Os Frutos da Imaginação
28º capitulo
Delegacia
Estão
presentes na sala do delegado, Antônio, Bernardo, Leonardo, um policial e o
delegado
·
Delegado:
Vocês são os principais suspeitos pelo assassinato do Sérgio Duarte. Morto com
3 tiros. Como não foi achado a arma usada no crime, não foi possível usá-la
como prova para tirar as impressões digitais. Então preciso fazer algumas
perguntas antes de darmos continuidade ao caso. Mas antes, algum de vocês
deseja assumir o crime?
Nenhum
dos 3 fala nada, mas demonstram nervosismo.
·
Delegado:
Então vamos lá. Começando pelo senhor Antônio. O senhor havia se entregado no
lugar de seu neto. E não ficou muitos dias no cativeiro. Alega que conseguiu
fugir. Mas imagina quem possa ter matado a vítima? O senhor tinha motivos para
quere se vingar dele, correto?
·
Antônio:
Sim, tinha motivos para acabar com a vida dele. Há anos atrás ele tentou me
matar e fez muita família sofrer durante esses anos todos. E agora por ultimo,
me fez de refém e queria acabar com minha vida. Mas eu não o matei, senhor
delegado.
·
Delegado:
E como conseguiu fugir? Não poderia ter o matado para conseguir a fuga?
·
Antônio:
Quando o meu neto foi levado pelo Sérgio e combinamos que eu me entregaria no
lugar dele, nós deixamos esquematizado com um amigo que seguiria o carro que me
levou próximo ao cativeiro e esse rapaz tentaria descobrir o local que ele me
levaria e num momento propicio ele tentaria me libertar. Não alertamos a
policia naquele momento, para não levantar suspeitas, já que ele havia me
ameaçado. Esse meu amigo, monitorou os passos do Sérgio e seus comparsas e
quando ele viu que era o momento mais fácil para agir, ele se encapuzou
conforme os capangas do Sérgio e conseguiu me soltar. Quando fugimos dali fomos
para lugares opostos, ele pegou um carro e fui até um ponto de taxi mais
próximo, pois sabia que a qualquer momento o Sérgio poderia voltar. Enfim, num
ato não muito esquematizado, arrumamos essa solução para sair imediatamente
daquele local.
·
Delegado:
E onde esta esse seu amigo?
·
Antônio:
Depois dali eu não falei mais com ele. Sei como entrar em contato com ele. Mas
acho muito pouco provável ele ter voltado ali para matá-lo. Pois ele não tinha
motivos para isso.
·
Delegado:
Preciso que me passe o contato desse rapaz. Temos que interrogá-lo. E como você
soube que ele havia sido assassinado?
·
Antônio:
Quando o policial que nos trouxe, foi até a casa dos meus filhos contar o
ocorrido.
·
Delegado:
E você Bernardo? Quando soube da morte do seu padrasto?
·
Bernardo:
Quando cheguei em casa e ouvi a conversa dos meus pais com o policial.
·
Delegado:
Então você não estava em casa não é? E posso saber onde você havia ido?
Bernardo
fica apreensivo
·
Bernardo:
Quando esse amigo do meu pai havia nos contado onde tinham o levado, eu estava
esperando a hora para ir até lá. Pois eu queria resgatar meu pai. Eu tinha acabado
de me acertar com ele. Cresci sem meu pai, vitima dessa monstruosidade que o
Sérgio aprontou. E acabei conhecendo o meu pai, nesse turbilhão de
acontecimentos tristes que eu e minha família passamos nesses últimos meses.
·
Delegado:
Então você sabia onde o Sérgio se escondia? E por isso foi lá. Você assume que
compareceu ao local do crime?
·
Bernardo:
Não cheguei a entrar no local, pois assim que me aproximei, vi carros da
policia e suspeitei que tivessem resgatado o meu pai. Foi quando eu vim,
apressadamente, aqui pra saber noticias.
·
Delegado:
E você acha que sozinho iria resgatar o seu pai?
