O Beijo da Serpente | Capítulo 23 (ANTE PENÚLTIMO) #OBeijoDaSerpenteNoWM🐍

uma webnovela de JAIR VARGAS
produção de LABIRINTO RADICAL



CENA 1: OURO VERMELHO | ÁREA AFASTADA DA CIDADE | EXTERIOR | FIM DA MANHÃ
Um carro sem placa está em alta velocidade pela estrada que dá acesso à uma antiga fábrica. O veículo só para em frente ao portão, no qual tem dois homens que o abrem. A porta do veículo se abre, Nilza é retirada por um dos homens, está desmaiada. De repente um outro homem se aproxima da janela do carro.
HOMEM: – Será como combinamos? – Pergunta abrindo um pequeno sorriso.
MULHER: – Nada mudou, então será sim como combinamos. – Responde, tocando o braço do homem, as unhas vermelhas voltam a aparecer.


CENA 2: OURO VERMELHO | MANSÃO REAL LIMA | SALA | INTERIOR | FIM DA MANHÃ
Taís caminha em direção a janela. Ela fica pensativa antes de voltar o olhar para Heitor.
TAÍS: – Eu sei que esse telefonema tem algo a ver com minha avó, eu sei. – Diz, olhando para Heitor.
Heitor fica cabisbaixo, coloca o telefone no gancho e caminha até Taís.
HEITOR: – Tem sim, tem a ver com sua avó. – Afirma, segurando nas mãos dela. – Eles disseram para não contar, mas não posso esconder isso de você, não posso.
TAÍS: – O que aconteceu com minha avó, Heitor? – Pergunta extremamente preocupada, sentindo que se trata de algo realmente sério.
HEITOR: – Parece que ela foi sequestrada, Taís… eles ainda não pediram o resgate, mas é o que Parece. – Revela, deixando Taís boquiaberta.
Taís leva as mãos à boca, incrédula com o que pode ter acontecido com a avó. Ela começa a bater nas mãos de Heitor.
TAÍS: – Não, não! Isso não pode ter acontecido, Heitor. Minha vó sequestrada, não! – Grita aflita.
Heitor abraça Taís, somente assim ela se acalma, mas chora no peito dele, temendo o que pode acontecer com a avó.
HEITOR: – Não irá acontecer nada com ela, Taís, prometo. – Diz, beijando a testa dela. – Seja quem for que estiver fazendo isso, vai pagar. – Afirma a apertando contra o peito.

CENA 3: OURO VERMELHO | CONDOMÍNIO CONSTELAÇÃO | ELEVADOR | INTERIOR | FIM DA MANHÃ
Rodrigo consegue alcançar Bernardo ainda no elevador, que por sua vez se fecha, descendo com os dois. Ambos se olham, um olhar que não consegue disfarçar o que um sente de verdade pelo outro.
RODRIGO: – Eu não posso deixar você ir, não vou deixar você ir, Bernardo. – Diz e então abraça Bernardo, um abraço bem apertado. – Não posso deixar que minha felicidade vá embora assim, não posso ser tão burro pra deixar de ser feliz ao seu lado só por medo. – Continua, enquanto olha nos olhos dele. – Eu errei em ter deixado você pela minha insegurança, só pensei em mim mesmo, e nada mais. – Conclui antes de beija-lo.
Bernardo também se entrega ao beijo que fica cada vez mais intenso.

CENA 4: OURO VERMELHO | ÁREA AFASTADA DA CIDADE | FABRICA ABANDONADA | INTERIOR | TARDE
A mulher que tem Nilza em seu poder caminha de um lado para o outro. O salto do sapato faz um grande barulho ao tocar o solo, ela passa inúmeras vezes em frente de Nilza que continua desacordada. Ela para e se abaixa, ficando com o rosto muito próximo de Nilza, então é possível ver que é Ariana com um visual novo que tenta esconder uma grande cicatriz do rosto.
ARIANA: – Achou que tinha se livrado de mim, querida vovó, mas não foi bem assim. Aquele idiota do Vitório nunca faz o trabalho direito, impressionante, ele é um perfeito inútil, pois se tivesse matado aquela infeliz da Taís quando teve chance, a gente não estaria aqui nesse momento. – Diz, segurando o queixo de Nilza. – Mas tudo isso vai ter um fim, tudo isso vai acabar em breve e poderemos voltar a sermos felizes antes da chegada daquela bastarda. – Continua enquanto se levanta, ela caminha até próximo da porta, então pega o celular. – Voltei e não foi para brincar de gato e rato, agora vou ter o que quero. – Conclui, saindo do galpão.

