No capítulo anterior: Jurema dá uma
surra em Karina e cobra o dinheiro novamente. Pedro pede as câmeras de
segurança do hospital, e confirma que Cecília não esteve lá. Amir revela para
Marcos que foi Karina quem quebrou toda a ONG. Malu é atropelada. Cida descobre
que o homem que a paquerou é seu novo chefe. Rodolfo recebe uma visita
inesperada. Pedro interroga Cecília sobre aonde ela estava, argumentando que
ela não foi ao hospital. Karina pede ajuda à Rodolfo para matar Jurema.
Capítulo 09: Agora é tarde (?)
(Cena 01 - Casa de Rodolfo/Interior/Dia)
Rodolfo: O quê? Tá entrando no ramo, é?
Karina: Não. Ainda não cheguei nesse nível que você tá, mas eu preciso
eliminar um probleminha da minha vida.
Rodolfo: E é? Que problema é esse?
Karina: Você sabe que a Janaína não tá nesse hospício por conta própria,
né? Eu convenci uma mulher lá daquele posto a medicar ela pra ficar bem
doidinha, e consegui um emprego num hospício. Aí convenci o Marcos de que não
estava fazendo bem pra Janaína ficar naquele lugar, além de que ela tava
ficando doida e precisando de cuidados mais específicos. Além de que na verdade
essa mulher tava pagando ela. E agora essa mulher quer R$50.000,00 ou vai me
denunciar com umas provas que ela tem.
Rodolfo: Hm...entendi. E esses seus machucados...? Tão relacionados com
essa história toda?
Karina (com vergonha e bem baixinho): A Jurema me deu uma...
Rodolfo: Hein? A Jurema te deu o quê?
Karina (mais baixo): A Jurema me deu uma surra.
Rodolfo: Karina, você tá muda? Fala com a boca, pô!
Karina: EU LEVEI UMA SURRA DA JUREMA, PORRA!
(Rodolfo ri muito)
Karina: Não ri não, tá? E então...você vai me ajudar ou não?
Rodolfo (tentando parar de rir): Vou...vou sim. Do que é que você
precisa? Mas vou logo adiantando que não vou meter meu pessoal nisso...
Karina: Você cria a confusão toda e depois quer fugir, né?
Rodolfo: Eu? Não...eu sugeri que a gente desse um fim na Janaína, mas
você disse que seu principezinho ficaria muito triste, né?
Karina: Ficaria sim...mas não tô nem aí mais pro que o meu príncipe acha
agora. Já tenho ele pra mim, e depois também vou acabar com aquela outra
jararaca...enfim, eu preciso de uma arma.
Rodolfo: Isso é o que não falta aqui. Vem ver o que eu tenho.
(Cena 02 – Casa de Augusto/Interior/Dia)
Pedro: Você vai dizer que foi culpa do trânsito também agora?
Cecília: Chega, Pedro! CHEGA! Eu não vou tolerar mais você se metendo na
minha vida!
Pedro: Pare de ser mentirosa, então. Você tá me traindo?
Cecília: Pense o que quiser, eu não vou mais lhe dar satisfação nenhuma.
Pedro: Espera, Cecília! Aonde você vai?
Cecília: Pro trabalho. Será que você deixa?
Pedro: Eu não valho nada em sua vida, por que está me perguntando?
(Cecília acelera o carro)
Pedro: Você não me engana, Cecília. Se tiver alguma coisa pra descobrir,
eu vou descobrir.
(Corta para: Carro/Interior/Dia)
Cecília (pensando): O Pedro não pode ter a mínima ideia do que tá
acontecendo. Se ele souber que eu sei de tudo sobre a Ômega, ele acaba comigo,
e o Antônio ficaria arrasado em saber que o pai e o avô é um bandido. O que eu
devo fazer, meu Deus?
(Cena 03 - Hospital/Interior/Tarde)
Alex: Oi.
Malu: Oi.
Alex: Tá tudo bem com você?
Malu: Tá sim. Obrigada pela preocupação.
Alex: Era o mínimo que eu podia fazer. Acho que você não sabe, mas fui
eu quem atropelou você.
Malu: Sei sim, o médico já me contou. Mas não tem problema, eu sei que
não foi intenção sua.
Alex: É...você quer que eu ligue pro seu Pai?
Malu: Não, não precisa. Eu moro sozinha, e o médico disse que eu posso
sair daqui hoje. Só vou ligar pro lugar onde eu trabalho e avisar que não vou.
Alex: Eu vou arcar com tudo aqui no hospital, tá bem? Não se preocupe. E
eu vou ficar aqui até você melhorar.
Malu: Você é muito gentil.
Alex: Você que é quase um anjo.
(Malu e Alex sorriem um pro outro)
(Cena 04 – Imagens do ocaso no Rio de Janeiro)
(Corta para: Casa de Cida/Interior/Noite)
(Cida está se arrumando em frente ao espelho, e Ricardo a nota)
Ricardo: Aonde você vai tão chique assim?
Cida: À um jantar de negócios. Foi meu patrão quem me chamou.
Gabriel: Ah, tá. Você está muito bonita.
Cida: Obrigada, amor.
(Cida beija Gabriel e se despede. Gabriel parece não ter ficado muito
satisfeito com o que Cida disse)
(Corta para: Restaurante/Interior/Noite)
(Ricardo está sentado em uma mesa, esperando Cida. Ele se levanta e
afasta a outra cadeira pra ela se levantar)
Cida: Não precisava dessa gentileza.
Ricardo (sorrindo): É assim que um cavalheiro deve tratar uma dama.
