JARDIM DO ÉDEN | Cap. 12: "Revelação" #JardimDoÉdenNoWM



JARDIM DO ÉDEN

Capítulo 12


“Revelação”


Uma WebNovela de: Nathan Freitas





Cena 1. Parque Aquático Do Hotel. Ext./Dia.


Continuação da cena do capítulo anterior. Alguns policiais por li, o delegado a sua frente e, Fausto sentado numa cadeira, chorando. O corpo de Heitor, na beira da piscina, sendo examinado por peritos.


Delegado: Então quer dizer, que Heitor era seu filho?


Fausto: Sim, delegado. O Heitor era meu filho. Eu só fiquei sabendo de sua existência há uns 15 anos, quando sua mãe em leito de morte me confessou. Eu o trouxe para vir morar comigo, sem nunca contar a ele, que eu era seu pai.


Delegado: Porque você nunca contou?


Fausto: Eu tinha medo de sua reação. Do que ele podia fazer. Eu achei que não contando, o teria mais tempo comigo.


Delegado: Você imagina quem possa ter feito isso com ele? Saberia dizer se tinha inimigos?


Fausto: Não. Claro que não. Heitor era muito bisbilhoteiro, confesso. Era um defeito que tinha. Por muitas vezes o chamei atenção por isso. Mas ele não me obedecia.


Delegado: Bisbilhoteiro? Como assim?


Fausto: Ele gostava de ouvir muito atrás da porta.


Delegado: Será que isso foi um dos motivos?


Fausto: Não sei. Talvez. Mas por que alguém o mataria só por ele ouvia atrás da porta?


Delegado: Existem segredos, senhor Fausto, que muita gente prefere levar para o túmulo. Vai ver que um desses segredos motivou sua morte.



Corta para...


Cena 2. Restaurante do Hotel. Int./dia.


Continuação...

Joyce e Evaldo conversam. Evaldo com cara de espanto.


Evaldo: O quê que você tá me dizendo? A Joana...?


Joyce: Exatamente, meu filho. A Joana é sua tia. Ela é filha do Dr. Benedito Sabatini. E você é filho do Juliano. Aquele canalha que me abandonou quando você nasceu.


Evaldo: Não posso acreditar. A Joana minha tia? Eu sou neto do Dr. Benedito Sabatini?


Joyce: Você entende agora por que eu não quero que você se aproxime dela? É uma família muito perigosa, meu filho. Pra eles o que importa é o dinheiro, o poder. Não está nenhum pouco preocupado com a dificuldade alheia. Seu pai me enxotou quando soube que eu esperava você. Eu sofri muito. Eu abandonei você, porque eu estava sem condições. Quando Dr. Benedito soube do que Juliano havia feito comigo, me ajudou. Abriu uma pousada pra mim em Jeri. Eu pensei que era o momento de trazer você de volta pra mim. Mas hesitei. Você já estava morando em outra cidade. Mesmo assim, eu fui a sua procura. (pausa) me perdoa meu filho. Perdão. Eu não sou esse monstro que você desenhou de mim.


Evaldo: Porque que eu não consigo acreditar em você?


Joyce: Tudo bem. Você tem todo o direito. Mas o tempo vai te mostrar que eu estou fazendo tudo isso, porque quero recuperar o tempo perdido que estive longe de você. Eu não quero nada de você. Só o seu perdão.


Evaldo; Digamos que eu acredito no que fala. O que você pretende fazer?


Joyce: O seu tio, Antônio, está aqui, neste hotel. Ele veio atrás do filho que teve com a Joana.


Evaldo sente um baque.


Evaldo: O quê? Que absurdo é esse? Você só pode tá delirando. A Joana teve um filho com o meu tio? Isso é demais.


Joyce: Pra você ver como é essa mulher. Ela não vale nada, Evaldo. Seu tio está disposto a acabar com ela.


Evaldo: Meu Deus, que absurdo!


Corta para...


Cena 3. Casa de Daniel. Sala. Int./dia.


Sônia e Joana discutem.


Sonia: Joana, para com essa implicância. Por favor.


Joana: Eu só penso no melhor pra senhora.


Sônia: Chega! Não me faça perder a paciência com você. Não admito que você ofenda meu marido na minha frente. Entendeu? Eu confio no Daniel. E sei que é um marido fiel a mim!


(Analu entra em cena.).


Analu: Eu acho que a senhora está sendo muito injusta com a Joana. Ela é a única que percebe os erros do meu pai aqui, nesta casa.


Sônia: Até você, Analu? Vai apoiar essas atitudes sem cabimento da Joana?


Analu: A Joana sabe muito bem o que fala. Muito me admira a senhora tratar ela dessa maneira.


Sônia: Para com essa maluquice. Eu não vou aceitar essa conspiração contra seu pai, aqui em casa. Estamos entendidas, as duas?


Corta para...


Cena 3. Paraiso/Escritório De Daniel. Int./Dia.


Daniel fazendo alguma coisa por ali, entra Paulo.


Paulo: Daniel, rapaz, aconteceu uma coisa meio sem jeito, ontem lá na tua casa.


Daniel; Eu ja tô sabendo.


