Uma Estrela Caiu do Céu - Capítulo 7 - As Metades da Laranja






uma novela de / escrita por
FELIPE ROCHA


agradecimentos
WEB MUNDI


capítulo
AS METADES DA LARANJA

CENA 01 / TRIBO INDÍGENA / OCA / INTERIOR / DIA 
Atenção Edição: Continuação da última cena do capítulo anterior.
Rafael enforca o pescoço de Lucas.
Lucas fica sem ar, prestes a morrer.
RAFAEL —  E aí quer continuar a briga? Quem vence agora, hein? Se você quiser, eu continuo.
Lucas, quase enforcado, tenta falar.
LUCAS — Não, solta por favor! Me soltaaa! 
Rafael aperta ainda mais o pescoço de Lucas e solta.
Lucas perde o fôlego e tenta se acalmar, desesperado.
RAFAEL — Você achou que iria me vencer né? Não serve para nada. A Serena foi boba mesmo de ter escolhido você, mas você nunca conseguirá ficar ao lado dela. Sabe porquê? Ela nunca vai te achar aqui! Tu irá ficar aqui até apodrecer, digamos. 
LUCAS — Não se alguém descobrir.
RAFAEL — Ninguém conhece essa oca aqui, para vim aqui, precisa usar uma passagem secreta da Mata, que ninguém sabe onde dá! É a oca mais afastada da tribo! Sendo assim, eu lhe faço uma pergunta: o que você prefere: a Serena ou a morte?
CORTA PARA:
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                    1°INTERVALO COMERCIAL
Confira a abertura da novela:
https://www.youtube.com/watch?v=5KU62f6lkn8
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CENA 02 / CASA DE MARIANA / QUARTO DE MARI / INTERIOR / DIA
Atenção Edição: Continuação do capítulo 05.
Apolo leva Mariana até o quarto. 
MARIANA — Porque você me trouxe aqui? O que houve Apolo?
APOLO — Não tem nada de ruim, só quero dar uma palavrinha com você... Meu amor, eu confesso que num momento que você estava no hospital, perdi as esperanças, achei que você iria morrer e me deixar aqui. Mas hoje eu agradeço a Deus por ter você ao meu lado. E eu tenho certeza que você será curada!
MARIANA — Não devemos perder as esperanças, principalmente nessa questão. Eu estou aqui, não estou? Pois então. A qualquer hora um milagre pode acontecer. E todos nós morremos um dia, só temos que verificar a hora certa.
APOLO — Você tem razão. Mas depois de todo esse pesadelo, eu resolvi lhe fazer um agrado. Como hoje é a festa surpresa de você, eu queria te dar uma coisa especial. 
MARIANA — O que é? 
APOLO — Feche os olhos e você verá! Só abra quando eu pedir!
MARIANA — Ok.
Mariana fecha os olhos, enquanto Apolo pega uma caixinha na cômoda. 
APOLO — Pronta?
MARIANA — Estou um pouco nervosa, mas vamos lá.
APOLO — Vou contar até três... Um, dois, três... (ordena) Pode abrir agora!
Mariana vira e Apolo abre a caixinha onde há anéis de noivado. 
APOLO — Mariana de Castro, aceita ser minha noiva, todos os dias e noites, até que a morte nos separe?
Mariana, sorri, feliz.
MARIANA — Aceito.
Apolo coloca o anel de noivado no dedo de Mariana.
MARIANA — Apolo, meu amor querido, aceita ser meu noivo, na saúde, na doença, em todos os passos da vida até que o casamento aconteça? Promete que irá cuidar de mim até eu ser curada? 
APOLO — Sim. Eu prometo.
Mariana coloca o anel de noivado no dedo de Apolo.
Apolo e Mariana comemoram.
Em seguida, os dois se beijam. 
Logo, Elisinha entra no quarto e flagra:
ELISINHA — O que está acontecendo aqui?
Mariana mostra o anel de noivado para mãe que fica surpresa.
Elisinha desmaia.
MARIANA — Mãe? 
MOACIR — Elisinha?
CORTA RÁPIDO PARA:

CENA 03 / TRIBO INDÍGENA  / CASA DE SERENA  / INTERIOR  / DIA
Após o desmaio, Serena acorda e se pergunta.
SERENA  — O que aconteceu? Porque eu estou deitada no chão?
CADORE — Calma minha filha, calma. Primeiro bebe um copo d'água.
Cadore dá um copo d'água para Serena, que bebe.
CADORE — Você está melhor?
SERENA — Um pouco. 
ANAHÍ — Ah minha filha, graças a deus que você está aqui, eu rezei tanto para o papai do céu não te levar! Não quero nem pensar no pior. 
CADORE — Calma Anahí. Não é desse jeito não.
SERENA — Parem de enrolar, e digam o que aconteceu logo!
ANAHÍ — Você desmaiou minha filha por causa do Lucas, que sumiu! Lembra?
SERENA — Lembro-me. Mas tenho que tomar atitudes! Vou atrás dele, vou atrás da minha alma gêmea, mãe, do meu amor. Não podemos ficar separados. Se o destino nos uniu, é porque é o caminho certo.
Cadore, nervoso.
CADORE — Serena, é perigoso, vai não, volta aqui, minha filha.
SERENA — Por meu amado, enfrentaria qualquer perigo para ficar ao lado dele. Desista de tentar nos separar, você nunca vai conseguir. 
E Serena dá um ultimato em Cadore, já deduziu o que ele fez para separar Lucas dela.  Serena vai embora, desesperada. Cadore, sofre, sente um aperto no coração ao ser derrotado e pensa:
CADORE — (pensamento) Ah, meu deus, será que eu fiz a coisa certa?
ANAHÍ — Deixa ela ir Cadore, vai ficar tudo bem. A nossa filha é esperta, ela vai voltar sã e salva. Você vai ver. 
Cadore, com consciência pesada, diz a Anahí:
CADORE — Anahí, eu não tô me sentindo bem, preciso descansar e refletir.
ANAHÍ — Tá bom, "home", vai lá que eu termino de fazer o "rango". 
Cadore vai para o quarto.
Enquanto isso, Anahí "conversa sozinha".
ANAHÍ — Esse negócio tá esquisito, tá mais parecendo filme de cinema. Será que o Cadore tem alguma coisa a ver com isso? Bem, se for qualquer coisa, eu vou descobrir. E vou dar uma lição nesse "home". Onde já se viu separar duas pessoas que gostam? Até que eu tô achando que o Lucas é uma boa pessoa... Sabe? .... Ah, deixa para lá, a Serena que resolva, tô pouco me lixando, tenho mais "coisa" para preocupar!
CORTA PARA:

