Reveja Web Mundi: Castelo Baellys - Capítulo 2



Noll Vallois, inimigo oculto do Rei Henry se infiltrou no quarto do rei para matá-lo. Enquanto estava escondido, Henry escrevia algo revelador em uma folha de papel, e o que ele escreveu podia lhe causar a expulsão do trono!
Enquanto Noll estava atrás do rei pronto para matá-lo, o rei ouvia sua respiração. Logo percebeu que se tratava de alguém. Enquanto o rei estava de costas tentando entender a situação Noll lia a folha de papel. Então Henry se virou e ficou surpreso com Noll com uma adaga na mão. Noll vendo que já era tarde demais partiu para cima do rei tentando enfiá-lo a faca, mas Henry relutava com todas suas forças para não entregar tão fácil assim seu trono para um protegido. Eles brigavam no chão, se socavam até que Noll cortou o braço do rei. Noll se levantou enquanto Henry sentia as dores do corte. Noll olhou para a escrivaninha e viu uma chave. Não pensou duas vezes e correu para pegar. Neste mesmo instante Henry se levantou com tudo e puxou a folha de papel que continha seu segredo. Noll pegou a chave e se preparou para dilacerar a carne do rei e conseguir a folha. Então partiu novamente para cima do rei e iniciaram uma nova briga corporal, mas, Noll e Henry brigavam pela folha como se não houvesse amanhã até que a folha voou pela janela do quarto. Pararam por alguns segundos e ficaram indecisos. Mas quem agiu primeiro foi Noll. Noll correu para fora do quarto e o rei tentou segui-lo, mas já era tarde: Noll havia trancado a porta com a chave. Henry bateu forte diversas vezes e gritou. Noll que iria conseguir o segredo que poderia tirar o rei do trono disse:
- O seu reinado chegou ao fim.
Henry caiu em choro atrás da porta enquanto Noll caia no riso do outro lado.
Noll saiu do castelo e foi até o pátio onde viu a folha jogada no pátio do castelo. Mas ele tinha que ser rápido: um guarda real se aproximava da folha. Noll correu o tanto que podia mas o guarda já havia pegado a folha para ler. Noll ainda correndo pegou sua adaga e chegou por trás do guarda encravando a adaga nas costas dele. A folha caiu da mão, sangue jorrou pela boca e caiu morto no chão. Noll se agachou, pegou a folha e entrou no castelo. Noll entrou em seu quarto e guardou debaixo da cama a folha reveladora. Em seguida, não perderia a oportunidade de zombar do rei, abriu o quarto do rei e entrou. Encontrou o rei sentado na cama em lágrimas e de cabeça baixa. Noll, para provocar disse:
- Meu rei, o que houve? O que fizeram a você? Não fique assim. Seu segredo será bem guardado.
O ódio subiu como fogo no corpo de Henry que pulou em cima de Noll o enforcando:
- Você não se atreve, seu desgraçado! – gritou Henry enforcando Noll
Noll o jogou para frente e lhe deu uma bofetada que o fez virar.
- Se me tocar novamente esse será o maior arrependimento de sua vida! – ameaçou Noll
Henry o olhava com ódio e desprezo com os olhos cheios de lágrimas.
- Esse reino não é para você. Quando você vai aprender isso? Eu tenho capacidade! Eu sou melhor que você! – disse Noll com ódio no olhar
Eles ficaram se olhando em silêncio. O ódio era a única descrição para seus olhares. Henry estava passando pelo pior momento de sua vida, mal ele sabe o que ainda estaria por vir. Sua vontade era de socar tanto a cara de Noll que se ficasse impossível de reconhecê-lo!
- Ou você entrega o trono para mim e me coroa na frente de todos ou eu tiro ele de você a força! – ameaçou Noll que saiu pela porta em seguida.
