Cap 08
CENA 01.
ESCOLA/ MANHÃ/ INT./ DIRETORIA
Alexandre abre os olhos lentamente.
ALEXANDRE —O que aconteceu?
DIRETORA CARLOTA —Você passou mal, desmaiou e lhe trouxemos para minha sala, para chamarmos o doutor.
ALEXANDRE —Um doutor? Mas para quê? Eu estou bem! —Mente.
DOUTOR —Não rapaz, não está. É nítido o seu cansaço. Qualquer pessoa que te olhe nesse momento constatará isso sem muito pensar. De onde vem todo esse excesso de cansaço? O que anda fazendo?
Alexandre não sabe o que responder,mas tenta.
ALEXANDRE —É estudo! Eu ando estudando muito em casa também, até tarde. Ai acaba nisso…
DOUTOR —Você sabe que noites mal dormidas podem acarretar uma série de problemas e contribuir para surgimento de doenças consequentes, não sabe?
ALEXANDRE —Sim, eu vou me cuidar.
DIRETORA —Assim espero!
DOUTOR —É isso ou sofrer com as consequências disso. Estude, mas também valorize seu tempo de dormir. Lembre que o recomendado é descansar 8 horas de um dia para o outro, isso é questão de saúde.
Pedro que está encostado na parede se aproxima.
Carlota deixa o professor aconselhando o aluno e vai deixar o doutor até a porta.
PEDRO —Escutou não é garotão? Vai descansar hoje e amanhã nada de chegar cansado aqui.
ALEXANDRE —É que…
PEDRO —É que o quê? Você pode se prejudicar muito não dando ao corpo o descanso necessário que ele precisa para recarregar suas energias, sabia?
ALEXANDRE —Sim, o senhor está certo. Isso não vai mais acontecer!
Pedro fica com um pé atrás e não se convence das desculpas de Alexandre.
PEDRO pensa —Hoje eu descubro o que você anda fazendo mocinho!
CENA 02.
Manhã -
PARTE EXTERIOR DA ESCOLA|
RUA VIZINHA
BERNARDO —Se eu quero ir com você até sua casa? —Pergunta sem saber como reagir. —Mas fazer o quê lá?
MEW —Jogar video game, fazermos o tal trabalho e sei lá… eu não consigo cara… —Antes de terminar de falar ele chora.
BERNARDO —Não consegue o quê? —Se comove pelo amigo. —Está tudo bem?
MEW —Nada… Esquece!
BERNARDO —Ei, confia em mim.
MEW —Eu nunca tive um melhor amigo sabia? Todo mundo só queria ser amigo do meu irmão, ele sempre foi popular. Mas eu não o invejo não, eu até gosto que prefiram ele, porque ele é uma pessoa que eu amo muito e gosto que gostem dele também porque ele é do bem. Mas tipo, ele também tem as coisas dele sabe, e eu queria poder… poder ser importante para alguém também.
BERNARDO —Você é importante sim. É importante pros seus pais, seu irmão...
MEW —Se você soubesse…
Bernardo percebe que ter tocado na família de Mew não foi boa ideia.
BERNARDO —Ei, você é importante pra mim também.
MEW —Eu sou? —Diz muito sorridente.
BERNARDO —É. Você é um amigo que se importa com o próximo, que gosta de admirar o bem estar do outro. Isso é muito legal. Mas, vamos deixar esse assunto aqui de lado… eu aceito ir com você para sua casa.
MEW —Muito obrigado. Você também, já é alguém que eu me importo muito, que eu admiro e valorizo. Obrigado de verdade. Vamos!
Evidentemente muito feliz os dois andam um muito até chegar a casa de Mew.
35 minutos depois|
MANSÃO ANGELIS
MEW —Nossa, eu estou morto! —Diz enquanto abre a porta.
BERNARDO —Que caminho longo e demorado, nossa. Achei que não tinha mais fim. —Suspira cansado entrando na casa de Mew.
MEW —Senta aí, vamos descansar um pouco. —Ambos se sentam. —Quer água?
BERNARDO —Sim, por favor.
MEW —Antes de pegar, vem, vou te mostrar minha casa. —Fala levantando o amigo.
