uma webnovela de JAIR VARGAS
produção de LABIRINTO RADICAL
CENA 1: OURO VERMELHO | CONDOMÍNIO CONSTELAÇÃO | APARTAMENTO DE HEITOR | INTERIOR | TARDE
Heitor se levanta. Rodrigo acompanha o irmão somente com os olhos, parece bastante intrigado com o entusiasmo do irmão. Heitor segue até a janela, ele olha para fora com muita insistência.
HEITOR: – Finalmente eu vou poder dar uma excelente notícia à Dona Nilza. – Comenta, voltando o olhar para o irmão.
RODRIGO: – Quem você encontrou, meu irmão? – Pergunta, curioso para saber qual o motivo de tanto entusiasmo.
HEITOR: – Uma longa história, Rodrigo… uma longa história. – Responde, pensativo. – algo que vai mexer com a vida de algumas pessoas. – Conclui, voltando o olhar para a janela.
CENA 2: OURO VERMELHO | TARDE
Aviões pousam no aeroporto principal da cidade. Ônibus saem da rodoviária. O movimento de veículos já não é tão intenso. Em frente a construtora Real Lima, um carro branco estaciona, o vidro da porta traseira é abaixado lentamente, é possível ver um homem de óculos escuros e ao seu lado está Nilza.
CENA 3: OURO VERMELHO | CONSTRUTORA REAL LIMA | INTERIOR | TARDE
Nilza caminha pela construtora que ajudou a fundar, ao seu lado está um homem de meia idade que retira os óculos que usa assim que a porta do elevador se abre. Nilza ainda segue calada, assim como o homem que a acompanha. Ela entra em uma grande sala, logo avista Ariana sentada na cadeira da presidência.
NILZA: – Como estão as coisas por aqui? – Pergunta, entrando e se sentando em uma das diversas poltronas da sala. Ariana se limita a levantar o olhar então fica surpresa ao ver o homem que também entrou na sala com sua avó. Ela se levanta, dá a volta na mesa e olha para o homem, logo para a avó.
ARIANA: – O que ele está fazendo aqui, vó? – Pergunta visivelmente incomodada com a presença do outro.
NILZA: – Ele é meu advogado, Ariana… e agora preciso dele, por isso o trouxe. – Responde sem se alterar.
ARIANA: – Como assim precisa dele, vó?! – Indaga se aproximando de Nilza, desconfiando mais ainda do que sua vó possa estar planejando. – Há mais alguma coisa que eu não saiba e que a senhora quer me dizer? – Pergunta insinuando uma verdade que já tem conhecimento. O homem se coloca entre Nilza e Ariana.
OLAVO: – Sua vó quer apenas lhe deixar à par de tudo, Ariana… não se altere com ela. – Pede, olhando de forma séria para a neta de sua cliente.
CENA 4: VIDEIRA | TARDE
Os pássaros voam pelo céu de Videira. As pequenas lojas estão funcionando à todo vapor. A praça da cidade está vazia, assim também como seu entorno. Próximo da floricultura na qual Taís trabalha tem um carro preto parado, alguém parece observar com muita atenção todo o movimento.
CENA 5: VIDEIRA | FLORICULTURA BELA FLOR | INTERIOR | TARDE
Taís com seu jeito amoroso e único ajeita as belas mudas e também as flores que fazem parte de todo o estoque da loja, ela canta baixinho enquanto organiza tudo, esperando o próximo cliente. De repente o sino que fica na porta toca alertando que alguém entrou, Taís se vira, ficando de frente para Ricardo, ela deixa um vaso cair com o susto que leva.
TAÍS: – Você tem que parar com isso, Ricardo. – Diz se abaixando para catar os pedaços do vaso.
RICARDO: – Parar com o que, Taís? – Pergunta se fazendo de desentendido. – Deixe eu ajudar você. – Ele também se abaixa, começando a juntar partes do vaso.
TAÍS: – Se eu não conhecesse você tão bem, diria que está tentando descobrir algo. – Comenta, se levantando com o que recolheu do que se quebrou. Ricardo também se levanta, logo faz Taís parar quando toca em seu braço.
RICARDO: – E se fosse isso, Taís? Quem ama cuida. – Indaga, abrindo um pequeno sorriso. Taís se vira por completo, encarando Ricardo que por sua vez ainda mantêm o sorriso.
TAÍS: – Frases feitas nunca foi coisa sua, Ricardo. – Afirma, intrigada. – E eu vi você mais cedo parado olhando para cá. – Revela deixando ele acuado. – E não que eu deva satisfação da minha vida pra você, mas o que viu foi apenas um abraço de amigos. – Diz, deixando Ricardo sem reação.
CENA 6: OURO VERMELHO | CONSTRUTORA REAL LIMA | INTERIOR | TARDE
Ariana está sozinha em sua sala tentando digerir tudo o que foi dito por sua vó Nilza. Ela olha para o telefone sobre a mesa e fica ainda mais pensativa.
ARIANA: – Tenho que agir antes que seja tarde, antes que seja tarde demais! – Diz, irritada. – Não vou deixar que uma bastarda ocupe meu lugar.
Ariana pega o telefone, a imagem congela no ato, logo ela se parte em diversos pedaços com o surgimento de uma serpente vermelha.
CONTINUA
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