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SÉRIE DE: FAILON TEIXEIRA.
ESCRITA
POR: FAILON TEIXEIRA.
PERSONAGENS
DESTE CAPÍTULO.
SABRINA
PAULO
FANY
MARLY
ZÉ
VIRGÍNIA
EDUARDO
JANDIRA
JUDITH
ROGÉRIO
PARTICIPAÇÕES
ESPECIAIS.
PAULO
PEREIRA
POLICIAIS
DUDA
EPISÓDIO
08: ALTOS E BAIXOS.
Cena 1. Fany Megony
– Int. Noite.
SABRINA – Pai? Não acredito que é o senhor? Você está vivo?
Paulo aproxima-se de Sabrina.
PAULO – Claro que eu estou, você não está me vendo bem aqui na
sua frente?
SABRINA – Todos pensavam que você tinha morrido, pai. Você me
deve uma explicação.
PAULO – Quem me deve uma explicação e você, Sabrina. O que faz
aqui no prostibulo? Virou puta?
SABRINA – Não vamos misturar as coisas.
FANY – Meus ouvidos não aguentam tanta discussão. É melhor vocês
conversarem em outro lugar, ficar mais à vontade.
PAULO – É bem melhor mesmo. Eu já tô descobrindo coisas demais
sobre minha filha.
SABRINA – Vamos para o meu quarto. Apenas conversar, não ouvem,
nem em hipótese, tocar a sua mão em mim, pai.
PAULO – Prometo, agora podemos ir. Temos muito o que conversar.
Paulo e Sabrina vão para o quarto dela.
Corta
Para:
Cena 2. Fany Megony
– Quarto – int. Noite.
Sabrina e Paulo adentram o quarto. Ela senta-se na cama e ele
senta-se perto dela. Eles conversam.
SABRINA – Pai, porque você abandonou nossa família?
PAULO – Filha. É uma longa história. Eu e sua mãe, Jandira, nos
casamos muito cedo. Eu tirei ela da casa dos seus pais e levei ela comigo para
uma pequena casa que eu tinha e bem depois disso, você nasceu e em seguida o
seu irmão. As brigas eram constantes, eu bebia muito e chegava a agredir ela,
sem ela merecer a minha fúria. O tempo foi passando e eu acabei me tornando
pior. Já não trabalhava e nem ajuda em casa e a Jandira perdeu um filho que ela
esperava. Ele foi depois do Eduardo, era nosso filho caçula. Eu dei uma surra
nela e ela abortou no quinto mês. Depois disso, eu vi que o melhor era eu sumir
da vida dela e resolvi forjar uma morte. E sumi no mundo.
SABRINA – Que história. Mas um motivo pra eu te odiar.
PAULO – Hoje eu estou muito rico e ajudo a Fany aqui na casa.
SABRINA – Era de se esperar, um homem que faz tudo o que você
fez.
PAULO – Filha, eu quero o seu perdão.
SABRINA – Você não vai ter. Eu tenho é nojo de você e dessa sua
cara. Suma da minha vida!
PAULO – Eu quero fazer amor com você?
SABRINA – Fazer amor? Você é louco? É meu pai, e quer deitar
comigo?
PAULO – Não vejo mal algum nisso. Você é uma prostituta.
Sabrina dá um tapa na cara de Paulo. Ela cospe em seu rosto.
SABRINA – Verme, doente! Idiota, babaca, Ordinário!
Corta
Para:
Cena 3. Fany Megony
– Quarto – Int. Noite.
Fany, deitada na cama, esperando Paulo, a porta abre-se e ele
adentra.
FANY – Paulo, vamos relembrar os velhos tempo?
PAULO – Só se for agora, minha doce Fany.
FANY – Como foi a conversa com sua filha?
PAULO – Foi maravilhosa, melhor impossível – Ele sorri.
FANY – Como você veio me ver, eu vou te presentear com sexo à
noite inteira – Ela morde os lábios.
PAULO – Eu gosto, adoro – Ele com um sorriso safado.
Corte Descontínuo: Paulo
aproxima-se de Fany. Ela o beija e ele deita sobre ela. É possível ouvir os
gemidos que Fany faz. CAM foca no bunda de Paulo, que é possível vê-la
nitidamente.
Corta
Para:
MINAS GERAIS.
Cena 4. Vila
Dourada – Casa de Sabrina – Sala de Estar – Int. Noite.
Eduardo, procura Jandira pela casa e encontra uma carta dela,
deixada em cima de uma mesinha empoeirada. Eduardo lê a carta.
JANDIRA
(V.O)
Querido, Eduardo. Eu vou para o Rio de Janeiro, cumprindo a
promessa de procurar a Sabrina. Eu sei que devia ter avisado você, mas você não
me deu outra alternativa, não queria deixar eu vim atrás dela. Eu não sei se
vou encontrá-la, mas vou procurar em todo o Rio. E saiba, meu filho. Eu sempre
vou pensar em você. Tome conta de tudo ai. Não sei quando eu vou voltar.
Beijos, Jandira.
EDUARDO – Não, não. Mãe. Como você fez isso comigo?
Eduardo chora ao terminar de lê a carta.
