uma webnovela de JAIR VARGAS
| SERRA NEGRA, HOSPITAL, QUARTO, INTERIOR
Ricardo descobre que o irmão fugiu, e ligando os pontos, deduz que ele só pode ter voltado a Rosa do Barão e seguido para casa de Helena, e sob ameaças, Renata é obrigada a levar Ricardo que se passa por Eduardo até a casa de HelenRicardo descobriu que o irmão havia fugido, e ligando os pontos, deduziu que ele só poderia ter ido para casa de Helena, e sob ameaças, Renata foi obrigada a levar Ricardo que se passava por Eduardo até a cidade vizinha.
|| ROSA DO BARÃO, CASA DE HELENA, SALA, INTERIOR, TARDE
Denis recebe o telefonema de Helena pedindo urgentemente que ele venha até a casa dela. Ele não consegue entender o motivo, por isso acha melhor ir o mais rápido possível e quando chega na casa de Helena, se surpreende com a presença de Eduardo.
DENIS (Surpreso): – Eduardo?
EDUARDO: – Sim, sou eu, meu amigo!
Eduardo abraça Denis.
DENIS: – Como você? O que aconteceu? Está tudo bem?
EDUARDO: – Está tudo bem, mas temos que agir rápido!
HELENA: – Como assim, Eduardo?
EDUARDO: – Nesse momento o Ricardo deve estar vindo para cá, e por isso devemos chamar a polícia.
HELENA: – Tem certeza disso?
EDUARDO: – Sim, absoluta. O Ricardo virá direto para cá.
DENIS: – Deixe que eu chamo a polícia, Eduardo!
EDUARDO: – Faça isso, meu amigo. – Diz ao se sentar ao lado de Helena e Felipe. – Eu não vejo a hora de tudo isso acabar.
HELENA: – Eu também não quero mais passar por isso, Eduardo. – Ela diz pousando uma de suas mãos sobre as mãos de Eduardo.
||| ROSA DO BARÃO, RUA, EXTERIOR, TARDE
Ricardo está transtornado e ameaça constantemente Renata, que fica amedrontada, e dirige cada vez mais rápido. O sol está quase se pondo.
RICARDO: – Eu não sou louco, se é isso que você está pensando!
RENATA: – Não estou pensando nada.
RICARDO: – Quem é perigoso aqui é o meu irmão, ele sim. Ele vai me pagar!
Assim que Ricardo entra com Renata na rua que fica a casa de Helena, é surpreendido por vários carros de polícia, e Renata desesperada freia o carro, porém Ricardo não está com ideia de se entregar tão facilmente, por isso rende Renata novamente e sai do carro com ela em seu poder.
LAURO: – Solta a moça, Ricardo!
RICARDO: – Não mesmo! – Diz se afastando para calçada sob a mira de Lauro e outros agentes.
Todos que estão na casa de Helena saem após perceberem a movimentação, e Denis se surpreende ao ver Renata rendida por Ricardo.
DENIS: – Renata!!! – Ele grita correndo, mas Eduardo consegue segurar.
EDUARDO: – Calma, Denis, calma!
DENIS: – Eu não consigo ter calma nessa hora, Eduardo!
EDUARDO: – Você conhece aquela moça?
DENIS: – Sim!
EDUARDO: – Foi ela quem cuidou de mim no hospital onde estive esse tempo.
DENIS: – Não vou deixar que o Ricardo faça algo contra ela, não mesmo.
EDUARDO: – Fique calmo! Tudo vai acabar bem.
Lauro tenta convencer Ricardo, mas ele está irredutível.
RICARDO: – Só solto ela depois que eu acabar com o Eduardo!
Quando todos se distraem , Denis num ato impensável corre até Ricardo que no susto solta Renata e parte pra cima de Denis, porém Denis consegue desarmá-lo. Ricardo cai na calçada depois do soco de Denis e quando ele pensa em se levantar, Lauro se aproxima e o algema.
LAURO: – Ricardo Gouveia, você está preso!
Denis se aproxima de Renata.
DENIS: – Você está bem, Renata?
RENATA: – Sim, mas por um momento eu achei que fosse o fim!
DENIS: – Não diga isso, agora está tudo bem!
RENATA: – Obrigada!
Denis abraça Renata, que o beija.
DIAS DEPOIS
|||| ROSA DO BARÃO, PRESÍDIO, CELA, INTERIOR, MANHÃ
Demétrio não esperava ver o irmão dele alí, vivo e agora preso. Fica feliz por saber que o irmão está vivo, mas triste por vê-lo preso. Ricardo é colocado na mesma cela que Demétrio.
