Pobre Chique | Cap. 20 #PobreChiqueNoWM


POBRE CHIQUE
Web Novela de EVERTON BRITO
Escrita por EVERTON BRITO
Colaboradores FAILON TEIXEIRA
                STHEFANI CLAUDINO
Capítulo 20.



CENA 01. APARTAMENTO DE MARIA [INT./DIA]
MARIA- Como assim preso?
Nádia acaba de contar a história para Maria, que surpresa, senta-se no sofá.
NÁDIA- É isso mesmo, o Tadeu foi acusado de tentativa d homicídio pela polícia.
MARIA- Mas isso não faz o menor sentido!
NÁDIA- Disseram que o tanque de gasolina tinha água, o que causou danos e pelas câmeras de segurança da estrada, o veículo parou no meio de tudo e foi aí que o caminhão o acertou em cheio.
MARIA- Água? Mas como água foi parar no tanque de gasolina.
NÁDIA- Não sei, essa história está bem sinistra. 
MARIA- E se a gente tivesse acesso às câmeras de segurança do Clube, no estacionamento. Se foi armação, alguém com certeza precisou chegar lá e jogar água no tanque.
NÁDIA- Tem razão...
MARIA- Vamos lá já. A gente precisa encontrar alguma coisa. Todas as provas estão apontando para o Tadeu, mas qualquer coisa, por mínima que seja, vai aliviar para o lado dele. Vem!
Maria pega sua bolsa. Nádia vai atrás. As duas saem. 




CENA 02. HOTEL APPLAUSE- QUARTO DE RODRIGO [INT./NOITE]
Rodrigo está nervoso, andando freneticamente de um lado para o outro em seu quarto. Pondo as mãos na cabeça, puxando o cabelo.
RODRIGO- Meu Deus do céu, eles vão me pegar. Eu vou ser preso, eu vou ser preso. O que é que eu vou fazer?
Rodrigo pensa um pouco, olha para seu guarda-roupa, abre-o e rapidamente retira uma mala gigante. Joga em cima da cama, abre e começa a jogar algumas coisas e roupas nela.
RODRIGO- Já sei, eu vou fugir daqui, eu vou sair desse lugar. Ninguém nunca vai me achar... É isso.
Rodrigo para um pouco, olha para a mala e depois continua.
CENA 03. HOSPITAL- RECEPÇÃO [INT./NOITE]
Algumas pessoas a espera de notícias de seus entes internados nesse hospital. O telefone da recepção não para de tocar. Enfermeiros e médicos circulando por toda parte. Todos distraídos. Ferdinando acaba de adentrar no local e não perde tempo ao notar o descuido dos funcionários, passa pela recepção de fininho, sem ser notado e caminha até os corredores.
CENA 04. HOSPITAL- QUARTO [INT./NOITE]
Carlos está ditado, dormindo na cama do hospital. Não havia acordado desde o acidente hoje mais cedo. Ferdinando abre a porta e sente alívio ao vê-lo. 
FERDINANDO- (Cochicha) Te achei...
Ferdinando fecha a porta devagar e caminha com cuidado até a cama onde Carlos dorme.
FERDINANDO- Como é que você está? 
Passa a mão por sua cabeça, afagando. Carlos se mexe e vai acordando, Ferdinando dá um passo para trás.
CARLOS- Onde é que eu estou?
Faz cara de dor, abre os olhos.
CARLOS- Tá tudo escuro. Por que tá tudo escuro?
Ferdinando, surpreso, passa a mão frente ao rosto de Carlos, que nem reage. E surpreso, desequilibra e quase cai.
CARLOS- O que está acontecendo? Eu não estou conseguindo enxergar nada! Alguém!
Carlos tenta levantar, ele põe os pés no chão, levanta e dá alguns passos, tropeça no pé da cama e cai no chão. Ferdinando corre para ajudá-lo a levantar-se.
FERDINANDO- Carlos... Carlos sou eu Ferdinando. Carlos, diz que você está me vendo, me fala! Consegue me enxergar.
Carlos chora e entra em desespero. 
CARLOS- Eu não estou conseguindo ver nada... Eu não estou conseguindo ver nada. Me ajuda, por favor!
FERDINANDO- Enfermeira! Um médico, por favor!
Ferdinando põe-se a gritar, enquanto tenta ajudar Carlos.
FERDINANDO- Alguém ajuda!
CENA 05. HOSPITAL [INT./DIA]
Dominique está sentada na cadeira, abraçada consigo mesma, chorando. O médico se aproxima. Levanta de imediato.
DOMINIQUE- Como ta minha mãe?
MÉDICO- Infelizmente... A gente tentou fazer de tudo...
DOMINIQUE- Não, não, não, não...
Dominique chora desesperadamente.
MÉDICO- Dominique... A sua mãe tinha um tumor no cérebro. Era como uma bomba relógio, se não cuidasse, uma hora vai explodir... Foram oferecidos vários tratamentos médicos. Aqui, fora do Brasil, mas ela resistiu e não quis o tratamento. 
DOMINIQUE- A minha mãe estava doente e eu não sabia. Eu não me esforcei, eu não participava da vida dela... Eu nunca fui uma boa filha, nunca. Acho que foi por isso que ela não quis se tratar.
Dominique respira ofegante.
DOMINIQUE- Seu eu pudesse voltar no tempo, talvez.
Dominique puxa o ar, mas não sai. 
MÉDICO- Dominique, você está passando bem?
Em uma fração de segundos, as vozes ecoam em sua cabeça, tudo se encontra lento e embaraçoso. Ela não consegue respirar. Sai correndo para
FORA do hospital, na chuva. Grita alto e chora quando respira.
CENA 6. CADEIA – CELA [INT/NOITE]
Tadeu está sentado em um pequeno colchão. Ele se levanta, e esbarra em um preso.
PRESO- Tá maluco Mano? Não me viu aqui não?
TADEU- Me desculpa, eu não quis esbarra em você. Eu ia para o banheiro.
Tadeu, com pressa, sai em direção ao banheiro, mas o preso o puxa pelo braço.
PRESO- Para onde pensa que ôce vai? 
TADEU- Eu vou no banheiro, eu tô muito apertado.
PRESO- Agora a gente vai ter uma conversa. Quem sabe na prensa que vou te dar, você vai solta o que tá querendo. Por que foi preso Mano?
TADEU- Eu fui preso injustamente. Mas me prenderam por homicídio culposo. Eu sou inocente.
PRESO- Inocente? Tá ouvindo galera? Ele é inocente?
TADEU- Você é ridículo sabia? Vocês que não passam de um bando de bandidos e drogados. Que vão mofar na cadeia.
PRESO- Agora você vai engolir o que falou.
O preso dar um soco em Tadeu. Em seguida, mas dois chegam. Tadeu leva muito socos e chutes. Os outros presos gritam, BRIGA. Tadeu, consegue dá um soco em um preso. Eles o dão um chute na sua barriga. Tadeu cai no chão. Os guardas chegam e apartam a briga.
GUARDA- Vocês estavam brigando por qual motivo?
Tadeu, está ferido e caído no chão.
GUARDA- Solitária, meu amigo! Pelo visto eu já sei quem começou.
O guarda leva o preso para a solitária.
CENA 7. RÁDIO DA CIDADE – [INT/NOITE]
O radialista está na sua cabine de locução. Ele está com muita pressa, que seu programa comece logo.
RADIALISTA- O programa já era para ter começado.
O radialista pega o CD de Tadeu, dentro das caixas com outros CDS de cantores desconhecidos. Ele põe na fita e começa a tocar.


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