele segura-se num apoio e consegue ficar firme. O
policial dispara um tiro no vidro traseiro do carro e Beatriz assusta-se. O
delegado volta a se comunicar com Beatriz.
Delegado- {insistente}: Você tem certeza de que não vai se entregar?
Beatriz- {firme}: Eu já falei que não. Vocês podem fazer o que
quiser.
O delegado dá um sinal para o
policial disparar novamente e dessa vez pega no vidro dianteiro, que quebra
quase que a metade.
Delegado- {pressiona Beatriz}: É a última vez que eu te pergunto se tem certeza
do que quer. Porque agora nós vamos atingir as rodas do carro e eu não vou
perguntar mais.
Beatriz fica pensativa.
Beatriz- {pensa}: Nem morta eu vou ser pega. Eu não vou ser presa,
nem que eu tenha que viver na miséria.
Delegado: Posso entender essa resposta como um “não”?
Beatriz: Pode, porque eu não vou me entregar.
Eles vão chegando a um local com
curvas acentuadas.
Delegado- {P/ o policial}: Pode atirar.
O policial atira na roda traseira
esquerda de Beatriz. A câmera fica lenta, a viatura que Beatriz está perde o
controle e a parte traseira do carro se movimenta para o lado direito até cair
na ribanceira. O automóvel vai girando até parar. A câmera foca em Beatriz
dentro do carro com seu rosto escorrendo sangue. A gasolina começa a vazar na
face de Beatriz e queima com fogo.
Beatriz- {grita/ecoa}: Socorro... Tá doendo...
A menina tenta se mexer, mas não
sente os movimentos das pernas. A velocidade da câmera volta ao normal e os
policiais correm para ajudar Beatriz antes que o carro exploda.
A
imagem escurece e vai clareando aos poucos.
Cena 10: Mansão de Cristina//
Sala// Interior// Tarde//
Eriberto, com a mão no peito fica
aterrorizado. Mariana está ajoelhada e trêmula. Cristina cai no chão, agonizada
e Gabriela é revelada com uma arma na mão. Os policiais correm e tomam as
pistolas das mãos de Cristina e Gabriela.
Delegado: Chamem uma ambulância.
Mariana olha para trás e chora ao
ver sua amiga. Ela corre até Gabriela e abraça-a.
Mariana: Obrigada, amiga.
O delegado vai até Gabriela.
Delegado- {inconformado}: Você ficou maluca? Ela poderia ter matado sua
amiga.
Mariana: Ela me protegeu, quem está ficando louco deve ser
o senhor!
Eriberto- {abraça Mariana}: Você está bem, meu amor?
Mariana abraça Eriberto
rapidamente. Mariana vai até sua mochila e depois até o delegado. Enquanto
isso, Cristina está fraca no chão.
Mariana: Essa louca não só tentou me matar, como já fez
isso e conseguiu com outras alunas por causa de professores.
Delegado- {intrigado}: Do que você está falando?
Mariana tira tudo o que pegou na
sala de Cristina e mostra ao delegado. A menina também mostra o vídeo que
gravou dela e da mulher.
Delegado: Que ficha criminal, hein?
Mariana- {debocha}: Pra você ver que a justiça desse país vai longe.
Cena 11: Anoitece. Parque
Ibirapuera// Interior//
Megan e Henry estão sentados.
Megan: Ela ficou livre da prisão, mas em compensação vai
me pagar muito dinheiro.
Henry- {ressentido}- Eu não quero mais falar nisso, só queria saber
mesmo como foi.
Megan: É uma ótima ideia esquecer esse assunto. Não vamos
perder mais tempo.
Megan beija Henry. Enquanto eles
se beijam, Henry não para de pensar em Natiely.
Fade-in- Last Friday Nigth- {Katy
Perry}
Flashback:
1- Parque Ibirapuera// Tarde//
Ao perceber que ele
está aproximando-se, ela levanta e os dois acabam se esbarrando.
Natiely-
{vergonhosa}: Me
desculpe.
Henry: Eu que peço desculpas.
Natiely: Não, que isso, foi eu quem acabei
entrando na sua frente.
Henry: Você estuda no Colégio Nivelar, não
estuda?
Natiely-
{surpresa/alegre}: Como
você sabe?
Henry: Pode não parecer, mas eu reparo
muito as coisas. Você anda com duas amigas suas.
