POBRE CHIQUE
Web Novela de EVERTON BRITO
Escrita Por EVERTON BRITO
Colaboradores STHEFANI CLAUDINO
FAILON TEIXEIRA
Web Novela de EVERTON BRITO
Escrita Por EVERTON BRITO
Colaboradores STHEFANI CLAUDINO
FAILON TEIXEIRA
Capítulo 18
PERSONAGENS DESTE CAPÍTULO:
MARIA
TADEU
RODRIGO
DOMINIQUE
BENÍCIO
CARLOS
FERDINANDO
NÁDIA
DÉSIRÉE
BELA
ALMA
TADEU
RODRIGO
DOMINIQUE
BENÍCIO
CARLOS
FERDINANDO
NÁDIA
DÉSIRÉE
BELA
ALMA
PARTICIPAÇÕES ESPECIAIS:
LARGATA
RADIALISTA
BANDIDOS
FELIPPO
RADIALISTA
BANDIDOS
FELIPPO
CENA 01. ÔNIBUS- ESTRADA [EXT./DIA]
O Ônibus segue em alta velocidade em
direção a Blitz, os polícias, ao perceberam, jogam-se para os lados, evitando
serem atropelados, mas logo voltam a ativa, adentram no automóvel e passam e
perseguir o Ônibus. Sirenes por todos os lados. Uma perseguição acontece.
Benício se vê obrigado a realizar ultrapassagens perigosas. Alterna para
ÔNIBUS-INTERNO
BENÍCIO- (Nervoso) A gente vai acabar
causando um acidente!
LARGATA- Faz o que eu to manando, mano!
Benício, mesmo nervoso, continua a
dirigir em alta velocidade. Ele olha Largata pelo retrovisor e os outros
bandidos. Respira. Toma coragem e de súbita, joga o Ônibus para o lado com
tudo, fazendo Largata e os outros bandidos caírem e ficar sem ação. Faz baliza
e tenta ganhar tempo até que a polícia os alcance. A viatura consegue chegar ao
ponto onde estão. Benício para com o Ônibus, abre a porta e em segundos a
policia adentram, rendendo os bandidos.
POLICIAL- Mão na cabeça. Larga a arma,
larga a arma! Mão na cabeça!
LARGATA- Cê vai ver mano! Nós ainda
vamo acertar nossas contas. Vai esperando.
POLICIAL- Passa rapaz! Pra viatura que
eu quero ver você dar uma de esperto na frente do delegado.
O Policial leva os bandidos e Benício
respira, aliviado.
CENA 02. MANSÃO DE DOMINIQUE- QUARTO [INT./DIA]
Dominique sente-se acuada por Alma, que
continua a ameaçá-la com o cinto em mãos. Dominique passa a andar pelo quarto,
cuidadosa.
DOMINIQUE- Abaixa esse troço... A
senhora não pode me bater.
ALMA- Posso, ah posso sim. E sabe mais?
Eu já devia ter feito isso há tempo.
DOMINIQUE- Não... Isso não é justo, não
comigo.
ALMA- Para de se fazer de vítima que eu
te conheço muito bem, Dominique! Você forjou o seu próprio seqüestro, colocou
fogo no salão inteiro, pôs em risco a vida de toda aquela gente e sabe-se Deus
o que você mais fez pra satisfazer os seus desejos.
DOMINIQUE- Mãe...
ALMA- Chega Dominique, chega!
Alma dá uma cintada em Dominique,
seguida de várias outras. Dominique grita.
DOMINIQUE- Ah, para com isso! Para!
Chega!
Alma continua a bater em Dominique.
DOMINIQUE- (Chora/rouca) Chega...
Chega, para!
ALMA- Eu espero que você tenha tirado
algo bom disso, Dominique. Espero...
Alma larga o cinto no chão e vai
embora. Dominique fica no chão, sem ação alguma e depois de segundos, de
súbito, grita alto e em seguida chora. Deita-se no chão.
CENA 03. CLUBE- COZINHA [INT./DIA]
Maria acaba de apertar no botão do
rádio e retira o Cd de Tadeu de dentro. Ela e Nádia estão surpresas e
sorridentes.
MARIA- E aí? É ou não é cara de
sucesso?
NÁDIA- Muito, meu Deus, como que o
Tadeu não mostrou essa música pra ninguém ainda?
MARIA- Ele disse que não ficou muito
boa.
NÁDIA- Não brinca!
