UM
AMOR
DE
CHOCOLATE
CAPÍTULO
012.
CENA 01 / CASA DE JACKES / INTERIOR / SALA / DIA.
(Jackes fica olhando em direção a porta)
Jezebel: O que tanto olha para esta porta?
Jackes: Estou esperando para ver se a Ana Francisca aceitou ou não vim
morar aqui.
(Jezebel chama Olga no canto)
Jezebel: O seu pai quer que você e sua nova irmã bastarda se dêem bem.
Então quero pedir que pelo menos finja estar gostando dela.
Olga: Está bem, irei fingir ser amiga dela.
(Ana Francisca chega)
Jackes: Que bom que você veio minha querida!
Olga: Olá Ana!
Ana Francisca: Oi olga.
Jackes: Vem tomar café da manhã com agente!
(Todos a mesa)
Jezebel: Então Ana Francisca, está gostando de Ventura?
Ana Francisca: Sim.
Jackes: Depois eu e sua irmã iremos lhe mostrar a fábrica de chocolates.
Ana Francisca: Eu sempre quis conhecer a famosa fábrica de chocolates
bom bom.
Jackes: Tem que conhecer mesmo, afinal você e sua irmã irão a herdar um
dia.
CENA 02 / SÍTIO DE LAURINDA / INTERIOR / SALA / DIA.
Laurinda: Num sei se foi boa idéia a Aninha ir morar mais o pai dela.
Bernardo: Porque?
Laurinda: Causo de que aquela moça sempre destratou ela, e aquela muié
nojenta da Jezeber também não é fror que se cheire.
Bernardo: Más tenho certeza que o pai dela não deixará que isto
aconteça.
Laurinda: Assim eu espero.
CENA 03 / FÁBRICA DE CHOCOLATES / INTERIOR / DIA.
(Jackes, Olga e Ana Francisca visitam as instalações da fábrica)
Jackes: Minhas filhas, vocês não sabem o quanto eu estou feliz por vocês
estarem se dando bem.
Olga: Somos como duas irmãs criadas juntas, não nos separamos mas. E o
que passou, já passou. A partir de hoje somos amigas e irmãs.
Jackes: Que bom estarem de bem, afinal quando eu morrer vocês duas
juntas irão comandar os negócios da família.
Olga: Não diga isso, o senhor não irá morrer tão cedo!
(Os três se abraçam)
Curitiba
CENA 04 / PENSÃO / INTERIOR / DIA.
(Danilo pensa em Ana Francisca)
Danilo: Será que eu estou apaixonado pela aquela caipira feia e
horrorosa?
Carlos: De quem você está falando?
Danilo: Nada não, coisa minha...
CENA 05 / CASA DE JACKES / QUARTO DE OLGA / INTERIOR / NOITE.
(Jezebel entra)
Jezebel: Então? Como é que foi o passeio com a caipira?
Olga: Você acredita que o papai quer que eu e aquela caipira comandamos
juntas a fábrica de chocolate quando ele morrer?
Jezebel: O que? Temos que eliminar essa caipira o mais rápido possível.
Ela não pode roubar nossa herança!
Olga: Como?
Jezebel: Como eu ainda não sei, mais vou pensar em me livrar desta
caipira o mais rápido possível!
UM
AMOR
DE
CHOCOLATE
CAPÍTULO
013.
CENA 01 / CASA DE JACKES / QUARTO DE OLGA / INTERIOR / NOITE.
CINCO MESES DEPOIS...
(Olga e Jezebel depois de cinco meses não conseguiram se livrar de Ana
Francisca).
Jackes: Nem acredito que já se passaram cinco meses com você aqui Ana!
Olga: Nem eu acredito…
Jezebel: É verdade! An quero que saiba que eu a tenho como uma mãe. Uma
mãe que a criou, que deu de mamar com meus próprios peitos!
Olga: Já chega mamãe! Está beirando ao ridículo!
Jackes: Eu estive pensando…
(Jackes fica branco)
Jezebel: Estava pensando o que?