Natiely: Sim, prazer, eu me chamo Natiely. {estende a mão}
Henry- {pega na mão
dela e dá um beijo}: E
meu nome é Henry, princesa.
2- Mansão Braga// Sala// Interior//
Manhã//
Natiely: Então, eu tirei umas fotos suas e
até gravei um vídeo. Eu vou deixar você vendo o vídeo enquanto eu vou ali em
cima buscar um negocinho que comprei para você.
Henry- {surpreso}: Negocinho? Nossa eu estou
importante, já está me presenteando!
Natiely- {sorri}: Bobo.
3- Mansão Braga// Sala// Interior//
Tarde//
O coração de
Natiely acelera. Ela olha fixamente para Henry, que percebe o que está
acontecendo e olha para os lábios da menina, que o deseja bruscamente. As mãos
de Henry soam e ele aproxima o seu rosto de Natiely.
Natiely-
{ofegante}: Eu não
quero que você faça algo que não queira.
Henry-
{lentamente}: Agora
eu quero fazer isso. Deixa eu aproveitar o momento. Não vamos nos fechar para
isso que está acontecendo.
Natiely e Henry
suspiram. Henry encosta sua testa na de Natiely. Ele passa seu nariz no dela e
os seus olhos brilham olhando um para o outro.
Fim do flashback.
Henry para de beijar Megan.
Henry- {apaixonado}: Me perdoa, Megan, mas eu não te amo.
Henry deixa Megan e sai correndo,
a menina fica furiosa.
Fade-out- Last Friday Night-
{Katy Perry}
Megan- {com raiva}: Desgraçada! Além de não ser presa, roubou meu
homem.
Cena 12: Hospital// Quarto de
Beatriz// Interior// Noite//
Bárbara entra ao local e chora ao
ver sua filha acamada e desacordada. O médico observa a menina. O rosto de
Beatriz está protegido com faixas.
Bárbara: O que aconteceu com minha filha, doutor?
Médico: Várias coisas, dona Bárbara!
Bárbara- {sofre/inconformada}: Doutor, isso não pode estar acontecendo!
Médico- {lamenta}: Eu sinto muito em informar, mas sua filha perdeu o
movimento das pernas.
Bárbara chega até Beatriz,
chorando, a mulher sofre a cada momento em que se aproxima.
Bárbara- {geme}: Filha não... –{T}-
Ai, meu Deus... –{Vira-se para o
médico}- Eu quero ver o rosto dela.
Médico- {receoso}: Você tem certeza? Acho que você não aguentaria...
A câmera fica lenta, o médico vai
até Beatriz e pouco a pouco vai tirando as faixas do rosto da menina. Bárbara
chora compulsivamente ao ver como o rosto de sua filha ficou deformado. A
mulher fica horrorizada a cada faixa que vai saindo e cada imperfeição que ela
vai notando. Ao tirar tudo, Bárbara fica horrorizada e boquiaberta.
Bárbara- {agoniada}: Fecha isso, pelo amor de Deus, doutor.
O médico vai coloca as faixas
novamente e Bárbara fica traumatizada.
Cena 13: Mansão Riccari// Sala// Interior//
Noite//
Mauricio está sentado no sofá e
Isabela está com a cabeça no colo dele. O menino acaricia os cabelos dela.
Isabela: Mesmo que eu não goste da Beatriz, eu não acho que
ela merecia ter esse fim.
Mauricio: Infelizmente foi o que ela procurou, meu amor.
Isabela: O que mais me preocupa é a Bárbara, pelo que meu
pai disse no telefone a Beatriz está com o rosto deformado. Quando o carro
parou o capote, ele começou a pegar fogo e queimou a face dela.
Mauricio- {chocado}: Meu Deus, a Bárbara deve estar arrasada.
Isabela: Sim, muito arrasada.
Mauricio- {feliz}: Eu pude notar que depois que seu pai voltou, você
está tão bem. Estou muito feliz.
Isabela: Olha, o meu pai vai demorar a voltar, parece que a
Bárbara vai ficar por um bom tempo com a Beatriz.
Mauricio: E o que você quer fazer?
Fade-in- Begin Again- {Taylor
Swift}
Isabela- {descarada}: Amor com você.
Mauricio fica chocado com o que a
menina lhe diz, mas ele gosta e solta um olhar apaixonado.
Mauricio: Então quer dizer que você me ama?
Isabela- {fofa}: Muito, meu príncipe.