MARIA- Eu só sei que vou ter que
discordar dele... Quer saber? Eu tive uma idéia e se a gente levar esse Cd para
a rádio e pedir pra tocar. Ele ia tomar um susto com a música tocando.
NÁDIA- Mas nesse meio competitivo é bem
capaz da música não fazer esse sucesso todo que a gente espera.
MARIA- Bom se isso, por acaso acontecer,
pelo menos a gente vai ter tentado.
NÁDIA- Você tem razão, quer saber?
Depois do expediente você passa aqui e vamos juntas, ok?
MARIA- Ok.
As duas se mostram empolgadas. Maria
morde os lábios.
CENA 04. HOTEL APPLAUSE- QUARTO DÉSIREÉE
[INT./TARDE]
Bela e Désirée acabam de adentrar no
quarto discutindo.
DÉSIRÉE- Não me lembro de ter te
convidado para entrar.
BELA- Você não banque a egípcia! Sabe
muito bem por qual motivo estou aqui.
DÉSIRÉE- Sinceramente eu não sei.
BELA- Ah, não? Mas não tem problema, eu
faço questão de te lembrar.
DÉSIRÉE- Não precisa! Já te disse que
eu não quero ouvir.
BELA- Um dia iríamos ter que conversar
sobre isso mesmo. Acorda Désirée, não pode viver pra sempre nesse seu casulo
cor de rosa, achando que não e nunca vai acontecer nada.
DÉSIRÉE- Eu prefiro viver nesse meu
casulo cor de rosa do que ter que relembrar coisas das quais me causam dor,
Isabela Benedita.
= = FLASHBACK ON = =
RUA. / BECO. / EXT. / NOITE.
Desirée e Bela discutem em um beco,
Chove muito.
DESIRRE– (Grita) O Felippo é o grande
amor da minha vida. Ele vai ficar comigo.
BELA– Você está usando essa desculpa,
para começar uma discussão comigo.
DESIRRÉE – O cara usou você, e você
ainda quer ficar com ele.
BELA- (Grita) Por que eu amo ele!
DESIRRÉ – Isso não é um jogo. Onde nós
teremos que disputar o amor do Felippo.
BELA – Isso é outra história. O fato é
que ele está ficando com nos duas.
DESIRÉ – Felippo é o meu
namorado.
BELA – Você está ultrapassando todos os
limites, Desirée. DESIRÉE – E você também. Quando disse que está com o Felippo,
mesmo ele estando comigo.
BELA – Enquanto eu estiver com ele, ele
será apenas meu e de mais ninguém.
Bela virasse para ir embora, quando
Desirée, pega uma pedra pequena do chão e joga nas costas dela.
BELA– Por que você fez isso?
DESIRÉE – Eu não vou aceitar sair como
uma fracassada nessa discussão.
BELA – Você sabe que na prática, você
não serve para o Felippo.
DESIRÉE – Você pode estar com ele, mas
é a mim que ele ama. Ou não me chamo Desirée. Caia na real, Bela. Você precisa
ter classe para poder namorar o Felippo. Assim, como eu tenho classe. E ele só
vai te usar e vai te deixar. Por que você não serve para nada.
BELA – Cala a boca, Piranha!
DESIRÉE – Cala boca você.
BELLA – Não!
Bela dá uma tapa na cara de Desirée. As
duas começam a brigar. Desirée dá socos e tapas em Bela. Bela por sua vez,
consegue reverter à situação, e dá umas boas bofetadas em Desirée. Puxões de
cabelos, arranhões. Subitamente a buzina de um carro soa e uma colisão pode ser
escutada. As duas param a briga. Um corpo é jogado na pista. As duas
entreolham-se e correm até o corpo, o carro sai na maior velocidade. Olham e
notam que é Felippo, o mesmo tinha sido atropelado ao atravessar a
pista.
DESIRÉE- Felippo, meu amor! Fala
comigo.
BELA– Acorda Felippo!
Felippo continua sem responder. As duas
ficam sentadas no chão, tentando reanimá-lo.
= = FLASHBACK OFF = =
DÉSIRÉE- Nenhuma de nós teve culpa do
que aconteceu.
BELA- Não mesmo, mas você teve que se
intitular de culpada quando ligou para a polícia de Paris e alegou que eu
estava lá ilegalmente, quando eu e você tínhamos ido juntas pra lá! Eu acabei
sendo deportada. Nunca me senti tão humilhada na minha vida. Éramos amigas e
você fez questão de estragar isso.
