DE FELIPE ROCHA
CENA 01 / CASA DE EVELYN / SALA / INTERIOR / NOITE
Atenção Edição: Continuação da última cena do capítulo anterior.
Atenção Edição: Continuação da última cena do capítulo anterior.
Evelyn, acabara de apresentar seu namorado para Serena.
FELÍCIO — Prazer, me chamo Felício. Professor de Ciências.
Serena e Felício dão um aperto de mão.
SERENA — O prazer é todo meu. Serena, amiga de Evelyn.
FELÍCIO — Evelyn me falou muito bem de você, disse que era corajosa, aventureira.
SERENA — Ah, coitada de mim ! (ri) Já enfrentei tantas dificuldades nessa vida. Então o amor foi em sala de aula?
EVELYN — Digamos que sim, minha querida. Amor à primeira vista!
SERENA — E este é o primeiro encontro de vocês?
Evelyn e Felício riem da situação.
EVELYN — Que nada! Já estamos oficialmente noivos!
Evelyn e Felício mostram o anel na mão.
SERENA — Então quer dizer, que logo logo vão casar né?
FELÍCIO — Casar com essa mulher linda, seria o meu sonho.
EVELYN — E por que não?
A campainha toca.
SERENA — Ah, o Lucas, meu futuro marido, chegou.
EVELYN — Pode deixar que eu abro. (avisa) Já estou indo!
Evelyn vai até a porta, abre-a e se surpreende.
EVELYN — Lucas!! Quanto tempo, querido.
LUCAS — Evelyn, digo o mesmo, querida. Como você está?
EVELYN — Estou ótima e você?
EVELYN — Estou ótima e você?
LUCAS — Excelente.
EVELYN — Entre.
Lucas entra no apartamento e cumprimenta Felício.
LUCAS — Boa noite!
FELÍCIO — Boa noite!
Lucas se aproxima de Serena e lhe dá um beijo.
LUCAS — Vim buscar a minha futura esposa para a viagem que vamos fazer.
SERENA — Ah, estou ansiosa para conhecer esse monte? Como será?
LUCAS — Considero uma das sete maravilhas, vai adorar.
LUCAS — Considero uma das sete maravilhas, vai adorar.
SERENA — Lucas, quero te apresentar, Felício, namorado de Evelyn.
Lucas, sorri, feliz.
LUCAS — Até que enfim! Olha! Evelyn arrumou um namorado.
SERENA — Eles já estão noivos. Conheceram dentro da escola, ele é professor de Ciências.
LUCAS — Então, já está saindo um casamento quentinho depois do nosso? Quem sabe?
SERENA — Pensei também a mesma coisa meu amor.
LUCAS — Tá chique, hein Evelyn? Tomou coragem?
EVELYN — Descobrindo os segredos do amor, seu Lucas. Mas vai com calma.
Todos caem na gargalhada.
FELÍCIO — Essa mulher aqui foi a única que eu amei de verdade!
LUCAS — Isso aí! Felicidade para o casal... Serena, vamos? Temos que pegar o ônibus agora.
SERENA — Sim, meu amor. Vamos.
EVELYN — Ah, já vão? Pensei que iriam ficar mais.
LUCAS — Não podemos nos atrasar... Vamos pegar o ônibus para São Paulo, ficar no hotel e depois ir para o aeroporto e pegar o avião particular.
EVELYN — Nossa, que chique... Pois então, não se esqueçam da gente! Sempre nos visite.
LUCAS — Vocês são bem vindos na mansão, nos visite! E estão convidados para o casamento.
FELÍCIO — Obrigado.
EVELYN — Muito Obrigada!
Lucas e Serena se despedem de Felício e Evelyn, se abraçam.
LUCAS — Tchau!
SERENA — Tchau gente!
EVELYN E FELÍCIO — Tchau!
CORTA PARA:
CENA 02 / RODOVIÁRIA DO RIO DE JANEIRO / INTERIOR / NOITE
Lucas e Serena chegam a rodoviária... Vários passageiros sentados nos bancos, esperando seu ônibus para chegarem ao destino pretendido... Entre eles, se identifica Rafael, disfarçado, sem que ninguém perceba. Eles carregam as malas e sentam no banco.