Mauricio- {apaixonado}: Eu também te amo muito, minha princesa. –{T}- Você tem certeza de que quer
fazer isso comigo?
Isabela- {convicta}: Nunca estive tão certa na minha vida.
Mauricio fica nervoso e Isabela
percebe.
Isabela- {receosa}: O que foi? Não quer? Ou...
Mauricio: Não, eu não sou virgem e não é porque não quero.
Mas com você eu vou fazer de uma forma tão especial. Eu tenho medo de você não
gostar.
Isabela- {derretida}: Ai, que fofo, meu lindo.
Isabela e Mauricio se beijam.
Eles se olham fixamente e Mauricio pega a menina no colo. A câmera lenta foca
nos dois olhando-se apaixonadamente.
Cena 14: Mansão Riccari// Quarto
de Isabela// Interior// Noite//
A câmera continua lenta e foca em
Mauricio colocando Isabela na cama. A menina sorri para o namorado. Eles
sentam-se frente a frente e se beijam.
Isabela- {encantada}: Eu vou te amar para sempre. Não existe outro homem
pra mim se não for você.
Mauricio coloca sua mão no rosto
de Isabela e eles se olham fixamente.
Mauricio- {amoroso}: Enquanto a morte não nos separar, eu vou continuar
te amando.
Isabela- {sem graça}: Estou com um friozinho na barriga.
Mauricio- {maravilhado}: Eu nunca desejei alguém tanto como eu te desejo.
Isabela beija Mauricio apaixonadamente
e eles vão se ajoelhando na cama. Os dois se agarram e passam a mão no corpo do
outro. Isabela tira a camisa de Mauricio e ele tira a blusa dela. Os dois saem
da cama e tiram as suas calças. Mauricio beija o pescoço de Isabela, e vai
tirando o sutiã. Isabela beija o tórax de Mauricio e descendo cada vez mais.
A
imagem escurece e clareia.- Isabela e Mauricio estão transando com um lençol
tampando um pouco acima da cintura.
A
imagem escurece e clareia.- Isabela e Mauricio rolam pela cama e a face deles
expressa prazer.
A
imagem escurece e clareia.- Isabela e Mauricio estão deitados, a menina
encosta a cabeça no braço dele e abraça-o.
Isabela- {extasiada}: Foi melhor do que eu esperava.
Mauricio- {encantado}: Minha Isabela.
Os dois se beijam.
A
imagem cai escurecendo e clareia lentamente.
Fade-out- Begin Again- {Taylor
Swift}
Cena 15: Mansão Braga// Quarto de
Natiely// Interior// Noite//
Natiely está em sua cama
chorando. A menina está sentada e coloca o vídeo de Henry em sua sala fazendo
uma apresentação.
Fade-in- A Thousand Years-
{Christina Perri}
Natiely- {passa a mão na tela do
celular}: Eu te perdi de vez.
Natiely assusta-se ao ver Henry
abrindo a porta do seu quarto desesperadamente. O menino está ofegante e ela
estranha.
Natiely- {confusa}: Henry? O que você está fazendo aqui? Veio me
xingar, né? Acredito que deve ter ficado triste porque não fui levada para o
abrigo de menores.
Henry aproxima-se de Natiely e
segura o queixo dela.
Henry: Eu acabei de largar a Megan pra vir aqui te dizer
que te amo e que eu não vou deixar que esse erro acabe com o amor que sinto por
você. Eu não consigo te esquecer.
Natiely e Henry se beijam
apaixonadamente.
Fade-out- A Thousand Years-
{Christina Perri}
Cena 16: Dois anos se passam.
Fundação Casa// Exterior// Tarde//
Monalisa e Lucas estão aflitos do
lado de fora e espera por Leandro. O menino sai e fica feliz ao sentir a
sensação de liberdade. Leandro corre e dá um forte abraço em sua mãe.
Monalisa- {emocionada}: Filho, que bom que você está aqui!
Leandro: Graças a Deus, mãe. E nada vai nos separar mais.
Leandro dá beijos em sua mãe e
depois dá um abraço em Lucas.
Leandro: Vocês são pessoas muito importantes na minha vida.
Lucas: Que isso, cara, você me ajudou tanto, me deu tanta
força. Você é como se fosse um irmão pra mim.
Leandro: Mãe, e o Fernando?
Monalisa: Está morando nos Estados Unidos, ele ganhou uma
bolsa, mas mandou isso.