CENA 5: OURO VERMELHO | MANSÃO REAL LIMA | SALA | INTERIOR | TARDE
Taís está sentada junto de Heitor, ambos esperam um telefonema prometido pela pessoa que sequestrou Nilza. Eles se assustam um pouco quando o aparelho toca e é Heitor quem tem a iniciativa de atender, assim que ele coloca o telefone próximo do ouvido, começam a falar, exigindo o resgate. Taís ouve com atenção, dando carta branca para Heitor pagar o que pedirem.
HOMEM (Do Outro Lado da Linha): – Ela, a neta dela tem de ir sozinha com a mala de dinheiro, pois do contrário vocês nunca mais vão ver essa velha, falou? – Indaga.
Heitor olha com certa apreensão para Taís, que por sua vez aceita a última condição.
HEITOR (Ao Telefone): – Ok, ela estará no local combinado com o dinheiro e sozinha. – Afirma, concordando a contra gosto.
A ligação é encerrada. Heitor deixa o telefone e segue para perto de Taís.
HEITOR: – Você tem certeza de que quer fazer isso realmente, meu amor? – Pergunta com grande receio.
TAÍS: – Sim, apesar do medo que estou sentindo. Não importa o dinheiro ou outra coisa, o que importa agora é ter minha avó aqui bem e comigo. – Responde, abraçando Heitor.
HEITOR: – Eu amo muito você e não irei me perdoar se algo lhe acontecer. – Diz, devolvendo o abraço.
TAÍS: – Vamos ter fé em Deus que tudo vai dar certo e que isso logo vai se acabar. – Pede, abraçada ao seu amado.

CENA 6: OURO VERMELHO | CONDOMÍNIO CONSTELAÇÃO | APARTAMENTO DE HEITOR | QUARTO | INTERIOR | FIM DE TARDE
Camisas jogadas no chão, cuecas em cima da poltrona, calças próximas da cama. A janela aberta faz com que o vento sopre, movimentando assim as cortinas. Na cama, Rodrigo e Bernardo estão deitados enrolados em um lençol branco, um olha para o outro, sorrindo.
BERNARDO: – Poderia ficar assim pra sempre com você, seria perfeito. – Diz, tocando a ponta do nariz de Rodrigo.
RODRIGO: – É o que eu mais quero, Bernardo. Quero também viver ao seu lado sem aquela insegurança, sem aquele medo quase bobo. – Afirma, fechando e abrindo um pouco os olhos ao sentir a mão de Bernardo tocar um lado de seu rosto.
BERNARDO: – A gente vai ser feliz, mais feliz do que antes, prometo! – Ele beija Rodrigo, que por sua vez se entrega ao momento cheio de amor.

CENA 7: OURO VERMELHO | FÁBRICA ABANDONADA | EXTERIOR | FIM DE TARDE
Ariana se aproxima de um dos homens que está próximo de um carro preto, ela olha com certa atenção para ele.
ARIANA: – Os explosivos estão prontos? – Pergunta observando o carro.
HOMEM: – Prontos para serem detonados, a hora em que achar melhor. – Responde de forma séria.
ARIANA: – Muito bem, e isso será logo, assim eu espero. – Diz, sorridente. – A minha vingança será completa finalmente. – Afirma, seguindo para dentro do depósito.