LUCAS — Pronto! Agora é só esperar, o ônibus já deve estar chegando!
SERENA — É, vamos esperar.
LUCAS — Ansioso para que chegue amanhã, o dia em que entraremos num avião só nosso! Avião particular.
SERENA — E esse monte aí é distante?
LUCAS — Se localiza em Roraima. Mudança de Região. Sudeste para o Norte, rapidinho... Mas você vai gostar!
Em seguida, uma voz corre pela rodoviária e anuncia.
SERVIÇAL RODOVIÁRIA — Atenção! Passageiros, dirijam se a plataforma B24A. Partindo agora, com destino à São Paulo.
LUCAS — Chegou! Vamos lá!
Lucas e Serena se dirigem a plataforma B24A e entram no ônibus. Rafael, disfarçado de mulher, entra por último, sem que ninguém veja. Ele, a observar o casal. Em seguida, o ônibus parte da rodoviária.
CORTA PARA:
CENA 03 / CASA DE ELISINHA / INTERIOR / NOITE
Atenção Edição: Continuação da CENA 07 do capítulo 38.
Tal notícia acabara de impactar toda família, o fato de Mariana anunciar que irá embora para os EUA. Elisinha, inconformada, questiona:
ELISINHA — Minha filha! Estamos juntos no mesmo barco, não diga isso. Agora que nossa vida está centralizada, tudo encaixado em seu lugar, há de nos abandonar?
MOACIR — Elisinha, ela só está querendo ir para os Estados Unidos com o objetivo de estudar, ser bem sucedida na profissão. Colabore, depois de tudo que ela passou, não tem esse direito?
NATÁLIA — Não aguentaremos de tanta saudade, minha irmã.
MARIANA — Calma gente, eu vou embora, mas não é para sempre não! Podem ficar tranquilos.
ELISNHA — Que ficar tranquilo o quê? Eu quero minha filha de volta! Sai Mariana, sua sósia! Volta outra.
Natália e Moacir riem da situação.
MOACIR — Elisinha, para de fazer drama! Tá parecendo uma doida, daqui a pouco eu vou te internar no hospício.
MARIANA — Mãe, não precisa de tudo isso né? Pelo amor de Deus.
ELISINHA — É que eu não vou aguentar ficar longe de você.. Já foi o sequestro, agora você vai embora? Como hei de te dar bom dia? Como hei de conversar com você, ver a sua figura?
MARIANA — Tem o celular né mãe, podemos fazer chamada de vídeo.
ELISINHA — Ah, chamada de vídeo que nada! Isso não é o suficiente... Não dá nem para abraçar a pessoa. É sem graça.
MARIANA — A realidade é essa, mas vocês tem que aceitar! Eu já sou grandinha né? E precisamos nos separar, a vida é assim. Não podemos ficar nesse grude. Ser independente. Eu ainda nem ganhei a bolsa! Pode ser que eu não ganhe, pode ser que eu ganhe. Mas, de qualquer forma, eu quero garantir meu futuro! Meu sucesso! Minha profissão.
Elisinha, se emociona.
ELISINHA — Eu te entendo minha filha, me dê um abraço.
Mariana abraça Elisinha. As duas choram.
MOACIR — E quando que você vai embora, filha?
MARIANA — Pai, eu sei que comuniquei a notícia de última hora... Mas amanhã mesmo eu vou embora! E daqui, a alguns meses, eu volto!
TODOS — (surpresos) Amanhã?
TODOS — (surpresos) Amanhã?
ELISINHA — Ah, gente. Eu não sei se vou aguentar.
MARIANA — Dona Elisinha, você é uma mulher forte, não fica cabisbaixa. Sempre quero lhe ver de cabeça erguida, enfrentar os desafios da vida. Já superou tanta coisa nessa vida! Não deixe que a depressão tome conta de você!
MOACIR — É verdade.
