Uma tia do líder supremo da Coreia do Norte, Kim
Jong-Un, vive anonimamente nos Estados Unidos, onde possui uma lavanderia,
depois de ter desertado em 1998, informou na sexta-feira o jornal The
Washington Post. Ko Yong-Suk - que vive com seu marido, Ri Gang, e seus três
filhos sob nomes falsos - é irmã de Ko Yong Hui, uma das esposas que o falecido
líder norte-coreano teve e mãe de Kim Jong-Un. Próximo ao regime comunista da
Coreia do Norte, o casal foi enviado à Suíça para cuidar de membros da família
governante que estudavam lá, incluindo Kim Jong-Un. "Ele não era problemático,
mas tinha um gênio ruim e era intolerante", disse Ko sobre seu sobrinho
Kim. "Quando sua mãe tentava castigá-lo por brincar muito ou não estudar o
suficiente, ele não a respondia (de forma insolente), mas protestava de outras
formas, como entrando em greve de fome", relatou. Ko disse que Kim nasceu
em 1984, o que significa que tinha apenas 27 anos quando assumiu o poder, em
2011, após a morte de seu pai, Kim Il-Jong, e não 33 ou 34 anos, como se
estimava na época. O próprio filho de Ko nasceu no mesmo ano e os dois meninos
brincavam juntos. "Ele e meu filho brincavam juntos desde que
nasceram", disse a mulher ao jornal americano. "Eu troquei as fraldas
dos dois". O principal interesse de Kim era o basquete, disse Ko.
"Ele começou a jogar basquete e ficou obcecado com isso", indicou,
acrescentando que inclusive dormia com uma bola de basquete. Foi divulgado que
Kim era fã de Michael Jordan e como governante recebeu o ex-astro do basquete
Dennis Rodman várias vezes em Pyongyang. Kim sabia desde 1992 que se tornaria
um dia o líder da Coreia do Norte, disse Ko. O sinal chegou quando completou
oito anos e recebeu seu uniforme de general e a cúpula militar do país se
inclinou diante dele. Não foram divulgadas as razões pelas quais Ko desertou
aos Estados Unidos, onde chegou com seu marido depois de se apresentar na
embaixada americana na capital suíça.
Fonte: Veja
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