Um Amor de Chocolate | Capítulo 06.



UM AMOR
DE CHOCOLATE

CAPÍTULO 06.

OBS: As falas dos personagens caipiras são escritas com erros propositais.

CENA 01 . CADA DE JACKES . INTERIOR . SALA . DIA.

JACKES - Então estarei esperando as provas de sua investigação.

ANTÔNIO - No máximo até amanhã já lhe trago informações. E como a família mora por perto, ficará mais fácil.

(Jackes fica pensativo)

JACKES - Será que ela pode ser mesmo minha filha? Ou eu estou delirando?
Como ela é linda, parece se com a mãe. Ela tem uma beleza escondida por trás daqueles óculos fundo de garrafa.

CENA 02 . SÍTIO DE LAURINDA . INTERIOR . CASA . DIA.

LAURINDA - Oh Marcia ocê me acompanha amanhã para mor de visitar a Aninha.

MARCIA - Ara, mas precisa mesmo?

TIMÓTEO - Se a senhora quiser eu vou, já que essa aí só sabe é fazer corpo mole.

MARCIA - Mais ocê deixa de ser burro lá é  u olégio das menina, e o cê é menino. Vosmecê tem cegonhão, e a de cer um cegonhão…

LAURINDA - Chega de asenvergonhagem, vem me ajudar a descasca batata.

CENA 03 . CADA DE JACKES . INTERIOR . SALA . DIA.

(Jackes chama o prefeito Pitágoras para conversarem).

PITÁGORAS - Você me chamou para conversarmos sobre o patrocínio da minha eleição?

JACKES - Não, eu lhe chamei aqui para conversarmos sobre o que seu filho fez com uma moça no colégio, e sobre esse namoro dele com a Olga.

PITÁGORAS - O que foi que ele aprontou dessa vez?

JACKES - Você acredita que seu filho e minha filha planejaram de humilhar uma moça? Ele a finjiu seduzir disse que estava apaixonado. E ela chamou todas as moças para verem o suposto encontro e caçoar da moça.

PITÁGORAS - Ah, mais isto é apenas uma brincadeira de jovens.

JACKES - Isto é uma brincadeira de mal gosto. E além disso eu não lhe pedi para proibir seu filho de se encontrar com minha filha?

PITÁGORAS - Ele é desobediente, mas irei conversar com ele de novo.

JACKES - Está é a última vez que te peço isto, se eu souber que seu filho e minha filha andam se encontrando não patrocínio máis sua eleição a prefeito.



CENA 04 . COLÉGIO . EXTERIOR . DIA.

(Laurinda e Marcia vão visitar Ana.)

Laurinda: Minha netinha, que saudades. Como ocê tá?

Ana Francisca: Eu estou bem vovó.

Marcia: Aqui é tudo chirque né bem…

Ana: Sim Marcia, aqui é um ótimo lugar.

Laurinda: Aconteceu alguma coisa? Ocê tá com uma cara triste?

Ana Francisca: Não, não aconteceu nada não. Ah, quero que vocês conheçam minha amiga, vem cá Bernadete!

Bernadete: Oi, tudo bem?

Laurinda: Oi moço… Quer dizer, moça… Mocinha bonitinha por demais essa sua amiga aninha.

Marcia: (Se atirando) Oi benhê!

Bernadete: Olá a todos. Bom eu tenho que ir, até.
      
(Bernadete sai).

Marcia: Jesus, Maria José. Ela parece homem né?

Ana Francisca: Não diga isso, ela é uma boa pessoa, e tem sido uma grande amiga.

Laurinda: Então nóis já tamu de saída, ocê fica cum Deus minha fia.

(Elas se abraçam.)

CENA 05 . CASA DE JACKES . INTERIOR . SALA . DIA.

Jackes: Detetive Antônio, já terminou sua investigação?

Antônio: Sim, foi fácil.

Jackes: Elas não estão sabendo que estavam sendo investigadas? Estão?

Antônio: Não. Eu fui discreto, perguntei para às pessoas que as conheceram fui até o hospital, e também vi os registros da prefeitura.

Jackes: E o que descobriu?

Antônio: Bom, eu descobri que ela é filha da tal Margarida com um comerciante de São Paulo. Eles morreram num acidente, e a moça é sozinha. Ela só tem uma pessoa no mundo, a avó dona Laurinda.

Jackes: Havia pensado que ela poderia ser minha filha…

Antônio: E pode! A menina nasceu 9 meses depois da ida da mãe á São Paulo.

Jackes: Obrigado detetive. irei até a casa da dona Laurinda tirar esta história a limpo.

CENA 06 . SÍTIO DE LAURINDA . CASA . DIA.

Jackes: Boa tarde!

Laurinda: Ocê? O que cê tá fazendo aqui?

Jackes: Eu quero conversar com a senhora.

Laurinda: Eu não tenho nada pra conversar com ocê. Vá se embora! arreda o pé daqui!

Jackes: Eu só vou embora depois de esclarecer tudo o que eu quero saber!

Laurinda: Isclarecer o que? O que o sinhor quer cum eu?

Jackes: A Ana Francisca? Ela minha filha, não é?

Laurinda: Eu num tô intendendu?

Jackes: Você ouviu muito bem. A Ana Francisca é ou não minha filha?

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