O Beijo da Serpente | Capítulo 18 (ÚLTIMOS CAPÍTULOS) #OBeijoDaSerpenteNoWM🐍

uma webnovela de JAIR VARGAS
produção de LABIRINTO RADICAL

CENA 1: OURO VERMELHO | MANSÃO REAL LIMA | ESCRITÓRIO | INTERIOR | NOITE
Taís entra, deixando Olavo e Heitor um pouco receosos, pois não sabem se ela ouviu alguma coisa que conversavam antes de entrar. Taís caminha até Heitor, que segura a mão dela assim que se aproxima.
TAÍS: – Está tudo bem? – Pergunta, intrigada e alternando o olhar em Heitor e Olavo.
HEITOR: – Tudo sim, meu amor. – Ele omite a verdade ao responder, logo a abraça com um carinho imenso.
Olavo disfarça, pega a sua maleta que está em cima de uma das cadeiras e segue até a porta.
OLAVO: – Bom, vou indo, pois amanhã será um dia cheio. – Diz, colocando a mão na maçaneta.
TAÍS: – Amanhã nos vemos, então Doutor. – Afirma voltando o olhar para o advogado. Olavo confirma com um movimento de cabeça e deixa o escritório, logo deixando a casa.

CENA 2: OURO VERMELHO | HOTEL DOURADO | QUARTO DE RICARDO | INTERIOR | NOITE
Ricardo se levanta de uma poltrona, parece um tanto enraivecido, ele deixa o notebook aberto, e segue para perto da janela.
RICARDO: – Vamos ver como você resistirá à sua queda, chefia. Você vai se arrepender amargamente de ter usado meus serviços e depois ter tentado me descartar. – Ele volta para onde está o notebook, virando o aparelho onde a foto de uma pessoa fica visível, é Ariana. – Não quero nem mesmo saber como está ou como deixa de estar, só quero mostrar à você que comigo ninguém brinca. – Diz, encarando a imagem na tela do notebook.

CENA 3: OURO VERMELHO | CASA DE OLAVO | SALA | INTERIOR | NOITE
Olavo entra em casa depois de vir da Mansão Real Lima, ele se espreguiça um pouco depois de deixar a maleta em cima do sofá. Olavo caminha pela sala, logo olha para a porta com uma certa desconfiança.
OLAVO: – Eu deveria saber! – Diz, procurando por algo ao redor. – Você realmente não perdeu tempo, não foi? – Indaga, caminhando até a escada. – Eu já sei o que você veio fazer aqui, então apareça, não precisa mais se esconder. – Esbraveja.
De repente Olavo olha para a porta que leva à sala de jantar e consegue perceber que está sob a mira de um revólver.
OLAVO: – Faça o que tem de ser feito, logo. – Grita já impaciente.
Olavo é alvejado por três tiros certeiros que o fazem cair no degrau da escada. A pessoa se aproxima do corpo já sem vida, é possível vê-la se afastar, abrindo a porta e saindo da casa do advogado.