Mew mostra o grande e bonito jardim da casa, a sala bem moderna e com porta de vidro na varanda e uma cozinha linda ao lado da sala enorme que dá abertura para a escadaria do segundo andar.
BERNARDO —Sua casa é linda amigo, bem maior do que eu pensava.
MEW —Que nada. Para com isso!
Mew sobe as escadas com Bernardo para mostrar os quartos e a parte superior da casa.
MEW —E finalmente, esse é meu quarto. Não deve ser tão bonito e incrível como imagino que o seu é, mas eu gosto.
BERNARDO —Ah, para vai. É muito espaçoso e bonito sim. O meu não é tudo isso que você pensa, eu não gosto de ostentar nada ou exagerar demais. É tudo bem simples lá.
MEW —Eu sei, tava zuando. Olha, vou buscar a água, não demoro.
BERNARDO —Tudo bem.
Mew desce.
Bernardo maravilhado admira o quarto tão legal do amigo.
BERNARDO —Ué, mas por que esse porta retrado tá virado de cabeça para baixo? —Bernardo levanta o objeto e o observa. —Esses senhores… eu… eu, não sei, parece que os conheço.
CENA 03.
Pedro segue Alexandre desde a saída da escola e fica intrigado ao ver que ele não segue para o caminho de casa.
PEDRO —O que é que você anda fazendo Alexandre? —Pensa.
De longe ele avista Alexandre entrando numa casa (mansão) e em poucos minutos aparecendo com um material de jardinagem.
Um dos empregados se aproxima, sem que Alexandre perceba a presença de Pedro.
EMPREGADO —Procura alguma coisa senhor?
PEDRO —Eu queria uma informação, será que seria possível me fornecer?
EMPREGADO —Claro! Se eu souber e puder dizer, eu digo.
PEDRO —Aquele moço trabalha aqui? Aquele ali, com o equipamento de jardinagem?
EMPREGADO —Sim, ele é o novo jardineiro da casa. Começou a trabalhar agora. Por que? Você o conhece? Ele é perigoso? —Teme.
PEDRO —Não, não. Eu só o reconheci e vim ver o que ele fazia. Ele é um conhecido meu. Um garoto extraordinário! —Explica. —Mas agora vou indo, não irei mais tomar seu tempo. Obrigado pela informação e tenha um ótimo dia.
Pedro sai, porém preocupado por Alexandre.
Horas depois o professor avista Alexandre saindo de lá e o segue.
Alexandre entra num restaurante e rapidamente vestejum uniforme, surpreendendo Pedro.
Pedro pede para que tragam um pedido no carro vendo que o único garçom ali aparentemente é Alexandre.
O mocinho vá entregar o pedido.
PEDRO —Alexandre?
ALEXANDRE —Professor? O que faz aqui? —Se choca.
PEDRO —É por isso o seu cansaço? Está se matando de trabalhar em dois empregos seguidos e sem descanso. Não é? Eu preciso falar com sua mãe!
ALEXANDRE —Não faça isso, eu imploro.
Vendo que o professor está com o carro ligado e se preparando para sair preocupado com a situação, Alexandre se aproxima no carro e visando impedir mexe na direção. O professor perde o controle e o carro se choca contra ele.
Ária que por ali passa corre ao ver Alexandre no chão.
ÁRIA —Alexandre! Acorda Alexandre! Meu Deus!
Uma multidão se forma.
O professor fica perplexo.
CENA 04.
Tarde -
ESCOLA/ INT./ CAMPO DE FUTEBOL/
MAURÍCIO —Toca essa bola pra mim caramba.
CHARLES —Treinador! —Chama.
TREINADOR/PROFESSOR SAMUEL —O que houve Charles?
CHARLES —Esse cara não toca essa maldita bola.
PROFESSOR SAMUEL —O que está havendo com você Miguel?
PULGA —Por isso mano eu falo que não dá pra colocar dois terceiros anos num time. Pra quê colocar gente de lá no nosso time?
CHARLES —Olha professor, eu e Mauricio já aguentamos demais. Por hoje a gente ta indo, ok? —Estressado.
