Anteriormente: Todos vão á Fazenda Rio Verde falar com Dionísio.
CENA01/ FAZENDA RIO VERDE/ INT/ DIA.
Francisco, Vitória, Giovana e Antônio chegam á fazenda, Gumercinda os atende e leva-os até a sala.
Dionísio então desce as escadas e se depara com eles:
- O que é isso? O que todos vocês fazem em minha casa? - Vitória responde:
- Papai, meu sogro Antônio quer falar com o senhor, é sobre Cecilia.
- Como ousa vim aqui novamente sujar a memória de minha irmã? - Antônio se ofende e diz:
- Eu não vim aqui para ouvir insultos. - Dionísio então diz:
- E por acaso alguém lhe convidou para vim aqui? - Vitória então diz que foi ela, Dionísio então diz:
- Porque? O que vocês querem falar sobre minha irmã? - Antônio então pega as cartas da mão de sua esposa e diz:
- Você esses anos todos, vem dizendo que eu matei sua irmã. - Dionísio interrompe:
- É a verdade! - Antônio se irrita e grita:
- Não é! Eu amei muito a sua irmã, eu não faria isso, e você sabe.
- Então porque vocês depois que se casaram, não mandavam cartas nem nada? Você se casou com minha irmã e só voltou com o corpo dela morta. Como você quer que eu acredite que você não é o responsável?
- Eu já lhe disse, nós mandávamos muitas cartas, mais nenhuma conseguia chegar aqui, era a época do começo do regime militar, eles vasculhavam as cartas em busca de informações sobre conspiração dos opositores, acabaram que as nossas cartas ficavam perdidas ou iam para outros lugares.
- Há já chega dessa história, você diz isso á nos, porque não assume de vez o que fez?
- Porque eu não fiz!
- Então prove! Não fique usando essa desculpa esfarrapada de cartas perdidas.
- Eu vou provar, eu consegui as cartas que você não acreditava existir.
- Então onde estão? - Ele entrega as cartas para ele e diz:
- Aqui está, elas estavam em um museu, minha esposa e sua filha foram até lá convence-los a deixar-te ver a carta, tudo isso para você aceita-los. - Dionísio começa a ler as cartas...
SÃO PAULO
CENA 02/ CADA DO SENADOR OLEGÁRIO/ INT/ DIA.
Olegário está sem nenhum bem, a polícia apreendeu tudo, a única coisa que lhe resta é sua casa e objetos pessoais, ele está em desespero:
- Meu filho, nós vamos precisar de dinheiro urgente.
- O senhor já decidiu o que irá fazer para conseguir?
- Eu já sei o que irei fazer, aliás o que nós vamos fazer.
- O que seria?
- Vamos sequestrar a maldita filha do Dionísio.
- De novo se meter com essa família meu pai?
- Sim, ele ama aquela idiota, e mesmo ela estando morando com os inimigos dele, eu aposto que ele faria de tudo para tê-la salva, logo depois nós vamos sair desse paiszinho mequetrefe, vamos dar uma banana para toda essa gente latino-americana (risos).
ÁGUAS CLARAS
CENA 03 / FAZENDA RIO VERDE / INT / DIA.
Dionísio pega ás cartas para ler, ele se emociona muito com uma carta que sua irmã mandou.
Meu querido irmão, á tanto tempo que não lhe vejo, á cada dia que passa sinto mais e mais sua falta. Infelizmente não podemos ir ai, estamos passando por uma situação bastante complicada, eu estou passando muito mal desconfio que estou com uma doença grave. O Antônio tem feito de tudo para me curar, mais os medicamentos são muito caros, eu lhe mandei outras cartas, mais ficamos sabendo que essas nunca lhe chegaram, mais eu estou pedindo para deus que está lhe chegue, e tenho certeza de que vai chegar, Por favor, venha até São Paulo, eu estou carecida de ajuda, um beijo! Cecilia.
Ele chora muito, Vitória o consola:
- O que foi papai? O que diz a carta?
- Minha irmã minha filha, ela estava sentindo minha falta, estava precisando de ajuda e não não pude ajudar, é isso o que me dói mais. Eu queria estar ao lado dela, eu queria poder ajuda-la. - Antônio diz:
- Eu lhe juro que fiz o que pude. - Dionísio ainda muito abalado reconhece o que Antônio fez:
- Obrigado, obrigado, agora eu sei que você fez de tudo por ela. - Vitória então diz:
- Meu pai, vocês dois á amavam, não faz sentido mais essa briga, depois de tudo isso precisamos unir nossas famílias, precisamos ser felizes, eu tenho certeza que é isso que minha tia queria.
- Eu não sei minha filha, depois de tantos anos, eu não sei se ele conseguiria me perdoar. - Antônio interrompe dizendo:
- Nossos filhos vão se casar, mais uma vez nossa família ira se unir, e que dessa vez seja uma união em paz, eu lhe perdoo, e não existe tempo para o perdão, assim como não existe tempo para o amor, tudo é infinito! - Dionísio agradece, Vitória abraça seu pai e Antônio e diz:
- Que bom que tudo isso terminou, agora inicia-se uma nova era!
Vitória chama Francisco e Giovana para conversar:
- Meu amor, eu queria voltar a morar aqui com meu pai, até o dia do nosso casamento, eu sei que não era o correto nós termos morado juntos antes de se casarmos, mais aconteceu e nós acabamos por nos acostumar, e sei que talvez por isso você não queira ficar longe de mim.
- Não há problema algum meu amor, eu posso esperar, fique com seu pai.
- Obrigada por entender.
- Depois eu trago suas malas.
- Não precisa, logo voltarei a morar lá, e eu devo ter deixado alguma coisa aqui.
UM DIA DEPOIS...
CENA 04 / CASA DE LURDES / INT / DIA
Jéssica fica sabendo da reconciliação de Dionísio e Antônio:
- Então quer dizer que estão todos felizes e contentes? (risos), que patéticos, mais me aguarde Francisco antes de partir eu vou te ter, custe o que custar.
CENA 05 / FAZENDA RIO VERDE / INT / NOITE
Dionísio Vitória e Gumercinda jantam, Dionísio então interrompe o jantar e diz:
- Minha filha, eu quero aproveitar sua presença aqui para que você saiba que eu também pretendo me casar.
- Com quem meu pai? - Gumercinda interrompe dizendo:
- Safado, me beijou e agora diz que vai se casar?
- Calma Gumercinda calma - Ele se ajoelha diante dela e diz:
- Gumercinda, quer casar comigo?
- Eu? - Vitória diz:
- Vai, aceita Gumercinda.
- Tá bom, eu aceito. - Eles se beijam.
- Sua boba, eu te amo.
SÃO PAULO
CENA 06 / CASA DO SENADOR OLEGÁRIO / INT/ NOITE.
O senador ficou sabendo do ocorrido com Dionísio por um amigo em comum, ele conta a seu filho o que houve ele não acredita:
- Então os velhos fizeram as pazes, olha por essa eu não esperava, e agora deve ficar mais fácil para aqueles idiotas casarem.
- É meu filho, já estão de casamento marcado.
- Desgraçada!
- Mais calma, isso não vai ficar assim.
- Como não? O que pretende?
- Lembra que eu disse que iria sequestrar a filha do velho?
- Sim.
- Então, vamos sequestra-lá no dia do casamento, o velho é louco por ela, pagará o que pedirmos, e de quebra você se vinga por ter sido trocado.
CONTINUA...
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