CENA 04 / TRIBO INDÍGENA  / MATA - OCA 67  / INTERIOR  / DIA
Serena, desesperada, procura por Lucas na mata sombria.
SERENA — Lucas, meu amor, cadê você?...... Lucas??? Apareça!!
O Mestre Cuca encontra Serena na mata e vai até ela, assobiando.
MESTRE CUCA — Serena? O que faz na mata?
SERENA — Você não ficou sabendo não Mestre? Aconteceu uma tragédia!
MESTRE CUCA — Do que tu tá falando?
SERENA — Serena quer dizer que.. O Lucas sumiu.
MESTRE CUCA — O quê? Mas como assim?
SERENA — Serena não sabe... Está a procura do homem branco. Avise os demais.
MESTRE CUCA — Vou lá!
Mestre Cuca vai embora e Serena continua a procurar por Lucas.
Serena grita:
SERENA — Lucass??? 
Serena, anda alguns passos mais a frente e na árvore em que Lucas foi atingido, encontra um pertence seu.
SERENA — Mas peraí... Isso aqui é do Lucas... Ele deve estar por aqui..
Serena grita o nome de Lucas e vai andando na frente. Depois de pecorrer muitos quilômetros, ela encontra a oca.
SERENA — Ué? Tem uma oca aqui? Será que tem alguma pessoa lá? Vou conferir.
Serena vai até a oca.
CORTA RÁPIDO PARA:

CENA 05 / TRIBO INDÍGENA / OCA 67 / INTERIOR / DIA
Dentro da oca, Lucas é mantido em cativeiro.
LUCAS — Não posso sair ao menos para fazer as minhas necessidades? Vocês querem que eu cago na frente de vocês, é? Porque eu faço isso com o maior prazer.
RAFAEL  — Esperto né? Tá tentando fugir. Mas aqui é vigiado dia e noite! Rafael sabe das "artimanha". Tá querendo ir para perto da Serena, né? Aquela burra! Burra de ter te escolhido!
LUCAS — Não fala assim dela!
Lucas se levanta com facilidade e parte para cima de Rafael. Ele luta capoeira com Rafael. Rafael e Lucas trocam surras. Nisso, Serena chega e diz:
SERENA — Parem com isso já!
Lucas e Rafael surpresos:
LUCAS E RAFAEL — Serena??
CORTA RÁPIDO PARA:

CENA 06 / CIDADE DO RIO DE JANEIRO / INTERIOR / NOITE
Anoitece na cidade do Rio de Janeiro. Cidade iluminada pela "desigualdade social" (favelas e prédios). A Lua, na fase cheia! Praia bastante frequentada. E não poderiam faltar os monumentos, destacando, principalmente eles!!
CORTA RÁPIDO PARA:

CENA 07 / BAR NEGO DA PIRANHA  / INTERIOR  / NOITE
Apolo e os amigos bebem cerveja com álcool. Enquanto isso, Apolo conta um caso, bêbado.
APOLO — [...] Aí ele disse e falou assim para minha irmã: Ela não é minha!! É do vizinho, eu a roubei para ficar comigo. 
Os amigos dão gargalhadas com a piada em que Apolo termina de contar. 
APOLO — Ó, seu Negão, tá aqui tiuzão! Hoje eu vou "pagá" a bebida pra esses "miserável" aqui, ó.
Os amigos de Apolo comemoram. Apolo tira duas notas de cem reais e dá o seu Negão.
NEGÃO — A gente tava sentindo saudade de você tiuzão, vem mais aqui para bater papo.
APOLO — Eu venho! Mas hoje eu precisava. Tenho que ir, tchau procês seus cabra mole!
AMIGOS DE APOLO — Tchau, tiuzão. 
Apolo sai do bar e entra no carro e dirige.
CORTA RÁPIDO PARA:

CENA 08 / BARRA / AVENIDA / INTERIOR / NOITE 
Apolo descontrolado, bebe uma garrafa de cerveja, enquanto dirige, se mostrando no trânsito. Ele ultrapassa carros, como é proibido, e ainda é sobrevivente. Dirigindo em alta velocidade, sem se importar com nada. A bebida ocupa o seu cérebro! Desta vez, ele está em um viaduto. Nisso, ele ultrapassa os carros, continuando a dirigir em alta velocidade, desta vez no máximo (360 km). Apolo pega mais uma garrafa de cerveja, solta o volante e continua a beber. Quando ele aumenta mais ainda a velocidade, e ultrapassa o semáforo, ele é atingido por um carro e o outro carro o choca na lateral!! O carro de Apolo encapota seis vezes e cai do viaduto.
CORTA PARA:

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                   FIM DO CAPÍTULO
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