DÉSIRÉE- Eu estava com raiva de você e
não vem se fazer de santinha, não. Como pôde pegar o meu namorado?
BELA- Eu não fazia idéia de que o
Felippo era seu namorado.
DÉSIRÉE- Mas quando descobriu também
não largou do osso, né?
BELA- Eu amava o Felippo, você só
estava com ele por puro capricho.
DÉSIRÉE- Como assim capricho?! Eu
também o amava, mais do que você, aliás.
BELA- Se toca Désirée, eu sei muito
bem, eu ouvi você dizer, se gabando que ele vinha de uma família real
britânica.
DÉSIRÉE- Não estava com ele por conta
disso, você... (se contém), você é uma ordinária!
BELA- Olha lá, heim? Olha lá! Você não
me provoca se não a ordinária aqui senta mão na tua cara!
DÉSIRÉE- Atreva-se para você ver se eu
fico por baixo, posso sair roxa, mas você sai toda rasgada!
BELA- Eu não vou ficar aqui discutindo
com você. Eu tenho um concurso pra vencer, sabe?
Bela vira-se e sai andando.
DÉSIRÉE- Boa sorte, mas faz isso longe
do Benício.
BELA- Resta saber se ele vai fazer isso
longe de mim.
DÉSIRÉE- Vamos ter um filho.
BELA- Negativo você vai! Isso é só um
contrato. Eu li na internet e mesmo que não fosse filho não prende homem!
Bela sai e bate à porta, Désirée joga
um vaso contra a mesmo. Respira e senta-se no sofá.
DÉSIRÉE- Ai, meu vaso sagrado chinês.
Respira outra vez.
CENA 05. QUIOSQUE [INT./TARDE]
Rodrigo toma uma água de coco no
quiosque, sentado numa mesa. O sol do fim de tarde ilumina o local. Várias
pessoas passam correndo ou caminho pela praia. Ele observa todas essas pessoas.
RODRIGO- Eu não posso ficar sozinho,
não quero... Ninguém pode me deixar assim. Eu sou Rodrigo Alarisse. Quem elas
pensam que são? Maria, Dominique... E o que mais? Duas estúpidas e idiotas. Não
sabem o que estão perdendo. E ainda tem aquele garçom, Tadeu...
Rodrigo se lembra da cena de Maria e
Tadeu na entrada do Clube hoje mais cedo.
RODRIGO- Eu não vou perder para um
garçonzinho de quinta, mas não vou mesmo!
Rodrigo paga a conta e pega a chave do
carro. Sai.
CENA 06. RÁDIO DA CIDADE [INT./NOITE]
Maria e Nádia acabam de chegar à rádio
da cidade e se dirigem à recepcionista.
MARIA- Oi, tudo bem?
RECEPCIONISTA- Boa noite.
MARIA- Nós gostaríamos de falar com o
locutor dos sucessos da meia-noite. É importante.
RECEPCIONISTA- Espera um pouco eu te vi
na televisão. Você não é aquela moça que está naquele concurso de moda?
MARIA- Sou eu mesma.
NÁDIA- Moça, por favor, é muito
importante.
RECEPCIONISTA- Olha, eu não posso
deixar vocês entrarem, não estou autorizada, mas... Eu por um acaso, eu posso
ter deixado essa pasta cair no chão...
MARIA- E nós por um acaso, passamos sem
que você tenha visto.
A Recepcionista deixa a pasta cair no
chão e se abaixa para pegar, Maria e Nádia se apressam e saem correndo e chegam
à sala de transmissão da rádio. Maria bate no vidro. O radialista tira o fone e
vai até elas.
RADIALISTA- Pois não?
Maria tira de dentro da bolsa o Cd de
Tadeu.
MARIA- Moço, essa música vai ser
sucesso na certa, se o senhor tocar, eu/
O radialista apanha o Cd.
RAIALISTA- Pode deixar eu toco sim.
MARIA- Ai jura?
RADIALISTA- Sim.
NÁDIA- Obrigada moça, muito obrigada.
RADIALISTA- Imagina, estamos sempre
abertos ao novo... Bom, agora eu tenho que voltar que daqui a pouco eu entro
novamente.
MARIA- Mais uma vez, muito obrigado.
RADIALISTA- Não há de que.
Maria sorri e sai com Nádia. O
Radialista adentra na sala, da qual se encontra o homem que cuida do som.