(Jackes não responde)
Jezebel: Jackes está tudo bem? Rápido! Vão chamar um médico!
ALGUM TEMPO DEPOIS
(Doutor Renato chega e examina Jackes)
Jezebel: E então doutor?
Doutor Renato: Eu sinto muito, mais ele morreu!
Jezebel: O que? Eu não posso aceitar! Isso é mentira!
Doutor Renato: Infelizmente é verdade senhora.
CENA 02 / PREFEITURA / INTERIOR / NOITE.
Secretária: Senhor prefeito. O senhor está sabendo do que aconteceu? Na
cidade inteira não se fala em outra coisa.
Pitágoras: Então me diga logo criatura!
Secretária: O seu amigo Jackes dono da fábrica de chocolates, ele
faleceu esta tarde.
Pitágoras: Meu deus! Como isto foi acontecer? Providencie já todas as
homenagens; afinal ele foi uma ilustre personalidade de nossa cidade.
CENA 03 / SÍTIO DE LAURINDA INTERIOR / SALA / NOITE.
Laurinda: Será que é verdade o que tão falandu na cidade?
Bernardo: Deve ser mexericos desta gente mexeriqueira!
(Ana Francisca chega)
Ana Francisca: Antes fosse, é verdade ele morreu mesmo.
CENA 04 / IGREJA / SALÃO / NOITE.
(Todos os cidadãos da alta sociedade estão presente no velório)
Jezebel: Eu não aceito! Eu não admito! O homem que eu amei; com quem
tive filhos morrer e me deixar nesta solidão terrível? Eu quero morrer pra me
juntar para toda a eternidade com ele! Aí como eu sofro!!!
(Olga chega perto de Jezebel e diz)
Olga: Quantas vezes tenho que te dizer pra parar de exagerar?
Jezebel: Ora sua desalmada… Respeite meu luto!
(O prefeito Pitágoras pede a atenção de todos para falar sobre Jackes)
Pitágoras: Cidadãos e cidadãs Venturanos e venturianos. Hoje nesta
tragicamente e triste tarde perdemos um grande cidadão. Um homem honorável, um
grande amigo, um defensor da moral e dos bons costumes, um homem de bem, um
homem de inenarrável valor. Sinto me como se parte de mim fosse arrancada nesta
tarde terrível e triste, é como se as luzes da esperança e do progresso que ele
acendeu sobre essa cidade tremulasem em luto…
Marcia: Ara, isso agora virou discurso político? Or ainda é um velório?
Timóteo: Ara esse prefeito fala por demais...
AMANHECE EM VENTURA
CENA 05 / CEMITÉRIO / EXTERIOR / DIA.
(Jackes é enterrado)
Jezebel: Adeus meu amor, fica ai me esperando logo irei me juntar a
você!
(O prefeito Pitágoras começa a falar todos vão saindo)
Marcia: O benhê, não tem ninguém ouvindo ocê não…
Pitágoras: Vou me embora, este povo não dá valor a um ótimo político
como eu.
Marcia: Ocê não pode me levar pra casa? É muito perigoso uma moça linda
bonita como eu andar sozinha por aí. Tá cheio de tarado querendo se aproveitar
de minha inocência.
Pitágoras: Sendo assim eu te levo então, e aproveitamos para irmos
conversando.
CENA 06 / CASA DE JACKES / INTERIOR / SALA / DIA.
(Jezebel, Olga e Ana Francisca chegam)
Jezebel: Ana Francisca vai fazer sua malas. Você sai daqui hoje mesmo!
Ana Francisca: Como assim? E porque?
Olga: Você acha mesmo que a gente gostava de você sua caipira? Só te
aceitamos porque o meu finado pai quis assim. Saia daqui sua horrorosa.
Jezebel: Isso mesmo, pegue seus trapos e saia logo daqui antes que eu
mande os cães cuidar de você. Ah, e esqueça sua herança. Agora some logo porque
ninguém aguenta mais olhar para essa sua cara de bastarda.
(Humilhada e sem saber se defender Ana Francisca vai embora).
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