Os Anos da Dor: Capítulo 11


CENA 01 - Padaria / Manhã / Int.

Ângela - Bem, como eu ia dizendo, seu passado é bem melancólico.
Giorgio - Exatamente, mas não vou me deixar esmorecer enquanto não tiver minha filha comigo, mesmo que seja a última coisa que eu faça antes de morrer!
Ângela - Fique tranquilo, pois eu sempre estarei com você nessa sua jornada.

CENA 02 - Budapeste / Padaria / Manhã / Int.

*Gus chega na padaria junto com Olivya e procura a senhora Sasha e acaba encontrando rápido*

Gus - Bom dia, a senhora Sasha está por aqui?
Sasha - Sim, sou eu mesma, o que deseja senhor?
Gus - Quero trabalhar aqui, conseguir dinheiro e poder recomeçar a vida!
Sasha - Ótimo, mas fale um pouco sobre você...
Gus - Meu nome é Gus, tenho 23 anos, sou daqui de Budapeste mesmo, tenho uma história bem triste, eu não gosto muito de falar sobre, mas eu faço questão de lhe contar para que saiba o que eu já passei pra chegar até aqui.
Sasha - Pode falar, estou te ouvindo.

*Gus começar a mentir sobre sua origem*

Gus - Bem, os meus pais morreram quando eu tinha dois anos, após isso eu passei a morar em um abrigo aqui de Budapeste, fiquei lá até os meus 20 anos, quando o abrigo foi incendiado por alguns criminosos, saí correndo e a única coisa que levei de lá foi a roupa do corpo, aí passei à morar de favor em empregos que eu arrumava.
Sasha - E essa garotinha aí com você? É o quê sua?
Gus - Ah, é a minha filha, tem três anos, acabei engravidando uma namorada que tive, depois do nascimento ela não quis mais nada comigo e nós nunca mais nos vimos.
Sasha - Sua história é realmente bem comovente, eu gostei muito de você também, esse emprego é seu!
Gus - Sério? Obrigado senhora, muito obrigado! Quando eu começo?
Sasha - Amanhã de manhã apareça por aqui, você irá começar apenas vendendo.
Gus - Certo, muito obrigado pelo emprego, dona Sasha.
Sasha - Disponha, querido

*Os dois apertam as mãos*

~ 20 ANOS SE PASSAM ~

CENA 03 - Coimbra / Estação / Manhã/ Int.

*Ângela e Giorgio conversam na plataforma*

Ângela - Eu gostei do tempo que passamos juntos, embora não tivéssemos construído um relacionamento estável, nem tivéssemos a nossa cerimônia de véu e grinalda.
Giorgio - Ângela, eu também gostei desse tempo que passamos juntos, entretanto terei que partir, por um bem maior!

*Ângela se aborrece*

Ângela - Como assim “bem maior”? Nós vivemos mais de 20 anos juntos, embora não tivéssemos nos casados, e você ainda tem coragem de me deixar de lado e não me dar valor?
Giorgio - Não diga isso! Você sabia que eu quero ter a minha filha de volta, eu venho de um campo de concentração dos nazistas, esqueceu?
Ângela - Pouco me importa o buraco de onde você saiu!

*O trem chega*

Ângela - Vai embora e não volta mais, não quero mais ter que te olhar!

*Giorgio entra no trem*

Ângela - Mal sabe ele o que eu estou tramando, ele pode tentar, mas nunca vai ficar longe de mim!

• A imagem congela no rosto de Ângela e fica em preto-e-branco •

GANCHO

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