ELISINHA — (chora, enxuga as lágrimas) Hoje eu vou ficar a noite inteira ao teu lado, para lhe aproveitar muito minha filha. Agora, me deem um abraço.
Eles dão um abraço coletivo. Todos choram, derramam lágrimas.
CORTA PARA:
CENA 04 / MANSÃO FERRARI MARÇONI / INTERIOR / NOITE
Na Mansão, Valentina lê um livro. Regina, mexe em seu tablet. Cada uma em suas ações. Valentina, logo sente um mau pressentimento, coloca a mão no coração e grita de dor. Regina, questiona.
REGINA — O que aconteceu minha filha? Está passando mal?
VALENTINA — Sim, mãe. Me pegou de surpresa, de fato um mau pressentimento! Estou com muito medo.
REGINA — Mas que estranho? Medo de quê?
VALENTINA — Eu venho sentindo isso desde quando eles anunciaram a viagem para o Monte, é uma coisa inexplicável, eu não sei como é.
REGINA — Mas o que pode acontecer de ruim?
VALENTINA — A Camila mãe. Ela está solta por aí, e pode fazer qualquer coisa com a Serena e o Lucas.
Regina, desconfiada.
REGINA — Será? Vou pegar um copo d'água para você.
Regina vai até a cozinha. Valentina, pensativa.
CORTA PARA:
CENA 05 / MANSÃO MEDEIROS / QUARTO ANINHA / INTERIOR / NOITE
Laura, pega sua filha, Aninha no berço e se encanta com sua beleza.
LAURA — Quem é a menininha mais bonita da mamãe hein? Que fofa! Quem que é, hein?
Aninha sorri.
DUENDE — Ela é muito bonitinha mesmo Dona Laura.
LAURA — Duende, muito obrigada por ter cuidado da minha filha! Ela está com uma saúde de ferro, dá para perceber. Só de não está magra, eu já fico despreocupada.
DUENDE — Não tem que agradecer, senhora Laura. Eu fiz tudo por amor a essa fofura!
LAURA — Ah, ainda bem que não ficou nenhuma marca do acidente. Por sorte, não fez nenhum estrago no rosto da minha filha.
DUENDE — Eu digo o mesmo... E você, vai voltar para tua terra ou ficará aqui mesmo?
Laura, sorri, feliz.
LAURA — Eu estava pensando Duende: se eu tenho minha filha, porque não ficar aqui hein? Recomeçar uma nova vida, ao lado dessa pequena.
DUENDE — É isso mesmo.
LAURA — Duende, eu poderia ficar nessa casa algum tempo?
DUENDE — E quem sou eu para proibir Dona Laura? Essa casa nem é minha. Aliás, é da família!
LAURA — Muito Obrigada!
Laura dá um beijo no rosto de Duende e os dois dão um sorriso um para o outro.
CORTA PARA:
CENA 06 / RIO DE JANEIRO / INTERIOR / NOITE - DIA
Aquele pior dia estava para chegar, e chegara rápido. A noite "voava" e logo fazia a transição para o dia. O pior dia chegou! Cariocas, vão à praia cedo. Destacando, as belezas naturais, desigualdade social existente e alguns pontos turísticos.
CORTA PARA:
CENA 07 / HOTEL DE SÃO PAULO / RECEPÇÃO / INTERIOR / DIA
A novela se dirige para São Paulo.
Serena e Lucas se dirigem a recepção do hotel, que está lotado. Carregam suas malas. Em seguida, a recepcionista diz.
RECEPCIONISTA — Pois não.
LUCAS — Eu gostaria de uma suíte para um casal, por favor.
RECEPCIONISTA — São dois adultos: R$ 159,90 cada. Dinheiro ou crédito?
LUCAS — Crédito, por favor.
Lucas dá o cartão de crédito para a serviçal do hotel.
Ele digita a senha, após realizar a ação, retira o cartão.
LUCAS — Obrigado.
RECEPCIONISTA — Obrigada. Ah, a chave do quarto! Oitavo andar, quarto 420.
A recepcionista entrega a chave do quarto para Lucas.
LUCAS — Certo, obrigado.
SERENA — Obrigada.