Monalisa tira um porta-retrato
com a foto dos dois. Leandro se emociona.
Leandro: Ele conseguiu o que queria, graças a Deus.
Monalisa: Sim, filho.
Leandro- {receoso}: Mãe, eu queria fazer uma coisa.
Monalisa: Que coisa?
Leandro- {olhos marejados}: Eu quero ir ao túmulo do meu pai.
Monalisa fica chocada com o
pedido de Leandro e eles se olham fixamente.
Cena 17: Penitenciária Feminina
de Sant’Ana// Pátio// Exterior// Tarde//
Cristina está com seus olhos
roxos, seu cabelo desarrumado e os braços com marcas de agressões. Ao seu lado
está Beatriz, de cadeira de rodas e seu rosto deformado.
Cristina- {amargurada}: O que o destino preparou para nós?
O olhar de Beatriz expressa
bastante sofrimento.
Beatriz: Eu não sei, eu só sei que quando sair daqui, eu
vou fazer de tudo para não voltar.
Beatriz olha fixamente para um
ponto e fica pensativa.
Cristina: Estão armando uma fuga, o que acha?
Beatriz: Pelo menos se eu prestasse para fugir. Olha pro
meu estado?
Cristina: Eu não sei quem está pior, se é você que não pode
andar e está com essa cara deformada, ou se sou eu que posso andar, mas estou
toda dolorida de agressão.
Beatriz: Isso não é vida, isso na verdade são as decisões,
elas fazem da nossa vida uma regra.
Cristina olha para Beatriz e fica
pensativa.
Cena 18: Cemitério// Interior//
Tarde//
Leandro, Monalisa e Lucas vão
andando pelo cemitério. A câmera fica lenta e foca em Leandro avistando o nome
de seu pai. O menino vai até o túmulo, ele se joga chorando.
Leandro: Me perdoa, pai... Me perdoa...
Leandro chora e as lágrimas caem
sobre o túmulo, escorrendo até chegar na terra, molhando-a. Monalisa e Lucas
observam o sofrimento do menino e se comovem. Após chorar inconsolavelmente,
Leandro cai em cima do caixão, agonizado.
Flashback:
Gilberto: Enfim, eu sei que sou responsável
por muitas coisas que acontecem na sua vida. Mas me deixa fazer diferente?
Deixa eu tentar ser uma pessoa melhor? Me deixa entender o que é ser um pai de
verdade? Amigo, companheiro, compreensivo?
Os olhos de Leandro
se enchem de água e ele fica paralisado com tudo aquilo, em sua cabeça vêm
vozes em momentos que ele chorava de dor, onde ele dizia que não queria o pai
que tem.
Leandro-
{emocionado}: Desde
aquilo que eu passei na minha infância com o senhor, eu nunca te vi como um pai
de verdade.... –{Com dificuldade}- Eu
olhava para os meus amigos com os pais levando eles na escola e nunca entendi o
porquê das coisas que o senhor fazia comigo. Eu sempre senti que só a minha mãe
me amava... Eu nunca acreditei no seu amor de pai... Eu nunca pensei que
pudesse existir alguém assim... Ver o senhor fazendo isso... É novo pra mim,
porque tudo o que eu sentia por você era nojo, ódio, desprezo...
Monalisa e Gilberto
sofrem com o desabafo do filho.
Gilberto- {chora}: Filho, me perdoa... Eu preciso de
ajuda!
Leandro pega nas
mãos do pai.
Leandro: Eu te perdôo.
Gilberto abraça o
filho com muito desespero e dá beijos na testa do menino. Monalisa chora de
felicidade.
Fim do flashback.
A câmera volta a sua velocidade
normal.
Leandro- {grita}: Não!
o rapaz tosse de tanto chorar e
seus gemidos são ecoados. Monalisa levanta o filho e abraça-o. Eles saem
lentamente do cemitério.
Cena 19: Mansão Riccari//
Jardim// Exterior// Tarde//
Isabela e Mauricio estão muito
bem vestidos e estão à frente de uma mesa grande com algumas pessoas. Jasmín,
Nicolas, Henry, Natiely, Mariana, Eriberto, Gabriela, Bárbara e Renato.
Isabela: Bom, como todos sabem, é uma reunião de noivado.