CENA 4: OURO VERMELHO | EDIFÍCIO PIERRE CARVALHO | APARTAMENTO DE BERNARDO | SALA | INTERIOR | MANHÃ
Rodrigo está sentado no sofá, um pouco da luz do sol que passa pela janela, ilumina seu rosto. Bernardo desce pela escada bocejando um pouco, ele então abre um grande sorriso ao ver Rodrigo. Bernardo segue até o sofá e acaba percebendo uma certa preocupação em Rodrigo.
BERNARDO: – Pensativo demais. Deve estar acontecendo alguma coisa nessa sua cabecinha. – Diz, tentando chamar a atenção de Rodrigo. – Vai me dizer o que já deixou você assim logo de manhã? – Indaga em um misto de curiosidade e também preocupação.
Rodrigo volta seu olhar para Bernardo.
RODRIGO: – Pela primeira vez estou com medo, Bernardo. – Revela, fazendo Bernardo arregalar os olhos.
BERNARDO: – Medo de quê, Rodrigo? – Pergunta mais preocupado ainda.
Rodrigo abaixa a cabeça, deixando as lágrimas caírem.
RODRIGO: – Medo de não ter forças para levar tudo isso adiante, medo de me deixar levar pelo receio de ser feliz ao seu lado, medo de enfrentar a chuva de ignorância que nos espera… mas o que eu mais tenho medo é do que os outros vão pensar. – Responde em meio à soluços.
Bernardo então abraça Rodrigo e beija a testa dele.
BERNARDO: – Você não precisa ter medo, não precisa ter medo de nada disso, pois estou ao seu lado, estarei sempre ajudando você e você me ajudando, a gente se ajudando. Você não embarcou nesse barco sozinho, eu também estou aqui e por mais difícil que possa ficar, não vou abandonar você. – Diz, apertando o abraço. – Tudo ainda é muito recente e eu entendo o seu medo, seus receios, mas não vamos nos entregar. – Conclui, beijando Rodrigo de forma calma.
Ambos se levantam e continuam abraçados, Rodrigo chora no ombro de Bernardo, que por sua vez afaga seus cabelos.

CENA 5: OURO VERMELHO | MANSÃO REAL LIMA | SALA | INTERIOR | MANHÃ
Heitor e Taís levantaram cedo. Ele não dormiu direito, pois ficou pensando em tudo que Olavo lhe contou no dia anterior. Taís dormiu um pouco, mas não tão bem, pois tudo ainda era muito recente e se lembrava com grande saudades da avó.
TAÍS: – Não sei se eu estou enganada ou o doutor Olavo está atrasado. – Comenta, olhando pela janela.
HEITOR: – Talvez… deve ser o trânsito, meu amor, mas fique tranquila, pois logo ele deve estar aqui. – Diz, tentando disfarçar a preocupação pelo atraso do advogado.
Heitor se afasta de Taís, seguindo para perto da escada.
HEITOR (Pensando): – Será que aconteceu algo com ele assim como já sabia que iria acontecer? – Se pergunta, assustado.

CENA 6: OURO VERMELHO | MANSÃO REAL LIMA | EXTERIOR | MANHÃ
Ricardo observa a mansão do interior de um carro preto, no banco do carona, uma arma. Ele se mantêm atento.
RICARDO: – Não arredo meu pé daqui enquanto você não aparecer, desgraçada. Não saio daqui enquanto não acertar minhas contas com você de maneira definitiva. – Afirma com grande raiva.

CENA 7: MANSÃO REAL LIMA | SALA | INTERIOR | MANHÃ
Taís está na janela e observa o carro parado do outro lado da rua, ela então tem uma sensação estranha, algo como um aperto no peito. Heitor se aproxima de Taís, a amparando em seus braços.
HEITOR: – O que houve? – Pergunta, preocupado ao não vê-la bem.
TAÍS: – Bem, acho que não foi nada… somente uma sensação esquisita, só isso. – Responde, abraçando Heitor com uma força maior.
Distraídos, eles não percebem a chegada de um carro que para já próximo da entrada da casa. A campainha então é acionada.
HEITOR: – Deixe que eu atendo, meu amor. – Diz beijando a testa dela. – Se sente um pouco. – Pede, seguindo para a porta.
Taís se senta em um dos sofás. Heitor abre a porta, ficando bastante espantado com o que vê.
HEITOR: – Você!? – Indaga, confuso. – Você não estava inválida, Ariana? – Pergunta mudando o tom de voz diante da infeliz surpresa.
ARIANA: – Bom, depende do ponto de vista daqueles que achavam ter se livrado de mim. – Diz, abrindo um sorriso malicioso.
Taís se levanta do sofá ao reconhecer a voz de Ariana, ela caminha até próximo de Heitor, que por sua vez se afasta para o lado, deixando elas frente a frente mais uma vez. A Imagem se congela, logo se parte em diversos pedaços com o surgimento de uma serpente vermelha.

CONTINUA


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