O Beijo da Serpente | Capítulo 24 (PENÚLTIMO) #OBeijoDaSerpenteNoWM🐍

uma webnovela de JAIR VARGAS
produção de LABIRINTO RADICAL
CENA 1: OURO VERMELHO | FÁBRICA ABANDONADA | EXTERIOR | NOITE
Taís sai do carro ainda espantada com a presença da pessoa ali. Ela olha com muita atenção para ele.
TAÍS: – O que você faz aqui, Ricardo? – Indaga, curiosa. Ela olha para os lados, desconfiada. Ricardo percebe.
RICARDO: – Eu não tive escolhas, Taís. Eu fiquei nas mãos dela depois de tudo que aconteceu, ela deu um jeito de fazer com que eu pudesse pegar prisão perpétua pelo que eu na verdade não fiz, por isso em vez de ir pra cadeia, preferi estar com ela.
Taís tenta entender de quem Ricardo fala, mas não consegue de primeira saber do que se trata. Ela fica pensativa olhando para Ricardo
TAÍS: – Eu realmente queria acreditar em você, Ricardo, mas não há como. Minha avó foi sequestrada e agora estou trazendo o dinheiro do resgate… mas o que me deixa realmente intrigada é ver você aqui… por acaso não está envolvido nesse crime, está? – Indaga ainda mais desconfiada.
Ricardo leva a mão na cabeça, parece ter ficado um pouco nervoso. Ele gira para lá e para cá, parando novamente de frente para Taís.
RICARDO: – Você acha que se eu tivesse envolvido nisso tudo, estaria aqui agora na sua frente? Eu estou aqui apenas pra dizer que você deve ir antes que seja tarde. – Responde, sério. – Ela quer matar você é sua avó juntas, essa é a única coisa que interessa para ela no momento, então faça o favor de sair daqui o mais cedo possível. – Diz, irritado tentando fazer com que Taís vá embora.
TAÍS: – Eu não vou sair daqui sem minha avó, Ricardo, não vou. – Diz, sendo irredutível. Ela caminha na direção do veículo novamente, mas para e volta o olhar para Ricardo. – Quem é ela? – Pergunta intrigada com o que ele disse.
Ricardo então se aproxima de Taís.
RICARDO: – Sua irmã, Taís! – Responde, deixando ela incrédula. – Antes que você duvide de min, ela não morreu naquele dia, tudo não passou de uma armação completamente insana que ela fez todo mundo acreditar, inclusive eu que estava disposto a me vingar dela. – Conta, olhando para os lados. – Agora ela planeja terminar com tudo isso, tirando quem ela mais odeia do caminho de forma definitiva. – Continua, segurando na mão dela. – Vai embora daqui, pois ela não está para brincadeira. – Adverte, soltando da mão de Taís.
Taís ainda está sob o choque de ter descoberto que Ariana não morreu, ela se apoia no carro, pensando no que fazer. Taís encara Ricardo, que por sua vez parece cuidar com atenção se não há gente se aproximando.
TAÍS: – Você vai me ajudar a tirar minha vó dali, Ricardo. – Diz, olhando para ele com muita irritação.



CENA 2: OURO VERMELHO | CONDOMÍNIO CONSTELAÇÃO | APARTAMENTO DE HEITOR | QUARTO DE RODRIGO | INTERIOR | NOITE
Rodrigo está com o celular nas mãos, ele olha com certa preocupação. Bernardo percebe e coloca as mãos sobre o ombro dele.
BERNARDO: – O que aconteceu com seu irmão? – Pergunta, percebendo a tensão.
RODRIGO: – Eu realmente não sei, só me ligou pra saber se estou bem, mas eu sei que está acontecendo alguma coisa, conheço muito bem meu irmão. – Responde, continuando a olhar para a tela do celular.
Ambos ficam pensativos.

CENA 3: OURO VERMELHO | CARRO | INTERIOR | ESTRADA | NOITE
Heitor fica de olho na estrada, assim como Luciano. Heitor vai no banco do carona, preocupado com o que pode estar acontecendo com Taís. Luciano consegue perceber a aflição de seu amigo.
LUCIANO: – Elas logo estarão com você, Heitor, acredite! – Diz, passando uma segurança incomum.
HEITOR: – Acho que eu poderia estar menos tenso se tivesse entrado para a Polícia assim como você, mas isso é passado e agora estou muito preocupado, não vejo a hora disso terminar. – Comenta, olhando rapidamente para Luciano.
LUCIANO: – Isso vai acabar logo, Heitor… tenha calma.
O carro segue em alta velocidade pela estrada de chão que leva até a fábrica abandonada.