Paulo: Daniel me desculpa. Eu não sabia o que estava acontecendo.


Daniel: Tudo bem. Esquece.


Paulo: Mas me fala! Tá acontecendo alguma coisa? Posso te ajudar?


Daniel: Bobagem. A Joana, a nossa governanta que tá fazendo a cabeça da Analu contra mim.


Paulo: Mas o que é? É coisa grave?


Daniel: Não. Ela tá achando que eu estou tendo um caso com outra mulher.


Paulo: (rindo) O quê? Você de caso com outra mulher. Só pode ser uma piada.


Daniel: Você rir porque não é com você.


Paulo: Desculpe Daniel. Mas é que não aguentei. Logo você?! É isso que tá deixando preocupado? 


Daniel: Não. Claro que não. Eu estou muito preocupado é com a nova safra de vinhos. Será que os consumidores vão aprovar a ideia de vinhos de maçã?


Paulo: Claro que vão. Os Alemães são experientes no assunto. Essa ideia de misturar a essência da vodca alemã com a fermentação da maçã. Foi a melhor ideia de todos os anos. Realmente vai ser uma doce tentação. Vai arrebentar.


Daniel: É. Tem razão. Estou com paranoia.


Paulo: E por falar em paranoia. Eu preciso te contar uma coisa.


Daniel: Fala!


Paulo: Essa tua secretária é um pitelzinho, Daniel. Ô lá em casa, hein.


Daniel: (pego de surpresa) O que é isso, rapaz? Tá maluco?


Paulo: Ora! Por que não? Estou até pensando em chamar ela pra sair comigo.


Daniel: Você não vai fazer isso.


Paulo: Tá com ciuminhos é?


Daniel: Não. Claro que não. É que não fica bem, você sair com ela por aí. O que os outros vão pensar?


Paulo: Que se danem os outros. Sou desimpedido e ela pelo que sei também é.


Daniel; se eu fosse você não se arriscaria tanto.


Paulo: Por quê? Até parece que você conhece ela a fundo. Se é que me entende.


Daniel: Deixa de besteira, rapaz. É só um conselho. Estou mais preocupado é com outra coisa.


Paulo; Vou deixar você aí, pra se tranquilizar melhor. (sai.)


(Daniel fica pensativo. entra Ruth.).


Ruth: Amorzinho! Almoça comigo hoje?


Daniel: Não dá. Tenho uns assuntos importantes.


Ruth: Mais uma vez, você tá se negando a sair comigo. O que tá havendo Daniel? Enjoou de mim?


Daniel: Por favor, me deixa em paz. E outra coisa; o Paulo tá interessado por você.


Ruth: Opa! Que bom saber!


Daniel: Você vai dar um fora nele, entendeu? Não quero você de chamego com o Paulo. Tomara que não seja preciso eu falar de novo.


Ruth: Ah... Tá com ciúmes?


Daniel: Te enxerga, garota! Eu só não quero ver você com ele.


Ruth: Eu adoraria um Ménage à Trois.


Daniel: Você não presta mesmo. É uma vagabunda de quinta. (Daniel mete uma bofetada em Ruth, quando Analu entra e vir à cena.).


Analu: Pai?! O que tá havendo aqui?


Corta para...


Cena 4. Quarto De Heitor. Int./Dia.


Fausto entra muito triste, choroso. Senta na cama. Passa a mão da colcha, carinhoso. Pega um porta retrato de Heitor sobre a cômoda. Acaricia. Abre as gavetas, mexe em algumas coisas. Põe sobre a cama toda a roupa. Pega uma mala sobre o armário. Abre, e ver um papel. Quando pega e olha direito, é um cheque.


Fausto: (espantado) Um cheque? De 50 mil reais? Dá onde o Heitor conseguiu esse cheque?


Corta para...


Cena 5. Restaurante Do Hotel. Int./Dia.


Ricardo e Giovanna sentados numa mesa, tomando alguma coisa.


Ricardo: Amanhã o juiz vai liberar o habeas corpus pro seu tio.


Giovanna: Que bom papai. Não vejo a hora de tudo isso acabar.


(Giovanna ver Joana entrando no hotel.).


Giovanna: Espera papai. (sai.)


Ricardo: Giovanna, pra onde você vai?


(Giovanna chega até Joana, que vai entrando.).


Giovanna: Oi? Tudo bom?


Joana: Olá? Como vai você?


Giovanna: Eu queria te apresentar meu pai. Vamos? Estamos almoçando. Vem! almoça com a gente.


Joana; Eu tenho um assunto importante. Não posso falhar.


Giovanna: Só um minutinho. Só o tempo de conhecer meu pai.


Joana: Tudo bem.


(Caminha até a mesa de Ricardo.).


Giovanna: Papai! Deixa eu te apresentar minha amiga.


(Ricardo se levanta pra cumprimentar, quando ver que é Joana, sorrir, surpreso.).


Ricardo: Então, você é a misteriosa amiga de minha filha?

             (Joana Desfaz O Riso Quando Percebe Que É Ricardo. Se Retrai, Cara Amarrada.).

Corta para...


FIM DO CAPÍTULO 12.


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