Porto de Pedras: Capítulo Sete - O Pretendente de Paloma! (Participação especial Whindersson Nunes)


No Capítulo Anterior de Porto de Pedras:

Paloma conversa com Mafalda, afirmando que conheceu um homem legal.

Marieta exige que o padre Silveira benze sua porca Mimosa. Ele se recusa. 

Cristina, irmã de Madalena, se encontra com Mariela, afirmando que juntas vão encontrar José, algoz da irmã, e acabar com a sua vida.

Maria Fernanda encontra com Pedro João, e inventa mentiras, colocando Paloma em uma verdadeira saia justa!

Fique agora com o capítulo de hoje!


Paloma - Paola Oliveira
Maria Fernanda - Carol Castro
Pedro João - Thiago Fragoso
Marieta - Marieta Severo
Joana - Tatá Werneck 
Juvenal - Eduardo Sterblitch
Samuel - Dalton Vigh 

Ator convidado: 

Coronel Vieira - Thiago Lacerda
Adamastor - Whindersson Nunes



Cena 1/ Biblioteca/ Interno

Paloma – O que pensa que tá fazendo?

Maria Fernanda – Falei alguma mentira?

Paloma – Nessa frase existe tanta mentira que eu não consigo nem contar!

Pedro João – Vocês vão me desculpar... mas a biblioteca da cidade não é lugar de brigas. Mas antes... Paloma, isso é verdade?

Paloma – É claro que não é verdade, Pedro! Olha, depois a gente conversa, porque agora o que eu mais preciso é dar um jeito nessa daí!

Maria Fernanda – Dar um jeito em mim? Quem pensa que é, insolente? No máximo uma conversinha, mas dar um jeito?

Paloma – Vamos, Maria Fernanda! Vamos!

Cena 2/ Externo

Maria Fernanda e Fernanda saem da Biblioteca.

Marieta observa de longe.

Paloma – Você não pode continuar se metendo na minha vida desse jeito!

Maria Fernanda – Eu já falei, você precisa se casar com um homem rico e dono de terras.

Paloma – Eu vou casar com quem eu gosto de viver, e não com quem você quer que eu viva. Quem manda na vida sou eu, e vou seguir o meu caminho.

Maria Fernanda – Que mania insolente essa sua de me responder.

Paloma – Você não é a minha mãe, e nunca vai ser! Eu te odeio, e nunca vou me cansar de dizer isso... eu quero que você morra!

Cena 3/ Casa dos Silvas/ Interno

Marieta abre a porta e encontra Juvenal e Joana se beijando no sofá.

Marieta – Eita, que pouca vergonha na minha casa! Repreendeu, Deus, repreende!

Joana – Não sabia que a senhora ia chegar agora...

Juvenal – É... a senhora mesmo tinha dito que ia resolver o problema da porca, não era?

Marieta – E eu vou! A Mimosa merece ser benzida pelo padre. E a gente vai conseguir fazer isso.

Joana – Olha, mãe, e se tudo sair errado? Como que a senhora vai fazer isso? Eu estou cansada de suas maluquices!

Marieta – Que maluquices, menina? Hoje a gente invade aquela igreja, e benze essa porca... ou a gente faz isso, ou eu não me chamo Marieta Cramulhão!





Cena 4/ Externo

A carruagem do Coronel Vieira cruza os principais portões de Porto de Pedras. E para em frente ao gabinete do prefeito.

Os moradores aguardam do lado de fora.

Cena 5/ Gabinete do prefeito/ Interno

Vieira dá um tapa no chapéu de Samuel, que estava dormindo na cadeira.

Vieira – Vai ficar dormindo, homem? E logo hoje, que é um dia bom... um dia de garra, e de esperança pra essa cidade?

Samuel – Coronel! Coronel Vieira, e eu pensando que nunca mais ia ver o senhor, hein? Mas veio mais cedo que o combinado, né não?

Vieira – Vim mais cedo, mas é por uma boa causa. Notícia boa tem que correr rápido, e pode avisar pra todo mundo dessa cidade, que Esperança vai fazer ponte com Porto de Pedras. A irmã do mais conceituado prefeito de Porto de Pedras, vai se casar com o meu filho. E ele veio comigo, pode entrar, Adamastor!

Samuel – Onde ele está? Adamastor?


Cena 5/ Gabinete do prefeito/ Corredor/ Interno


Maria Fernanda – Vai entrar onde? Você não é ninguém. Um bobão com essa roupa feia, entrar no gabinete?

Adamastor – Eu sou filho do coronel Vieira! Ele que me criou e me colocou aqui, nesse mundo que Deus nos Deu. O mundo é cama, é vida e é amor! Igual a água que cai e corre pelo principal córrego da cidade!