Lucas e Serena carregam suas malas e sobem as escadas.
SERENA — Ara! Esse hotel é chique demais. Meu Deus, estamos num palácio.
LUCAS — Pode continuar admirando, o quarto é melhor ainda! Vai adorar. Já me hospedei aqui várias vezes.
SERENA — Ah eu não sei se aguento isso não! Estamos no paraíso.
LUCAS — Sim, o paraíso. Isso mesmo, que bom que está gostando.
SERENA — Eu me divirto tanto ao lado de você.
LUCAS — E vai se divertir mais ainda quando formos para o Monte. Aguarde!
SERENA — Ansiosa!
Os dois pegam um elevador.
Na recepção do hotel, uma mulher, de cabelo loiro, chega e diz:
MULHER MISTERIOSA — Quarto 450 A, em que está hospedado Camila. Por favor.
De fato, já sabemos de quem se trata. A mulher, com óculos escuros, tira o óculos e de longe: enxerga Serena e Lucas pegando o elevador. E dá uma gargalhada maligna.
CORTA PARA:
CENA 08 / CASA DE ELISINHA / SALA / INTERIOR / DIA
Mariana, com a mala na mão, a despedir de sua família. Todos choram.
MARIANA — Então, chegou! O grande dia!
ELISINHA — Um péssimo dia minha filha, grande dia que nada!
MOACIR — Elisinha, colabora!
MARIANA — Eu vou sentir muita falta de vocês, muito obrigada por tudo!
MOACIR — Você merece, filha.
NATÁLIA — Tomara que consiga a bolsa de estudos que tanto deseja! Estamos torcendo para você, pode sempre contar com sua família, que ela sempre estará ao seu lado.
MARIANA — Eu tenho certeza disso minha irmã querida, caçulinha. Muito Obrigada pelo apoio! E comece a namorar, tá?
NATÁLIA — Por enquanto não quero isso.
MARIANA — Você tem que se preservar mais, aproveitar a vida.
NATÁLIA — Namorado, estrupício, não viu o que deu você com o Apolo?
MARIANA — Isso acontece, infelizmente, foi o destino escolhido para mim. Mas não significa que não dei sorte que é uma transmissão hereditária, de irmã para irmã. Você poderá ser bem sucedida, quando tentar!
NATÁLIA — É quem sabe, mas se preocupe com seus estudos! Mantenha a cabeça neles, pois são eles que vão lhe proporcionar um futuro presenteado.
MARIANA — É isso mesmo. (chora, emocionada) Me dê um abraço minha irmã.
Natália e Mariana, emocionadas, choram. Elas dão um abraço.
Moacir a olhar se aproxima da filha.
MARIANA — Ô, pai! Eu vou sentir muita saudade do senhor!
MOACIR — (emocionado, chora) Eu vou sentir muita saudade também. Eu queria te dar um presente.
Moacir tira uma caixinha do bolso, abre-a e nela há um colar.
MOACIR — Eu prometi que iria dar esse presente quando chegasse teu aniversário este ano, mas não aguentei. Você será muito feliz com ele, de fato. É um colar da sorte.
MARIANA — Ah, mas que lindo! Adorei.
MOACIR — Posso colocar?
MARIANA — Claro.
Moacir coloca o colar no pescoço de Mariana.
Mariana, a admirar o colar, emocionada.
MARIANA — Muito Obrigada pai! Esse colar é lindo, brilhante, me emocionou muito. Com certeza me dará sorte.
MOACIR — Eu sabia que você iria gostar. Vai com Deus minha filha.
Moacir e Mariana se abraçam por alguns segundos.
Em seguida, Elisinha, triste, com raiva, se aproxima da filha.
ELISINHA — Eu estou sem palavras para expressar o que estou sentindo agora.
MARIANA — O que eu te disse ontem? Cabeça erguida, você consegue!
Elisinha, emocionada, chora.
As duas se abraçam.
MARIANA — Minha mãe, minha companheira, enfrentou tantas dificuldades para criar eu a Natália! Batalhadora, mulher por quem eu tenho muito carinho, admiração e respeito! Seus abraços completam meu coração, seu colo.... Mas, eu estou indo, para estudar, ganhar uma boa vida! Você entende?
