Brasil, 2017
CENA 1: CIDADE DE TEMEDO | EXTERIOR | DIA
O movimentar dos veículos nas avenidas principais é intenso. Muitas pessoas parecem voltar do trabalho e da escola na hora do almoço. As calçadas estão abarrotadas de pessoas. Ônibus, carros e motocicletas param diante do sinal vermelho e os pedestres aproveitam e passam para o lado pretendido. Imagens aéreas da cidade são uma mistura de verde e cinza, mata e edifícios se contrastam. A imagem corre, seguindo a avenida principal e logo chega ao local pretendido e se aproxima lentamente do portão de uma residência, a casa de Diógenes Assunção.
CENA 1: CIDADE DE TEMEDO | EXTERIOR | DIA
O movimentar dos veículos nas avenidas principais é intenso. Muitas pessoas parecem voltar do trabalho e da escola na hora do almoço. As calçadas estão abarrotadas de pessoas. Ônibus, carros e motocicletas param diante do sinal vermelho e os pedestres aproveitam e passam para o lado pretendido. Imagens aéreas da cidade são uma mistura de verde e cinza, mata e edifícios se contrastam. A imagem corre, seguindo a avenida principal e logo chega ao local pretendido e se aproxima lentamente do portão de uma residência, a casa de Diógenes Assunção.
CENA 2: TEMEDO | CASA DOS ASSUNÇÃO | EXTERIOR | DIA
Alguns veículos passam em frente da casa dos Assunção, e dentre desses veículos, um para bem em frente do portão, praticamente na calçada. Um homem sai do carro, fecha a porta e para observado a casa, logo retira o óculos que usa, abrindo um pequeno sorriso, é Raul que se encontra um pouco diferente de tempos atrás. Raul olha para o portão que se abre automaticamente. Ele adentra na propriedade.
Alguns veículos passam em frente da casa dos Assunção, e dentre desses veículos, um para bem em frente do portão, praticamente na calçada. Um homem sai do carro, fecha a porta e para observado a casa, logo retira o óculos que usa, abrindo um pequeno sorriso, é Raul que se encontra um pouco diferente de tempos atrás. Raul olha para o portão que se abre automaticamente. Ele adentra na propriedade.
CENA 3: CASA DOS ASSUNÇÃO | INTERIOR | DIA
Uma empregada abre a porta e Raul entra, sorrindo e fica mais feliz ainda ao ver a mãe, Sílvia. Mãe e filho se abraçam, demonstrando uma grande saudade. Diógenes sorri diante da cena.
Uma empregada abre a porta e Raul entra, sorrindo e fica mais feliz ainda ao ver a mãe, Sílvia. Mãe e filho se abraçam, demonstrando uma grande saudade. Diógenes sorri diante da cena.
DIÓGENES: – Seja mais que bem vindo de volta, Raul. – Ele diz se levantando do sofá e estendendo a mão para o enteado.
Raul toca na mão do padrasto, logo se abraçam rapidamente. Raul olha para todos os lados e parece procurar por algo ou alguém.
Raul toca na mão do padrasto, logo se abraçam rapidamente. Raul olha para todos os lados e parece procurar por algo ou alguém.
RAUL: – Pelo visto eu cheguei primeiro. – Ele comenta, alternando em olhar para Diógenes e para a mãe. – Cadê a Manuela? – Indaga, observando.
SÍLVIA: – Ela já deve estar a caminho, filho. Calma que você parece estar mais ansioso do que eu e o Diógenes juntos. – Responde em meio a sorrisos.
Raul ri com a observação da mãe e realmente se sente ansioso para o retorno de Manuela. Ele se encaminha até o sofá e se senta, não demora e seu padrasto e sua mãe fazem o mesmo.
RAUL: – Tenho muita saudade dela, sabem como é. O pouco tempo em que ela ficou aqui, me cativou muito, e eu acreditei que ela tinha ido apenas passar uma pequena temporada na Europa e não ficar lá por quase dez anos. – Comentam, ora olhando para a mãe, ora para Diógenes.