Maria Fernanda – Filho?

Vieira e Samuel abrem a porta do corredor.

Vieira – Esse daí é meu filho. Por que, algum problema?

Maria Fernanda e Samuel se encaram.

Samuel – Problema? Problema nenhum... claro que não tem nenhum problema!

Maria Fernanda – Com licença, coronel Vieira e o filhinho muito... muito simpático. Eu preciso ter uma conversa privada com o meu irmão Samuel.

Cena 6/ Biblioteca/ Interno

Júlio – Como assim não vai dar certo? A Paloma é uma gata, merece que tu pelo menos invista nela!

Pedro João – Isso vai dar errado... eu já tô até imaginando!

Júlio – Caramba, Pedro João, tu precisa acreditar em si mesmo! Força, sabe por quê? Agora o filho do coronel acabou de chegar na cidade, e se tu não correr pra cima da pessoa que tu gosta, vai acabar perdendo! E para sempre!

Cena 7/ Faculdade/ Corredor/ Interno

Mafalda – Amiga. O filho do coronel Vieira acabou de chegar na cidade. E ninguém ainda viu a cara dela, mas eu ouvi falar que era lindo.

Paloma – Eu não quero saber dele. Você não tem noção de quanto eu odeio a minha família! Nossa, odeio, odeio, odeio!

Mafalda – Como será que ele deve ser, hein? Será que ele é realmente bonito?

Cena 8/ Gabinete do prefeito/ Interno

Maria Fernanda – Ele é horrível! Sinceramente, Samuel, eu te dei chances pra buscar por pelo menos um homem bonito. Mas esse Adamastor é um paspalhão.

Samuel – Ele é rico, e no momento é só isso que importa!

Maria Fernanda – Rico quanto?

Samuel – Uns milhões de reais!

Maria Fernanda – Ah... se vale tanto assim, pensando por outro lado, até que não é tão feio! Não mesmo!

Samuel – O coronel deixou a cidade pra fechar negócio, e a gente vai ter que fechar!

Maria Fernanda – Se ele tá aqui, a gente já marca o jantar pra hoje a noite! Perfeito. E logo apresenta a Paloma pro paspalhão.

Samuel – Resta saber se ela vai aceitar!

Maria Fernanda – Ela não tem o que aceitar... infelizmente não tem. Tenho todas as cartas na manga, e vou começar a usar todas elas. Ou ela casa com ele, ou vai sentir o gostinho do sofrimento!

Cena 9/ Externo

Entardece em Porto de Pedras/

Cena 10/ Externo

Padre Silveira sai da igreja, e vai até o coronel Vieira.

Close lento em Marieta, Joana e Juvenal, que puxam a porca para os fundos da igreja.

Cena 11/ Mansão/ Interno

Paloma chega em casa com as luzes apagadas. Sem enxergar nada, acende a lâmpada, e se assusta com Maria Fernanda, que repousa sentada na poltrona.

Paloma – O quê que é isso? Virou o que? Assombração?

Maria Fernanda – Na verdade eu vim te mostrar uma coisa!
Ela se levanta e caminha até Paloma, abrindo o celular e colocando as mensagens de voz:

Off/

Maria Fernanda: Oie, amadado... te chamei aqui porque eu vou precisar de um dos teus serviços!

Bandido: Pode falar!

Maria Fernanda: Eu estou passando por uns problemas aqui em casa, e preciso que você trate de acabar com a vida de uma pessoa, claro, caso ela se recusar a contribuir comigo.

 On/

Paloma – O que é isso? O que você vai fazer?

Maria Fernanda – Ou você aceita se casar com o filho do Coronel, ou eu mando ele acabar com a vida do seu amado. Aí o Pedro João vai conhecer o verdadeiro sabor dos céus!

Cena 12/ Igreja/ Externo

Marieta, Joana e Juvenal entram na igreja pela porta dos fundos.

Cena 13/ Biblioteca/ Interno

Marieta para com a porca em frente a água benta. Joana pega o benzedor, e Juvenal segura a porca.

Marieta – Se aquele padre não benzeu a minha porca por bem, vai ter que ir por mal! Eu te benzo, mimosa, eu te benzo.

Joana - Faz silêncio, mãe! Alguém pode escutar!

Marieta - Calma...

Padre Silveira abre a porta principal da igreja, seguido do Coronel Vieira. Eles se chocam com a cena.

Vieira – Mas o que é isso?

Padre Silveira – Vocês estão benzendo uma porca na minha igreja?



Postar um comentário

0 Comentários