Irmãos Guanabara | Capítulo 02: "O Colar" #IrmãosGuanabaraNoWebMundi


IRMÃOS GUANABARA
CAPÍTULO 02

Minissérie de
EDUARDO MARTEI

Escrita por
EDUARDO MARTEI

Produção
WEB MUNDI

Participaram deste capítulo
VITÓRIA STRADA como Catarina
CHAY SUEDE como Romeu
MARINA MOSCHEN como Teresa
CÁSSIO GABUS MENDES como Otávio
GUILHERME FONTES como Leôncio
ALEXANDRE BORGES como Bartolomeu



NO PRIMEIRO CAPÍTULO

Otávio e Marcolina roubam a atenção de todos os presentes. Romeu avista o colar com ela. Em choque. Catarina vê tudo, pelo canto. Todos os convidados ficam admirados com a beleza do colar. Catarina e Romeu trocam olhares.
Close em Catarina, sem reação.

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CENA 01. MANSÃO ALVORADA BELMONTE. SALÃO. INT. NOITE.

Otávio e Marcolina observam os olhares dos convidados.

OTÁVIO — Como prometido... O colar de esmeraldas! Belíssimo! Encantador, não?

Risos. Marcolina troca olhares com Leôncio.
Otávio segura a mão dela e então eles descem a escada.
Os convidados continuam a olhar.

INSERT

Catarina troca um olhar cúmplice com Romeu.

VOLTA À CENA

Ela desce as escadas e vai até ele.

CATARINA — Belíssimo, não?

Romeu apenas concorda.

CATARINA — Trate de fazer a sua parte, Romeu. Afinal, eu não sou a única que necessita deste colar.

INSERT

Teresa chega, e acaba por escutar a última parte da conversa entre eles. Confusa.

TERESA — Necessita do colar? Por quê, Catarina? Por quê você necessita do colar?

Closes alternados entre Teresa e os irmãos.

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CENA 02. MANSÃO ALVORADA BELMONTE. SALÃO. INT. NOITE.



Otávio e Marcolina conversam com Leôncio. Ele muito constrangido, mas o irmão não percebe nada.

OTÁVIO — É chegada hora! Vamos iniciar o leilão!

Marcolina e Leôncio se olham novamente, e então ela se vai com Otávio.

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CENA 03. MANSÃO ALVORADA BELMONTE. SALÃO. INT. NOITE.



Teresa continua confusa. Catarina sem reação.
Romeu então tenta disfarçar.

ROMEU — Teresa, você conhece bem minha irmã... Consumista nata! Ela ama jóias, e quer participar do leilão, embora eu tente tirá-la de ideia. Não é, Catarina?

Os irmãos trocam um olhar cúmplice.

CATARINA — Sim, é exatamente isto. Sabe como nós mulheres somos, não é mesmo? (risos)

TERESA — Sei sim... Mas, um conselho de amiga: conseguí-lo não será tão fácil. Principalmente por causa dele. (aponta com a cabeça para um senhor de costas)

Catarina se vira, observando o senhor. O homem, lentamente se vira, ficando frente-a-frente com ela. Ele faz um gesto com a taça de champanhe e sorri. A jovem não esboça reação alguma.

CATARINA — Qual o nome dele, Teresa? Nunca o vi...

TERESA — Bartolomeu. Bartolomeu Miranda Maia, sócio e amigo de meu pai. Viúvo há quase vinte anos. Sua mulher morreu no hospital, quando daria luz ao primeiro filho do casal. O bebê também morreu. Uma tristeza... Sem tamanho!

Catarina continua à encará-lo.

CATARINA — Tem razão, Teresa. Tem razão...

Close em Bartolomeu.

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CENA 04. MANSÃO ALVORADA BELMONTE. SALÃO. INT. NOITE.



Otávio e Marcolina vão ao centro do salão. Pedem silêncio.

OTÁVIO — Meus queridos... Iniciaremos o leilão. Ao todo, serão cinco jóias simples leiloadas no começo, até o clímax da noite, o belíssimo colar de esmeraldas, que minha amada esposa carrega. Que comecem as disputas! (risos)

Os dois dão um beijo. Leôncio desvia o olhar.

