Desconecte-me | Capítulo 1


Uma história de Larissa Martins

" Epílogo "

_ Então vejamos , o que temos aqui ? _ disse o detetive Díaz ao aproximar-se do corpo da vítima.
   Eram 03 da manhã quando Díaz  recebeu um alerta vindo do departamento de investigação de criminologia (DIC) , pedindo a sua presença no local de onde uma jovem tinha caído do terraço do prédio.
_ Aparentemente 18 á 22 anos ... supostamente suicídio Chefe , provável hora da morte 02:15_ relatou o detetive que acompanhava Díaz no caso.
_ Que merda , o director quer que nós investiguemos um suicídio ? Nós trabalhamos em Crimes Organizados não em adolescentes perdidas psicologicamente _ gritou Díaz sentindo o corpo aquecer de frustração mesmo com o frio da noite.
_ É que Chefe ...
_ É que nada Otaniel , nada deveria estar sonhando com munições ilimitadas agora não aqui na calçada investigando um suicídio._berrou eufórico por isso o chamavam de El Touro o detetive mexicano que fervia com muita pouca água.
_Mas a testemunha que temos não alega ser um suicídio_Otaniel suspirou já habituado com as impaciências do Chefe_venha por favor .


"Desconecte-me"
                  Capítulo I

   O despertador ecoou no dia já com o sol na cidade Noroeste invadindo com o seu som ruidoso o quarto do Chefe da Crimes Organizados                _ Mer... _ praguejou o homem esticando o braço para desligar o despertador que tinha na cabeceira da cama._suspirou fundo levantando-se com muito esforço sentindo o seu corpo retroceder por conta de duas horas e meia mal dormidas.
  _ Relaxa Victor esse foi o trabalho que você escolheu , apenas ature.
                      //
Estacionou o carro no seu lugar reservado , o sol no parque de estacionamento do centro da Polícia Geral de Noroeste queimava refletindo sobre as placas dos carros . O Chefe trancou o carro e dirigiu-se para o Crimes Organizados lá trabalhava já há 10 anos desde que se tinha mudado do México para a pequena cidade Noroeste um local onde a taxa de criminalidade não era muito elevada até um certo tempo .
   _ Bom Dia Detective Díaz _cumprimentou Fernando o mais antigo oficial do edifício. O chefe mal humorado como sempre acenou em resposta .
  Entrando de rompante no departamento deparando-se com Otaniel que anexava fotos do corpo da jovem encontrada ontem na calçada do prédio abandonado por conta de um incêndio que se acontecera há anos .
     _ O que essa garota está fazendo no meu mural de investigação ? _ grunhiu Díaz estagnado .
    _ Já identificamos a jovem Chefe ela chama-se Laís Moniz nascida aqui na nossa cidade filha de...    _ Otaniel nem pode terminar as suas falas , Díaz interrompeu o Detective com arrogância.
    _ Porquê você está me relatando as informações da moça , eu já disse Otaniel esse caso não é nosso entregue-o a perícia estamos muito ocupados investigando o " assassino das redes sociais"_ Díaz demonstrou toda a sua frustração com os casos parados em Otaniel o facto de que um psicopata andava por aí atormentando jovens inocentes nas redes sociais de Noroeste sem que ele ou a sua equipa pudessem fazer alguma o perturbava.
     _ É isso que estou tentando transmitir Chefe , o Director acha que devemos encerrar o caso "Internet" pois o assassino não dá sinal há 2 meses , o caso Moniz abalou a cidade e ele acha que vai ser um bom recomeço para nós e a família da vítima..._Otaniel não conseguiu mais uma vez terminar a sua lógica sendo interrompido por uma voz ecoante vinda da porta de entrada.
    _ ONDE RAIO ESTÁ A MINHA FILHA ?.
    _ Se acalme senhor por favor .
    _ Detective onde está a minha filha porque fui chamado aqui ? Por favor só quero respostas _ começou a entrar em prantos , o garoto que vinha ao seu lado tentou acalma-lo.
     _ Você deve ser o Sr. Moniz ! _disse Otaniel roendo a caneta que tinha nas mãos  enquando analisava o processo da vítima.
    _ Alguém me explique o que está acontecendo _ disse Sr.Moniz que não sabia nada da filha desde ontem.
   Díaz observava tudo de perto mas longe mentalmente ele não ligava com nada naquele caso porque já tinha escutado que a filha única dos Moniz tinha tido um período caótico com histórico de ansiedade e já havia tentando suicídio uma vez , essas são as consequências de morar em uma cidade pequena todo mundo sabia da vida de todo mundo .
     _ ... encontramos Laís morta no passeio junto ao prédio da Rua 11 , sinto muito .
     David Moniz ficou em choque não acreditara que havia perdido a filha , que nunca mais a veria sorrir ou cantarolando pelos cantos da casa , caiu de joelhos no chão frio da sala e colocou as mãos sobre a cabeça com a boca aberta como de estivesse aprendo a falar , Luian agachou-se para consolar o Pai enquanto o seu peito também ardia pela perda da irmã Gêmea .
   Otaniel e Díaz deixaram os dois sentirem o seu luto permanecendo em silêncio e deixando os dois .
  _ Chefe _sussurou Otaniel para que só Díaz ouvi-se , ele em resposta fitou os seus olhos esperando o que estava por sair da boca do Detective. _ precisamos interrogar a testemunha que estava no local e nos contactou.
   _ Otaniel me diga onde que chegar com isso tudo , a garota se suicidou está mais que visto.
   _ Tínhamos uma testemunha no local que alega que Laís estava pedindo por ajuda segundos antes da queda , o sujeito se encontrava podre de bêbado esta madrugada mas temos uma ordem de intimação para ele agora , já tenho o carro preparado.
 Díaz respirou fundo e ajeitou o nó da gravata seguindo o Detective
                      //
Chegaram 20 minutos depois ao apartamento de Carlos Drummond o indivíduo que contactou a polícia assim que avistou a jovem morta , para além de estar podre de bêbado ficou estático quando viu a cabeça esmagada da jovem deixando esvair o conteúdo cerebral.
  _ Estamos batendo há 5 minutos vamos entrar.
  _ Não temos ordem para entrar assim Sr.
  _ Eu sou seu chefe não me diga aquilo que devo fazer Detective Nunes _ Otaniel suspirou perante as palavras do chefe e afastou-se da porta .
 Díaz forçou a entrada derrubando a porta do apartamento deixando sair o cheiro forte que lá estava ... Sangue .


Continua...

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