POBRE CHIQUE
Web Novela de EVERTON BRITO
Escrita Por EVERTON BRITO
Colaboradores STHEFANI CLAUDINO
FAILON TEIXEIRA
Capítulo 16
PERSONAGENS DESTE CAPÍTULO:
MARIA
TADEU
DOMINIQUE
RODRIGO
FERDINANDO
DÉSIRÉE
BELA
BENÍCIO
NÁDIA
CARLOS
LUQUE.
TADEU
DOMINIQUE
RODRIGO
FERDINANDO
DÉSIRÉE
BELA
BENÍCIO
NÁDIA
CARLOS
LUQUE.
PARTICIPAÇÕES ESPECIAIS:
MÉDICO
GAROTA
ZELADOR.
GAROTA
ZELADOR.
CENA 01. SALÃO DE FESTAS [EXT./NOITE]
A ambulância acaba de partir. O fogo da
explosão cessou e a polícia havia acabado interrogar Tadeu. Maria vai andando
em direção a Tadeu e lhe dá uma bofetada quando chega até o mesmo.
TADEU- Au! Ficou louca?
MARIA- Você ficou louco! Podia ter morrido naquela explosão!
TADEU- Mas eu não morri.
NÁDIA- Por muito pouco. Parece que tem titica na cabeça.
MARIA- Você não é policial, não vi necessidade de tentar bancar um.
TADEU- Essa não era a questão. Uma pessoa estava correndo perigo.
MARIA- Eu só acho muito estranho a Dominique ter sido seqüestrada se o homem queria explodir todo o local.
MARIA- Você ficou louco! Podia ter morrido naquela explosão!
TADEU- Mas eu não morri.
NÁDIA- Por muito pouco. Parece que tem titica na cabeça.
MARIA- Você não é policial, não vi necessidade de tentar bancar um.
TADEU- Essa não era a questão. Uma pessoa estava correndo perigo.
MARIA- Eu só acho muito estranho a Dominique ter sido seqüestrada se o homem queria explodir todo o local.
NÁDIA- Me pareceu um atentado
terrorista.
MARIA- Bom isso não importa. Eu quero
ir pra casa e esquecer que isso aconteceu.
TADEU- Há essa hora os taxis passam de
uma em uma hora.
MARIA- Não... Hoje eu quero ir de
Ônibus.
NÁDIA- Ih, garota. Essa daí nasceu pra
ser pobre. Oh dureza de vida, meu Deus que desperdício de sorte senhor. Pai! Oh
pai! Perdoai, ela não sabe o que diz!
TADEU- Acabou o show? Eu heim,
maluca.
MARIA- Bom...,
Maria dá o braço a Tadeu e outro a
Nádia.
MARIA- Se chegarmos a tempo pegaremos o
de dez e meia.
Maria sorri e eles passam a andar.
NÁDIA- Olha, anda devagar que bancar a
diva é um castigo. Meu está aqui só a misericórdia e eu nem comi o tal do petit
gâteau. Me embelezei todinha, né? Gastei metade do meu batom na boca pra marcar
presença, pra quê? Sai daqui toda acabada e ainda corri o risco de sair
torrada. E sem contar que a essas alturas eu podia estar no IML reconhecendo
corpo...
TADEU/MARIA- Ah, Nádia...
Eles riem.
CENA 02. HOSPITAL [INT./DIA]
Dominique está sentada na cama de um
hospital, Luque se encontra em sua companhia e ela, por sua vez, segura o
celular e vê as imagens impressionantes do resgate feito por Tadeu.
DOMINIQUE- Não acredito que fui jogada
assim. Eu nem vi quando isso aconteceu. Poxa, o Tadeu se arriscou pra salvar a
minha vida mesmo eu tendo maltratado ele esse tempo todo.
LUQUE- Algumas pessoas nascem com o dom
da bondade.
DOMINIQUE- (Empolgada) Foi incrível o
que ele fez. Você tinha que ver, ele arrombou a porta e me tirou daquela sala,
depois eu não vi mais nada, mas eu sabia... Eu sentia que estava segura,
entende? (Suspira) Ninguém nunca tinha feito isso por mim antes.
LUQUE- Nem o Rodrigo?
DOMINIQUE- (Fecha a cara) O Rodrigo foi
um banana, covarde como sempre. O que adiantou eu ter armado aquela cena toda?
Ter forjado isso tudo/
Dominique se cala quando percebe que
falou demais. Luque abre a boca, surpreso.
LUQUE- Dominique... Eu to chocado... (Fala
baixo) Você teve coragem de colocar fogo naquele salão, contratar um
homem-bomba-isca para ele depois te seqüestrar só pra chamar a atenção do
Rodrigo. Oh, Dominique, pelo amor de Deus, você já passou que aquelas pessoas
poderiam estar mortas agora ou sabe lá Deus o quê? Eu poderia estar morto!
DOMINIQUE- Mas não está, tá bom? E fala
baixo, você quer que todo mundo ouça. Meu plano deu errado e aquele desgraçado
me seqüestrou de verdade.