DIÓGENES: – Nós também achamos, Raul, mas o que importa é que ela conseguiu reconstruir a vida e está voltando feliz, casada e com meu neto. – Ele diz, sorrindo ao final da frase.
Sílvia e Raul sorriem ao verem a felicidade estampada no rosto de Diógenes, que realmente se encontra muito feliz por saber que Manuela voltará a morar no Brasil.
CENA 4: CIDADE DE PARAÍSO AZUL | EXTERIOR | DIA
Mirela caminha pela calçada, distraída enquanto ouve música. Ela entra na área do grande Hotel Paraíso e cruza a pequena rua que dá acesso ao seu local de trabalho. Ela está vestindo o uniforme do Hotel, seguindo a passos lentos quando se assusta com o barulho ensurdecedor de uma potente buzina. Mirela retira o fone de ouvido no mesmo instante que o motorista sai do veículo, e ele não é nada mais nada menos do que Rodrigo Terraforte. Rodrigo não reconhece Mirela.
Mirela caminha pela calçada, distraída enquanto ouve música. Ela entra na área do grande Hotel Paraíso e cruza a pequena rua que dá acesso ao seu local de trabalho. Ela está vestindo o uniforme do Hotel, seguindo a passos lentos quando se assusta com o barulho ensurdecedor de uma potente buzina. Mirela retira o fone de ouvido no mesmo instante que o motorista sai do veículo, e ele não é nada mais nada menos do que Rodrigo Terraforte. Rodrigo não reconhece Mirela.
RODRIGO: – Tudo bem com você? – Questiona, demostrando preocupação.
Sem pedir, Rodrigo toca na mão de Mirela, que sente algo estranho quando ele faz isso. Mirela então acaba por sair correndo dali, entrando o maisrápido que pode no hotel. Rodrigo esboça um sorriso bobo diante da situação.
CENA 5: PARAÍSO AZUL | HOTEL PARAÍSO | INTERIOR | DIA
Mirela entra apressada em seu local de trabalho. Ela segue para onde todos ps funcionários ficam e se pega pensando no que acabou de acontecer. Mirela chacoalha a cabeça de forma negativa tentando tirar o que acabou de acontecer da mente. Assim que ela entra no salão onde todos ficam reunidos antes de tudo se iniciar novamente, não demora muito e Rodrigo entra sendo acompanhado pela gerente do Hotel. Mirela tenta virar o rosto, mas já é tarde demais. Rodrigo a vê e sorri rapidamente.
Mirela entra apressada em seu local de trabalho. Ela segue para onde todos ps funcionários ficam e se pega pensando no que acabou de acontecer. Mirela chacoalha a cabeça de forma negativa tentando tirar o que acabou de acontecer da mente. Assim que ela entra no salão onde todos ficam reunidos antes de tudo se iniciar novamente, não demora muito e Rodrigo entra sendo acompanhado pela gerente do Hotel. Mirela tenta virar o rosto, mas já é tarde demais. Rodrigo a vê e sorri rapidamente.
CENA 6: TEMEDO | AGÊNCIA MAIS TOP | EXTERIOR | DIA
O movimento é grande na agência de modelos Mais Top, há um ensaio grandioso em frente ao prédio da agência e quem faz as fotografias é o melhor amigo e sócio de Carlos, Mateus. Ele se diverte entre uma foto e outra, sempre realizando um trabalho impecável com a câmera. Ele dá um tempo no ensaio assim que vê o carro de Carlos, que por sua vez estaciona rapidamente e sai do veículo.
O movimento é grande na agência de modelos Mais Top, há um ensaio grandioso em frente ao prédio da agência e quem faz as fotografias é o melhor amigo e sócio de Carlos, Mateus. Ele se diverte entre uma foto e outra, sempre realizando um trabalho impecável com a câmera. Ele dá um tempo no ensaio assim que vê o carro de Carlos, que por sua vez estaciona rapidamente e sai do veículo.
CARLOS: – Vejo que você já está se divertindo. – Comenta se aproximando de Mateus e o cumprimentando.
