Coração De Pedra | Cap. 04 #CoraçãoDePedraNoWM





CENA 1: MONTE VERDE, HOTEL DUMOMT, QUARTO 37/ CORREDOR , INTERIOR, NOITE

De repente, Eduardo leva outro susto quando ouve a porta se abrir e no impulso devido ao medo que sente achando que o assassino pudesse ter voltado,  pega a arma e aponta novamente em direção a porta.
POLICIAL: – Você está preso! – Diz um homem parado próximo da porta. – Largue a arma!
O homem se aproxima de Eduardo se revelando policial. Eduardo solta a arma no chão.
EDUARDO: – Eu não tenho culpa. Não fiz nada! Eu não fiz nada!!!
O policial algema Eduardo que não entende o que se passa, eles saem do quarto, logo a notícia se espalha, seus amigos estão perplexos achando que ele tenha matado Paulo.

CENA 2: MONTE VERDE, HOTEL DUMOMT, HALL, INTERIOR, NOITE 
Helena fica sem entender quando vê Eduardo sair algemado, se ajoelha no chão e comeca a chorar, até que Ricardo a abraça tentando confortá-la.
RICARDO:  –  Tudo vai se resolver, Helena.
HELENA (Chora):  – Eu não entendo 0 motivo do seu irmão para ter feito isso. Matar uma pessoa. Matar o melhor amigo dele, não, eu não entendo.

CENA 3: MONTE VERDE, DELEGACIA, INTERIOR, MANHÃ
Na delegacia, Eduardo liga rapidamente para Demétrio, seu amigo de infância e o desespero no qual se encontra não é possível perceber nada. Logo Demétrio já está na delegacia representando o amigo.
EDUARDO: – Eu não fiz aquilo, Demétrio! Eu não fiz. Juro que não fui eu. – Ele afirma colocando as mãos sobre a cabeça.
DEMÉTRIO:   – Eu acredito em você, meu amigo! Porém temos que provar isso ao juiz! Onde você encontrou aquela arma, Eduardo?
EDUARDO:  – Estava lá, Demétrio. Eu a peguei, eu a peguei pois estava desnorteado, me assustei. O assassino ainda estava lá.
DEMÉTRIO:   – O que você está falando, Eduardo?
EDUARDO:   –  É  isso  mesmo,  Demétrio. Ele ou ela estava lá ainda assim que eu entrei, e suspeito que no susto acabou por deixar a arma em cima da cama.
DEMÉTRIO: – Eu vou conseguir lhe tirar daqui, amigo. – Afirma o jovem advogado enquanto se levanta e abraça o amigo.

CENA 4: MONTE VERDE, HOTEL DUMOMT, QUARTO 29, INTERIOR, MANHÃ
Manuela percebe na manhã Emanuel chegando sorrateiramente, e tenta descobrir aonde ele estava, em que lugar ele passou a noite já que não estava com ela e nem com os outros.
MANUELA:  – Onde você passou a noite Emanuel?  – Ela questiona assim que ele entra.
EMANUEL (Mentindo):  – Eu… eu passei a noite com o Isaque, nós bebemos demais e nos perdemos por aí.
MANUELA:  – Mentira! Você não estava com o Isaque coisa nenhuma. Você está mentindo!
Manuela se irrita com a mentira de Emanuel, que por sua vez estoura.
EMANUEL: – Quer saber mesmo?  Eu não lhe devo explicações da minha vida, Manuela.
Emanuel dá meia volta e sai batendo a porta.
MANUELA: – Ele esconde alguma coisa, sempre escondeu!

CENA 5: MONTE VERDE, HOTEL DUMOMT, HALL, MANHÃ
Vitória encontra Emanue e percebe que ele está um pouco entristecido, chega mais perto para conversar, deduz erroneamente que ele já sabe o que havia acontecido com Eduardo.
VITÓRIA:   – Você está bem, meu amigo?
EMANUEL:    – Não muito, Vitória.
VITÓRIA: – Então suponho que você já saiba da morte do Paulo, por isso deve estar assim. A Manuela deve ter contado.
EMANUEL: – Como? – Ele se espanta. – É verdade isso, Vitória?
VITÓRIA:   – Sim, Emanuel. E o Eduardo é o principal suspeito.
EMANUEL: – Como isso foi acontecer? – Ele questiona enquanto põe a mão na cabeça.  – Não consigo acreditar! – Ele se levanta e olha para o grande espelho que estava a sua frente. – Não posso acreditar que ele tenha feito isso, foi longe demais. – Ele pensa.
Quando Vitória olha para o elevador, vê todos descendo com suas malas.
VITÓRIA:   – Nós já vamos?
RICARDO: – Sim, pois não há nada mais pra fazermos depois de tudo o que houve.
ISAQUE: – Isso tudo é inacreditável!
MANUELA:   – Eu fico com muita pena é do Denis que ficou órfão. Não sei como ele vai reagir a tudo isso.
Helena está pensando no pedido que Eduardo havia feito pra ela na noite que se  passou e fica ainda mais confusa, e sem entender absolutamente nada.