Amé, o Primeiro Mestre Kadosh, estava em sua casa na Cidade Baellys. Passou suas mãos pelo seu corpo até que suas mãos chegaram a uma parte de grande e triste história: um enorme tumor benigno em sua cintura. Seus olhos se encheram de lágrimas e ele abraçou o próprio corpo.
Quando o dia amanheceu, o clima estava tenso no castelo. Ficou mais tenso ainda quando o Rei Henry estava dormindo com a Rainha Aldith e alguém bateu tão forte na porta que caíram objetos da mesinha que estavam nela. O rei, acordou. Bateram novamente na porta ainda mais forte. O rei olhou e se levantou nu indo atender a porta. Ao abrir se deparou com seu filho Georgei Baellys em desespero.
- Pai... Cateline...
Uma lágrima saiu dos olhos de Georgei.
Estava no pátio do castelo: o corpo de Cateline Baellys, a filha do rei, jogado no pátio com a cabeça estourada no chão como se tivesse se jogado do castelo. Todos olhavam horrorizados a cena. A Rainha chegou e deu um grito ao ver a filha morta. Saiu correndo e se ajoelhou diante dela tentando a trazer de volta para a vida. A lágrima de seus olhos caíam sob o sangue da filha que estava de olhos abertos, e mortos. A Rainha gritava e chorava. O Rei Henry estava em um estado de pânico e terror com as mãos na boca, os olhos vermelhos e cheios de lágrimas. Ele tentava entender quem seria capaz de tamanha crueldade. Noll abraçou Georgei para consolá-lo. Henry abraçou a Rainha. Os olhos deles se encontraram. Foi a maior dor de todas: Henry viu Noll abraçando seu filho com um sorriso sarcástico em sua direção. Henry se levantou furioso e caminhou rapidamente em direção à Noll pegando em seu braço a força e o puxando para dentro do castelo.
Eles entraram logo no primeiro quarto, o de Noll. Henry fechou a porta e ficou frente a frente de Noll com lágrimas nos olhos cheios de ódio. Henry não aguentou o sorriso sarcástico de Noll e lhe deu um soco no rosto que o fez cuspir sangue e virar para traz. Henry não queria só dar um soco, ele queria acabar com a raça de Noll, queria dilacerar sua carne com suas próprias mãos, vê-lo sofrer com uma morte lenta e dolorosa. Mas tudo isso era impossível. Noll ainda tinha o rei nas mãos para fazer o que quisesse.
Noll se aproximou do rei rindo e disse:
- Você é meu agora... – disse passando a mão no rosto do rei
Henry tremeu de ódio e apertou suas mãos com a vontade de espancar Noll. Fez tanta força que mais lágrimas saiam de seu olho. Mas Noll não sentia remorso, nem empatia. 

Um pouco distante, nos campos do Castelo Orfh, Georgei Baellys, o filho do Rei Henry passeava a cavalo olhando os servos do Rei Aloys Orfh trabalharem. Aloys o avistou de longe, pegou seu cavalo e foi em direção ao rapaz.
Chegando lá, Aloys começou a cavalgar ao lado de Georgei. Georgei o olhou.
- O que faz em minhas terras tão pensativo ladrão de livros? – perguntou Aloys
Georgei abaixou a cabeça e falou:
- Minha irmã se jogou da janela do castelo. Está morta. 
Aloys ficou surpreso e disse:
- Cateline? Era uma boa menina. A vi crescer. Uma pena morrer tão cedo.
- Sim... É uma pena.
Georgei levantou a cabeça.
- Vou te fazer uma pergunta, rapaz.
Georgei o olhou
- Está preparado para governar Baellys quando seu pai morrer?
Georgei sorriu.
- Meu pai não pretende me ter como sucessor.
- Isso é o comum. Por que esta anormalidade?
- Não nos consideramos pai e filho. Meu pai tem certos surtos quando está estressado. Ele me violentava quando criança. Nossa relação como pai e filho se acabou há muito tempo.
Aloys ficou calado por um tempo enquanto cavalgava com Georgei. Mas logo disse:
- Você é um homem feito! Tem energia mais que o seu pai para governar aquela cidade. Não quer a nenhum custo ter o trono de Baellys para você?
