Capítulo 08
NO CAPÍTULO ANTERIOR...
“NANÁ: —Eu
estava muito feliz com Jorge, mas ele fez algo que nunca imaginei que pudesse
fazer: me bater.
A mulher mostrou
os hematomas às filhas, que ficam horrorizadas.”
“SUSANA:
—Deixarei esta foto na casa da panaca, e ela vai poder provar ao gatinho aqui,
quando ele a procurar, que realmente foi traída por ele.”
“Com
muita avidez, no ônibus, Jardel ligou para Róbert, e avisAou que já estava a
caminho. Algumas horas depois, o garoto desembarcou em Paraipaba, e Róbert já
estava a sua espera.”
“No dia
seguinte, na manhã de domingo, alguém bateu na porta da casa de Nanda: era
Murilo.”
FIQUE AGORA COM O CAPÍTULO DE HOJE
CENA 1. CASA DE NANDA. SALA. INTERIOR. DIA.
NANDA (IRRITADA): —O que você quer aqui? — perguntou a moça.
MURILO: —Precisamos esclarecer as coisas, eu juro que não me
lembro de nada e muito menos que estive com aquela mulher. Não sei como aquela
foto foi tirada.
NANDA: —Não seja cínico!
MURILO: —Eu só lembro que eu estava com aquela sua amiga, a
Susana, num barzinho perto do meu apartamento, estávamos conversando sobre uma
surpresa que ela pretendia fazer a você, depois eu apaguei, e quando acordei,
estava nu, na minha cama, e sozinho. — Disse Murilo.
NANDA: —Que desculpa hein, parabéns, mas a mim você não engana
mais. Eu vi você pelado dormindo, e a Raquel me falou que o caso de vocês é
antigo e que você não terminava comigo por dó.
MURILO: —Nanda, isso não faz sentido!
Nanda não quis mais ouvir o que o homem tinha a dizer e bateu a
porta na cara dele. Sem saber o que fazer, Murilo decidiu procurar Susana.
CENA 2. PARAIPABA. CASA DE RÓBERT. QUARTO. INTERIOR.
DIA.
Eram nove e meia da manhã, quando Jardel acordou e ficou olhando o
local onde dormiu, ele nem acreditava que estava ali, perto do seu amado. Ele
então saiu da rede, pois tinha dormido na sala, e foi ao quarto de Róbert, que
dormia profundamente. Jardel o observou e disse:
JARDEL (DIZENDO A SI MESMO): —Como ele é lindo! Eu nem acredito
que um cara tão lindo possa me amar de verdade!
Lúcia, a mãe de Róbert, não estava em casa. Este então abriu os
olhos e viu Jardel.
RÓBERT (BOCEJANDO): —Bom dia
JARDEL (SORRINDO): —Bom dia!
RÓBERT: —A mãe deve ter ido à feira.
JARDEL: —Pois é, estamos sozinhos.
Os dois então foram fazer café da manhã. Róbert fez bruaca e café.
À tarde, Murilo foi à casa de Susana, e pediu para que ela
explicasse o que aconteceu na noite em que se viram.
CENA 3. CASA DE SUSANA. SALA. INTERIOR. DIA.
MURILO: —Susana, eu sei que você é minha amiga, assim como também
é da minha noiva, e vai me ajudar. Preciso que me diga o que aconteceu naquele
dia em que nos vimos!
SUSANA: —Claro! Conversamos sobre a surpresa que eu ia fazer à
minha amiga. Enquanto conversávamos, você atendeu um telefonema e eu e fui ao
banheiro. Quando voltei, você já tinha saído.
MURILO: —Mas eu não lembro quando saí. Eu atendi aquele
telefonema, que no caso era engano, e após isso me deu uma sonolência e acho
que baixei a cabeça na mesa e apaguei.
Entristecido, ele ficou cabisbaixo e Susana o consolou. Depois, ao
chegar em sua casa, Murilo viu a mãe.
CENA 4. APÊ DE MURILO. SALA. INTERIOR. DIA.