CENA 8: MANSÃO REAL LIMA | QUARTO | INTERIOR | NOITE
Taís está pensativa sentada em sua cama, ele chora pensando na avó. De repente, a porta se abre e Heitor entra com duas maletas grandes, Taís olha apenas de soslaio. Heitor se senta ao lado da mulher que ama e põe sua mão sobre a dela.
TAÍS: – Se eu não tivesse vindo para cá talvez não passaríamos por isso. – Comenta se sentindo culpada mais uma vez.
HEITOR: – Se isso não tivesse acontecido, nós não iríamos nos conhecer tão bem, não iríamos nos amar da maneira que nos amamos. Isso tudo não é culpa sua, meu amor. Há um culpado, mas não sabemos quem é. Não se sinta assim de maneira alguma. – Diz, tentando deixá-la um pouco melhor do que aparenta estar. – Você verá que tudo vai dar certo e que logo estaremos em paz novamente. – Ele a abraça e beija.
Taís olha para as malas e se levanta, ela segue até a janela do quarto, logo volta o olhar para Heitor.
TAÍS: – Meu coração está apertado, mas eu vou conseguir fazer isso. – Afirma antes de olhar para o relógio de pulso. – Está na hora. – Diz, voltando para perto de Heitor.
Heitor abraça e beija Taís novamente. Ambos seguem para fora do quarto com as malas.

CENA 9: OURO VERMELHO | ESTRADA | EXTERIOR | NOITE
Taís segue com muita cautela pela estrada de chão, ela pensa na avó, pensa em Heitor. Ela de momentos em momentos olha para as duas maletas que carrega no banco do passageiro.
TAÍS: – Que Deus me ajude! – Pede olhando para frente e mantendo a atenção no caminho.
Assim que ela começa se aproximar da fábrica abandonada, reduz ainda mais a velocidade. Taís está apreensiva com o desfecho de tudo isso.

CENA 10: MANSÃO REAL LIMA | SALA | INTERIOR | NOITE
Heitor olha pela janela, está aflito demais e parece esperar por alguém. Ele respira um pouco mais aliviado ao notar um carro estacionando em frente da casa. Heitor então segue para a porta e assim que abre fica de frente para um homem de sua altura, porém mais moreno.
HEITOR: – Que bom que está aqui, Luciano. – Diz, estendendo a mão e cumprimentando o homem.
Luciano entra. Heitor fecha a porta. Luciano volta o olhar para Heitor.
LUCIANO: – Ela já foi ao encontro marcado, não foi? – Indaga caminhando até o sofá. Ambos se sentam.
HEITOR: – Sim, e por isso que estou assim, aflito, com um pouco dos nervos à flor da pele. – Responde se ajeitando no sofá. – Eu não sei se consigo ficar aqui esperando, Luciano. – Confessa nervoso.
LUCIANO: – Não precisará, logo podemos ir para o local também, Heitor. – Afirma, sincero.
HEITOR: – Estou com medo de alguma coisa dar errado, Luciano e se isso acontecer, eu vou morrer de culpa. – Diz, cabisbaixo.
LUCIANO: – Eu coloquei os meus melhores homens nisso, Heitor. Acredite, vai dar tudo certo! – Afirma sem dúvidas tentando tranquilizar o amigo de longa data.
Heitor pensa em Nilza que sempre foi como uma mãe para ele. Também pensa em Taís, ele então se levanta.
HEITOR: – Podemos ir para lá? – Pergunta um tanto ansioso e com receio.
Luciano também se levanta e responde a pergunta do amigo apenas com um acenar positivo de cabeça. Ambos seguem para a porta.

CENA 11: FÁBRICA ABANDONADA | EXTERIOR | NOITE
Taís para o carro bem em frente à um grande portão, ela observa o silêncio assustador que se faz presente. Taís se assusta ao baterem no vidro da janela, ela então olha, ficando espantada e surpresa com o que vê.
TAÍS: – Você?! – Diz, surpresa com a pessoa parada fora do carro.
A imagem se congela, logo se parte em diversos pedaços com o surgimento de uma serpente Vermelha.


CONTINUA

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