Reveja Web Mundi: Águas de Março - Capítulo 8 (RETA FINAL!)



(Cena 01 – Prefeitura/Interior/Dia)
Pedro: O quê? Você tá ficando louco? Eu não vou matar a Cecília, eu não sou capaz disso.
Augusto: Então o que você acha que devemos fazer? De algum castigo ela precisa.
Pedro: Eu não sei, mas com certeza matá-la não será a melhor solução.
Augusto: Então decida logo o que fazer, porque não temos todo o tempo do mundo.
Pedro (com cara de pensativo): Talvez...talvez...
Augusto: Talvez o quê, homem? Fale logo.
Pedro: Talvez fazer a Cecília ser presa seja a solução.
Augusto: Mas a mídia vai cair em cima...
Pedro: Não vai não...será uma coisa breve, um assalto a uma loja qualquer...e já teremos tudo  combinado com o delegado Teixeira.

(Cena 02 – Delegacia/Interior/Dia)
Delegado Poirot: O que não é possível?
Marcos: Esse cara...é o mesmo que tentava me separar da minha ex namorada há 12 anos atrás.
Delegado Poirot: Coincidência.
Marcos: Nós precisamos resgatar o Amir, ele não pode ficar nas mãos desse cara sem escrúpulos!
Poirot: Pode deixar. Ele também é conhecido de nós da polícia, um dos maiores traficantes do Rio, vamos fazer de tudo para pegá-lo.
Marcos: Agora vamos, Malu. As crianças já devem estar acordando.
(Marcos e Malu caminham para o lado exterior da delegacia)
Marcos: Ei, não pense que eu esqueci do que eu vi lá dentro. Por que você estava chorando?
Malu solta as lágrimas de vez: Eu tô apaixonada.
Marcos: Que bom, Malu...por que chorar por isso?
Malu: Ele é agnóstico.
Marcos: Ih, já vi tudo...não é a primeira vez que você acaba um relacionamento por religião, Malu. Tá na hora de você aprender a ser mais aberta com relação a isso.
Malu: Você não entende. É uma questão de FÉ. É muito fácil falar que todos temos que aprender a respeitar toda aberração que aparece diante de nossos olhos, difícil é ter que lutar contra todos os princípios pelos quais sempre foi guiada, enfrentar o DEUS que você sempre amou, acreditou e foi devota. E sabe de uma coisa, Marcos? Eu não dou a mínima pro que você fala. Eu acredito em Deus, e sou muito feliz por isso.
Marcos: Ok, você quem manda. Só não se arrependa um dia de ter largado tantos momentos bons por causa de uma diferença qualquer. Além disso, Malu, que deus é esse que você tanto fala? Tanto fala de amor, de paz...mas parece que vive provocando guerras.
(Malu vira a cara pro lado)

(Cena 03 – Casa de Marcos/Exterior/Dia)
(Cecília entra no carro e se lembra do que Marcos lhe disse mais cedo)
“Eu tive um grande amor no passado, só que uma grande tragédia aconteceu. Ela foi estuprada. Foi aí que a Karina entrou na minha vida...apesar de várias armações que ela aprontou pra mim e pra Janaína, eu acabei caindo em seus braços. E agora simplesmente me ligaram dizendo que a Janaína fugiu do hospício, eu vou ter que ir lá.”
(Corta para: Carro/Interior/Dia)
Cecília (pensando): Será que o Marcos ainda ama essa tal de Janaína? Ele parecia muito apaixonado quando falou dela...e a Karina? Ela parecia muito perigosa, mas o Marcos também parecia gostar dela...ou seria só gratidão?
(O celular de Cecília toca e ela atende o celular)
Cecília: Alô?
(Cecília dá um curva muito brusca com o carro)
Cecília: O ANTÔNIO?...tá, eu tô indo aí agora...

(Cena 04 - Rua/Exterior/Dia)
 (Amir está caminhando apreensivo com um urso de pelúcia na mão. Ele olha desconfiado para as pessoas na rua)
Marcos: AMIR!
(Amir corre descontroladamente, mas Marcos é mais rápido e o alcança. Marcos acaba segurando no urso, que por ser frágil, acaba rasgando e liberando as drogas que estão dentro)
Marcos: O que significa isso, Amir? Você tá vendendo drogas por aí?