DIAS DEPOIS
CENA 6: MONTE VERDE, DELEGACIA, INTERIOR, MANHà
Eduardo perde as esperanças de alguns de seus amigos irem visitá-lo e isso o entriste e deixa com extrema raiva. Eduardo caminha pela cela onde está sozinho.
EDUARDO:   – O que Helena está a pensar de mim? Não fui eu quem fiz aquilo. Eu nunca seria capaz de tirar a vida de alguém.
O policial abre a cela, Demétrio chega trazendo notícias.
EDUARDO:   – Então, Demétrio, o que houve com o Habeas Corpus?
DEMÉTRIO:   – Eu não tenho boas notícias pra lhe dar, Eduardo!
EDUARDO:   – Diga. Diga , Demétrio!
DEMÉTRIO:   – O pedido de Habeas Copus foi negado e dentro de poucos dias você será transferido para o presídio de Rosa do Barão.
EDUARDO:   – Então quer dizer que eu vou continuar preso?
DEMÉTRIO:   – Infelizmente, sim Eduardo! Pelo menos até o julgamento que será em três meses, mas fique tranquilo, amigo, pois sua defesa está em boas mãos, e eu vou conseguir livrar você desse tormento.
EDUARDO:   – Confio minha vida à você, Demétrio.
Eduardo abraça Demétrio.

CENA 7: ROSA DO BARÃO, CASA DE AFONSO, QUARTO, INTERIOR, NOITE
Afonso está incrédulo com o que aconteceu com seu filho mais novo, estando doente, tudo se agrava ao receber tal notícia, e confia em Venâncio para defendê-lo no julgamento. Venâncio está sentado aos pés da cama de Afonso.
AFONSO:  – Eu sei que meu filho é inocente, Venâncio.
VENÂNCIO:   – Eu também sei disso, meu amigo. E tudo vai se resolver!
AFONSO:    – Vou ser obrigado a fazer uma coisa que eu não queria fazer, Venâncio. Sei que o Ricardo é o meu filho também, mas não sinto que ele esteja preparado para assumir o controle da empresa.
VENÂNCIO:  – Eu entendo, Afonso, mas ele é sua única alternativa agora. Eu o ajudarei no que for preciso.
AFONSO:   – Obrigado, Venâncio, obrigado por tudo!

CENA 8: ROSA DO BARÃO, APARTAMENTO DE ISAQUE, SALA, INTERIOR, MANHà
Isaque percebe que havia algo de errado naquela história, ainda mais pelo fato de que Paulo nunca demonstrou nada conflituoso com Eduardo. Já em seu apartamento, Isaque chama a atenção de Vitória para o que pudesse estar acontecendo.
ISAQUE:  – Você não achou tudo isso muito estranho, Vitória?
VITÓRIA:   – Achei meu amor, mas aconteceu o que aconteceu, e nada podemos fazer para mudar isso.
ISAQUE:   – Eu sei disso, Vitória, mas eu fico pensando no fato de que todos éramos amigos, não tinhamos conflito. Mas isso me pareceu estranho depois que eu ví o Ricardo com a Helena.
VITÓRIA:   – O que tem de estranho nisso, Isaque?
ISAQUE:   – Ora, Vitória! O Eduardo e a Helena viviam se encontrando as escondidas, e pelo visto parece que…
Vitória interrompe.
VITÓRIA: – Espera aí! Espera aí! Você está querendo me dizer que o Ricardo pode ter algo a ver com isso?
ISAQUE:    – Não foi isso que eu disse, Vitória!
VITÓRIA:   – Mas foi isso que eu entendí, meu amor!
ISAQUE:  – Você acha isso possível, Vitória?
VITÓRIA:    – Sinceramente, sim!

CENA 9: ROSA DO BARÃO, APARTAMENTO DE HELENA, SALA, INTERIOR, MANHÃ
Ricardo demonstra nunca imaginar que Eduardo fosse capaz de cometer tal ato, e se diz acreditar que o irmão e inocente, por isso não deixa a chance de ter Helena ao seu lado escapar. Com Eduardo preso, ele tem a oportunidade de conquistar Helena, e tudo melhora ainda mais quando Venâncio dá a notícia de que será  ele o novo presidente da empresa. Ricardo chega cedo no apartamento de Helena.
RICARDO:   – Como você está Helena? – Ele questiona enquanto se senta ao lado de Helena no sofá.
HELENA:     – Estou mal, Ricardo, pois o Eduardo me surpreendeu com tudo isso.
RICARDO:     – Você o ama, Helena?
HELENA:     – Quer mesmo saber?! Eu o amava, amava muito, mas acho que esse amor não sobrevive a tudo isso. Respondeu Helena chorando.
Ricardo pousa sua mão em cima da mão de Helena.
CONTINUA



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