(Cena 05 – Balada/Interior/Noite)
(Cecília vai para a parte de bebidas, e conhece Marcos)
Cecília: Uma vodka, por favor.
Barman: Pra já!
(Marcos se aproxima enquanto Cecília toma tudo de um gole só)
Marcos: Um whiskey, por favor.
Barman: Aqui.
(Marcos toma tudo de uma vez só)
Cecília: Dia difícil?
Marcos: Hm? Pra mim? Dificílimo. E você?
Cecília: Bem mais difícil que o seu.
Marcos: A gente podia ajudar um ao outro, não acha?
Cecília (sorrindo): É, acho que sim.
(Marcos e Cecília se beijam)
Confira a abertura de "Águas de Março": https://www.google.com.br/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=1&cad=rja&uact=8&sqi=2&ved=0ahUKEwj_18f50v_UAhWEWpAKHUVMBeYQuAIIJDAA&url=https%3A%2F%2Fwww.youtube.com%2Fwatch%3Fv%3DftHDBJg1e8I&usg=AFQjCNGLi-3hAGZdyXytpIbW5K45GKji3A
(Cena 06 – Restaurante/Interior/Noite)
Cida: O jantar foi uma maravilha!
Ricardo: Que bom que você gostou. Vamos?
Cida: Sim, claro!
(Ricardo e Cida se aproximam do carro)
Ricardo: Cida, espera.
Cida: Que foi?
(Ricardo beija Cida, mas ela se desvencilha dele e corre até uma rua
esquisita onde é abordada por um homem)
Homem: Passa.a carteira!
(Cida obedece)
(O homem coloca a arma na testa de Cida)
Homem E agora vamos encerrar a noite.
(Ricardo ataca o bandido e pega a arma, fazendo com que ele corra
desesperado)
Ricardo: Você tá bem?
(Cida abraça Ricardo)
Ricardo: Me desculpa, tá? Eu estraguei a noite toda e isso acabou sendo
consequência.
(Cida beija Ricardo)
Cida: Você é irresistível, eu confesso. Mas isso não importa, eu amo o
meu marido, e...
(Cida e Ricardo se beijam novamente)
Cida: Ok, parou.
Ricardo: Me desculpe mais uma vez por tudo. Eu vou te levar até a sua
casa.
(Cena 07 - Balada/Interior/Noite)
(Cecília e Marcos estão bêbados, rindo e dançando muito na pista de
dança)
Marcos: Vamos pro carro?
Cecília: Vamo...deixa eu só pagar a conta.
(Cecília se aproxima quase caindo do caixa)
Cecília: Aqui, caralho! EU SOU RICAAA! FICA COM A MERDA DO TROCO!
Marcos: UHU!
(Marcos e Cecília vão abraçados para o carro)
(Corta para: Imagens quentes de Marcos e Cecília se amando)
(Cena 08 – Imagens do Rio de Janeiro ao amanhecer)
(Corta para: Hotel/Quarto/Interior/Dia)
(Marcos acorda estranhando o lugar, e vê um bilhete ao lado)
“Desculpe pelos modos, juro que não sou uma vadia. Trouxe você pra esse
hotel porque precisei ir embora, e resolver umas coisas. Sua estadia aí já está
paga, pode ficar tranquilo. Um forte abraço, e obrigada pela noite!”
(Marcos leva o braço à cabeça ao sentir uma forte dor, e se lembra de
algumas coisas)
(Corta para: Balada/Interior/Noite)
Marcos: Você não me contou porquê está triste hoje.
Cecília: Bebe mais uns drinks que eu te conto.
Marcos: Só se você beber também.
Cecília: Opa, com certeza.
(Marcos e Cecília brindam)
(Corta para: Balada/Pista de dança/Interior/Noite)
Cecília: Ei, o que aconteceu comigo foi o seguinte: Eu descobri que meu
pai é um corrupto, e tá roubando dinheiro público por meio de uma favelinha sem
água aí, e o melhor de tudo é que meu marido também deve tá envolvido nessa
merda toda!
Marcos: Que legal! A gente tá bem aqui.
Cecília: Pois é cara, isso é o mais legal de tudo! Vamo dançar!
(Corta para: Aparece a cara de Cecília em uma revista ao lado de Pedro e
Augusto falando sobre a ida do prefeito à uma festa)
(Corta para: Hotel/Quarto/Interior/Dia)
Marcos: Não é possível.
(Cena 08 – Galpão/Interior/Dia)
(Jurema está ansiosa esperando Karina. Karina chega por trás dela e lhe
dá um chute nas costas. Ela cai, e Karina senta em cima dela)
Karina: Está confortável aí, Jureminha?
Jurema: CACHORRA!
(Karina acerta um tapa em Jurema)
(Karina acerta um tapa em Jurema)
Karina: Cala a boca, sua vadia. Cadê as provas?
Jurema: Aqui no meu bolso. Num pen drive.
Karina: Me dá.
Jurema: Nunca.
Karina aproxima a arma da testa de Jurema: Tem certeza?
(Jurema entre o pen drive para Karina)
Jurema: Agora me libera.
Karina: Dessa vez eu vou te deixar em paz. Mas eu acho melhor você nunca
mais pensar em fazer isso? Tá ouvindo cadela? TÁ ME OUVINDO?
Jurema: TÔ.
Karina (sorrindo): Assim que eu gosto.
(Quando Karina se levanta, Jurema lhe dá um chute, e pega a arma quando
ela cai)
Jurema: EU TE AVISEI QUE EU NÃO IA MAIS TER PENA DESGRAÇADA. AGORA VAI
PRO INFERNO!
(Jurema aperta o gatilho)
(Congelamento em Jurema)