(Cena 05 – Hospital/Interior/Dia)
(O médico de Ricardo chega perto de Cida)
Médico: Cida? Aconteceu alguma coisa? Por que você tá chorando tanto? Quer desabafar?
Cida: Eu me demiti.
Médico: Cida! Por que você fez isso? Você quer passar todos os dias aqui cuidando do Ricardo, é isso? Você não tem obrigação disso.
Cida: Não é isso, doutor. É que eu sou a culpa de tudo isso, e tudo está diretamente relacionado com o meu trabalho. O Gabriel estava me esperando porque eu ainda estava no trabalho, e aí...aconteceu o acidente.
Médico: Mas Cida...isso não tem NADA a ver com o seu trabalho. Você estava trabalhando pra sustentar a sua família, e jamais adivinharia que isso aconteceria.
Cida: Não, doutor...eu não tava trabalhando naquele momento, eu estava jantando com o meu chefe.
Médico: Normal, ué. Colegas de trabalho precisam conversar sobre vários assuntos.
Cida: Eu sou apaixonada pelo meu chefe, e ele também é por mim, eu não posso continuar infiel ao Gabriel. Ele vai se recuperar, e nós vamos ter uma vida linda e feliz junto com um novo emprego.
(Corta para: Hospital/Quarto de Gabriel/Interior/Dia)
(O médico entra com um estrondo na porta)
Médico: Pode acordar Gabriel, sou eu.
(Gabriel se acorda de repente, sem demonstrar nenhum sintoma clínico)
Gabriel: Onde está a Cida?
Médico: Está ali fora, chorando.
Gabriel: Chorando?
Médico: É. Gabriel, eu acho que nós precisamos conversar. A Cida se demitiu do trabalho.
Gabriel: Se demitiu? Mas ela acha que vai sustentar a família com o quê?
Médico: Pois é. Como você disse, a sua mulher está apaixonada por outro. Ela se  atrasou ontem porque estava jantando com ele,.
Gabriel: Que desgraçada!
Médico: Pois é, ela não lhe ama, e você tem que aceitar isso. A Cida tem dó de você Gabriel, ela tem compaixão, e você está sendo uma grande pedra no caminho dela. Ela se demitiu porque está se sentindo culpada com tudo que ocorreu ontem.
Gabriel: Eu nunca vou deixar a Cida longe de mim. NUNCA. Você é meu amigo e sabe o tanto que eu a amo.
Médico: Não, você não a ama, você é obcecado por ela. Isso está bem diante dos seus olhos, e você não tem como negar ou fugir. E é justamente por ser seu amigo e querer seu bem, que essa farsa vai acabar. Eu não vou ficar sustentando essa história e fazer duas pessoas infelizes, Gabriel. Você vai ter que dar um jeito, não sei...só vou te dar mais um tempo aqui.
Gabriel: Quanto tempo?
Médico: Sei lá...menos de uma semana, você pode apostar.

(Cena 06 – Rua/Exterior/Dia)
Marcos: Larga isso, Amir.
(Marcos arranca o urso das mãos de Amir)
Marcos: Você vem comigo agora na delegacia, e você vai falar tudo que o Rodolfo te fez, tá me entendendo?
(Rodolfo se aproxima de Marcos)
Rodolfo: Algum problema, Marcos, meu grande parceiro?
Marcos: Você!


(Cena 07 – Escola/Interior/Dia)
(Cecília e Pedro entram ao mesmo tempo na escola de Antônio, e se encaram)
Pedro: Passou a noite novamente fora...
Cecília: Na casa de uma amiga.
Pedro: Que amiga?
Cecília para de caminhar repentinamente e fala: Chega, Pedro! Eu não tô afim de brigar, e vim aqui pra ver o que aconteceu com o Antônio.
Pedro: Com a mãe que ele tem, dá pra entender se algo de ruim acontece, o descuido é grande.
Cecília: Pedro, você tá insinuando que eu não sou uma boa mãe pro Antônio?
Secretária: Sr.e Sra. Brandão, vão bem?
Cecília: Sim, obrigada. Vocês nos ligaram para falar sobre alguma coisa sobre o Antônio com a gente. O que aconteceu?
Secretária: É com um enorme pesar que eu informo que...o Antônio cometeu uma tentativa de suicídio.