HOMEM- O que elas queriam?
RADIALISTA- Mais loucas querendo
alcançar o sucesso, como se fosse fácil assim.
O radialista joga o Cd de Tadeu numa
caixa, junto com tantos outros de cantores desconhecidos.
CENA 07. CLUBE- ENTRADA [INT./NOITE]
Tadeu acaba de sair do trabalho com uma
mochila nas costas, mais para frente vemos Rodrigo, a espreita dentro do carro.
Vê Tadeu e se apressa para sair de dentro do carro. Segue andando em sua
direção.
RODRIGO- Ei, você!
Tadeu olha e estranha, Rodrigo, ao chegar
perto, lhe acerta um soco. Tadeu vai ao chão.
RODRIGO- Eu sei o que você está
tentando! Você está tentando me destruir, tomar tudo que é meu, mas você não
vai conseguir!
TADEU- Ficou maluco?
RODRIGO- Eu vou acabar com você antes!
Rodrigo tenta pegar Tadeu, mas este é
mais rápido e se levanta. Rodrigo vai atrás e recebe um soco.
TADEU- Eu não vou mais levar desaforo
pra casa, não de você!
E Tadeu lhe acerta outro soco. Rodrigo
se enfurece e parte pra cima de Tadeu. Os dois vão ao chão. Tadeu fica por cima
de Rodrigo e lhe acerta vários socos.
RODRIGO- Seu idiota!
TADEU- Agora o idiota só vai sair de
cima de você, quando eu acertar tudo que está entalado na minha garganta há
anos!
E lhe dá outro soco.
TADEU- Aquelas humilhações todas na
cozinha no Clube.
Acerta nele outro soco.
TADEU- Por ter destruído os meus sonhos
e roubado eles pra você!
Outro. Em Rodrigo, já com o rosto roxo
e o nariz sangrando.
TADEU- Por ter usado as pessoas, como a
Maria, lembra?
Tadeu dá outro soco, com mais força
dessa vez.
TADEU- Sabe aquela música “A Cada Dez
Palavras”? É... Aquela que você canta e faz sucesso na sua voz! Acho que você
não se deu ao trabalho de perguntar quem tinha escrito né? Pois é... Fui eu! A
música é minha, seu idiota!
Tadeu terminha lhe dando mais dois
socos, um de cada lado. Sai de cima de Rodrigo e se prepara para sair, mais é
surpreendido pelo mesmo que agarra em seu pé e o faz cair. Rodrigo fica por
cima de Tadeu e agarra um pedaço de madeira que estava um pouco mais a frente
dele. Tenta meter em Tadeu, que se esquiva e a madeira acaba quebrando no chão
mesmo.
Alterna para um carro
acabando de estacionar, dentro se encontra Dominique, ela olha pela janela e vê
Rodrigo por cima de Tadeu. Ela tira o cinto e rapidamente corre até onde os
dois se encontram. Grita.
DOMINIQUE- Para! Socorro! Alguém ajuda!
[ABERTURA]
Dominique empurra Rodrigo e Tadeu se
levanta. Rodrigo iria para cima de Tadeu novamente, mas Dominique entra no meio
e o empurra.
RODRIGO- Para Dominique! Não precisa se
preocupar comigo, eu sei muito bem/
E é interrompido por uma tapa que
Dominique acerta em seu rosto.
RODRIGO- Ficou maluca?
DOMINIQUE- Maluca eu tava quando
namorei você!
Os seguranças chegam.
DOMINIQUE- Leva ele daqui!
Os seguranças agarram Rodrigo.
RODRIGO- O que é isso? Me soltem? Vocês
não estão vendo o meu estado?
DOMINIQUE- Ou sai por bem, ou sai por
mal!
RODRIGO- Me solta que eu sei o
caminho... E oh, vai ter troco, garçonzinho.
TADEU- Vai em frente, palhaço!
Rodrigo sai. Dominique respira e olha
para Tadeu.
TADEU- Obrigado. Se não fosse você eu
não sei o que teria acontecido.
DOMINIQUE- Se não fosse eu acho que
nada disso teria acontecido.
Tadeu sorri timidamente e sem graça, em
seguida vai embora. Dominique sorri convencida e faz o mesmo.
CENA 08. APARTAMENTO DE MARTA [INT./NOITE]
Bela, Ferdinando, Marta, Lucas e Maria
encontram em volta de uma mesa cheia de tecidos. Eles conversam.