- Eu faria de tudo para ter o trono. Não quero mais ver minha mãe sofrendo ao lado do Rei Henry. Eu queria vê-lo em uma cova.
Eles se olharam.
No Templo da Mãe, Amé, o Primeiro Mestre Kadosh estava dando o sermão para os fiéis. Mas, em vez de seus pensamentos estarem nas Leis de Hyarah eles estavam obcecados em uma mulher que assistia ao sermão. Esta se chama Amy, uma mulher idosa. Os pensamentos de Amy também não estavam no sermão, estavam maravilhados em uma criança que estava sentada ao lado dela. Enquanto Amé olhava para Amy com desejo, Amy olhava para a criança com desejo. Um passado obscuro tem haver com essas ações.
O corredor do Castelo Baellys estava calmo. Foi quando Dye Baellys e Diot Broggon se cruzaram no corredor do castelo e acabaram se beijando
- Vamos lá fora? – perguntou Dye
Elas foram para bem distante do castelo, se abrigaram do sol debaixo de uma árvore. Elas sentaram uma de frente para a outra. Diot a começou a beijá-la.
- Vamos fugir? – perguntou Diot
- Fugir? Isso seria uma péssima ação.
- Fuja comigo! Como vamos nos amar com os Mestres Kadosh, aquela fé enganosa, aquelas hipócritas por perto?
Dye colocou suas mãos no rosto de Diot e disse calmamente:
- Calma. Um dia poderemos sair desta merda de castelo e irmos para onde quiser! Poderemos criar crianças abandonadas como nossos filhos, ter uma casa só para nós. Mas tudo, tudo vai ter um tempo. E hoje, hoje ainda não é o tempo.
Georgei entrou pelo portão da Sala do Trono no Castelo Baellys à procura do pai, o Rei Henry. A Rainha Aldith estava passando pelo local quando Georgei a chamou:
- Mãe!
A Rainha se aproximou
- Onde Lord Henry se encontra?
- Não vi o rei hoje desde que levou Noll para dentro do castelo após ver Cateline morta.
Henry estava dormindo ao lado de Noll. Até que Henry deu um pulo da cama. Noll interrogou:
- Aonde vai com tanta pressa?
Henry começou a vestir-se.
- Aonde eu vou? Eu vou sair daqui! Nada do que aconteceu aqui hoje foi por vontade minha! Você me chantageou. O que eu mais quero agora é sair daqui e esquecer de tudo o que aconteceu.
Georgei entrou no corredor e viu o pai, Henry, saindo do quarto de Noll. E perguntou ao pai:
- Meu pai, preciso falar com o senhor.
Henry o olhou com estranheza.
- Diga logo o que você quer. – disse o rei
- Por que me trata assim? Eu sou seu filho. Você trata melhor um soldado do que eu!
- Tenho mais o que fazer. Me dê licença.
- Não, calma, pai. Queria conversar com o senhor a sós na Sala do Conselho.
Henry o olhou curioso.
Então entraram na Sala do Conselho. Henry se sentou na ponta da mesa enquanto Georgei foi colocar o vinho.

Georgei estava tremendo, talvez de medo ou de cometer um crime extraordinário – assassinar o próprio pai, o rei do maior reino do país. Ele colocou os vinhos nas duas taças enquanto o pai estava virado de costas e impaciente. Num dado instante Georgei tira de seu casaco um saquinho de pano com pó e joga tudo em uma das taças. Georgei estava com frio na barriga, estava tremendo, temendo o pior. Não podia mais voltar atrás. Ele teria que matar o próprio pai! Então deixou as taças na frente do rei e foi fechar a porta. Ele fechou, quando voltou seu pai havia bebido uma taça inteira. Henry começou a tossir e a se engasgar, começou a cuspir vinho e a golfar sobre suas vestes. Georgei olhava nervoso e sem reação. 



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