Pobre Chique | Cap. 17 #PobreChiqueNoWM


POBRE CHIQUE
Web Novela de EVERTON BRITO
Escrita Por EVERTON BRITO
Colaboradores STHEFANI CLAUDINO
            FAILON TEIXEIRA
Capítulo 17
PERSONAGENS DESTE CAPÍTULO:
MARIA
TADEU
DOMINIQUE
BENÍCIO
RODRIGO
CARLOS
LUQUE
ALMA
PARTICIPAÇÕES ESPECIAIS:
LARGATA
BANDIDOS
CENA 01. MORRO AZUL- CASA DE TADEU [INT./DIA]
Em Tadeu, ainda atônito com a presença de Dominique em sua porta. Ela continua a esperar sorridente. Ele finalmente reage.
TADEU- Você... Você quer entrar?
Pronuncia-se, porém, sem esperar uma resposta positiva.
DOMINIQUE- Obrigado.
E para a sua surpresa, Dominique adentra sem pestanejar. Tadeu não entendendo muito, fecha a porta. Dominique observa toda a sua residência.
TADEU- Não repara na bagunça.
DOMINIQUE- Sem problemas. Na verdade eu vim te agradecer por ter salvado a minha vida ontem. Eu poderia estar morta hoje.
TADEU- (Sem graça) Imagina... Eu só fiz o que qualquer pessoa faria.
DOMINIQUE- (Sorri) Não, não qualquer pessoa. As pessoas naquele momento só pensaram nelas mesmas, em salvar suas próprias vidas, mas você... Você preferiu salvar a minha. Por quê? Eu não consigo entender como você consegue depois de tudo o que eu te fiz passar.
Tadeu fica um minuto em silêncio e senta-se no sofá.
TADEU- Acho que... Eu precisava disso, entende? Não dava pra ignorar.
DOMINIQUE- Eu queria te pedir perdão por todo o mal que eu te fiz.
Dominique senta-se no sofá e segura mão de Tadeu.
DOMINIQUE- Ninguém nunca fez o que você fez por mim, não, ninguém nunca chegou nem perto.
Tadeu, notavelmente desconfortável, levanta-se, se soltando das mãos de Dominique.
TADEU- É que eu preciso me arrumar.
DOMINIQUE- Ah, claro.
TADEU- Tenho que voltar o clube.
DOMINIQUE- Não precisa me levar até a porta, eu sei o caminho... Obrigado de novo.
Dominique caminha até a porta, Tadeu segue para dentro. Ela para e verifica se ele realmente não está a observando. Então, ela caminha até o sofá, pega uma jaqueta que estava jogada, cheira o perfume dela. Sorri. Abre a bolsa e a põe dentro. Em seguida, caminha até um raque onde se encontram algumas fotos de Tadeu quando pequeno. Sorri as fitando. Pega um porta-retrato. Nesse momento, Maria acaba de adentrar, a flagrado. Ela fecha a porta, com intuito de fazer barulho. Dominique se espanta.
DOMINIQUE- O que você está fazendo aqui?
MARIA- O que você está fazendo aqui?
As duas se encaram.
[ABERTURA]
CONT.:
MARIA- Você ainda não disse o que faz aqui.
DOMINIQUE- Não é da sua conta.
Dominique sai caminhando, mas Maria segura seu braço.
MARIA- Eu não sei se você sabe, mas o Tadeu é meu amigo, então isso é da minha conta sim.
DOMINIQUE- Eu não te devo explicações nenhuma, se quiser saber pergunta pra ele. 
MARIA- Eu não vou deixar você fazer mal, mas para ninguém que eu amo.
DOMINIQUE- Ama?
MARIA- Como amigo, amo sim, mas eu esqueci que você é incapaz de sentir e ter isso, amor
DOMINIQUE- Você não é uma ameaça pra mim, não tenho por que ficar discutindo com você. 
Dominique sai andando, seu salto faz barulho.
MARIA- Não se aproxima mais do Tadeu.
Dominique para, trinca os dentes e volta, chegando bem perto de Maria.
DOMINIQUE- Isso não é você quem vai decidir.
MARIA- Sabe que você tem razão, eu realmente não posso decidir, mas posso alertar, como eu sempre fiz.
DOMINIQUE- Vai se ferrar.
MARIA- Vamos ver se ele não vai decidir ficar bem longe de você quando se lembrar de tudo que você já fez, e se ele tiver esquecido, não tem problema, eu e Nádia faremos o possível pra manter essa memória bem fresquinha na cabeça e dessa vez, minha querida, ele que não vai mais querer chegar perto de você. 
DOMINIQUE- Cala a boca!
Dominique dá uma bofetada no rosto de Maria, que revida com outra. 
MARIA- Eu não preciso fazer isso aqui. Dá um fora daqui.
DOMINIQUE- Eu vou sair, mas por que eu quero sair.
Dominique põe os óculos no rosto e caminha até a porta, para e olha Maria por cima do ombro, sai. 
