Henrique e Inácio estavam sentados na varando tomando limonada e observando Isabel enquanto ela conversava com o frei, então Bento chegou todo suado e esbaforido, parecendo aflito.- O que foi Bento aconteceu algo? - Perguntou Henrique, o rapaz olhou para os lados se certificando que ninguém estava por perto para ouvir o que ele iria dizer.
-O patrão mandou chamar o matador de aluguel para dar cabo da vida de Joaquim. - Disse o rapaz, os irmãos se entreolharam, não duvidavam das palavras do rapaz, os dois sabiam que Jacinto queria se livrar de Joaquim, sem pensar duas vezes os irmãos juntamente com bento pegaram seus cavalos e fora tentar salvar Joaquim da morte.
Joaquim estava voltando da vila de Santa Luzia, havia comprado alguns suprimentos para a longa viagem que faria com Isabel até a fazenda, onde seria o refugio do casal. Joaquim estava nervoso mais deu um jeito de controlar os ânimos, o rapaz sabia que o nervosismo não ajudaria, mas quando ele parava para pensar em tudo que estava em jogo esta noite, ele ficava tenso, algo poderia dar errado, e o casamento fora marcado para duas semanas.
Enquanto Joaquim estava perdido em pensamento cavalgando despreocupado, Meia Légua o assassino de aluguel que Jacinto de Andrade contratara estava de tocai em cima do morro não muito longe dali, a espera do rapaz, pronto para atirar com seu rifle. Meia Légua avistou o rapaz, deu um sorriso torto com o cigarro na boca, se benzeu e então preparou o tiro, então puxou o gatilho.
O rapaz caiu do cavalo, em meio a areia da estrada, o animal partiu em disparada então, Meia Légua se levantou para verificar se o rapaz estava morto quando ouviu um galopar de cavalos, quando olhou para trás viu um trio de cavaleiros e então uma bala acertou seu peito, Meia Légua caiu no chão.
Henrique atirou em Meia Légua, Bento disse que ele esta morto, enquanto Inácio corria para Joaquim que estava caído a beira da estrada, quando ele se aproximou Joaquim levantou a arma para eles.
-Abaixe a arma Joaquim, viemos salva-lo, eu sou medico deixe que eu olhe o ferimento. - Falou Inácio levantando as mãos, Joaquim levou um tiro no ombro por pouco não acertou o coração, o rapaz teve sorte que a mira de Meia Légua não estava boa hoje.
Henrique e Inácio levaram Joaquim para uma cabana não muito longe dali, está cabana era dos vaqueiros da fazendo do Jacinto de Andrade, mas não havia ninguém morando ali havia meses, eles colocaram Joaquim em cima da mesa, enquanto tentava estancar o ferimento, a camisa do rapaz estava ensopada de sangue.
Inacio deu ordens para Bento e Henrique procurassem por agulha e linha, para dar pontos no ferimento, algo para remover a bala e algum tipo de bebida alcoólica.
- Encontrei um litro de pinga. - Disse Henrique, enquanto abriu a garrafa e deu para Joaquim beber.
- Não é para ele beber. - Inácio pegou a pinga e jogou sobre o ferimento fazendo Joaquim se contorcer de dor. - Segurem ele. - Disse Inácio pegando o canivete para remover a bala, Henrique e Bento Seguraram os braços de Joaquim enquanto Inácio removia a bala, por sorte não via pegado em nem nervo do braço, Joaquim havia perdido muito sangue e devido a dor desmaiou.
-Ele vai ficar bem ? Perguntou Henrique quando Inácio terminou os pontos.
- Ele é forte e teve muita sorte a bala não acertou nem uma veia ou nervo, ele vai sobreviver. - Henrique suspirou aliviado.
- E agora o que vamos fazer? - Perguntou Inácio.
-Seria melhor dizer a todos que Joaquim esta morto, se nosso pai descobrir que ele esta vivo irá arrumar outro para dar fim na vida dele, eu tenho um plano. - Falou Henrique.
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