LUQUE- Você é louca? Você...
DOMINIQUE- Olha Luque. Chega! Eu já me
arrependi, ok? No fim nem consegui o que eu queria.
LUQUE- Promete que não vai fazer mais
essas bobagens, Dominique.
DOMINIQUE- Eu prometo... Que não vou
mais incendiar salões e contratar homem-bomba-isca.
Dominique ri.
DOMINIQUE- Mas vem cá... Onde está o
Tadeu, mesmo?
LUQUE- Por que o interesse súbito?
DOMINIQUE- Quero agradecer por ele te
salvo a minha vida.
LUQUE- Pelo o que eu sei depois de todo
o incidente ele foi embora com a Maria e com ta potrinha que eu não sei o nome.
DOMINIQUE- (Revira os olhos/Ruge) Ai,
Maria, Maria! É tudo sobre ela? Quando eu vou poder sair daqui?
LUQUE- Conversei com os médicos e eles
disseram que se tudo estiver bem, que pelo o que eu estou vendo está! Hoje
mesmo você tem alta.
Dominique olha novamente as imagens
para o vídeo e amplia o rosto de Tadeu. Sorri. Morde os lábios.
DOMINIQUE- Oh, Luque...
LUQUE- Hum.
DOMINIQUE- Consegue pra mim o endereço
de onde o Tadeu mora, sim?
CENA 03. PRAÇA PARIS [EXT./DIA]
Ferdinando está sentado na grama verde,
perto da fonte, que ao fundo, jorra água. Ele respira fundo ao ar e observa as
pessoas, desenhando alguns croquis espirados no ambiente. Sorri. Levanta o
rosto e flagra Carlos com uma garota, os dois sorriem e dividem um algodão
doce, felizes.
Carlos avista Ferdinando e acena para
Ferdinando, que pega as suas coisas e sai andando, frustrado. Carlos estranha e
corre atrás.
CARLOS- Ferdinando, Ferdinando!
Carlos alcança Ferdinando e segura seu
ombro.
CARLOS- O que é que foi? Ah, não... Não
vi me dizer que ainda está com aquela história da aposta, é isso? Eu já não
tinha te explicado que/
FERDINANDO- Como pôde?
CARLOS- Como é que é?
FERDINANDO- (Confuso) Você fingiu que
gostava de mim... Pra quê? O que é que é? Foi, mais uma aposta. Eu...
Ferdinando olha para a garota por cima
do ombro de Carlos, que olha também. Ela sorri e acena. Carlos volta a olhar
Ferdinando e o encara por uns instantes.
CARLOS- Peraí, Ferdinando (Sorri sem
graça) Eu acho que você confundiu um pouco as coisas.
FERDINANDO- Confundi?
CARLOS- Eu... Não/... Aquela garota ali
é a minha noiva.
FERDINANDO- (Trêmulo) Noiva?
CARLOS- Eu não sei o que você pensou,
mas, ei.
Carlos segura o ombro de Ferdinando.
CARLOS- Eu sou seu amigo.
FERDINANDO- Mas, mas... E o drink, o
seu apartamento, aquele clima.
CARLOS- Não tinha clima nenhum. Você
estava sozinho naquela boate, eu também, precisava conversar por que não estava
me sentindo bem com a aposta. Depois que eu descobri que você era amigo da
Maria, eu me senti mais culpado ainda e te levei para o meu apartamento com
intuito de te contar tudo, mas você acabou vendo e a confusão aconteceu.
Desculpa se eu dei a entender outra coisa. Mas eu continuo seu amigo e olha,
você está convidado para o meu casamento. Segunda.
Carlos sorri serenamente e sai correndo
em direção à garota. Ferdinando, sem chão, põe a mão na boca e sai chorando
desesperadamente, quase sem ar para respirar.
CENA 04. HOTEL
APPLAUSE- ELEVADOR [INT./DIA]
Désirée e Benício encontram-se no
elevador, não falam nada.
BENÍCIO- Qual o próximo passo?
DÉSIRÉE- De que?
BENÍCIO- Do pai de aluguel. Eu já
passei pela fase de exames. Eu quero acabar logo com isso.
DÉSIRÉE- (Nervosa) Agora a gente começa
o processo de fabricação do meu filho. Já.
BENÍCIO- Já tipo quando? Já de tipo,
tipo hoje?
DÉSIRÉE- Tipo agora!
Désirée aperta um botão e o elevador
para.
SONOPLASTIA: Eu Escolhi Você- Clarice Falcão.
Désirée empurra Benício contra a parede
do elevador e o beija desesperadamente. Como pressa, ela tira o casaco e joga
no chão. Ele a encurrala na parede. Os dois desequilibram e caem.
