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Isabel já pensou em fugir com Joaquim, mas achou a ideia absurda, ficar longe de sua família de nunca mais ver seus pais ou seus irmãos, descartou a ideia por inteiro, mas ali estava Joaquim planejando uma fuga, que poderia dar muito errado, que poderia acabar em tragédia, não era isso o que ela queria, ela só queria viver com Joaquim uma vida feliz e normal, mas seu pai jamais permitiria seu casamento com Joaquim.
-Eu não sei Joaquim. - Foi a resposta da moça, Joaquim compreendeu que ela estava com medo.
-Eu sei que é perigoso, mas se planejarmos bem, tudo dará certo, iremos para bem longe e recomeçaremos a vida em outro lugar. - Isabel se afastou se virando de costas para o rapaz.
-Mas este é o nosso lugar, é nosso lar seriamos realmente felizes longe de tudo e todos ? - ele sentiu um pontada no coração com as palavras de Isabel.
-Você não me ama ? - Joaquim segurou delicadamente os braços de Isabel virando-a para que ele pudesse olhar em seus olhos. - Eu acredito que se tivermos um ao outro e o nosso amor seremos felizes, onde for e como for? - Isabel queria desviar os olhos fugir das perguntas de Joaquim, mas ela não poderia fazer isso, apenas suspirou.
-Eu o amo, mas também amo meus irmãos, minha mãe e apesar de tudo também amo meu pai. - Ela o olhou suplicante – Tem que haver outro jeito.
-Receio dizer isso, mas não há outro jeito. - Agora foi o moço quem suspirou, ele viu a tristeza nos olhos de Isabel, ele não queria vê-la triste, mas não poderia insistir para ela fugir com ele e faze-la infeliz, a tristeza dela acabaria matando Joaquim aos poucos. Foi nesse momento que Joaquim percebeu que o amor dos dois estava condenado. - Isabel eu a amo e no momento é tudo o que importa, podemos pensar em uma forma melhor do que fugir. - Os olhos negros de Isabel brilharam de esperança, um meigo sorriso brotou nos lábios da moça.
-Eu também o amo, acharemos uma forma de resolver tudo isso.
Eles se abraçaram forte na despedida, Joaquim partiria no outro dia com uma comitiva rumo ao rio Paranaíba para levar o gado até Minas Gerais uma Jornada que levarias um mês, mas para quem passou anos sem se ver este tempo não era nada, mas ainda sim lagrimas escorrem dos olhos de Isabel, o rapaz fez como pode para consola-la, secando as lágrimas com seus beijos.
-Voltarei logo, prometo! - Disse Joaquim com um ultimo beijo, Isabel montou o cavalo, ele a observava partir, o sol da manha estava brilhante, enquanto a neblina se dissolvia.
Joaquim colocou o chapéu e montou ventania, ia cavalgando de volta para casa quando encontra Justino na estrada, era um homem de feições rudes, uma barba negra grossa mal cuidada, olhos cor de chumbo, ele sorriu para Joaquim como se esperasse encontra-lo ali.
-Bom dia Joaquim, ao onde está indo ? -Perguntou Justino com o tom de voz rouco desagradável.
-Para casa, mas não é da sua conta. - Falou o moço e continuou a andar.
-Talvez seja da minha conta com quem você anda se encontrando as escondidas. - Disse Justino tentando provocar o rapaz.
-Isso também não é da sua conta. - Disse Joaquim – Tenha um bom dia.
Justino observava Joaquim com ódio, ele nunca gostou do rapaz, ele sempre se achou o melhor vaqueiro da região o melhor domador de cavalos, pensou Justino cheio de inveja.
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