SAMUEL —Sim, por hoje o treino acabou. —Diz vendo o climão.
MIGUEL —Que treino mais lixo. Ah, vai lavar a casa da cachorra mano. —Bravo.
Charles e Maurício deixam Miguel explodindo.
Meia Hora Depois -
|CASA DE MAURÍCIO|
CHARLES —Cara, eu me segurei pra não dar um soco naquele escroto. O campeonato entre escolas tá chegando e o professor quis juntas as salas, você sabe porque.
MAURÍCIO —Ele é um cara insuportável mesmo. Eu sei o por quê? Não sei não.
CHARLES —Aff, você já foi mais inteligente. Maurício, é tudo estratégia. Nosso time tá desfocado, ele quer achar alguém de lá que possa ocupar a vaga que há no nosso.
MAURÍCIO —Caramba, é verdade. Mas Miguel não é nosso único e nem maior problema agora, Alexandre é o pior!
CHARLES —Sim, você tem que ter cuidado com ele amigo. Maria Fernanda não desgruda dele… —Solta o veneno.
MAURÍCIO —E a Ária sempre parece procurar estar perto dele também. Não se faça de despercebido. Nós dois temos o mesmo rival, uma hora ele fica com uma delas...
CHARLES —E o que na sua opinião devemos fazer?
MAURÍCIO —Vamos pensar em algo.
CENA 05|
Noite -
HOSITAL/ INT.
SALA DE HOSPITAL
ÁRIA —Oi, acordou!
ALEXANDRE —Onde eu tô?
ÁRIA —No hospital, eu te trouxe pra cá depois do acidente. Você lembra do acidente?
ALEXANDRE —Sim, eu lembro...
ÁRIA —Pois é. Mas você está bem.
ALEXANDRE —Eu preciso ir embora... —Diz se levantando com dificuldade.
ÁRIA —Não. Claro que não. Você está em observação, não pode sair assim.
ALEXANDRE —Eu tenho que falar com o professor Ária.
ÁRIA —O professor está em choque. Não tem condições de falar com ninguém no momento.
Mesmo se sentindo culpado, Alexandre sente um alívio, já que o professor dessa forma não poderia falar com Laura.
ALEXANDRE —Então, tudo bem. Mas e a minha mãe?
ÁRIA —Eu peguei o número dela na escola e já liguei, eu amenizei os detalhes já que não foi nada tão sério, para não preocupa-la. Fiz mal?
ALEXANDRE —Ela ficou tranquila?
ÁRIA —Sim, eu disse que ficaria aqui o tempo necessário com você e depois te levaria em casa, para ela não precisar vir. Imagino que seja ruim para ela, ter que percorrer um caminho tão grande.
ALEXANDRE —Obrigado, muito obrigado de verdade por se preocupar comigo e com ela que é o ser que eu mais amo nessa vida. E te respondendo, claro que você não fez mal algum. Ao contrário. Agora percebo que te julguei mal, embora você estivesse me dado motivos você apenas estava defendendo a naj… a senhora Afrodite, perdão. Que bom que você é diferente dela… Ai perdão, novamente!
ÁRIA —Eu que devo te pedir perdão. Eu errei esse tempo todo com você e a sua mãe. Julguei vocês mal e fui totalmente estúpida e infeliz nas minhas declarações. Mas agora sinto que estou fazendo o certo. Eu me sinto mais leve e de alguma forma feliz.
ALEXANDRE —Você me faz muito feliz falando assim e me deixando ciente do que fez por mim. Você é uma menina incrível, totalmente diferente do que eu pensei.
ÁRIA —E você é um menino lindo que defende quem ama com unhas e dentes. Eu amo isso em você.
ALEXANDRE —E você é uma menina que nunca cansa de surpreender. Eu amo isso em você.
Ária que está em frente a cama de Alexandre inclinada conversando com o rosto próximo ao dele dá força ao clima e beija Alexandre inesperadamente e apaixonadamente.
...Continuaaaaaaaa…
NÃO PERCA O PRÓXIMO CAPÍTULO NESTA SEGUNDA-FEIRA, 23:00h SÓ AQUI NA WEBMUNDI.
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