CENA 1: ROSA DO BARÃO, CASA DE HELENA, INTERIOR, MANHÃ
Helena olha para o filho que derrama algumas lágrimas, ela enxuga as lágrimas do rosto de Felipe.
HELENA: – Filho, eu não tenho essa resposta. Por um longo tempo eu acreditei em uma coisa, mas tudo isso mudou. – Responde ela enquanto abraça Felipe. – Preciso vê-lo, e contar toda a verdade sobre você, meu filho.
CENA 2: ROSA DO BARÃO, CASA DE EDUARDO, VARANDA, EXTERIOR, TARDE
Eduardo ainda está digerindo tudo o que descobriu sobre Demétrio quando Isaque chega. Ele percebe que Isaque está um pouco nervoso. Isaque se aproxima da varanda onde Eduardo está.
ISAQUE: – Desculpa vir desse jeito, Eduardo. Mas é uma coisa urgente.
EDUARDO: – Deve ser bem urgente, mesmo, pois pra você vir aqui depois de anos sem uma visita sequer.
ISAQUE: – Eu sei que fui um mau amigo, e tudo mais. Eu errei, porém estou aqui pra consertar isso.
EDUARDO: – E você acha que tudo isso tem reparo?
ISAQUE: – Sim, acho que sim, por isso estou aqui. O que eu vim lhe contar, o Paulo havia me contado antes de ser assassinado, e acho que isso que vou lhe contar é o que motivou a morte dele. Olhando mais atentamente, agora vejo que não foi você quem o matou.
EDUARDO: – Claro que não! Diga logo o que você quer me dizer, Isaque.
ISAQUE: – Na noite em que o Paulo foi assassinado, ele me disse que tinha visto uma coisa,
EDUARDO (Impaciente): – Que coisa, Isaque?
ISAQUE: – Ele estava meio bêbado, por isso achei que não fosse verdade o que ele me disse, mas depois de tudo o que aconteceu, eu acredito que seja verdade, sim. O Paulo me disse que viu o Emanuel e o Demétrio juntos na cama. Minha mulher sabia disso também, e agora que eu retornei do Rio a encontrei morta.
EDUARDO: – Sério isso, Isaque?
ISAQUE: – Sim, e provavelmente, o assassino seja a mesma pessoa que assassinou o Paulo.
EDUARDO: – Tudo isso é muito estranho, mas acho que faz sentido.
ISAQUE: – O que faz sentido?
EDUARDO: – Posso realmente confiar em você, Isaque?
ISAQUE: – Sim, agora mais do que nunca!
Eduardo conta o que descobriu sobre Demétrio para Isaque.
ISAQUE: – Eu vou lhe ajudar a desvendar esse segredo, Eduardo. Pode confiar!
Isaque aperta a mão de Eduardo.
CENA 3: ROSA DO BARÃO, EMPRESA MARINO GOUVEIA, ESTACIONAMENTO, EXTERIOR, TARDE
Denis vai até a empresa na busca por explicações do que significa tudo aquilo, e assim que chega, encontra Ricardo no estacionamento.
DENIS: – Que tipo de brincadeira foi aquela, Ricardo?
RICARDO: – Do que você está falando?
DENIS: – Não se faça de besta, Ricardo. Você me deu uma pasta cheia de papéis.
RICARDO: – Sim, dei.
DENIS: – Papéis em brancos, simples assim, Ricardo. O que pretendia com aquilo?
RICARDO: – Quer realmente saber o que eu pretendia com tudo isso?
DENIS (Ríspido): – Quero, pois se eu não quisesse, não estaria aqui.
RICARDO: – Calma! Calma! Eu só queria que você soubesse quem era o assassino de seu pai!
DENIS: – Do que você está falando?
RICARDO: – É isso mesmo. O assassino de seu pai… você nem desconfia de quem seja?
DENIS (Impaciente): – Vamos, diga logo!
RICARDO: – O assassino do Paulo é o Eduardo. – Ele diz com muita certeza a espera de uma reação de repulsa de Denis por para com Eduardo.
DENIS: – Não acredito em você, não acredito! Para de mentir, você acusar seu próprio irmão, achei que você fosse uma boa pessoa, mas pelo visto me enganei.
RICARDO: – Mas é melhor acreditar, pois essa é a verdade. Já perguntou pra ele por onde esteve esses anos?
DENIS: – Não, mas tenho certeza que ele estava fazendo coisa melhor do que você fez!
Denis e Ricardo se encaram. Denis está com muita raiva.
CONTINUA
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