·
Bernardo:
Não sei o que faria, estava muito preocupado com meu pai. Até procurei meu
irmão para ir comigo, mas não consegui falar com ele.
·
Delegado:
Ele não estava em casa?
Bernardo
percebe que falou demais.
·
Delegado:
Onde você estava Leonardo, minutos após a “libertação” do seu pai?
Leonardo
também fica tenso
·
Leonardo:
Eu fui até a minha casa para falar com a mãe do meu filho, que desde que ele
nasceu sumiu. E Depois que eu acordei do coma e vi que ela havia voltado, ainda
não tinha tido tempo de conversar com ela sobre o porquê desapareceu esses anos
todos. E como estou esses dias na casa da minha mãe precisava ter um momento a
sós com ela. E mais ainda agora que soube que ela quer a guarda do nosso filho.
Mas não a encontrei e voltei pra casa da minha mãe, quando soube da morte do
Sérgio.
·
Delegado:
Bom… até que se prove o contrário, vocês são os principais suspeitos. E
enquanto não concluirmos as investigações os três estão proibidos de sair da
cidade. Ou até o assassino confessar o crime.
Antônio,
Leonardo e Bernardo se olham apreensivos e saem da delegacia
Casa de Maria / Sala
Maria abre a porta e depara com Allan que esta na mão um bouquet de flores
·
Maria:
Pode entrar, Allan.
·
Allan: Eu
vim te convidar para jantar comigo Maria. Tenho sentido muito a sua falta, meu
amor.
·
Maria:
Que flores lindas. Obrigada. Também tenho sentido a sua falta.
·
Allan:
Então quer dizer que isso é um sim, para meu convite?
Maria
ri e faz com a cabeça que sim.
Allan
fica contente
Casa de Helena / Sala
Helena entra em casa e encontra Rafael
·
Helena:
Oi Rafa! Tudo bem
·
Rafael:
Sim e você?
·
Helena:
Muito bem também. Fui até sua casa.
·
Rafael:
Seus pais me falaram. O que você queria?
·
Helena:
Preciso falar com você. Mas antes me diz, o que você veio fazer aqui.
Os dois riem
·
Rafael: O
Marcos me procurou, falou sobre vocês dois e eu decidi mais uma vez te pedir
perdão. Dizer o quanto eu te amo e sinto a sua falta.
·
Helena: E
eu fui atrás de você para dizer que te amo e sempre te amei. E que quero reatar
nosso casamento e curtir junto de você cada segundo dessa nossa gravidez. Do
nosso bebê.
Rafael
se emociona
·
Rafael:
Meu amor. Prometo te amar mais e mais a cada dia. Prometo cuidar de você e do
nosso filho todos os dias da minha vida. Empregado ou desempregado, com
dinheiro ou sem dinheiro. Com problemas ou sem eles. Com ou sem preocupações.
Helena completa as falas dele, chorando
·
Helena:
Quero passar por todos os momentos difíceis ou os mais alegres ao seu lado. Não
importa quais sejam eles. Por que maior do que tudo isso, é o amor que eu sinto
por você. Meu marido, meu esposo, meu companheiro, meu melhor amigo.
Os
dois se beijam emocionados
Casa de Leonardo / Sala
·
Daniel:
Mãe meu pai disse que eu não posso dormir aqui com você. Que por enquanto, nós
vamos ficar na casa da vovó.
·
Daniele:
Filho, você precisa ajudar a mamãe a casar com o papai. Até por que agora nós
somos muito ricos. Somos donos de uma universidade. E temos uma casa linda, com
piscina. Não é legal?
·
Daniel:
Temos uma casa com piscina?
·
Daniele:
Sim meu filho. Uma casa grandona.
·
Daniel:
Mas onde é? Nunca fui lá.
·
Daniele:
Então filho… você gosta do seu avô, não gosta?
·
Daniel:
Sim mamãe, ele é muito bonzinho comigo.
