Justino saiu da sala de Jacinto sorrindo, tudo o que ele queria era ficar de olho em Isabel, desde de que ela apenas uma menina era bonita, mas agora que voltou da cidade grande esta linda, como uma flor desabrochada, se não fosse filha do patrão ele iria seduzi-la, ou simplesmente arrasta-la para uma mata onde ninguém veria os dois.
Mas ele não é louco de tocar na moça sendo filha de Jacinto de Andrade, Jacinto seria capaz de fazer bem mais do que ameaçou, então não tinha jeito, ele ficaria apenas de olho nela como o patrão falou. Pouco antes do sol se por Isabel voltou para casa esta corada de andar ao sol, seus cabelos negros esvoaçavam ao sabor do vento, suas roupas estavam desalinhadas e elas tinha um sorriso sonhador nos lábios rosados.
Ela passou por Justino no pátio o ignorando totalmente então entrou na casa, Justino se apoiou na cerca com graveto nos dentes pensando coisas sórdidas que gostaria de fazer com Isabel se ele tivesse a chance.
***
Isabel combinou de sem encontrar com Joaquim no outro dia pela manhã, para não levantar suspeitas, Isabel pediu para selar o cavalo, o sol nem tinha aparecido, Bento perguntou se ela gostaria de companhia, pois era perigoso pra ela ficar andando por ai sozinha, não notou malicia no pobre rapaz, apesar de ter ficado desconfiada. Isabel recusou dizendo que não iria muito longe, pegou o cavalo e correu entre a neblina espessa que se formava, ela escutou um trote de cavalo atrás dela, olhou mas não pode ver nada devido a neblina, ficou imaginando se Bento a seguiria, Isabel instigou o cavalo a ir mais rápido e se embrenhou no meio do serrado se escondendo entre arbustos baixos.
Ao longe ela pode ver um homem montado em um cavalo, passar trotando, ele tinha um barba negra e feições rudes, ela reconheceu o capataz da fazenda, Isabel nunca gostou do homem, ele a olha de uma forma estranha como se ela fosse uma ovelha e ele um lobo, Isabel se encolheu de medo.
Será que ele esta seguindo ela a mando de seu pai ? Um frio percorreu a espinha de Isabel, ela deveria avisar Joaquim, minutos de pois Isabel viu Justino voltando com o cavalo certamente a procura dela, Isabel contornou com o cavalo passando por um outro caminho até chegar ao ponto de encontro com Joaquim se certificada a cada minuto que não estava sendo seguida.
Como sempre Joaquim abriu um sorriso ao vê-la, mas notou a feição aflita da moça.
-Morena o que houve você esta pálida?- Isabel desmontou o cavalo e correu para Joaquim, ele a apertou em seus braços tentando protege-la do mundo. Isabel enfim se sentiu bem nos braços do amado.
-Eu estava sendo seguida, o capataz da fazenda estava atrás de mim. - Joaquim ficou preocupado.
-Ele lhe fez algum mal ? - Perguntou o moço, com o sangue fervendo.
-Não eu notei que alguém me seguia de perto e me escondi, mas temo que não possamos nos ver outra vez, tenho certeza que meu pai desconfia de algo. - Isabel suspirou, Joaquim começou a andar de um lado para o outro, ocupado com seus pensamentos.
-Meu tio quer que eu toque um gado até Minas Gerais ficarei fora por um mês, é tempo o suficiente para despistar as suspeitas de seu pai. - Isabel concordou com a cabeça.
- Até la pensaremos em uma forma de nos encontrar. - Complementou a moça.
-Isabel deve pensar sobre o nosso futuro, não podemos mais ficar assim nos encontrando as escondidas. - Disse Joaquim.
-E que outra alternativa temos ? - Perguntou Isabel sôfrega.
-Fugir! - Joaquim falou.
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