uma webnovela de JAIR VARGAS
produção de LABIRINTO RADICAL
SEMANAS DEPOIS...
CENA 1: OURO VERMELHO | MANSÃO REAL LIMA | EXTERIOR | MANHÃ
Taís caminha pelo enorme jardim que há nos fundos da mansão de sua vó. Já fazem muitos dias que ela chegou. Pensativa, continua a caminhar. Taís para e fica olhando com grande fascínio para as plantas que fazem parte do Jardim de sua vó, ela então se pega tocando em uma das rosas, de repente algumas lágrimas caem. Mergulhada na emoção, não percebe a presença de Heitor que chega devagar e a abraça com um imensurável carinho. Heitor olha nos olhos de Taís e percebe que ela estava chorando.
HEITOR: – O que houve? – Pergunta, preocupado ao vê-la desse jeito.
TAÍS: – Não houve nada demais, Heitor… somente estava andando por aqui quando essa vontade de chorar veio forte então não pude me conter. – Responde, colocando a cabeça no ombro dele.
HEITOR: – Sua avó me disse que toda manhã agora você vem para cá e que mesmo não querendo contar o que se passa, ela sente que há algo para ser dito… ela se preocupa com você, assim como eu. – Comenta, beijando a testa dela.
Taís sai do abraço de Heitor e volta a olhar para a roseira que está florida.
Taís sai do abraço de Heitor e volta a olhar para a roseira que está florida.
TAÍS: – Eu me sinto culpada, me sinto culpada pelo que aconteceu com a Ariana. De certa forma eu tomei o lugar dela aqui mesmo sem querer. – Diz demostrando uma certa aflição.
Heitor volta a abraçá-la calorosamente, fazendo com que ela olhe novamente nos olhos dele.
Heitor volta a abraçá-la calorosamente, fazendo com que ela olhe novamente nos olhos dele.
HEITOR: – Você não tem culpa alguma, Taís. Você não é responsável pelos atos da Ariana, não mesmo. – Diz, afagando os cabelos os cabelos dela. – Você merece ser feliz, ouviu? E eu a farei feliz. – Ele a beija com muita paixão.
CENA 2: OURO VERMELHO | EDIFÍCIO LEAL | APARTAMENTO DE ARIANA | SALA | INTERIOR | MANHÃ
Ariana está próxima da janela olhando para fora, uma visão privilegiada para um dos parques mais bonito da cidade. Seu olhar é completamente duro, parecendo não haver qualquer resquício de bondade.
ARIANA: – Minha vó teve a ousadia de me expulsar de casa, de deixar aquela bastarda no meu lugar, pois então agora aguente as consequências e eu não vou deixar barato isso tudo. – Comenta, voltando o olhar para o homem que está sentado em um dia sofás, ele é Vitório.
VITÓRIO: – Agradeça que sua vó não a denunciou, meu amor… poderia ser bem pior, com certeza. – Diz, observando Ariana caminhar até ele.
ARIANA: – Agradecer? Agradecer o que? Agradecer o fato dela ter me dado uma mísera parte em vez de ter me dado tudo o que eu tinha direito, Vitório? Eu não sou mulher de me contentar com pouco, não fui criada assim e não é por uma bastarda infeliz ter aparecido que vou mudar meu modo de viver… aquilo tudo é meu, somente meu e de mais ninguém. – Afirma, colocando as mãos no ombro de Vitório, que por sua vez percebe algo.
VITÓRIO: – O que você tem em mente? – Pergunta, intrigado com a conversa de Ariana.
Ariana beija Vitório antes de responder, ela dá a volta e se acomoda ao lado dele no sofá. Ariana abre um grandioso sorriso.
Ariana beija Vitório antes de responder, ela dá a volta e se acomoda ao lado dele no sofá. Ariana abre um grandioso sorriso.
ARIANA: – Ela já está indo mesmo, não custa nada dar uma pequena ajudinha pra que isso aconteça de uma vez. – Responde, fazendo Vitório arregalar os olhos mais uma vez.
CENA 3: OURO VERMELHO | CONDOMÍNIO CONSTELAÇÃO | APARTAMENTO DE HEITOR | QUARTO DE RODRIGO | INTERIOR | MANHÃ
A cortina da janela se esparrama com o vento, a porta do banheiro se abre, Bernardo entra no quarto no mesmo momento em que Rodrigo sai do banheiro enrolado em uma toalha.
RODRIGO: – O que ele disse? – Pergunta transparecendo uma grande preocupação enquanto caminha até Bernardo que ficara imóvel próximo da porta.
BERNARDO: – Disse apenas que somos muito mais que bem-vindos na companhia dele, Rodrigo. – Responde, abrindo um grandioso sorriso e seguindo até Rodrigo.
Ambos se beijam, um beijo carregado de muito amor e um certo alívio.
Ambos se beijam, um beijo carregado de muito amor e um certo alívio.
RODRIGO: – Eu disse à você que nesse mundo existe pessoas boas, Bernardo. – Afirma entre os beijos. – Eu só tenho a agradecer por isso.
BERNARDO: – Você disse mesmo. Eu confesso que achei não ser mais possível conseguir um emprego na mesma área que trabalhávamos. Nossa vida mudou um bocado nas últimas semanas. – Diz, pensativo. – Mas eu não me arrependo nem um pouco de estar ao seu lado, de ter você do meu lado. – Continua, abraçando Rodrigo com um pouco mais se força. – Eu amo você. – Eles se beijam demoradamente, comemorando o fato de terem conseguido outro emprego após perderem o antigo depois dos patrões ficarem sabendo da relação que um mantinha com o outro.
CENA 4: VIDEIRA | ZONA RURAL | SÍTIO | CASA | INTERIOR | MANHÃ
Um homem deitado em uma cama, alguns ferimentos provavelmente provocados por balas, mas que já cicatrizam. Uma senhora já de idade ao lado da cama passa um pano molhado sobre algumas outras feridas, sempre fechando os olhos e pedindo em pensamentos para que o sujeito ali deitado se recupere rapidamente. De repente o homem abre os olhos, respirando profundamente, ele encara a senhora com um olhar bastante perdido.
CENA 5: OURO VERMELHO | MANSÃO REAL LIMA | SALA | INTERIOR | FIM DA MANHÃ
Heitor e Taís entram na sala sorridentes e se beijando, momento em que Ariana vem da cozinha com um sorriso grandioso. Eles param diante dela. Taís se assusta ao ver Nilza caída próxima da escada, ela corre até a avó, e volta seu olhar para Ariana, que por sua vez alterna em olhar para a irmã e para Heitor. A imagem se congela, logo se parte em diversos pedaços com o surgimento de uma serpente vermelha.
CONTINUA
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