Um Amor de Chocolate | Capítulo 015.



UM AMOR
DE CHOCOLATE
CAPÍTULO 015.

CENA 01/SÍTIO DE LAURINDA/INT/DIA.

Laurinda: E então ocê num vai explicar o que esse prefeito havera de querer com ocê?

Marcia: Ara, esse prefeito tá me abusando de minha inocência.

Laurinda: Eu tô vendo é ocê se jogando pra cima dele.

Marcia: Ara benhê, eu sou moça direita. Num me invorvo cum esse tipo de coisa não. Viu benhê?

Laurinda: Sei… Mas fica ocê sabendu que tô de oio hein.



CENA 02/CASA DE JEZEBEL/INT/DIA.

Jezebel: A partir de agora posso gastar o quanto eu quiser. Sem seu pai para me controlar.

Olga: Não exagere, se ficarmos pobres não irei perdoar a senhora.

Jezebel: Imagina, que ficar pobres o que! Temos uma fábrica inteira de dinheiro.

Olga: E quanto a parte da herança da bastardinha?

Jezebel: Eu vou pegar para mim. Eu disse a ela para esquecer e tenho certeza de que ela não vai se importar, afinal pobre tem mania de honestidade.

Olga: (risos) Tem razão mamãe, somos ricas! Ah, por falar nisso vou até a prefeitura.

Jezebel: Vai fazer o que lá?

Olga: Lembra se que meu pai sempre patrocinou as eleições do prefeito Pitágoras?

Jezebel: Sim, mas o que isso tem a ver?

Olga: Irei dizer a ele que se seu filho Danilo não voltar de Curitiba não irei patrocinar sua eleição.

Jezebel: Ah, mais como você é inteligente! Puxou para a mamãe
(risos).

CENA 03/PREFEITURA/INT/DIA.

(Olga entra no gabinete do prefeito)

Pitágoras: O que a traz aqui senhorita Olga?

Olga: Vou ser curta e grossa. Quero que mande seu filho voltar de Curitiba o mais rápido possível!

Pitágoras: Não entendi!

Olga: Eu vou lhe explicar... Eu sei que meu pai quando era vivo lhe mandou enviar seu filho para Curitiba; pois não aceitava o nosso namoro e não gostou do que eu e ele aprontamos com a patachoca da Ana Francisca.

Pitágoras: Sim, e daí?

Olga: E daí que se você não trouxer seu filho de volta a Ventura, eu irei cortar o patrocínio a sua reeleição.

Pitágoras: Você está me ameaçando?

Olga: Entenda como quiser. Mas caso queira patrocinar sua eleição do próprio bolso, fique à vontade.

Pitágoras: Está bem. eu aceito! Eu direi a ele para retornar à Ventura.

Olga: Ótimo, e quero que o aconselhe à pedir minha mão em casamento.

Pitágoras: Você é bem decidida heim…

Olga: Não precisa me dizer minhas qualidades, pois as sei muito bem. Então, estamos entendidos?

Pitágoras: Sim!

CENA 04/SÍTIO DE LAURINDA/INT/DIA.

Bernardo: Acabei de receber as passagens. Dentro de uma semana partimos.

Ana Francisca: Que bom, estou ansiosa para conhecer a Argentina!

Bernardo: Posso te perguntar algo?

Ana Francisca: Diga!

Bernardo: Você não pensa em se vingar das humilhações que a Olga te fez passar?

Ana Francisca: Acho que eu não teria coragem…

Bernardo: Eu não conseguiria ser humilhado e não fazer nada. Mas enfim, pode começar a preparar as malas pois dentro de uma semana partimos.

CENA 05/FÁBRICA DE CHOCOLATE/INT/DIA.

(Jezebel e Olga discursam para os empregados da fábrica)

Jezebel: Todos vocês! A partir de hoje estão sob meu comando, e a partir de hoje teremos grandes mudanças!

Empregados: (burburinho) Que mudanças?

Jezebel: Aumento do período de trabalho, diminuição dos salários e todos terão que aumentar a produtividade.

(todos ficam revoltados)

Jezebel: Quem não gostou a porta da rua é serventia da casa!

(os trabalhadores ficam indignados)

UMA SEMANA DEPOIS.

CENA 06/ESTAÇÃO FERROVIÁRIA/EXT/DIA.

Ana Francisca: Adeus minha avó! Logo retornarei à Ventura.

(Todos se abraçam)

Ana Francisca: Até breve!

Laurinda: Vai cum deus minha fia!

(Ana e Bernardo embarcam, o trem parte e começa a desaparecer entre as montanhas).



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