·
Daniele:
Você precisa pedir a ele, pra gente ir morar lá na casa dele. Com certeza ele
vai querer a gente lá pertinho dele. A casa dele é muito grande
Daniel se anima
·
Daniel:
então, a gente vai poder morar todo mundo junto? A vovó, o vovô, o tia Bê, a
senhora e eu?
·
Daniele:
sim meu amor. É só você falar com ele que quer morar na casa dele.
Daniel esta alegre.
Restaurante
·
Maria:
Nossa Allan, que restaurante maravilhoso. Lindo demais.
·
Allan:
Você merece minha gata. Até por que essa noite é muito especial.
·
Maria:
Allan, eu ainda não decidi sobre nós dois. Eu sei que esse convite tinha uma
segunda intenção nisso tudo, e eu aceitei. Pois eu realmente sinto a sua falta.
Mas ainda não esqueci o que aconteceu. Eu preciso muito pedir desculpas ao
Bernardo por tudo o que aconteceu. Nós fomos vitimas do padrasto dele e
querendo ou não, suas também.
·
Allan: eu
sinto muito Maria. Eu fui um idiota. Mas o Bernardo não é tão santinho como
você pensa.
Maria não
entende o que Allan quer dizer.
·
Maria: O
que esta querendo dizer Allan?
·
Allan:
Ele é o principal suspeito na morte do padrasto dele. O seu amigo Bernardo, é
um assassino Maria.
Maria
fica surpresa e sai apressada do restaurante, sem se despedir de Allan, que
fica sem entender nada
·
Allan:
Pois é Maria. O erro dele é muito mais grave do que o meu.
Casa de Bernardo / Sala
·
Bernardo:
Realmente é uma situação muito complicada essa. Quem teria motivos para matar o
Sérgio?
Leonardo
esta muito nervoso
·
Leonardo:
Cara só pode ser um dos capangas que o papai disse que estavam com ele. Até por
que só nós aqui de casa, os capangas e o Carlão amigo do papai que sabíamos do
paradeiro do Sérgio.
·
Bernardo:
eu acho muito improvável ser o Carlão. Ele não tinha motivos. Infelizmente nós
somos os únicos que poderíamos querer acabar com o cara.
·
Bia: Ou
esses capangas gente. São bandidos e nem sempre tem motivos para matar. As
vezes o Sérgio devia a eles, sei lá.
·
Leonardo:
O problema é que nunca saberemos quem eram os capangas para poder
incriminá-los. Estamos ferrados, só isso.
Regina
esta preocupada demais
·
Regina:
Meus filhos, a verdade vai aparecer eu creio.
·
Leonardo:
Eu vou lá em casa buscar o Dani… Já esta muito tempo sozinho com aquela louca.
E preciso conversar com ela. Ela não vai tomar meu filho de mim, nunca. Quer
uma carona até em casa Bia?
·
Bia:
Aceito sim, Léo. Vou só ao banheiro
·
Leonardo:
Vou tirar o carro então. Te espero lá fora.
·
Regina:
Cuidado meu filho.
A campainha toca, Léo que esta de saída
atende e é Maria que entra.
·
Maria:
Olá, com licença!
·
Regina:
Oi Maria! Tudo bem?
·
Maria: Ta
sim dona Regina.
·
Bernardo:
Que surpresa Maria. Senta ai.
·
Maria: Eu
preciso falar com você.
Bia volta do banheiro, se despede
·
Bia:
Tchau gente… vou aproveitar a carona do Leonardo.
·
Regina:
Volte sempre Bia, será sempre bem vinda aqui.
·
Bia:
Obrigada Dona Regina. Deixa eu ir lá acompanhar o Léo. To achando ele muito
nervoso e não é bom dirigir sozinho.
·
Regina:
Eu também achei, minha filha… então fica de olho nele, ta?
·
Bia: Pode
deixar
Bia
sai e Regina vai em direção ao quarto
·
Bernardo:
Quer alguma coisa? Água, suco?
·
Maria:
Bernardo, eu soube dessas suspeitas da policia de que você pode ser o assassino
do seu padrasto. Mas eu vim aqui te dizer que eu não acredito nisso.