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CENA 05. MANSÃO ALVORADA BELMONTE. JARDIM. EXT. NOITE.



Bartolomeu observa o jardim. Catarina caminha até ele.

CATARINA — Gosta de rosas? São encantadoras, não? A vermelha representa a paixão, o amor, o desejo voraz... A branca representa a suavidade, a ternura, o além da vida e do tempo... Tantos significados para uma só rosa...

Bartolomeu sorri, encantado com a beleza da moça.

BARTOLOMEU — Sim... Minha mulher... Quer dizer, ex... Não sei dizer... (risos) Ela amava a rosa vermelha. Desde pequena, pelo que sei... E quando ela se foi, junto com nosso filho... Eu entendi que o amor não se acaba com a morte. O verdadeiro não. Ele resiste, pela eternidade. Afinal... A morte é apenas uma viagem, não? (risos)

CATARINA — Bonita a maneira como vê isso. O leilão se iniciou... Vamos?

INSERT

Ela estende sua mão para ele. O senhor sorri.

VOLTA À CENA

Eles caminham calmamente para dentro da mansão.

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CENA 06. MANSÃO ALVORADA BELMONTE. SALÃO. INT. NOITE.




Todos observam Catarina e Bartolomeu de mãos dadas.

INSERT

Romeu observa a irmã.

ROMEU — Catarina, Catarina... Você não têm jeito... (sussurra e ri)

VOLTA À CENA

Eles se juntam aos convidados. Otávio inicia o leilão. O tempo vai passando.

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CENA 07. MANSÃO ALVORADA BELMONTE. CORREDOR. INT. NOITE.


Romeu procura o banheiro, mas não encontra. Ele abre uma porta. Se depara com Teresa.

ROMEU — Oh, me desculpe! Eu... Eu... Me perdi nesse corredor, e... (passa a observá-la) Você... Está perfeita! Belíssima!

Ela se constrange. Se aproximam.

TERESA — Você também está, Romeu... Muito!

Ela o beija. Sereno, suave. A CÂM se afasta, lentamente, dos dois.

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CENA 08. MANSÃO ALVORADA BELMONTE. COZINHA. INT. NOITE.



Leôncio entra na cozinha. Ele vai até um garçom, e pega todas as quatro taças com champanhe. Vira cada uma delas na boca, de uma só vez. Chora muito.

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CENA 09. MANSÃO ALVORADA BELMONTE. SALÃO. INT. NOITE.



Todos concentrados. Planos sobre os convidados, conversando entre si.

OTÁVIO — Finalmente, a jóia preciosa! O colar de esmeraldas! O lance é de um conto de reis. Quem dá mais?

Todos se entreolham. Um senhor se levanta.

SENHOR 1 — Um conto de reis e um mirréis.

Bartolomeu se levanta.

BARTOLOMEU — Dois contos de reis!

Catarina se alegra, contida. O outro senhor recorre.

SENHOR 1 — Dois contos de reis e quatro mirréis!

BARTOLOMEU — Três contos de reis!

Otávio se anima.

OTÁVIO — Alguém dá mais? 1, 2, 3... E...

SENHOR 1 — Quatro contos de reis! Nada mais!

OTÁVIO — Alguém? Alguém dá mais?

BARTOLOMEU — Eu! Cinco. Cinco contos de reis!

Todos em volta se assustam. Se entreolham.

OTÁVIO — Dole uma, dole duas... Dole três. (bate o martelo) O colar de esmeraldas foi vendido ao senhor Bartolomeu Miranda Maia! Parabéns, senhor. Uma ótima aquisição!

BARTOLOMEU — Tenho certeza que sim! (olha para Catarina) Irá ficar belíssima com ele!

Ela se levanta. Finge estar confusa.

CATARINA — Como assim? Não estou entendendo...

BARTOLOMEU — Eu comprei o colar... Para você, querida. O colar agora é seu.

Ela sorri. Alegre. Abraça Bartolomeu. Marcolina leva o colar até ela, que se vira para ela. A senhora põe o colar na jovem. Catarina belíssima. Nela.
Corta.


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