Cena 5. Vila
Dourada – Bar do seu Zé – int. Noite.
SONOPLASTIA:
Corpo
Sensual – Pabllo Vittar.
O bar está cheio. Mas as pessoas começam a ir embora, aos
poucos.
ZÉ – Marly, hoje o movimento foi melhor do que o anterior!
MARLY – Sim, homem. Vendemos tudo que tinha no freezer.
ZÉ – É uma maravilha. Vê que nós estamos juntando mais um
dinheirinho. E não vamos precisar fazer empréstimo em banco nenhum.
MARLY – Você já vem de novo com essa história. Não sei por que
você teme.
ZÉ – Não temo nada. É que eu não gosto desses negócios de banco.
Comigo é assim, tudo na força do trabalho.
MARLY – Você é seus bordões.
ZÉ – Sou nordestino de nascença. Esse meu jeito de pensar sobre
a vida.
MARLY – Mudando de assunto. Onde estão nossos filhos?
ZÉ – Estão por ai, mulher. Nas quebradas dessa vila.
MARLY – Nas quebradas? O que é isso?
ZÉ – Quer dizer que eles estão na rua, na noite.
MARLY – Entendo, homem. Mas eu me preocupo mais com o Miguel,
nem tanto com a Judith.
ZÉ – É..... Esse é o mais complicado.
Em Zé, olhando a rua da vila.
Corta
Para:
Cena 6. Vila
Dourada – Rua – Ext. Noite.
Judith anda a rua acompanhada de Virgínia.
JUDITH – Virgínia, posso perguntá-la uma coisa?
VIRGÍNIA – Sim, se eu puder respondê-la.
JUDITH – Bom, o que exatamente meu irmão, o Miguel, vem fazendo
com você?
VIRGÍNIA – Ele não está me fazendo absolutamente nada. Eu não
quero mais saber dele. Nós terminamos. Você já sabe disso.
JUDITH – Ah, que bom. Meu irmão não merecia você.
VIRGÍNIA – Sim, ele não serve para garota alguma.
JUDITH – E se fosse só o vício em drogas, e têm mais algumas
coisas.
Virgínia começam a escorrer sangue pelas pernas.
VIRGIÍNIA – Meu Deus, eu tô sangrando!
JUDITH – Jesus! É verdade, você precisa de um médico.
VIRGÍNIA – Eu estou bem, Judith. Não sinto dor.
JUDITH – Isso em parece hemorragia, mas é bom ir no médico para
confirmar.
Judith ajuda Virgínia. Ela apoia seu braço no ombro dela e o
leva para o bar do seus pais.
RIO DE JANEIRO.
Cena 7. Delegacia –
Int. Dia.
O delegado Pereira e os policiais conversam sobre o crime da
noite passada.
PEREIRA – Temos que aprofundar as investigações. Esse crime não
pode ficar esquecido.
DUDA – Sim, delegado. Mas a mulher era prostituta, qualquer uma
pode ter a matado.
PEREIRA – Sim, é evidente, mas quem será o assassino?
DUDA – Temos que investigar o matagal e ver se encontramos algum
vestígio do assassino.
PEREIRA – Sim, eu vou pedir mais reforço.
DUDA – Isso delegado, quantas mais gente for, mas rápido vamos
descobrir o assassino da tal mulher.
PEREIRA – Sim, olha.... Vá lá na cantina e me traga um café bem
quente.
DUDA – Sim, senhor delegado. Eu volto em um instante.
O Policial Duda sai para a cantina.
Corta
Para:
Cena 8. Rio de
janeiro – Ext. Dia.
Congestionamento em meio aos carros. Um carro para, Jandira
desce com as malas. O carro se vai.
JANDIRA – Rio de janeiro, leva toda minhas preocupações. Eu
preciso ir para um hotel. Não posso ficar à deriva.
Jandira caminha entre os carros até chegar à beira.
Corta
Para:
Cena 9. Fany Megony
– Quarto – Int. Noite.
Fany e Rogério estão sentados a cama. Eles conversam.
ROGÉRIO – Paulo, quer dizer que você andou se encontrando com
ele?
FANY – Sim, eu matei as saudades do tempo que ele era cliente assíduo
da Fany Megony.
ROGÉRIO – Sim, eu vou precisar de sua ajuda.
FANY – Para que?
ROGÉRIO – Você já viu o noticiário do jornal?
FANY – Sim, da mulher, a prostituta morta. Não me diga que/
ROGÉRIO – Sim, eu matei a pobre infeliz e agora a polícia deve
estar atrás do assassino.
FANY – Em que posso ajudá-la?
ROGÉRIO – Me esconder na sua casa e você pôr a culpa na Sabrina.
Em Fany, Surpresa.
Corta
Para:
Cena 10. Ruas da
cidade – Ext. Dia.
Paulo vai no seu carro, dentro do carro, ele toma um litro de
Whisky. Ele, completamente bêbado, perde o controle do carro, e faz ziguezague
na pista. O carro vai numa velocidade acima do permitido e o avança o sinal
vermelho. O carro se choca com um caminhão. O carro de Paulo capota várias
vezes e começa a pegar fogo.
CAM
Focaliza no carro.


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