(Cena 08 – Rua/Exterior/Dia)
(Marcos dá um soco em Rodolfo)
Marcos: Depois da Janaína, você quer fazer mal ao Amir também!
(Rodolfo aponta uma arma para Marcos, e Amir se coloca em sua frente)
Amir: Não, por favor, não faz nada com ele.
Rodolfo: Sai da frente, moleque, que meu assunto com o Marcos é mais antigo.
Amir: Não, Rodolfo! Ele me ajudou muito!
(Marcos avança em Rodolfo de uma vez e tira a arma dele, depois de torcer seu ombro. Rodolfo sai correndo por uma ladeira, e Marcos o atinge com um tiro no ombro. A polícia chega no momento)
Marcos segura os braços de Amir e fala: Calma, Amir. Eu juro que vai ficar tudo bem.
(Se abraçam)
“Vai ficar tudo bem” – repete Marcos

(Cena 09 – Escola/Interior/Dia)
(Cecília quase desmaia, e Pedro a segura)
Cecília: O Antônio...o Antônio...
(Cecília começa a chorar descontroladamente)
“Por que ele fez isso?”
Secretária: Nós fomos informados por alguns coleguinhas do Antônio que ele sofria bullying pelo seu peso. Infelizmente, o sofrimento dele aumentou desastrosamente e fez com que isso acontecesse. Nós sentimos muito o ocorrido e lamentamos profundamente. Felizmente, o Antônio foi encaminhado para um hospital e demonstra sinais de recuperação, o médico nos informou que ele vai ficar bem, mas precisa ficar em observação constante.
Cecília: Como foi que...como foi que ele...?
Secretária: Ele usou um estilete. Foi ao banheiro e cortou todo o braço. A sorte foi que 20 minutos ele foi encontrado pelo zelador uns 20 minutos depois.
Pedro: E vocês não notaram nada no comportamento dele? Ele não chorava ou coisa do tipo?
Secretária: Não...o Antônio continuou recebendo elogios dos seus professores nas conversas do corpo docente da escola.
Pedro: Não sei pra quê serve pagar tão caro...
Secretária (pigarreia e fala): Por acaso, Sr. Brandão, o sr. está insinuando que a culpa disso tudo é da escola. O Sr. é pai e deve conhecer o seu filho muito mais que qualquer professor, a educação vem antes de casa do que da escola. O sr. não percebeu nada no comportamento do seu filho durante os últimos meses...
Pedro: Pior que notei, o Antônio anda vestindo casacos e roupas de frio até mesmo no calor, como se quisesse ficar escondido.
Secretária: Pois é, então acho que a escola não pode levar a culpa por essa tragédia.
Cecília: Eu quero ver o meu filho. Aonde é que ele está internado?
Secretária: No Hospital Santo Antônio.
Cecília: Obrigada.
(Corta para: Escola/Estacionamento/Exterior/Dia)
Pedro: Está satisfeita, Cecília? A culpa disso tudo é sua.
Cecília: Minha, por quê?
Pedro: Você não dá a mínima para o seu filho, nem pra dar um pouco de educação e conforto você serve.
(Cecília dá um tapa em Pedro)
Cecília: Eu quero que você MORRA.
(Cecília entra no carro e acelera. Já dirigindo, ela se lembra do que Pedro disse)
Cecília (pensando e chorando): Será que a culpa realmente é minha, meu Deus?