Elisinha faz carinho no rosto de Mariana.
ELISINHA — Filha! Muito obrigada por essa declaração, eu vou tentar superar a sua falta, igual você disse, tenho que ser forte e jamais abaixar a cabeça! Mas você nos promete uma coisa: voltará para nos visitar? Eu já estou ficando velha e não sei se vou viver muito tempo. Então, antes de eu morrer, me visite. Para eu morrer em paz.
MARIANA — Minha mãe, não diga uma bobagem dessas! Você viverá por muitos e muitos anos. Com certeza. E eu voltarei sim para ver vocês, afinal, são minha família não é mesmo?
ELISINHA — Vai com Deus minha filha! Nós desejamos boa sorte e faremos uma chamada de vídeo.
MARIANA — Com certeza.
A família dá um abraço coletivo em Mariana e eles se despedem, dando tchau. Penúltima cena ocorrente no núcleo. Mariana vai embora, com suas malas.
CORTA PARA:
CENA 09 / HOTEL DE SÃO PAULO / CORREDOR - OITAVO ANDAR / INTERIOR / DIA
Serena e Lucas se divertem no corredor, carregando suas malas.
SERENA — Nossa, adorei andar de elevador.
LUCAS — A vantagem é que chega mais rápido, eu já fiquei preso muitas vezes.
SERENA — Ah, então não vou querer ir mais.
LUCAS — (ri) Vai na sorte.
Em seguida, bem atrás, Ivanilde/Camila, disfarçada, os vê.
IVANILDE / CAMILA — Casalzinho de bosta!
Nesse momento, Rafael chega atrás dela, que se assusta.
IVANILDE / CAMILA — Ah, que susto! Rafael?
Rafael, disfarçado, de mulher.
RAFAEL — Eu mesmo.
CAMILA — Vamos para a suíte.
Camila e Rafael se dirigem a suíte. Serena e Lucas não notam a presença dos vilões naquele local.
CORTA PARA:
CENA 10 / HOTEL DE SÃO PAULO / QUARTO 450 / 8°ANDAR / INTERIOR / DIA
Camila e Rafael chegam no apartamento. Os dois tiram as perucas.
CAMILA — É hoje que a gente mata aquele casalzinho dos infernos! Oh, sabe Deus, o quanto eu esperei para isso acontecer né?
RAFAEL — (irônico, ri) Deus não. Melhor, o contrário.
CAMILA — Rafael! Para com isso.
RAFAEL — O que vamos fazer?
CAMILA — Me aguarde! Vou pegar um vinho para nós.
Camila, com más intenções, pensa:
CAMILA — É agora que eu mato esse desgraçado.
Rafael, tranquilo. Camila vai até a cozinha.
CORTA PARA:
CENA 11 / HOTEL SP / QUARTO 450 / 8°ANDAR / COZINHA / INT / DIA
Camila coloca o vinho nos dois copos. Em um deles, pega do seu bolso, um pó e derrama a embalagem toda. Ela dá uma gargalhada maligna.
CAMILA — Esse idiota tá achando que eu vou levá-lo para o Monte? (dá uma gargalhada) Nunca! Melhor calar a boca dele logo, morrer! Se eu o levasse, meu plano não seria bem sucedido. Aliás, ele nem deixaria eu matar a Serena! Ele ainda gosta dela que eu sei. Irmã de uma figa.... Ah, não acredito que eu acabo com esse casal logo, com vários tiros.. Eu sou a rainha! Eu vou ficar viva até atingir meus objetivos.
Camila dá uma gargalhada maligna.
RECEPCIONISTA — Pois não.
LUCAS — Eu gostaria de uma suíte para um casal, por favor.
RECEPCIONISTA — São dois adultos: R$ 159,90 cada. Dinheiro ou crédito?
LUCAS — Crédito, por favor.
Lucas dá o cartão de crédito para a serviçal do hotel.
Ele digita a senha, após realizar a ação, retira o cartão.
