Cena 1:
Construtora Riviera, sala da presidência, interior, dia.
Inês
muito furiosa e vai para cima de Elvira, tentando bater nela, mas antes que
isso aconteça, Tiago a impede.
Elvira (inconformada): Você está ficando maluca?
Inês (com raiva): Maluca não, você é uma
vagabunda!
Elvira: Vagabunda eu? Mas porque? Por ficar com
um cara que não me disse nada? Que não se envolvia com ninguém?
Inês: Isso não me importa, o que me importa aqui
é que o Tiago é meu. Meu e de mais ninguém.
Elvira: Até onde eu saiba, ele não me disse
nada!
Tiago: Por favor, Elvira! Me deixe aqui com a
Inês, depois conversamos.
Elvira: Sim senhor, com licença!
Elvira
sai, quando dá as costas para Tiago e Inês, ela ri.
Elvira (pensando): Pronto, mais um passo que eu
dei!
Elvira
diz isso pensando que a vida de Tiago seria outra, o que ela não imaginava é
que Inês não estava nem aí para o que Tiago fazia, desde que ficasse com ela
até que se engravide dele e possa usufruir de seu dinheiro.
Cena 2:
Apartamento de Amanda e Fernanda, quarto de Amanda, interior, dia.
Amanda: Eu tenho que ir, tenho que fazer com que
Dione me dê o que eu preciso em troca do que ele quer.
Amanda
pega sua bolsa e decide sair, ao chegar na porta ela fica pensativa.
Amanda: Não, meu Deus, olha o que eu estou
fazendo! Eu preciso de ajuda, eu não posso vender meu corpo em troca de drogas,
ou posso?
Cena 3:
Casa de Eliana, cozinha, interior, dia.
Eliana
encara sua filha, que está muito feliz ao ver o ciúmes de sua mãe.
Eliana: Você não vai sair com o Luiz de forma
alguma.
Julia: Mãe? Se liga! Mais é claro que eu vou, eu
não pedi sua permissão, e sim disse que eu e ele vamos sair.
Eliana: Mas sua mãe aqui, sou eu, e eu não
permito isso.
Julia: Eu não gosto que a senhora fique saindo
com esses carinhas da minha idade, mas a senhora sai, não é verdade?
Eliana
se mostra totalmente ofendida.
Eliana: Eeeeeeeuuuu? Jamais saí com algum menino
de 17 anos, mas bem que poderia pensar nisso.
Julia: Tá vendo mãe? A senhora quer me dar um
exemplo ao qual você não demonstra, e isso pra mim é um muito frustrante.
Eliana: Olha aqui você não venha me ofender ou
jogar coisas na minha cara.
Julia: Na verdade eu já disse, vou sair com
Luiz, ele é lindo, solteiro e acima de tudo, pode ter algo a me oferecer.
Eliana
libera um olhar duvidoso, mas Julia não está nem ligando para o que sua mãe
pensa e a olha com deboche.
Cena 4:
Construtora Riviera, banheiro feminino, interior, dia.
Elvira
está no banheiro pensativa, uma executiva que está no banheiro , sai, deixando
Elvira sozinha. A mulher lava seu rosto e o enxuga, depois ela olha para o
espelho com raiva.
Elvira: Que ódio, além de assassino é um
mulherengo, desgraçado, você ainda tem muito o que pagar. Aquela mulherzinha pensa
que eu vou abrir mão dele, Jamais farei isso. O Tiago é o que preciso pra minha
vingança, ela não vai se livrar de mim!
Elvira
completamente obcecada por esse ódio se mostra, decidida, ela sai do banheiro e
com muita sensualidade anda pelos corredores da empresa.
Cena 5:
Construtora Riviera, sala da presidência, interior, dia.
Inês
olha para Tiago e fica um tremendo silêncio, até que ela não agüenta e decide
falar.
Inês (dramática): Eu jamais pensei que faria
isso comigo, cafajeste!
Tiago: Nada foi planejado!
Inês: Isso não me importa, você não vale nada,
você é um desgraçado, brincou com meus sentimentos, me iludiu, e acima de tudo,
não teve a decência de ser verdadeiro comigo.
Tiago: Mas agora que você já sabe é melhor
que...
Inês: É melhor que nada, Tiago! Eu mereço pelo o
menos uma explicação, porque fez isso comigo?
Tiago: Inês? Vou ser bem direto! Quero terminar
o nosso caso!
Inês
encara Tiago com fúria, ele a olha esperando alguma resposta.