CENA 4: FÁBRICA ABANDONADA | INTERIOR | NOITE
Ricardo vai na frente de Taís, que por sua vez fica atenta ao caminho que percorre, eles rodeiam o galpão, entrando por uma lateral, ficando em meio à algumas caixas de papelão. De onde está, Taís consegue ver Nilza amarrada, próxima de sua avó está Ariana a quem ela não reconhece logo no início. Ricardo aponta para Ariana.
RICARDO: – Você pode não reconhecer ela pelo simples fato dela ter mudado um pouco depois do plano que ela mesma fez dar errado em partes. – Diz, apontando para Ariana.
Taís reconhece Ariana somente quando a mesma fica em pé e olha para o portão principal.
TAÍS: – Se ela fizer alguma coisa com minha vó, eu não sei o que faço, mas ela não vai estar aqui pra contar história. – Diz, enraivecida.
Ariana olha para Nilza com certo deboche. A senhora tem os olhos vendados, mas consegue reconhecer a voz da mulher que um dia considerou como neta.
ARIANA: – Logo isso vai acabar querida vovó. – Diz debochada.
NILZA: – Pode parar de me chamar assim, Ariana, pois não sou e nunca serei nada sua, nunca. – Afirma taxativa. – No início mesmo sabendo de toda a verdade eu acreditei que você fosse uma boa pessoa, mas você mostrou suas garras logo quando pode, destilou seu veneno aos poucos. – Diz, mexendo a cabeça de um lado para o outro.
De onde está, Taís consegue ouvir o que a avó diz e fica mais surpresa ainda ao saber que Ariana nunca foi nada sua. De repente é possível ver uma movimentação estranha, então um homem se aproxima de Ariana, que por sua vez fica com muita raiva. Ela sai de perto de Nilza e segue até um pouco próximo de onde Taís está com Ricardo, mas sem vê-los ali.
ARIANA: – Eu sabia que você tentaria alguma coisa, Taís. – Grita como se soubesse que a outra está ali. – Saia de onde estiver. – Diz, voltando a se aproximar de Nilza. Ariana pega uma arma e aponta para a cabeça de Nilza. – Ou apareça agora ou já sabe o que vai acontecer. – Ameaça, olhando para todos os lados.
Taís suspira profundamente. Ricardo segura o braço dela, impedindo que ela apareça.
RICARDO: – Não caia no jogo dela, Taís. – Pede.
TAÍS: – Eu preciso fazer alguma coisa… Ela pode sim matar minha vó, Ricardo. – Ela sussurra com certo receio.
Quando Ricardo se distrai pensativo, Taís se levanta, ficando visível para Ariana, que abre um sorriso diabólico gigantesco. Ariana segura um pequeno controle em uma mão e na outra uma arma que agora aponta para Taís.
ARIANA: – Que bom, mas não estou vendo o dinheiro. – Diz, caminhando na direção de Taís.
TAÍS: – Ele está no carro, tudo o que você pediu. – Afirma, receando a reação de Ariana.
ARIANA: – E você veio sozinha? – Indaga, desconfiada.
Taís chacoalha a cabeça de forma positiva assim que Ariana fica bem próxima.
ARIANA: – Você vai ter cinco minutos para tirar sua querida avó daqui e caso não consiga, vai embora pelos ares com ela e com toda essa fábrica. – Comunica, sorrindo.
Ariana dá de costas para Taís, que por sua vez segue até Nilza. Ela tenta desamarrar a senhora, momento em que recebe um chute na barriga, ela cai gemendo de dor, logo vem outro e mais outro ponta pé. Taís fica sangrando no chão enquanto vê Ariana sair do depósito, ela então arregala os olhos ao vê-la chacoalhando a chave antes de trancar tudo.
TAÍS: – Não! – Pronuncia em completo desespero. Taís continua caída no chão se contorcendo de dor.
Ricardo se aproxima horrorizado. Ela faz sinal para que ele solte Nilza, o que faz com muita dificuldades.

CENA 5: FÁBRICA ABANDONADA | EXTERIOR | NOITE
Ariana caminha até o carro em que Taís veio, ela avista as malas assim que o abre. Ariana pega as malas, logo outro carro encosta.
ARIANA: – Enfim aqui está tudo que preciso. – Afirma, abrindo um grandioso sorriso.
Ela abre a primeira mala e pra seu espanto só vê papéis cortados e colocados ali como se fossem dinheiro. Ariana arremessa a mala para longe, então olha para o galpão.
ARIANA: – O tempo acabou! – Grita olhando para o carro.

CENA 6: ESTRADA PRÓXIMA DA FÁBRICA ABANDONADA | EXTERIOR | NOITE
Luciano freia o carro bruscamente, mas mesmo assim derruba o portão de entrada para a fábrica abandonada. Heitor se assusta ao ouvir e ver uma pequena explosão, ele sai do carro desesperado. Outra explosão o deixa ainda mais arrasado. A imagem se congela e logo se parte em diversos pedaços com o surgimento de uma serpente vermelha.
CONTINUA

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