Os Frutos da Imaginação | Capítulo 17 #OsFrutosDaImaginaçãoNoWM

 

Fruto da Imaginação

 17º capitulo

 

Casa de Antônio / Sala

·         Luiza: Entra Bernardo… Você esta passando bem?

 

·         Bernardo: Estou sim Dona Luiza. Eu vim falar com o Antônio posso?

 

·         Luiza: Claro Bernardo… Entra. Vou deixar vocês a sós.

 Bernardo entra e Antônio fica surpreso.

Luiza Sai.

·         Antônio: Bernardo?! Sente-se.

 

·         Bernardo: Nós podemos conversar Antônio?

 

·         Antônio: Claro Bernardo. Estou muito feliz, em vê-lo.

 

·         Bernardo: Eu só quero entender tudo isso. Por que logo você? Por que o passado veio á tona agora, e dessa maneira?

 

Bernardo começa a chorar e Antônio tenta se manter firme, mas também chora.

·         Bernardo: Logo o cara que eu achei que passou a me odiar depois que passei a bater de frente na Universidade, descubro que me odeia antes de eu nascer.

 

·         Antônio: Não é isso Bernardo. Não te odeio, e nem nunca odiei.

 

·         Bernardo: Não?! Abandonar covardemente como você fez com a gente, não é odiar? Como se chama isso? Desprezo… aborto né? Por que o que você fez comigo foi justamente isso.

 

·         Antônio (chorando): Eu posso ao menos contar o que houve? Ai você diz se aceita ou não.

 

 

·         Bernardo: Não sei se o que me disser, seja lá o que for, será capaz de mudar esse quadro.

 

·         Antônio: Bernardo, eu fui seqüestrado. Eu, sua mãe e seu irmão morávamos no interior do Rio de Janeiro. Éramos muito felizes, tínhamos um casamento super abençoado. Porém meses após sua mãe descobrir que estava grávida de você, num dia qualquer, eu sai pra trabalhar e no caminho fui assaltado e seqüestrado, levado para um lugar bem distante e lá fiquei em cativeiro por vários dias, até que consegui fugir e sendo perseguido por uns caras, levei um tiro e caí num rio, onde consegui sobreviver, graças a uns pescadores que estavam a Margem desse rio. Foi quando descobri, que estava no nordeste do Brasil. Sofri pois, não lembrava de muita coisa e passei por necessidades, até que um tempo depois consegui uma carona até São Paulo. Onde consegui reconstruir minha vida. Voltei até a cidade onde morei com sua mãe, mas vocês não estavam mais por lá. E com isso não tinha como encontrá-los e nem saber por onde vocês estariam. Cresci na vida, mas posso te garantir Bernardo. Nunca esqueci de vocês. Seu nome eu não sabia mesmo, pois ainda não havia sido decidido até o dia do seqüestro.

 

         Bernardo parece aliviado por saber que Antônio disse não ter abandonado propositalmente. Mas mesmo assim, reluta em acreditar.

·         Bernardo: Parece verdade essa história, mas não convence. Realmente, se isso fosse em uma novela, seria uma trama interessante. Mas estamos falando de vida real. FORÇA de um destino.

 

·         Antônio: Pode acreditar Bernardo. Por tudo que é mais sagrado.

 

·         Bernardo: Desculpe, mas não dá… Preciso ir pro Hospital.

  Bernardo levanta apressado

·         Antonio: Só pensa se essa sua rejeição toda, não é por que justamente eu também sou a pessoa que te expulsou da Universidade e também se envolveu no acidente do seu irmão.

 

·         Bernardo: Com licença. Acho que já ouvi demais por hoje.

 Bernardo sai e Antônio sofre.

·         Antonio: Acho que meu filho nunca mais vai me perdoar.

 Casa de Bernardo / Sala

·         Sérgio: Não tem necessidade de você ir ao hospital Regina. O Bernardo já esta lá. Amanhã você vai. Já esta tarde.

 

·         Regina: Estou preocupada com o Bernardo. Mas realmente, já esta tarde. Vou trocar de roupa pra deitar. Se você ver o Bernardo chegar, me avisa ta?

 Regina vai para o quarto e Sérgio está inquieto, parecendo preocupado

·         Sérgio: Eu não posso permitir que ela encontre com o Antonio novamente.

 Outro dia…

 Casa de Bernardo / Sala

·         Regina: Bom dia Bernardo, meu filho… Chegou muito tarde ontem?

 

·         Bernardo: Bom dia mãe. Não muito… fui na casa do Antônio.

 

·         Regina: E ai? Vocês conversaram?

 

·         Bernardo: Eu precisava ouvir a versão dele sobre toda essa historia.

 

·         Regina: e ai? Ele explicou tudo?

 

·         Sérgio: Claro que ele vai enrolar Regina. Nada que ele justificar ira convencer.

 

·         Bernardo: Isso mãe. O Sérgio tem razão. Nada que ele disse pra mim fará sentido. Mas vamos deixar as águas rolarem. A senhora vai poder ir pro hospital? Estou com uma baita dor de cabeça.

 

·         Regina: Claro que vou. Já estou pronta. Só estava te esperando. Mas fica em casa meu filho. Descansa um pouco mais. Sérgio, você vem comigo?

 

 

·         Sérgio: Não Regina. É melhor eu ficar aqui, caso o Bernardo precise.

·         Regina: Tudo bem… Estou indo.

 Regina sai e Sérgio demonstra preocupação com Bernardo.

·         Bernardo: Eu vou voltar pra cama.

 

·         Sérgio: Toma café Bernardo. Você precisa Comer. E esquecer as “lorotas” que esse cara esta inventando.

 

·         Bernardo: Obrigado Sérgio… realmente estou sem fome nenhuma.

 

·         Sérgio: Qualquer coisa você fala, ta?

 

·         Bernardo: Valeu… muito obrigado

 Bernardo vai para o quarto.

·         Sérgio: Ele não pode se aproximar do pai.

 Hospital / Quarto

 Antônio está em pé e chorando próximo a cama em que Léo esta deitado.

·         Antônio : Como eu queria estar no seu lugar agora meu filho. Sei lá, pra compensar todos esses anos que estive fora. Como eu precisava contar tudo pra você sobre o que aconteceu que me levou a sumir da sua vida. E logo agora, que ocorreu esse grave acidente, descubro que eu quase matei meu filho… Leo, se de alguma forma você esta me ouvindo, saiba que eu não fiz por mal, saiba que eu não desapareci de propósito. Eu fui seqüestrado e perdi todos os contatos, mas nunca me esqueci de vocês meu filho. E se você voltar, eu tenho certeza que repararei toda esse ausência. Vamos curtir tudo meu filho, vou te ajudar a criar o meu netinho. Que por sinal é lindo. Eu lembro de quando você era do tamanho dele que nós brincávamos, tomávamos sorvetes…ai meu filho… Volta meu filho, volta.

 Regina entra no quarto

·         Regina: Desculpa Antonio… Não sabia que estava aqui. Depois eu volto

 

·         Antonio: Não Regina… fica. Eu estou conversando com o nosso filho (chora) Eu queria muito que você acreditasse em mim. Eu queria muito que o Bernardo entendesse tudo o que aconteceu. Eu juro que…

 Regina corta Antônio

 

·         Regina: Você realmente contou a verdade pro Bernardo?

 


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