REGINA: — Filho, estive pensando, e queria que você convidasse
aquela moça, amiga de sua ex-namorada, para vir jantar conosco qualquer dia.
Murilo não respondeu e foi para o quarto. Nanda não parava de
chorar, quando Susana chegou.
CENA 5. CASA DE NANDA. SALA. INTERIOR. DIA.
SUSANA: —Nanda, me sinto obrigada a te explicar tudo o que
aconteceu naquele dia!
A moça parou de chorar e a amiga continuou o que ia dizer.
SUSANA: — Eu preparava uma surpresa pra você, pois você sabe que
eu te gosto muito e o que mais quero é vê-la feliz. Então convidei o Murilo
para participar da elaboração da surpresa. Fomos a um barzinho perto do
apartamento dele e conversamos. Depois ele atendeu uma ligação, e eu aproveitei
o momento e fui ao banheiro. Quando voltei, ele já não estava mais lá.
Ao ouvir isso, Nanda voltou a chorar e a “amiga” a abraçou.
À noite, Róbert levou Jardel para conhecer a cidade. Foram à praça
da matriz, sorveteria, parque e outros locais.
CENA 6. PARAIPABA. PRAÇA DA MATRIZ. NOITE.
RÓBERT: —Sabe Jardel, meu primeiro amor foi uma garota que mora
aqui mesmo em Paraipaba. Até hoje às vezes me pego lembrando dela.
JARDEL (ESTRANHANDO): —Sério? Pensei que você fosse gay!
RÓBERT: —Eu me considero bissexual, e gosto realmente muito dela.
Não deu certo o nosso namoro, mas às vezes ainda penso numa possível volta com
ela, ainda tenho muita atração por ela.
JARDEL: —Nossa Róbert, que revelação bombástica. Eu achei que você
só gostava de mim no momento.
RÓBERT (SORRINDO): —Deixa de ser bobo, são só coisas que passam
pela minha cabeça. O que tiver que ser, será!
Quase dez horas da noite eles voltaram para casa e após Lúcia
dormir, os dois se amaram.
CENA 7. PARAIPABA. AGÊNCIA DE VIAGENS. INTERIOR. DIA.
No dia seguinte, às quatro e meia da manhã, Róbert acordou Jardel,
já era hora do garoto ir embora. Eles foram juntos à agência de transportes.
Jardel ficou desanimado com a volta. Antes de entrar no ônibus, o garoto tirou
uma pulseira do braço e entregou ao rapaz.
JARDEL: —Guarda essa pulseira contigo! Não sabemos quando
voltaremos a nos ver. Lembrará de mim quando olhar para a pulseira.
O ônibus então saiu.
CENA 8. INTERIOR DO ÔNIBUS. DIA.
Jardel começou a chorar. O cobrador pediu sua passagem e o
informou que ele havia embarcado no ônibus errado.
CENA 9. NO MEIO DO NADA. DIA.
Jardel desceu do ônibus e esperou o outro passar. Não demorou
muito, e o ônibus com destino a Itapipoca passou e o garoto embarcou.
Dois dias se passaram. Numa tarde de quarta-feira, Jardel ligou
para Róbert.
CENA 10. CASA DE JARDEL. QUARTO. INTERIOR. DIA.
RÓBERT: Alô!
JARDEL: —Oi meu amor, como você está?
RÓBERT: —Estou bem e você?
JARDEL: —Melhor agora falando com você. Eu estou com muita
saudade. Espero poder ir novamente à sua casa.
Róbert ficou alguns segundos em silêncio, depois disse algo.
RÓBERT: —Jardel, preciso te dizer algo muito importante, não sei
se é bom ou ruim pra você.
O garoto ficou receoso.
CENAS DO PRÓXIMO CAPÍTULO
“Jardel contou
para as amigas o que aconteceu, sobre o que Róbert havia dito.
JOSIANE: —Sai
dessa, amigo! Ele não quer mais nada com você, tá na cara. Essa história que
ele falou não faz o menor sentido.
JARDEL: —Mas eu
o amo, e sei que logo ele vai perceber que é a mim que ele ama. Eu confio nele.
Ele só está precisando de um tempo.”
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