(Cena 10 – Imagens do anoitecer no Rio de Janeiro)
(Corta para: Hospital/Quarto de Gabriel/Interior/Noite)
Médico: Por que você me chamou, Gabriel? Está doente?
Gabriel: Eu quero saber de uma coisa, já que você não pode me cobrir, eu queria saber se você podia fingir pelo menos se eu estou num estado mais grave durante alguns dias. Você pode?
(Cida está prestes à abrir a porta, mas escuta o som de vozes e ouve a conversa)
Médico: Pra quê? Você quer deixar a Cida mais transtornada do que ela já está?
Gabriel: Pra falar a verdade, é isso sim. Eu quero garantir que a Cida não vai jamais para os braços de nenhum outro homem.
Médico: Chega, Gabriel! Eu já menti demais pra você! Sua mulher não merece isso.
Gabriel: Você tem razão, ela não merece um inválido, muito melhor ficar com um cara rico dono de restaurante, não é?
Médico: Chega, Gabriel, você não vai conseguir me comprar, eu não vou cair nas suas chantagens! Resolva logo esse problema e trate de sair o quanto antes desse hospital! Vi que não posso ser de nenhuma serventia no momento, então já vou saindo.
(Quando o médico abre a porta, se depara com Cida às lágrimas)
Médico: Cida...há quanto tempo você tá aqui?
Cida: Tempo suficiente pra escutar a SAFADEZA de vocês dois.
Médico: Calma Cida, você...
(Antes do médico terminar a frase, Cida lhe ataca com um tapa na cara)
Cida: Saia desse quarto AGORA. O assunto agora é entre mim e o Gabriel.
(O médico sai e olha preocupado pra Gabriel, que ainda está se fingindo de desacordado na cama)
Cida: Você não tem jeito, né? ACORDA COVARDE!
(Gabriel permanece parado, mas Cida chega perto dele e começa a espanca-lo)
Gabriel: Calma, Cida.
Cida: ME ACALMAR? VOCÊ TÁ FICANDO LOUCO? ME ACALMAR?!
Gabriel irrompe em lágrimas: QUEM NÃO PODE FICAR CALMO AQUI SOU EU, QUE FUI TRAÍDO!
Cida: O quê?
Gabriel: Ricardo o nome dele, né?
Cida: É, é sim. O nome de um homem que em três dias me fez muito mais feliz do que você fez em anos! E apesar disso, eu nunca fui capaz de trair você de verdade. UM BEIJO, UM BEIJO! Foi tudo que aconteceu.
Gabriel: Aconteceria mais se eu não tivesse impedido.
Cida: Não Gabriel, não aconteceria. Sabe por quê? Porque eu sou BURRA! BURRA de acreditar em todas as suas falsas lamúrias que você compartilhou comigo durante todos esses anos!
Gabriel: Pois é...do que vale um INVÁLIDO?
Cida: VOCÊ MERECE! VOCÊ MERECE CADA DESGRAÇA QUE ACONTECE EM SUA VIDA, SEU ANIMAL!
(Cida cai no chão e começa a chorar descontroladamente)
Cida: Você tem ideia do quanto eu fiquei DOIDA durante esse tempo? Não, né?
Algum tempo se passa e Cida indaga: Como é que você soube disso?
Gabriel respira fundo e fala: Pela Karina.
(Corta para: Flashback/Casa de Cida/Interior/Dia)
Karina: Gabriel?! Abre aqui!
Gabriel: Oi, Karina, pode entrar!
Karina: Oi, tudo bom? Faz tempo que não te vejo. E aí, como é que você vai?
Gabriel vai começar a falar, mas Karina o interrompe: Ai, Gabriel, desculpa, eu vou ter que te interromper, eu tenho um probleminha pra resolver e já estou atrasada, vim aqui só te confidenciar uma coisa muito importante.
Gabriel: Pode falar.
Karina: É sobre a Cida, eu nem sei como falar isso...eu vou falar de um vez! A Cida está tendo um caso!
Gabriel (rindo): Que brincadeira é essa, Karina?
Karina: Poxa...eu nem sei como te falar isso. Ai, sabe de uma coisa, esquece, é bobagem minha.
Gabriel: Espera, Karina. Quem é?
Karina: É um tal de Ricardo Fragoso. É o dono do restaurante no qual a Cida trabalha. Eu vi eles se  beijando. Bem...eu já vou, espero que tudo se resolva entre vocês.
Gabriel: Obrigado, Karina, pelo menos com você eu sei que posso contar.
Karina pousa a mão em cima da de Gabriel e sorri: Sim, Gabriel, você pode acreditar que eu sempre serei sua amiga!
(Karina sai da casa de Cida sorrindo)
(Corta para: Hospital/Interior/Noite)
Cida: Tinha que ter dedo daquela desgraçada!
Gabriel: Desgraçada, não! Ela foi muito minha amiga!
Cida: Que tua amiga o quê, Gabriel! Ela queria era destruir a minha vida...nunca se deu bem comigo...
Gabriel: Foi você que destruiu nosso casamento.
(Cida tira sua aliança e joga no lixeiro)
Cida: Presta bem atenção nisso: Nunca houve casamento, tá me entendendo? Nunca.
Gabriel: Espera, Cida, aonde você vai?
Cida: Eu vou pros braços do homem que realmente me ama, e depois, vou viver feliz com ele e com meu filho.
(Corta para: Casa de Rodolfo/Cozinha/Interior/Noite)
Karina: Que estranho o Rodolfo ainda não ter chegado..
Karina solta uma risada demorada repentinamente: A pata choca da Cida deve tá chorando igual uma doida por aí. Foi tão fácil...
(Corta para: Flashbak/Restaurante/Exterior/Noite)
(Karina sorri vendo Cida e Ricardo se beijando, ela corre e Ricardo a segue de carro correndo no dia do jantar, depois entra no restaurante)
Karina: Com licença, você pode me informar o nome desse cara que acabou de entrar no carro?
Garçom: Ele é o dono desse restaurante, Ricardo Fragoso.
(Corta para Casa de Rodolfo/Cozinha/Interior/Noite)
Karina: Tomara que ela vá pro inferno de tanta culpa.
(Karina vai até o quarto onde estão as armas de Rodolfo e pega a que usou para matar Jurema)
Karina: Essa daqui já acabou com a Jurema, e vou usar para acabar com todas as minhas inimigas. A própria vai ser você, esposinha do prefeito.
(Karina pega um retrato de Rodolfo nas mãos e lhe dá um beijo)
Karina: Afinal, o Marquinhos já tá acostumado a levar pontinhas, mas piranha...tsc, tsc, tsc...com a Tia Karina não se cria!