CENA 02. ÔNIBUS [EXT./DIA]
Benício está sentado num banco do Ônibus, olhando da janela o movimento das pessoas. O Ônibus para e alguns homens de caráter duvidoso adentram, logo tiram a arma de dentro da bermuda e anunciam o assalto. Benício os reconhece e tenta se agachar para não ser visto, mas já havia sido notado pelo mandante do assalto. 
LARGATA- Mas olha só quem está aqui!
As pessoas do ônibus são ameaçadas armas e obrigadas a entregarem seus pertences. Crianças choram e idosos se assustam.
LARGATA- Se esconde não, mano.
Largata caminha até Benício e prepara a arma.
LARGATA- Cadê meu dinheiro?
BENÍCIO- Calma...
LARGATA- Eu tenho cara de idiota, mano? 
BENÍCIO- Eu já estou resolvendo isso, eu vou pagar a sua grana.
LARGATA- Ah, é? Quando? Ai gente, o cara falou que vai pagar a minha grana, me pediu pra ter calma.
Os outros bandidos riem.
LARGATA- Dirige o Ônibus.
BENÍCIO- O que?
LARGATA- Bora, moleque, dirige o Ônibus! Agora tu vai me levar pra onde eu quiser. Andando.
Benício, recuo, corre para o volante do ônibus.
BENÍCIO- Libera as pessoas, cara, tem muita gente aqui. Alguém pode acabar morrendo.
LARGATA- Tu que vai morrer se não dirigi essa bagaça aí, ta entendendo? Bora! Acelera!
Benício passa a dirigir Ônibus. O bandido vira-se e aponta arma para as pessoas.
LARGATA- Primeiro engraçadinho que se meter á besta...
E atira num vidro da janela do Ônibus. As pessoas gritam. Benício treme. Respira fundo. 
CENA 03. MORRO AZUL- CASA DE TADEU [INT./DIA]
Maria conversa com Tadeu enquanto ele se arruma no quarto. Ela se encontra na sala.
MARIA- Eu não acredito... A Dominique? Pediu desculpas? Essa eu queria ter visto.
TADEU- (V.O) Sim, ela veio até aqui e pediu perdão por todo o mal que me fez.
MARIA- Mas você não vai cair na conversa dela de novo não, né?
TADEU- Aquele amor que eu nutria pela Dominique acabou Maria. Eu não guardo rancor, não, nem sinto raiva, nem quero o mal, longe de mim, mas acho melhor ficar como está; ela lá e eu cá.
Tadeu aparece na sala, já pronto.
TADEU- Vamos?
MARIA- Menino acredita que já marcaram a primeira etapa do concurso, será moda praia... A verdade é que eu estou perdida, não sei como vou conseguir fazer essas fotos.
TADEU- Sorri e pronto.
MARIA- Se fosse tão fácil...
Maria vira-se e acaba por esbarrar numa pilha pequena com alguns cd’s, no raque de Tadeu, que caem-se todos no chão.
MARIA- Ai desculpa...
Maria se abaixa para apanhar os Cd’s.
TADEU- Não precisa, aqui sempre foi uma bagunça mesmo.
Maria acha um cd com o título A Dama De Áries- Tadeu Stoian.
MARIA- (Levanta-se, curiosa) A Dama de Áries?
TADEU- (Sorri) Você achou isso? Faz tanto tempo... Foi à única música que eu gravei, sabia? Composição minha e só fiz por que um amigo meu estava me devendo um dinheiro, ele não como pagar. No tempo ele matinha uma mini-gravadora em casa e resolveu gravar essa música minha como forma de pagamento.
MARIA- E por que não divulgou?
TADEU- Não achei que valia a pena. E não vale, pode ter certeza.
MARIA- Posso levar pra escutar?
TADEU- Fique a vontade. Eu fiz quando conheci a Dominique.
MARIA- (Triste) Você gostava mesmo dela.
TADEU- Gostava, assim como pensava que podia ser cantor. Hoje eu sei quem nem uma coisa, nem outra era possível.
MARIA- (Guarda o cd na bolsa) Bom, mas eu vou escutar mesmo assim. Agora vamos se não a gente se atrasa.
Tadeu e Maria saem. 
CENA 04. MANSÃO DE DOMINIQUE- QUARTO [INT./DIA]
E um vaso é atirado contra a parede. Dominique grita.
LUQUE- Calma!
DOMINIQUE- Por que ela sempre tem que se meter na minha vida, han? Porque?!
LUQUE- Mas o que você queria? Que depois de tanta humilhação o boy ainda caísse de amores pó você?
DOMINIQUE- Ele não está namorado a Maria. Os dois ainda não nutrem nada!
LUQUE- Ainda não né, meu amor? Ainda não.
DOMINIQUE- Eu não acredito que terei que forjar outro seqüestro, ou sei lá o que mais pra chamar a atenção dele pra mim! 