BELA- Então a gente faz esses dois
modelos e pronto.
FERDINANDO- É eu acho que ficaria bem.
BELA- Só não vai dar para acabar tudo
hoje à noite.
FERDINANDO- Eu vou ficar acordado e
adiantar tudo. Preciso concentrar meus pensamentos em alguma coisa.
BELA- Enfim... Vamos começar!
Bela joga um tecido sobre a tela. Uma
seqüência de cenas é mostrada na tela, indicado que o tempo está se
passando. Mostrando o cotidiano dos personagens, como Carlos, empolgado
com os preparativos do casamento, Maria provando diversos vestidos e
fotografando para o concurso, junto com Dominique, tentando ofuscá-la. Tadeu e
Nádia trabalhando no Clube. Ferdinando vendo Carlos e sua noiva felizes,
juntos. Rodrigo tentando reconquistar Dominique e Maria. Ferdinando, no
shopping e vê Carlos e sua noiva escolhendo coisas para provavelmente sua nova
casa.
CENA 09. CLUBE- ESTACIONAMENTO [EXT./DIA]
Rodrigo acaba de adentrar no
estacionamento, disfarçado. Usa roupas surradas, boné e uns óculos escuros.
Aproxima-se da van de Tadeu. Carrega consigo dois litros de água. Abre o tanque
de gasolina. Olha para os lados. Certifica-se de que não há ninguém. E despeja
os dois litros de água no tanque da Van. Acaba e vai embora.
CENA 10. CLUBE [INT./DIA]
Carlos está frente a um espelho
ajeitando a gravata. Está preparado para o seu casamento hoje. Ajeita o cabelo.
Pega o paletó e sai.
CENA 11. CLUBE- ESTACIONAMENTO [EXT./DIA]
Carlos se encontra com o capô do carro
aberto, preocupado.
CARLOS- Droga! E agora?
Seu carro havia enguiçado e ela não
sabia como concertar. Tadeu vem andando, com uma mochila nas costas.
TADEU- Ué, você não devia estar no seu
casamento?
CARLOS- Devia, mas esse carro resolveu
enguiçar justo agora. Não dá pra chegar lá de Ônibus.
Tadeu tira do bolso a chave da van e
entrega a Carlos.
TADEU- Pode ir com a Van. Ela velha,
mas funciona que é uma beleza.
CARLOS- Não, eu não posso e você vai de
que pra casa?
TADEU- Eu andei a minha vida toda de
metrô. Pega a chave, cara e oh, corre heim, geralmente é a noiva que atrasa.
CARLOS- (Sorri) Valeu.
Ele joga a chave pra cima e corre em
direção a van. Tadeu se vai.
CENA 12. IGREJA- ENTRADA [EXT./DIA]
SONOPLASTIA: Fernanda Costa- Chame o Juíz.
Ferdinando acaba de chegar à igreja.
Muitas pessoas ainda do lado de fora. Ele hesita em entrar e observa o altar,
as pessoas e o padre, já se preparando. Adentra. Senta-se no último
banco.
CENA 13. ESTRADA [EXT./DIA]
Carlos encontra-se dirigindo a van em direção à
igreja, onde acorrerá seu casamento. Ele ouve música da cena anterior, enquanto
dirige.
CARLOS- (Sorri) Estamos chegando.
Ele olha no celular e ver que está atrasado.
CARLOS – Eu estou atrasado. Tomara que não pegue
nenhum trânsito daqui pra lá.
Carlos pisa fundo no volante da Van, a mesma vai
diminuindo a velocidade mesmo ele pisando fundo, até que para completamente no
meio da pista. Ele gira a chave, mas a van não retorna.
CARLOS – E agora? Eu tenho que fazer alguma coisa.
Meu Deus do céu, não me dá um susto desses, por favor. Não agora. Pega, pega...
E gira a chave diversas vezes. Tira-a e quando vai
tentar novamente, a mesma cai. Ele abaixa-se para pegar novamente. Um caminhão
desgovernado vem em alta velocidade na direção da Van. Nota-se que o motorista
está sonolento.
Carlos alcança a chave. Levanta-se e
numa fração de segundo é atingido pelo caminhão, que joga a van e a faz capotar
diversas vezes na pista. O motorista acorda com o susto e tenta retomar o
controle, mas acaba arrastando a van na pista até que consegue parar. Foco na
van, completamente destruída e em Carlos gravemente ferido dentro dela.
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