Bernardo fica feliz
·
Bernardo:
Nossa, Maria. Fiquei um pouco mais aliviado, pois tenho medo de que todos
pensem que eu possa ter feito algo contra ele.
Bernardo
se emociona
·
Bernardo:
Eu sei que ele fez minha família sofrer por muitos anos, ele quis de todas as
formas me ver infeliz.
Maria
também se emociona
·
Maria:
Você foi vitima dele meu amigo. Eu tenho certeza de que você é inocente. Eu
precisava te dizer isso. Por que eu sei do seu caráter, seu do enorme e lindo
coração que você tem.
·
Bernardo:
Até com você ele mexeu né? Mas o Allan foi um infeliz no que se sujeitou a
fazer. Mais uma vitima do Sérgio. Mas é uma boa pessoa.
·
Maria:
Realmente ele foi vitima, pois se ele se submeteu a isso para fazer um mal, ele
quem se deu mal. Por que isso só serviu pra eu descobrir que desde sempre eu
gostava de você.
Bernardo
está surpreso
·
Bernardo:
Como é que é?
·
Maria:
Bernardo, você ainda gosta de mim? Ainda tem um espacinho pra mim dentro desse
coração enorme?
Bernardo
começa a chorar
·
Bernardo:
Ai, Maria… eu tenho passado por tantas coisas. Parece que os problemas sempre
tomaram conta da minha vida. Eu penso que nunca terei a oportunidade de ser
feliz. E parece que isso que esta me dizendo, eu estou sonhando, pois nunca
imaginei que um dia eu fosse ouvir isso de você.
·
Maria:
Então começaram os dias de paz Bernardo. Tenho certeza de que tem muita coisa
boa vindo por ai. Então, você aceita ser meu namorado?
·
Bernardo:
Claro que sim
Os dois se beijam
Regina assiste a cena, emocionada
Casa de Antônio / Sala
·
Antônio:
eu te prometo meu amor! Não fui eu quem matou o Sérgio.
·
Luiza:
Mas infelizmente até que se prove quem é o verdadeiro assassino você é um dos
suspeitos. E eu estou com muito medo Antônio. Não sei como vai ser aqui sem
você. A qualquer momento pode sair a guarda da Duda, e agora eu com câncer.
Luiza
começa a chorar
·
Antônio:
Meu amor. Eu vou provar que não fui eu o assassino do Sérgio. E estarei junto
de você em todo o tratamento do câncer, e vamos festejar a guarda da nossa
filhinha, que em breve estará morando aqui com a gente.
·
Luiza: Eu
te amo Antônio. E preciso muito de você.
Casa de Leonardo / Sala
·
Leo: Não
adianta Daniele, você não vai me tirar o Daniel. Até por que Juiz nenhum vai
dar a guarda para uma mãe abandonou o filho e ficou 8 anos sem nem querer saber
da existência do filho.
·
Daniele:
E pra um assassino? Você acha que o juiz vai dar a guarda, de uma criança para
um assassino?
Leonardo
fica temeroso
·
Daniele: Se
meu filho não puder ficar comigo, com você ele também não fica Leonardo.
·
Leonardo:
Para que eu seja considerado um assassino é preciso de provas Daniele. E isso
eles não tem.
Leonardo
grita por Daniel que esta no quarto
·
Leonardo:
Vamos filho? Te espero no carro.
Leonardo
sai
·
Daniele:
Nem que eu preciso forjar provas contra você Leonardo. Mas meu filho você não
tira de mim. E em breve me mudarei para aquela mansão do Antônio e abocanharei
também uma parte desse dinheiro que pertence ao meu filho.
Delegacia
·
Delegado:
Boa Noite! A senhora quem é?
·
Regina:
Me chamo Regina, sou a viúva do Sérgio Duarte.
·
Delegado:
Pois não senhora. Veio fazer o papel de advogada dos filhos e do ex-marido?
·
Regina:
Não… eu vim confessar o crime. Eu matei o Sérgio!
O delegado se surpreende
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