LUCAS — Obrigado.
RECEPCIONISTA — Obrigada. Ah, a chave do quarto! Oitavo andar, quarto 420.
A recepcionista entrega a chave do quarto para Lucas.
LUCAS — Certo, obrigado.
SERENA — Obrigada.
Lucas e Serena carregam suas malas e sobem as escadas.
SERENA — Ara! Esse hotel é chique demais. Meu Deus, estamos num palácio.
LUCAS — Pode continuar admirando, o quarto é melhor ainda! Vai adorar. Já me hospedei aqui várias vezes.
SERENA — Ah eu não sei se aguento isso não! Estamos no paraíso.
LUCAS — Sim, o paraíso. Isso mesmo, que bom que está gostando.
SERENA — Eu me divirto tanto ao lado de você.
LUCAS — E vai se divertir mais ainda quando formos para o Monte. Aguarde!
SERENA — Ansiosa!
Os dois pegam um elevador.
Na recepção do hotel, uma mulher, de cabelo loiro, chega e diz:
MULHER MISTERIOSA — Quarto 450 A, em que está hospedado Camila. Por favor.
De fato, já sabemos de quem se trata. A mulher, com óculos escuros, tira o óculos e de longe: enxerga Serena e Lucas pegando o elevador. E dá uma gargalhada maligna.
CORTA PARA:
CENA 08 / CASA DE ELISINHA / SALA / INTERIOR / DIA
Mariana, com a mala na mão, a despedir de sua família. Todos choram.
MARIANA — Então, chegou! O grande dia!
ELISINHA — Um péssimo dia minha filha, grande dia que nada!
MOACIR — Elisinha, colabora!
MARIANA — Eu vou sentir muita falta de vocês, muito obrigada por tudo!
MOACIR — Você merece, filha.
NATÁLIA — Tomara que consiga a bolsa de estudos que tanto deseja! Estamos torcendo para você, pode sempre contar com sua família, que ela sempre estará ao seu lado.
MARIANA — Eu tenho certeza disso minha irmã querida, caçulinha. Muito Obrigada pelo apoio! E comece a namorar, tá?
NATÁLIA — Por enquanto não quero isso.
MARIANA — Você tem que se preservar mais, aproveitar a vida.
NATÁLIA — Namorado, estrupício, não viu o que deu você com o Apolo?
MARIANA — Isso acontece, infelizmente, foi o destino escolhido para mim. Mas não significa que não dei sorte que é uma transmissão hereditária, de irmã para irmã. Você poderá ser bem sucedida, quando tentar!
NATÁLIA — É quem sabe, mas se preocupe com seus estudos! Mantenha a cabeça neles, pois são eles que vão lhe proporcionar um futuro presenteado.
MARIANA — É isso mesmo. (chora, emocionada) Me dê um abraço minha irmã.
Natália e Mariana, emocionadas, choram. Elas dão um abraço.
Moacir a olhar se aproxima da filha.
MARIANA — Ô, pai! Eu vou sentir muita saudade do senhor!
MOACIR — (emocionado, chora) Eu vou sentir muita saudade também. Eu queria te dar um presente.
Moacir tira uma caixinha do bolso, abre-a e nela há um colar.
MOACIR — Eu prometi que iria dar esse presente quando chegasse teu aniversário este ano, mas não aguentei. Você será muito feliz com ele, de fato. É um colar da sorte.
MARIANA — Ah, mas que lindo! Adorei.
MOACIR — Posso colocar?
MARIANA — Claro.
Moacir coloca o colar no pescoço de Mariana.
Mariana, a admirar o colar, emocionada.
MARIANA — Muito Obrigada pai! Esse colar é lindo, brilhante, me emocionou muito. Com certeza me dará sorte.
MOACIR — Eu sabia que você iria gostar. Vai com Deus minha filha.
Moacir e Mariana se abraçam por alguns segundos.
Em seguida, Elisinha, triste, com raiva, se aproxima da filha.
ELISINHA — Eu estou sem palavras para expressar o que estou sentindo agora.