DEMÉTRIO: – O que aconteceu, Ricardo?
RICARDO: – Fui preso, não está percebendo?
DEMÉTRIO: – Estou, mas como isso foi acontecer?! Eu disse pra você me esperar, eu disse que resolveria tudo e que você não deveria se preocupar!
RICARDO: – Eu não sou mais criança, Demétrio. Eu queria acabar com o Eduardo sozinho, mostrar do que eu sou capaz!
DEMÉTRIO: – Mas olha só o que você conseguiu com tudo isso! Eu não consigo acreditar que você fez isso, não consigo entender.
RICARDO: – Já fiz, Demétrio. Eu não ia esperar por sei lá quantos anos até você agir, e além do mais parece que não foi somente eu quem não conseguiu meu intento.
DEMÉTRIO: – Deixemos disso, irmão, lembre-se do nosso pacto e acharemos um jeito de sairmos daqui, você verá. – Diz ao abraçar Ricardo. – Tudo ficará bem!
||||| ROSA DO BARÃO, EMPRESA, SALA DA PRESIDÊNCIA, INTERIOR, MANHÃ
Eduardo vai direto para empresa e fica feliz ao ver Denis sentado na cadeira de presidente da empresa.
EDUARDO: – Posso entrar, senhor presidente? – Pergunta ao sorrir, entrando na sala em seguida.
DENIS (Sorrindo): – Sim, Eduardo. E essa cadeira é sua, só estou ajudando, pois a hora que você quiser voltar, pode voltar.
EDUARDO: – Não vou voltar, Denis.
DENIS: – Como assim, Eduardo? E o que vai ser da empresa?
EDUARDO: – Você está fazendo um grande trabalho, Denis. Confio em você.
DENIS: – Obrigado por confiar. Mas o que você pensa em fazer? Perguntou Denis.
EDUARDO: – Ainda não sei, mas só sei que tenho que mudar de profissão.
DENIS: – E a Helena, meu amigo?
EDUARDO: – Estou com ela! Disse Eduardo ao abrir um sorriso. Não a deixarei mais, nem ela e nem meu filho!
|||||| AUSTRÁLIA, APARTAMENTO DE LUISA, INTERIOR, NOITE
Isaque vem da cozinha com uma xícara de chá e se senta ao lado de sua prima no sofá.
ISAQUE: – Ainda bem que tudo ficou bem, Luisa. Só não estou satisfeito com esse tempo todo para o julgamento do Demétrio e do Ricardo.
LUISA: – E quanto tempo é Isaque?
ISAQUE: – Seis meses, Luisa. E nesse tempo todo não quero nem imaginar do que o Demétrio ou Ricardo sejam capaz de fazer. Eu tenho que fazer alguma coisa, não posso ficar esperando que eles fujam da prisão.
LUISA: – Você não vai fazer nada, Isaque! Você precisa cuidar de sua vida agora e deixar tudo isso para lá, pois a justiça será feita.
TRÊS MESES DEPOIS
||||||| ROSA DO BARÃO, PRESÍDIO, INTERIOR, MANHÃ
Eduardo precisa falar com Demétrio e Ricardo pela última vez antes de viajar com Helena e Felipe. Chegoa cedo no presídio pra onde os dois foram transferidos e fica cara acom cara com Emanuel.
EMANUEL: – O que você faz aqui, Eduardo?
EDUARDO: – Vim pra ver o Demétrio e meu irmão.
EMANUEL: – Acho que eles não vão querer ver você, Eduardo.
EDUARDO: – Isso é eles que vão me dizer, Emanuel.
EMANUEL: – Eu não quis parecer chato, Eduardo, mas também estou muito impressionado com tudo isso, e desejava assim como todos que tudo isso terminasse.
EDUARDO: – Mas já acabou, Emanuel. Não precisa se preocupar, tudo acabou bem!
EMANUEL: – Você não sabe do que está falando, Eduardo.
Emanuel sai da presença de Eduardo, que fica pensativo.
Eduardo é levado até a sala de visita onde fica frente a frente com Demétrio e Ricardo.
DEMÉTRIO: – O que te trouxe aqui? Veio pedir desculpas?
RICARDO: – Veio tirar sarro da gente?