Eu nunca imaginei que algumas pessoas estariam aqui, mas graças a Deus estão, é
uma honra saber que Mariana e Gabriela são nossas amigas, porque éramos piores
inimigas. –{Elas sorriem}- Jasmín,
Natiely e Bárbara, amigas esplêndidas que eu agradeço a Deus todos os dias por
essas amizades, foram as pessoas que estiveram comigo nos piores momentos e
sempre me apoiaram. Henry, Nicolas e Eriberto estão entrando para o círculo de
amizades, meu futuro maridinho que me amou praticamente desde que me viu. –{Os dois olham-se apaixonados}- Meu
companheiro, meu amigo fiel e uma pessoa que me arrependo de tantas coisas que
eu fiz, mas que soube me perdoar e não deixou que os erros fossem maior do que
o nosso amor. E agora a pessoa mais especial da minha vida, o meu pai. Esse
homem quem foi a minha mãe também, ele me deu todo amor que eu precisava, me deu
apoio, cuidou de mim nos mínimos detalhes, me lembro de quando a minha mãe
morreu e ele me dava banho, me dava comida na boca, –{Isabela e Renato choram}- ele me levava para a escola, ia ao
shopping comigo, me escutava, quando eu estava chorando, ele ia me abraçar, um
homem que Deus me deu e eu quero cuidar mesmo depois de casada.
Isabela limpa os olhos, Renato
também. Eles levantam as taças com champanhe e brindam.
Gabriela: Gostaria de agradecer a Isabela e suas amigas por
nos dar uma oportunidade de ser amigas delas, não é Mariana?
Mariana: Verdade, eu conheci o verdadeiro significado de
amizade com elas.
Eriberto: Eu vou ficar com ciúmes.
Todos riem.
Bárbara: Obrigada pelas palavras, Isabela.
Isabela manda um beijo para
Bárbara.
Isabela: Te amo.
Bárbara: É uma pena a minha filha não estar aqui conosco.
Nicolas: Infelizmente foi uma decisão dela, dona Bárbara.
Henry: O importante é ela se mostrar arrependida depois
que sair da cadeia.
Natiely: Saiba que se ela estiver sendo sincera, nós
estaremos prontas para ser amigas dela.
Jasmín: Não vamos falar de coisas tristes, por favor.
Estamos em um momento especial.
Mauricio: Eu quero falar uma coisa!
Renato: Fala, meu querido genro.
Mauricio- {olhos marejados}: Eu queria dizer que eu amo muito vocês e que eu
entendi o verdadeiro significado de ter uma família, porque eu não tive e agora
sei que realmente tenho.
Todos se abraçam e estão felizes.
Isabela e Renato se afastam e olham fixamente para o jardim.
Isabela: Obrigada por tudo, papai.
Renato: Obrigado você por ser a minha filha mais especial,
mas não vai ser a única.
Isabela olha rapidamente para seu
pai e sorri.
Isabela: O que você disse?
Renato: É isso mesmo, você vai ter um irmão ou uma irmãzinha.
Isabela corre até Bárbara.
Isabela: Safadinha, você não ia me contar nada!
Bárbara: Seu pai te contou?
Renato: Foi inevitável.
A câmera se afasta e a imagem vai
escurecendo.
Cena 20: Narração// A cena vai
clareando.
A câmera vai mostrando o mar.
Narração: Decisões. Ah! As decisões, elas fazem parte do
nosso dia-a-dia. Nós sabemos que cada decisão que tomamos, temos um novo modelo
de vida para seguir, por isso tome as melhores decisões. Não importa o que
aconteceu com você no passado, não importa como as pessoas te tratam, não
importa quão ruins e injustas as pessoas sejam, sempre tome decisões corretas. –{Imagens de Beatriz e Cristina na prisão}-
Ninguém e nem situação pode mudar os seus valores e quem você é, mesmo que
as situações sejam adversas, sempre tomem boas decisões, isso faz parte da
vida. Decida se arrepender, –{imagens de
Leandro, Monalisa, Natiely e Henry}- decida ser forte quando os problemas
queiram te derrubar, –{imagens de
Bárbara, Renato, Isabela, Mauricio, Jasmín, Nicolas, Mariana, Eriberto e Gabriela}- decida ser
único(a), decida ser diferente sempre. Lembrem-se sempre, as decisões, trazem
regras para sua vida.
A imagem se divide
em duas, fixa no rosto de Isabela triunfante e de Beatriz frustrada, fica preta
e branca, fixando-se em um quadro.