MARIANA — O que eu te disse ontem? Cabeça erguida, você consegue!
Elisinha, emocionada, chora.
As duas se abraçam.
MARIANA — Minha mãe, minha companheira, enfrentou tantas dificuldades para criar eu a Natália! Batalhadora, mulher por quem eu tenho muito carinho, admiração e respeito! Seus abraços completam meu coração, seu colo.... Mas, eu estou indo, para estudar, ganhar uma boa vida! Você entende?
Elisinha faz carinho no rosto de Mariana.
ELISINHA — Filha! Muito obrigada por essa declaração, eu vou tentar superar a sua falta, igual você disse, tenho que ser forte e jamais abaixar a cabeça! Mas você nos promete uma coisa: voltará para nos visitar? Eu já estou ficando velha e não sei se vou viver muito tempo. Então, antes de eu morrer, me visite. Para eu morrer em paz.
MARIANA — Minha mãe, não diga uma bobagem dessas! Você viverá por muitos e muitos anos. Com certeza. E eu voltarei sim para ver vocês, afinal, são minha família não é mesmo?
ELISINHA — Vai com Deus minha filha! Nós desejamos boa sorte e faremos uma chamada de vídeo.
MARIANA — Com certeza.
A família dá um abraço coletivo em Mariana e eles se despedem, dando tchau. Penúltima cena ocorrente no núcleo. Mariana vai embora, com suas malas.
CORTA PARA:
CENA 09 / HOTEL DE SÃO PAULO / CORREDOR - OITAVO ANDAR / INTERIOR / DIA
Serena e Lucas se divertem no corredor, carregando suas malas.
SERENA — Nossa, adorei andar de elevador.
LUCAS — A vantagem é que chega mais rápido, eu já fiquei preso muitas vezes.
SERENA — Ah, então não vou querer ir mais.
LUCAS — (ri) Vai na sorte.
Em seguida, bem atrás, Ivanilde/Camila, disfarçada, os vê.
IVANILDE / CAMILA — Casalzinho de bosta!
Nesse momento, Rafael chega atrás dela, que se assusta.
IVANILDE / CAMILA — Ah, que susto! Rafael?
Rafael, disfarçado, de mulher.
RAFAEL — Eu mesmo.
CAMILA — Vamos para a suíte.
Camila e Rafael se dirigem a suíte. Serena e Lucas não notam a presença dos vilões naquele local.
CORTA PARA:
CENA 10 / HOTEL DE SÃO PAULO / QUARTO 450 / 8°ANDAR / INTERIOR / DIA
Camila e Rafael chegam no apartamento. Os dois tiram as perucas.
CAMILA — É hoje que a gente mata aquele casalzinho dos infernos! Oh, sabe Deus, o quanto eu esperei para isso acontecer né?
RAFAEL — (irônico, ri) Deus não. Melhor, o contrário.
CAMILA — Rafael! Para com isso.
RAFAEL — O que vamos fazer?
CAMILA — Me aguarde! Vou pegar um vinho para nós.
Camila, com más intenções, pensa:
CAMILA — É agora que eu mato esse desgraçado.
Rafael, tranquilo. Camila vai até a cozinha.
CORTA PARA:
CENA 11 / HOTEL SP / QUARTO 450 / 8°ANDAR / COZINHA / INT / DIA
Camila coloca o vinho nos dois copos. Em um deles, pega do seu bolso, um pó e derrama a embalagem toda. Ela dá uma gargalhada maligna.
CAMILA — Esse idiota tá achando que eu vou levá-lo para o Monte? (dá uma gargalhada) Nunca! Melhor calar a boca dele logo, morrer! Se eu o levasse, meu plano não seria bem sucedido. Aliás, ele nem deixaria eu matar a Serena! Ele ainda gosta dela que eu sei. Irmã de uma figa.... Ah, não acredito que eu acabo com esse casal logo, com vários tiros.. Eu sou a rainha! Eu vou ficar viva até atingir meus objetivos.
Camila dá uma gargalhada maligna.
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FIM DO CAPÍTULO
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FIM DO CAPÍTULO
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