Uma Estrela Caiu do Céu - Capítulo 14 - Preconceito


uma novela de / escrita por
FELIPE ROCHA

agradecimentos
WEB MUNDI


capítulo 14 - 2ªFASE
PRECONCEITO


CENA 01 / EMPRESA DE INÊS / DEPARTAMENTO / INTERIOR / DIA
Lucas chega com a pasta na mão, na empresa e cumprimenta-os:
LUCAS — Bom dia meus queridos! Finalmente cheguei da viagem?
Todos se surpreendem.
INÊS — E aí, trouxe o que foi combinado?
LUCAS 
— Na verdade não, Inês. Mas descobri algo mais importante que isso.
INÊS — O quê?
Inês, perplexa, inconformada, nervosa.
INÊS — Mas isso é indamissível... É demissão na certa. Você não trouxe o objeto de extrema importância, que iria enriquecer a nossa empresa.
GUSTAVO  Dona Inês, eu sou a favor dessa demissão. Tenho muitas hipóteses a levantar contra o Lucas! 
Inês grita:
INÊS — Gustavo, fique calado! A conversa foi direcionada com o Lucas!
LUCAS — Antes de começar, Inês. Eu queria abrir meu computador e revelar o que encontrei.
INÊS — Está autorizado a apresentar!
Corta em: Lucas abre o computador e mostra a foto da tribo indígena para todos, que ficam surpresos.
Lucas começa o discurso:
LUCAS — A minha viagem em Macchu Picchu dona Inês foi interessante. Primeiramente que enriqueci meus conhecimentos estudando a cultura desses índios! Eles são fantásticos, vocês tem que conferir de perto. Sendo assim, vou propor a empresa que direcionamos os estudos dos fósseis para focar nessa civilização existente atualmente. 
Todos aplaudem, menos Gustavo!
INÊS — É inacreditável uma coisa dessas. Você acha mesmo que eu vou sujar a figura da minha empresa para estudar esses índios aí que mal vestem roupa? Vão sair comentários aleatórios por aí... E nossa empresa vai deixar de ser uma das mais famosas no mercado de trabalho! (agressiva) Lucas! Agora na minha sala! Preciso conversar sério com você.
LUCAS — Sim, senhora.
GUSTAVO — Ichii, levou ferro! (dá uma risada).
CORTA RÁPIDO PARA:

CENA 02 / FRENTE DA MANSÃO DE APOLO / INTERIOR / DIA
Atenção Edição: Continuação da cena 07 do capítulo anterior.
Mariana, ajoelhada no chão se declara para Apolo, humilhando-se. Enquanto isso, os personagens figurinistas passam pela calçada e observam a cena.
MARIANA — Eu passei uma noite em claro, pensando se eu iria ou não atrás de você. Mas eu ouvi meu coração, Apolo! Por favor volta para mim, eu faço de tudo para ficar com você! Meu amor é inexplicável, é um sentimento tão forte que chega a despedaçar a parede robusta que prende o meu coração. Eu vou enfrentar tudo para ficar com você! Eu te amo, Apolo. Não quero termine nosso namoro.
APOLO — Mariana! Levanta do chão. Não precisa deste exagero todo.
MARIANA — Mas por favor me prometa que...
APOLO — Eu não sou um homem bom para você! A sua mãe tem razão, é melhor a gente ficar afastado, eu com a minha vida, e você com a sua! Você precisa de alguém que te valorize, mas sou incapaz de fazer isso.
MARIANA — Como assim? Você quer me abandonar, é? Não gosta de mim, mais?
APOLO — Mariana! Depois dos conselhos que sua mãe me deu, eu refleti e voltei atrás. Agora não adianta nem ajoelhar, fazer nada. Porque já está tudo terminado, tudo acabado. Desde já, comunico que siga com sua vida, pois não terá volta! A ação já está determinada! Agora por favor deixa eu entrar na minha casa em paz, estou exausto.
Apolo prestes a abrir a casa. Mariana, enche o olho de lágrimas e tasca um beijo nele. Apolo, nervoso, a empurra e limpa a boca! 
APOLO — Ah, esqueci de uma coisa Mariana! Fica com isso para você, vou jogar no chão! Como lembrança minha!
Apolo joga o anel de noivado no chão. Mariana, chora, e enxuga as lágrimas com vergonha ao ser alvo de comentários pelos figurinistas. Nervosa, ela os agride verbalmente:
MARIANA — Quê que vocês estão olhando hein? Não é da conta de vocês! Vão preocupar com sua vida. E deixe eu com a minha... Bosta!...
Mariana vai embora, desolada.
CORTA RÁPIDO PARA:

CENA 03 / ESCOLA SÃO BERNADO DO CAMPO / RIO DE JANEIRO / INTERIOR / DIA
Serena assiste a aula da professora de Redação que distribui uma folha de atividades.
PROFESSORA JOYCIMARA — Como hoje é o primeiro dia de aula de meus alunos queridos, faremos uma redação! Irei distribuir uma folha em que vocês colocarão o nome de vocês e farão uma autobiografia, relatando os fatos da sua vida. Selecionarei cinco alunos para ler o texto deles para mim! Ok?
TODOS — Sim, professora Joycimara!
Serena, cutuca o colega que está na sua frente e pede um lápis emprestado para ele:
SERENA — Você pode me emprestar um lápis? O meu não quer apontar!
O homem a ignora!
SERENA — Ei, estou falando com você! Está surdo?
O homem continua a ignorá-la. Serena se entristece e levanta a mão para Joycimara.
SERENA — Professora Joycimara, esse "homi" aqui não "qué" me "imprestar" o lápis.
PROFESSORA JOYCIMARA — (ordena) Mateus, empreste o lápis para sua colega! Aqui todos devem ser tratados da mesma forma. Ninguém é bicho, não importa a cor, a classe social, a raça, a etnia! Mas todos são seres humanos. Na minha aula isso é indamissível... E se ocorrer isso, vou levar na diretoria. Entendido?
TODOS  Sim, querida professora!
PROFESSORA JOYCIMARA — Comecem então! Não quero ninguém atoa aí.
Mateus dá o lápis para Serena que começa a colocar seus sentimentos no papel. 
Corta para: A professora Joycimara lá na frente chama os selecionados.
PROFESSORA JOYCIMARA — Serena, Hugo, Elídia! Leiam aqui na frente os seus textos!
Serena pega sua folha e lê na frente de toda a sala o seu texto, com seu sotaque:
A AUTOBIOGRAFIA DA MINHA VIDA
Meu nome é Serena, tenho 22 anos, e antes eu era uma índia! Uma índia que não andava sempre nu, aliás eu tinha roupas também. Eu tinha umas condições más, era muito pobre, mas mesmo assim feliz.  Eu vivia com minha mãezinha e meu paizinho. Até que o amor bateu forte no meu coraçãozinho. Conheci um "homi" que me deu  bastante "felicidadi" e me trouxe para a escola. Sinti-me muito de separar deles, mas hoje estou realizando meu sonho e agradece muito a meu "homi".
Serena, após ler o texto, questiona a toda sala:
SERENA — Ocês gostaram?
A sala toda cai na gargalhada pelo vocabulário que Serena usou a escrever o pequeno texto! A professora Joycimara, nervosa, ordena:
PROFESSORA JOYCIMARA 
— Todos agora na direitoria! Já! Inclusive você Serena! Todos!!! Vou repetir: todos!! Vou ter uma conversa séria com vocês. Nenhuma palavra e sigam em frente!!
Os alunos de Joycimara vão para a direitoria com ela.
CORTA RÁPIDO PARA:
CENA  04 / ESCOLA SÃO BERNARDO DO CAMPO / DIRETORIA / INTERIOR / DIA
Os alunos e Joycimara a conversar com a Diretora Noemi.
NOEMI — Peraí Joycimara... Não estou entendendo. Alguém atrapalhou sua aula?
JOYCIMARA — Aconteceu uma coisa séria Noemi! A Serena foi vítima de preconceito por causa do vocábulo que usou para produzir a atividade que entreguei.
NOEMI — Como é? Você está falando sério Joyce? Olhem, presta atenção vocês todos, que riram da Serena! As regras vão ter que ser desenhadas agora é? No primeiro dia de aula vocês darem trabalho? Não tem cabimento uma coisa dessas! (agressiva) Eu não vou permitir isso na minha escola não. Está entendido?
TODOS — Sim, senhora.
NOEMI — Joyce anote os nomes que aqueles terão uma punição! Uma punição severa, hein? (ordena) Podem ir, somente a Serena fica.
Os alunos saem da sala de Noemi, somente Serena fica, e começa a chorar.
SERENA — A minha mãe tava certa eu não iria conseguir mesmo ficar na escola. Eu já sabia que iria ser vítima dessas bobagens, mas ocê entende diretora? Eu não consigo. 
Noemi e Joycimara suspiram!
CORTA RÁPIDO PARA:

CENA 05 / DELEGACIA DE POLÍCIA / SALA DO DELEGADO / INTERIOR / DIA
Pablo e o irmão de Duende, Heleno, entregam uma foto dele para o delegado. 
PABLO — É esse aí doutor! Ele trabalhou como mordomo na minha casa, um dos melhores que eu já tive! Era um homem da paz, não tinha amizades suspeitas, era bastante reservada, cultuava a religião espírita.
HELENO — O cadáver dele foi encontrado num caixote do rio, perto da minha fazenda. Não vi quem o jogou, mas eu anotei a placa do carro, está aqui!
Heleno entrega o papel para o delegado.
DELEGADO FALÍDIO — Darei início as investigações, vocês me acompanham?
(Suspense).
CORTA RÁPIDO PARA:

CENA 06 / FRENTE DO HOTEL DE RJ / INTERIOR / DIA
Um homem misterioso, sai do táxi. O serviçal do hotel o ajuda no carregamento de sua sacola. Com roupas rígidas e chamativas, ele desce do carro, de óculos escuros e vai para dentro do hotel.
CORTA RÁPIDO PARA:

CENA 07 / FRENTE DO HOTEL / CORREDOR / INTERIOR / DIA
O serviçal conduz o homem misterioso até o seu quarto, que não diz nenhuma palavra sequer.
CORTA RÁPIDO PARA:

CENA 08 / FRENTE DO HOTEL / QUARTO 220 / INTERIOR / DIA
O homem misterioso senta na cama, tira o óculos escuros! Santa Maria! Tenha piedade de nós, perdoe os nossos pecados e nos conduza para a vida eterna! Esse homem não pode ficar na cidade, ele tem que voltar para a terra dele! Nada menos, nada mais que Rafael, para atrapalhar a vida de Serena e Lucas! Com um ar de riso, ele dá uma gargalhada maligna.
CORTA RÁPIDO PARA:

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             1°INTERVALO COMERCIAL
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