= = CORTE DESCONTÍNUO = =
Bela acaba de chegar e aperta o botão
para o elevador se abrir. Ela espera um pouco. Olha para cima. Estranha e
aperta o botão novamente. Em seguida, passa a apertar o botão diversas vezes
seguido. A tela se divide com uma linha no meio. As duas cenas, de dentro do
elevador e de fora são exibidas simultaneamente. Bela chama o zelador, que
aperta alguns botões e o elevador abre-se. As duas cenas se fundem numa só.
Bela surpreende-se com a cena.
BELA- Isso não é real!
Os dois param imediatamente. Ela sem
salto e toda descabelada e ele, já sem camisa.
DÉSIRÉE- Ah, eu não acredito nisso.
Désirée revira os olhos e desaba no
chão. A música para.
CENA 05. HOSPITAL [INT./DIA]
Dominique está na cama do hospital,
tomando o café da manhã e Rodrigo adentra com um buquê de rosas, ela para o que
está fazendo.
RODRIGO- Vim saber como você está.
DOMINIQUE- Claro, porque você se
preocupa muito comigo.
RODRIGO- Você sabe que sim.
Rodrigo se aproxima de Dominique e
deixa o buquê de flores do lado. Aproxima-se de seu rosto para beijá-la. Ela,
por sua vez, sorri e joga o que sobrou do chá quente em sua cara. Rodrigo grita
de dor. Ele tira a mão do rosto, que está vermelho.
RODRIGO- Ficou maluca?
DOMINIQUE- Sua sorte é que não estava
mais quente!
RODRIGO- Por que fez isso?
DOMINIQUE- Ah, não sei. Talvez por que
você tenha me deixado sozinha esse tempo todo, talvez por que você se aproxima
de mim por interesse, talvez por que embora eu tenha tentado esse tempo ser
alguém, ser notada por você e você fazia questão de me ignorar, não melhor, ou
será por que mesmo você me vendo sendo seqüestrada e eu chamando seu nome foi
incapaz de prestar qualquer ajuda? Num sei, acho que precisa escolher, são
tantas opções.
RODRIGO- Está terminando comigo?
DOMINIQUE- Até ontem eu achava que
vindo da minha boca isso seria impossível, mas é isso, eu to acabando com você.
RODRIGO- Não pode fazer isso.
DOMINIQUE- Já fiz.
RODRIGO- Vai se arrepender.
DOMINIQUE- Vou esperar por isso.
Rodrigo sai andando. Dominique pega as
suas rosas.
DOMINIQUE- Rodrigo!
Ele vira-se. Ela joga o buquê nele.
DOMINIQUE- Leva! Eu sou alérgica a
tulipas. Aposto que também não sabia disso.
Rodrigo abaixa e pega o buquê. Sai. Em
seguida, o médico adentra.
DOMINIQUE- Ai, que bom que o senhor
veio. Quando eu vou poder sair daqui?
MÉDICO- Bom, pelo o que eu estou vendo
aqui. Está ótima! Já pode ter alta.
Dominique sorri.
CENA 06. APÊ DE MARIA [INT./DIA]
Maria e Ferdinando conversam. Ele se
encontra sentado em seu colo e ela mexe em seu cabelo.
MARIA- Ai, não fica assim, tá bom? Azar
o dele que perdeu de ficar com uma pessoa maravilhosa como você.
FERDINANDO- Se eu sou tão maravilhoso
para ele, por que é que eu não tô com ele?
MARIA- A vida tem cada coisa, mas
escuta... Tudo vai se resolver. Isso passa.
FERDINANDO- (Chora) Eu achava que era
real, mas eu me enganei. Ninguém se engana tanto assim. Meu coração quebrou
Maria... O que eu vou fazer agora?
MARIA- Pega os cacos e corta a cara
dele.
Ferdinando levanta-se do colo de Maria
e os dois se encaram. Riem espontaneamente. Ele enxuga as lágrimas.
FERDINANDO- Meus pais ligaram.
MARIA- E aí?
FERDINANDO- Queriam saber se eu tinha
te encontrado.
MARIA- O que você disse?
FERDINANDO- Que sim. E falei que
tínhamos nos acertado e resolvemos ficar por aqui num tempo. Pedi para não nos
procurarem, pois estávamos bem.
MARIA- Melhor assim. Até nos
resolvermos... Bom, eu tenho que ir à casa do Tadeu. Você vai ficar bem?
FERDINANDO- Não, olha... Tô bem. Pode
ir.
Maria pega a sua bolsa e se dirige a
porta.
MARIA- Beijos!
E sai.
CENA 07. MORRO AZUL- CASA DE TADEU [INT./DIA]
Tadeu procura por algo freneticamente
meio a sua bagunça.
TADEU- Onde está esse celular heim?
O telefone toca. Ele segue o som e sai
olhando por debaixo das coisas. Por fim o encontra entre as almofadas do sofá.
Desliga. O barulho cessa. Alguém bate na porta.
TADEU- Já vai?
Tadeu quase tropeça, mas segue andando
em direção a porta. Abre e se surpreende.
TADEU- Dominique?
Revela Dominique, que sorri e em Tadeu
confuso. A cena congela.
FIM DO CAPÍTULO.
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