EDUARDO: – Nem uma coisa nem outra. Eu não vim pedir desculpas alguma, pois não fiz nada que me levasse a esse ato, e também não vim rir de vocês, pois não tenho vontade nenhuma de rir da situação que vocês se encontram. Eu vim aqui pra dizer que perdoo vocês, pois apesar de tudo, Ricardo eu sempre o considerei como meu irmão, e você Demétrio, eu o tinha como um grande amigo.
DEMÉTRIO: – Era só isso que você tinha pra dizer?
EDUARDO: – Sim!
RICARDO: – Nós não queremos o seu perdão, Eduardo!
EDUARDO: – Não podia esperar mais de vocês mesmos, foi perca de tempo ter vindo aqui, pois o coração de vocês, se é que existe um coração aí, ele é feito de Pedra, assim como o meu quase se tornou no tempo em que estive aqui odiando vocês.
Eduardo sai da sala sob os olhares raivosos de Demétrio e Ricardo.
|||||||| ROSA DO BARÃO, CASA DE DENIS, SALA, INTERIOR, MANHÃ
Virgínia percebe Denis pensativo próximo da janela, e estranha o fato dele também ter se afastado um pouco de Renata nos últimos tempos. Ela se aproxima de Denis.
VIRGÍNEA: – O que está te deixando assim, Denis?
DENIS: – Eu lembro muito do meu pai! Tiraram ele de mim por um simples capricho, Virgínia.
VIRGÍNEA: – Mas a justiça será feita, meu querido, você vai ver!
DENIS: – Será mesmo? – Ele pergunta se virando para Virgínia e limpando algumas lágrimas.
MESES DEPOIS
||||||||| ROSA DO BARÃO, PRESÍDIO, INTERIOR, MANHÃ
Ricardo e Demétrio estão apreensivos com esse dia, pois é o julgamento dos dois.Está na hora do almoço, a comida chega e como sempre, são distribuídas para todos os prisioneiros.
DEMÉTRIO: – Será a última vez que vamos comer essa porcaria, meu irmão.
RICARDO: – Estou torcendo para que tudo dê certo, Demétrio.
DEMÉTRIO: – Vai dar certo, e logo estaremos fora daqui.
Demétrio e Ricardo começam a comer, e entre as colheradas, sorriem.
|||||||||| ROSA DO BARÃO, TRIBUNAL, INTERIOR, TARDE
Eduardo, Denis, Helena, Isaque, Felipe, Gerusa e Saulo, todos estão no tribunal esperando pela chegada dos réus.
HELENA: – Tenho fé de que a justiça será feita! – Diz ao abraçar Eduardo.
EDUARDO: – Também acredito nisso, Helena.
ISAQUE: – Teremos paz a partir de agora, Eduardo.
Denis sorri com a certeza de que enfim a justiça chegará para o verdadeiro assassino de seu pai.
||||||||||| ROSA DO BARÃO, PRESÍDIO, CELA, INTERIOR, TARDE
O Carcereiro vai até a cela onde estão Ricardo e Demétrio para levá-los até o forum, porém assim que vê os dois, percebe algo de muito estranho. O agente chama várias vezes, porém ninguém ouve e acabou entrando na cela e constatando que os dois não respiram mais.
CARCEREIRO: – Estão mortos!
|||||||||||| ROSA DO BARÃO, TRIBUNAL/CARRO, INTERIOR/EXTERIOR, TARDE
Todos no tribunal recebem a notícia da morte de Demétrio e Ricardo, e todos também se entreolham tentando entender o que aconteceu.
Na saída, o mistério que paira no ar deixa tudo estranho. Assim que deixam o tribunal, o tempo se fecha. Alguns trovões anunciam a grande chuva que começa a cair rapidamente . As pessoas correm na direção de seus veículos.
Isaque está no carro olhando para o retrovisor de forma fixa.
ISAQUE: – Finalmente tudo acabou! – Diz ao girar a chave do carro.
Denis olha insistentemente para o celular enquanto Eduardo e Helena entram no carro, fugindo da chuva.
DENIS: – Meu pai… meu pai, obrigado por ter me ajudado! – Agradece enquanto olha uma foto de seu pai no celular.
||||||||||||| ROSA DO BARÃO, CASA DE EMANUEL, INTERIOR, SALA , NOITE
Emanuel observa a chuva cair enquanto bebe vinho. Ele afasta a taça da boca, um pouco de vinho cai em sua camisa branca, ele sorri.
EMANUEL: – O que realmente importa é que a justiça foi feita! – Diz deixando a taça cair para em seguida perder as forças dos outros membros e caindo morto em seguida.
FIM
0 Comentários