(Cena 11 – Restaurante/Interior/Noite)
(Ricardo está fechando a porta e Cida se aproxima)
Cida: Ricardo?
Ricardo se vira e diz: Você aqui?
Cida: Me perdoa. Eu descobri que a história do meu marido no hospital era uma farsa, ele estava sendo acobertado por um médico que é amigo dele, me perdoa, por favor!
Ricardo (sorrindo): É claro!
(Ricardo e Cida se beijam intensamente)

(Cena 12 – Alguns dias se passam e mostram Daniel e Alex surfando na praia)
Alex: É super legal passar esse tempo com você, sabia?
Daniel: Pois é, eu gostei muito de te conhecer, ainda bem que a gente se reencontrou aqui na pria, né?
Alex: É.
(Eles se aproximam um do outro, e se beijam)
Daniel: Desculpa, eu nem sabia se você era...
Alex: Não tem problema...eu sou bissexual, saí de um relacionamento complicado há pouco tempo.
Daniel: Há, desculpe.
Alex: Não tem problema. Eu tô gostando.
(Alex e Daniel se beijam novamente)

(Cena 13- Hospital/Exterior/Dia)
Cecília: Que bom que você ficou bem, filho!
Pedro: É filho, o Papai e a Mamãe agora vão ficar sempre juntos com você e nada vai te entristecer.
(Cecília e Pedro se olham duramente)
Antônio percebe a tensão e fala: Vocês estão brigados?
Cecília: O quê? Não, filho! De jeito nenhum, que besteira falar isso!

(Cena 14 – Casa de Daniel/Sala/Interior/Dia)
(Daniel chega da praia com cara de cansado segurando uma prancha e vê Janaína lendo uma revista)
Daniel: Bom dia, Janaína, tudo bem?
Janaína: Tudo bem, e com você?
Daniel: Eu não poderia estar melhor!
Janaína: Uau! Que felicidade toda é essa?
Daniel: Amo, Janaína, amor!
Janaína: Posso saber o nome da privilegiada?
Daniel: Do privilegiado, na verdade. O nome dele é Alex.
Janaína: Sério, Daniel? Parabéns!
(Se abraçam)
Janaína: Pena que eu não tenho tanta sorte como você.
Daniel: Quando você vai falar com o Marcos, hein?
Janaína: Não sei...eu simplesmente não sei se ele está preparado pra isso.
Daniel: Para de bobagem, Janaína! Ele vai amar essa notícia!
Janaína: Sabe de uma coisa? Você tem razão! Ainda hoje eu vou falar com o Marcos!

(Cena 15 – Imagens do Rio de Janeiro)
(Corta para: Restaurante/Interior/Dia)
Ricardo: Você já levou a bebida daquele casal, amor?
Cida: Sim, eles já estão servidos.
Ricardo: Ótimo.
(Se beijam)
(Gustavo passa por eles fingindo que não viu ninguém)
Cida: Ei, filho! Aonde você vai?
Gustavo: Pra escola.
Cida: Não vai dar nem um beijo na Mamãe?
(Gustavo dá um beijo em Cida, e olha com desprezo para Ricardo)
Gustavo: Tchau.
(Gustavo vai embora)
Ricardo: Ele ainda não vai com a minha cara.
Cida: Calma, amor, com o tempo ele vai se acostumar.
Ricardo: Eu sei disso. Mas deve estar tudo muito confuso na cabeça dele.

(Cena 16 – Imagens do anoitecer no Rio de Janeiro)
(Corta para: Casa de Marcos/Exterior/Noite)
(Marcos está chegando em casa, e Cecília estaciona o carro ao lado dele)
Marcos: Por que você tá chorando, Cecília?
(Cecília abraça Marcos, e ele vê Karina lhe apontando uma arma. Depois, coloca Cecília atrás de si)
Marcos: O que você tá fazendo aqui, Karina?
Karina: Acabou, Marcos! Acabou essa felicidade temporária de vocês, podem dar adeus à suas vidinhas medíocres!

(Congelamento em Cecília)

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