Cena 6:
Construtora Riviera, sala de Alfredo, interior, dia.
Joana e
Alfredo estão na empresa conversando, eles sorriem, a conversa parece terminar
quando eles se levantam de seus assentos.
Joana: Então quando tiver a informação que
preciso você sabe que é só me ligar.
Alfredo: Mas é claro que sim, ao ouvir o que o
tabelião tem á dizer, você e sua filha deverão estar presentes, ele marcará o
dia e eu vou ligar pra você.
Joana: Só de pensar que aquele ordinário me
escondeu toda essa herança, filho de uma... Melhor não dizer.
Alfredo: Mas enfim, agora você terá tudo o que
merece.
Joana: Nós teremos! Mas em momento algum eu me
arrependo de ter matado aquele desgraçado. Depois de tudo o que ele me
escondeu, agora será nosso e daquela minha filha que já está me dando orgulho.
Os dois
riem e se beijam.
Joana: Eu preciso ir embora.
Alfredo: Tudo bem, meu amor.
Alfredo
acompanha Joana, eles andam por um corredor enorme empresa, até que eles passam
pela recepção, onde ficam as secretarias, Elvira vê a sua mãe.
Elvira: Mãe?
Joana
olha para Elvira, completamente assustada. Elvira vai até a sua mãe.
Elvira: Mãe? O que a senhora faz aqui? E com o
Alfredo?
Joana e
Alfredo olham para Elvira como se não tivessem respostas, enquanto Elvira
espera uma explicação de sua mãe.
Cena 7:
Construtora Riviera, sala da presidência, interior, dia.
Inês
vira as costas para Tiago.
Inês: Eu não aceito isso.
Tiago: Mas é inútil, porque não aceitar?
Inês: Porque pra mim o nosso romance significou
tudo, nunca amei ninguém como você, me entenda Tiago.
Tiago: Mas pra mim, depois que eu conheci a
Elvira, o que nós tivemos não passou de um caso qualquer.
Inês se
vira para Tiago com muito ódio, ela vai até ele.
Inês: Desgraçado!
Inês lhe
dá uma bofetada com toda sua força, pega sua bolsa e vai embora.
Cena 8:
Construtora Riviera, recepção, interior, dia.
Elvira
continua olhando para sua mãe esperando resposta.
Elvira: Não vai me dizer?
Joana: Ai filha, na verdade é uma longa
historia, mas tudo o que tenho á dizer que Alfredo é um homem muito bom. Quando
estava muito triste pela morte do seu pai, nós nos esbarramos na rua, começamos
a conversar e viramos amigos, tiver que vir aqui fazer uma visita e agradecer
por tudo.
Alfredo: Mentira! Eu não sou isso tudo não.
Elvira,
Joana e Alfredo sorriem.
Elvira: Não sabia que vocês se conheciam. Fico
muito feliz que tenha ajudado minha mãe, seja bem-vindo sempre pra fazer uma
visita lá em casa.
Joana e
Alfredo se olham, Elvira também.
Cena 9:
Está de noite, apartamento de Fernanda e Amanda, sala, interior.
Fernanda
chega em seu apartamento e chama sua amiga, mas ninguém responde. Fernanda
procura por todos os cômodos e a cada um que não encontra sua amiga, fica
preocupada, até que não lhe resta onde olhar, ela volta para a sala preocupada.
Fernanda (frustrada): Eu não acredito, não pode
ser que a Amanda foi usar drogas de novo.
Cena 10:
Casa de drogas, interior, noite.
Amanda
chega na casa de drogas onde Gabriel e Dione trabalham. Dione vê a mulher e
fica muito feliz.
Amanda: Dione?
Dione: Olha, olha quem está aqui! Tenho certeza
que á toa não veio.
Amanda: Dione, eu não aguento mais, não consigo
mais ficar sem meu consolo, eu preciso de maconha, estou disposta á fazer o que
for pra ganhar isso de você.
Dione: Você sabe o preço, tem certeza que quer
isso?
Amanda: Como nunca tive na vida.
Amanda
agarra Dione, e eles se beijam por ali mesmo.
Cena 11:
Casa de Elvira, exterior, noite.
Elvira e
sua mãe saem do táxi, que as deixam na porta de sua casa. Elvira paga o taxista
e quando chegam na porta de sua casa, são surpreendidas por duas pessoas de
preto, cada um está com uma arma, uma pessoa aponta a arma na cabeça de Elvira
e a outra na cabeça de Joana, elas ficam muito assustadas.

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