BRASIL, DIAS ATUAIS
CENA 1: ROSA DO BARÃO, CASA DE VENÂNCIO, QUARTO DE DEMÉTRIO, INTERIOR, NOITE
Venâncio fica preocupado com o que Eduardo falou, e sobe até o quarto do filho para ver se encontra algo que possa levar ao paradeiro dele. Ao entrar no quarto do filho, Venâncio vasculha em cima da cama, cômoda, armário, e nesse último encontra uma caixa grande meio pesada que ele não consegue segurar, e acabou derrubando no chão.
VENÂNCIO (Gritando): – Droga!
Venâncio tira a caixa de cima das coisas, e se surpreende ao ver uma arma e algumas fotos da investigação do assassinato de Paulo. Ele fica perplexo com tudo o que está vendo.
VENÂNCIO: – Não acredito nisso! – Ele coloca as mãos na cabeça. – Creio que ele não fez isso, não o meu filho.
Demétrio entra no seu antigo quarto.
DEMÉTRIO: – O que você está fazendo, pai?
Venâncio se vira para Demétrio.
VENÂNCIO: – Eu é que pergunto, meu filho! O que você esconde?
DEMÉTRIO: – Não se meta nisso, pai! – Ele diz enquanto pega a caixa das mãos do pai. – O senhor não deveria ter feito isso!
VENÂNCIO: – Você ainda não me respondeu, Demétrio!
DEMÉTRIO: – Não lhe devo explicações!
Venâncio percebe que o filho está diferente, aquele garoto que ele adotou se tornou uma pessoa muito diferente, e se assusta quando Demétrio aponta a arma pra ele. Não há tempo pra nada, pois Demétrio simplesmente atira.
DEMÉTRIO: – Você não me deu escolha, pai!
Demétrio guarda a arma na caixa de volta, e depois tira a luva que usa.
DEMÉTRIO: – Agora não tem mais volta. Não tem mais volta, droga!!!
Demétrio quebra tudo no quarto, está completamente transtornado.
DIAS DEPOIS
CENA 2: ROSA DO BARÃO, SHOPPING/RUA, EXTERIOR, MANHÃ
Helena está no trabalho, e por isso deixa sua amiga Gerusa cuidando de Felipe. Os dois aproveitam a manhã, e passeiam no shopping. Na volta, Felipe sai um pouco apressado, e não vê o carro ao atravessar a rua, e quando percebe só sente um grande impacto de alguém o empurrando. Felipe olhou bem pra aquele que está caído ao lado dele.
FELIPE: – Pai!
Felipe desmaia. Eduardo se levanta e o pega nos braços e coloca em seu carro. Gerusa corre desesperada até os doi.
GERUSA: – Ele está bem, moço?
EDUARDO: – Só vamos saber depois que ele passar pelo médico.
GERUSA: – Eu sou amiga da mãe dele! Você vai levar ele pro hospital?
EDUARDO: – Vou sim, vem comigo, afinal você está responsável pelo rapaizinho aí.
Gerusa entra no carro junto com Eduardo, está aflita com o estado de Felipe. Eduardo fica pensando no que o garoto havia dito antes de desmaiar.
EDUARDO (Pensando): – Ele deve ter me confundido!
CENA 3: ROSA DO BARÃO, HOSPITAL, INTERIOR, TARDE
Eduardo e Gerusa chegam no hospital. Felipe é levado às pressas para ser atendido, e os dois ficam apreensivos com a situação do garoto.
GERUSA: – Se você quiser ir embora, moço, pode ir. Você já fez demais em ter salvado o Felipe daquele carro, e logo a mãe dele estará por aí!
Ela fiz ao se sentar em uma das cadeiras que fica na recepção.
EDUARDO: – Tranquilo, eu ficarei até saber se o Felipe está bem, e depois vou embora.
GERUSA: – Como você se chama mesmo?
EDUARDO: – Eduardo! Me chamo Eduardo.
Gerusa nesse exato momento liga o nome a pessoa e constata ao olhar melhor que aquele Eduardo era o do qual sua amiga Helena havia falado. Gerusa e se levanta e fica um pouco afastada de Eduardo, ela tenta avisar a amiga do que está acontecendo, porém quando liga para o celular de Helena é informada de que ela já está alí.
Helena ao entrar na recepção se encontra com Gerusa que está nervosa.
HELENA: – O que aconteceu, Gerusa? Você está pálida!
Gerusa não sabe como dizer para Helena, mas não tem escolha.
GERUSA (Sussurra): – Ele está aqui, amiga!
HELENA: – Ele quem?
GERUSA: – Ele, Helena! – Diz ela enquanto sai da frente da amiga. – Ele salvou o Felipe de ser atropelado.
Eduardo se vira, e se dá conta de quem está a sua frente. Em sua memória passa todos os momentos no qual esteve com ela no passado, nem um dos dois sabe o que dizer ou fazer nesse momento.
CONTINUA
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