LUQUE- Ai, credo, Dominique. Não fala uma coisa dessas nem brincando.
Alma adentra no quarto com uma bandeja em mãos.
DOMINIQUE- Eu fazia! Forjaria outro seqüestro se preciso fosse.
Alma se choca com a revelação e deixa a bandeja cair, atraindo os olhares de Dominique e Luque para ela.
DOMINIQUE- (Assustada) Mãe?
ALMA- (Chocada) Você forjou o próprio seqüestro, Dominique? Foi isso mesmo que eu ouvi?
LUQUE- Ih, oh, to vendo que vai dar treta, fui!
Luque se apressa e sai logo do quarto.
DOMINIQUE- Que diabos você tinha que fazer atrás da porta? Tava me espiando?
ALMA- Não muda de assunto Dominique, me responde! Forjou? Você teve coragem?
Dominique nada responde, apenas encara a mãe.
ALMA- Meu deus... Onde foi que eu errei com você, menina? Onde? O que foi que eu fiz de tão errado? Me diz?
DOMINIQUE- Ai, pelo amor de Deus/
E Dominique é surpreendida por um tapa que Alma dá em seu rosto. Dominique segura o rosto.
ALMA- Cala a boca! Cala a boca! Eu não quero mais ouvir a sua voz. O que foi que você se tornou heim?!
DOMINIQUE- (Chora) Você não tinha esse direito.
Alma anda até o guarda-roupa e procura um cinto, acha e volta á Dominique.
ALMA- Eu devia ter dito mais pulso firme com você. Olha a pessoa que você se tornou... Um monstro, Dominique. Um monstro capaz de forjar o próprio seqüestro, de colocar a vida de centenas de pessoas em risco!
DOMINIQUE- O que você vai fazer?
ALMA- Eu vou te dar uma surra! A surra que você devia ter levado no começo das suas maldades. Você é má, Dominique! Você não liga para ninguém além de você mesma.
DOMINIQUE- Já acabou? Ótimo, agora pode parar com esse drama que eu tenho muito que fazer.
Dominique segue andando, mas Alma lhe dá uma cintada no braço. Dominique grita. Segura o braço.
ALMA- Você vai ficar! Vai ficar e ouvir tudo o que eu tenho pra falar. Eu não queria chegar a esse ponto, Dominique, mas você passou dos limites completamente. Chegou à hora de pelo menos uma vez você arcar com as conseqüências de seus atos. De pelo menos uma vez eu ter coragem de te dar uma lição pra vida, minha filha. 
Dominique encara Alma, recua. Alma chora olhando para Dominique.
CENA 05. CLUBE- ENTRADA [INT./DIA]
Rodrigo e Carlos se encontram na entrada do Clube. Rodrigo se mostra um pouco alterado, já Carlos não dá muita atenção ao que diz.
RODRIGO- Eu não estou acreditando que a Dominique me deu um fora. Ela precisa de mim.
CARLOS- Ninguém quer ser pisado o tempo todo. Cansa ás vezes.
RODRIGO- Mas quer saber? Ela vai ver o que perdeu. Tem coisa muito melhor por aí. A Maria, por exemplo, você viu como ela apareceu naquele evento. Poderosa, linda. 
CARLOS- Outra que você usou e jogou fora, acho que não tem tantas opções. 
RODRIGO- A hora que eu quiser a Maria vem correndo atrás de mim. Aquela ali é uma fã enlouquecida. A qualquer hora ela vai estar disponível pra mim.
Nesse momento, Maria e Rodrigo chegam á entrada aos risos. Rodrigo observa os dois. Maria desequilibra do salto e iria caindo, quando rapidamente Tadeu a segura, curvando-a. E ela com os braços apoiados em seu pescoço. 
TADEU- Cuidado.
Os dois se entreolham. Carlos olha para a cara de Rodrigo e ri. 
CARLOS- Disponível, é?
Os lábios de Maria e Tadeu vão se encostando.
CENA 06. ÔNIBUS- ESTRADA [INT./DIA]
Pânico geral. As pessoas continuam rendidas e Benício soa frio dirigindo o automóvel. Os bandidos continuam de guarda. Uma Blitz se faz logo á frente.
LARGATA- Acelera e não para!
BENÍCIO- Como assim? Vamos ser perseguidos é impossível passar sem causar um acidente e tem pessoas aqui/
Largata põe o revolver na cabeça de Benício.
LARGATA- Esqueceu? Que quem dá as ordens aqui sou eu? Acelera e se você parar eu meto bala em todo mundo!
Ele atira para o alto. As pessoas gritam assustadas. 
Benício de imediato obedece e acelera o Ônibus que parte em alta velocidade em direção a Blitz. As pessoas são jogadas de um lado para o outro. Mães protegem seus filhos e muitos se abaixam. Gritaria. Ação. O Ônibus chega perto da Blitz. A cena congela.
FIM DO CAPÍTULO.












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