MATEUS: – Você sabe que eu amo fazer isso, então não perdi tempo. – Ele diz, sorrindo. – E tenho um trabalho pra você no centro da cidade, é um cliente importante que conta com nossa disponibilidade. – Informa, mudando um pouco o tom.
CARLOS: – Estou precisando mesmo, não aguento mais ficar sem ter o que fazer e só me ocupando com meus problemas. – Diz, deixando o amigo intrigado.
MATEUS: – Eu não entendo o motivo de você continuar nesse casamento, Carlos. Qualquer um vê que você não ama a Bárbara e insiste nisso. – Ele diz, confuso.
Carlos esboça um pequeno sorriso e fica cabisbaixo.
CARLOS: – Nós temos uma filha, Mateus e não quero deixá-la traumatizada me separando da mãe dela. – Ele levanta o olhar lentamente. – Mas depois conversamos mais sobre isso, pois agora o dever me chama. – Completa, tocando levemente no ombro do amigo.
Mateus observa Carlos se afastar e voltar para o carro, então balança a cabeça de um lado para o outro enquanto o amigo entra no veículo. Carlos parte a caminho do centro da cidade.
CENA 7: TEMEDO | EXTERIOR | DIA
Carlos segue em seu carro, pensando no que Mateus sempre diz, e de repente começa a se lembrar do que aconteceu há quase dez anos, então freia o carro de maneira brusca, parando no sinal vermelho no momento certo. Ele bate com as duas mãos no volante, parecendo enraivecido.
Carlos segue em seu carro, pensando no que Mateus sempre diz, e de repente começa a se lembrar do que aconteceu há quase dez anos, então freia o carro de maneira brusca, parando no sinal vermelho no momento certo. Ele bate com as duas mãos no volante, parecendo enraivecido.
CARLOS: – Por onde será que ela anda? – Se questiona enquanto oberva os pedestres passagem há alguns metros de seu carro. – Eu tento tirar você da cabeça, mas meu coração sempre volta a colocá-la novamente, isso é uma verdadeira tortura. – Continua, levando uma da mãos à cabeça.
O sinal abre, Carlos acelera, tentando tirar da cabeça os pensamentos que o deixam atordoado. Ele dirige bem, a imagem aérea o acompanha pela avenida principal, logo o veículo se junta à tantos outros que estão no congestionamento devido à um acidente logo mais na frente.
CENA 8: TEMEDO| AVENIDA PRINCIPAL | CARRO | INTERIOR – EXTERIOR – INTERIOR | DIA
A imagem corre pelo congestionamento, parando e focando em um táxi que se move devagar. Dentro desse táxi se encontra Manuela, Luís e Talles, que estão visivelmente impacientes com a demora do trânsito andar. Manuela olha pela janela e vê alguns homens com armas, exigindo que os motoristas abram as portas ou janelas e entreguem tudo o que possuem. Ela volta seu olhar para o pequeno Luís e para Talles que também vê a cena. Talles paga o taxista rapidamente e abre a porta do seu lado, saindo para a calçada, logo Manuela faz o mesmo com Luís e se coloca na calçada ao lado de Talles.
MANUELA: – Temos que sair daqui o mais rápido possível. – Ela diz enquanto olha de relance para o que acontece do outro lado da pista.
Eles começam a caminhar no sentido oposto que o táxi fazia. Luís olha para Talles e Manuela sem entender nada do que está acontecendo. A família apressa o passo assim que ouve o início do intenso tiroteio. Sem saber para onde ir e só pensando em proteger o filho, Manuela abre a porta de um veículo qualquer e empurra o filho para dentro, e logo também entra, assim como faz Talles. Ele fecha a porta já pedindo desculpa para quem quer que fosse o dono ou dona do veículo. Surpreso e bastante assustado, Carlos se vira, olhando para Manuela, os dois se reconhecem. Manuela fica totalmente sem reação diante do que acontece, à sua frente, ao volante está Carlos Terraforte. Carlos não sabe o que dizer, à sua frente, no banco de trás está Manuela, a mulher que ele jamais deixou de amar.
A imagem se congela em um olhando para o outro com espanto, surpresa, felicidade, dúvidas e muito mais, tudo junto.
CONTINUA…
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