Capítulo 9:
Cena 1: Unidade AA( Alcoólicos
Anônimos)// Salão// Interior// Manhã//
Todos olham para trás ao perceber
a chegada de alguém. A psicóloga esbanja um sorriso bem meigo com a chegada de
duas pessoas.
Psicóloga: Sejam muito bem vindos. Vocês podem se sentar.
O homem e a mulher sentam em suas
respectivas cadeiras.
Psicóloga: Querem se apresentar?
Homem: Essa é a minha esposa Monalisa e eu sou o
Gilberto. Eu sou um alcoólatra!
A psicóloga e todos vão pegar
cumprimentar Gilberto e Monalisa, após isso, sentam-se em seus respectivos
lugares.
Psicóloga: Que bacana que você decidiu procurar a nossa
unidade, hoje muitas pessoas sofrem por isso, são inúmeros motivos que vários
buscam a bebida como consolo e isso acaba se tornando um vício, mas juntos nós
somos mais fortes. Vamos vencer!
Monalisa sorri e Gilberto fica
tenso.
Psicóloga: Então, Gilberto, conte-nos mais sobre você.
Gilberto começa falar e o som é
abafado.
Cena 2: Colégio Nivelar// Pátio//
Interior// Manhã//
Mariana, Beatriz e Gabriela estão
conversando.
Mariana- {preocupada}: Foi terrível, amigas, eu preciso ir à casa dele
pedir perdão, agradecer. Só de pensar que tudo isso foi culpa minha.
Gabriela: Isso só afirma o quanto vocês estão se gostando.
Beatriz: Eu também acho, amiga. O professor é um gato, mas
convenhamos que existem jovens bem mais bonitos que ele.
Mariana: Uai, Beatriz, ninguém tem culpa de começar a
gostar de outra pessoa.
Mariana vê a diretora Cristina
passando e para a mulher.
Mariana: Diretora, a senhora sabe como o professor está?
Cristina: Ele está melhorando.
Mariana: A senhora não sabe me dizer onde ele mora? Queria
ir lá agradecer ele e pedir perdão!
Cristina- {rude}: Já não basta o que você provocou, Mariana? Tem que
ir lá para incomodar?
Beatriz e Gabriela ficam chocadas
com o jeito que a diretora fala com Mariana.
Mariana: Ok, obrigada!
Cristina- {grossa}: Com licença!
Cristina sai andando e as jovens
olham para ela.
Beatriz: Gente, mas o que foi isso? Por que ela falou desse
jeito com você?
Mariana: Não é a primeira vez que ela me trata desse jeito.
Gabriela: Xiiiiiih, alguma coisa tem! Será que ela não gosta
do professor?
Mariana e Beatriz ficam
pensativas com o que Gabriela disse. Beatriz olha para Nicolas com raiva quando
ele passa olhando pra ela.
Beatriz- {pensando}: Aleijado do inferno.
Cena 3: Lanchonete// Interior//
Manhã//
Isabela e Fagner sentam-se à mesa
e ficam frente a frente.
Fagner: Vai comer o quê?
Isabela: Nada, eu vou comer só quando chegar em casa!
Fagner: Ok, não vamos mais perder tempo porque daqui a
pouco vou sair.
Isabela: Eu vou voltar com você!
Fagner sorri e dá um beijo em
Isabela.
Fagner: Eu sabia que você não iria fazer isso comigo.
Isabela: Mas saiba que eu só estou voltando para eu não
perder pra Beatriz, porque isso nunca vai acontecer!
Fagner- {furioso}: O que aconteceu que você não gosta mais de mim?
Está gostando de outro, né?
Isabela: Não! Não é que eu esteja gostando de outro, é que
na verdade você sempre foi um capricho pra mim. Eu nunca me apaixonei por você,
gostar eu gostei sim, senti ciúmes, mas não é um cara que eu casaria, porque eu
nunca vou te amar.
Fagner: Você tem tanta certeza, Isabela. Me diz quem logo
é esse camarada que você está gostando.
Isabela fica calada.
Flashback:
Fagner- {furioso}: Que história é essa de vocês dois
ficarem se abraçando? –{Olha para
Mauricio}- Tá ficando maluco, camarada?
Isabela fica na
frente de Mauricio.
Fim do flashback.
Fagner- {surpreendendo/furioso}: É daquele jardineiro, não é?
Isabela fica tensa.
Isabela- {disfarçando}: Não, não é ele.
Fagner: É sim, Isabela. Você não vai mentir pra mim. –{Levantando}- Eu acabo com ele.
Fagner vai saindo da lanchonete e
Isabela decide ir atrás.
Isabela- {grita/desesperada}: Fagner volta aqui...
A menina vai atrás do menino, que
está furioso.
Cena 4: Rua// Manhã//
Beatriz vê Nicolas em frente ao
colégio esperando o motorista dele. A menina decide ir até ele.
Beatriz- {falsa/sorrindo}: Oi, Nicolas, como vai, querido?
Nicolas- {grosso}: O que você quer?
Beatriz- {debochando}: Ui, que agressivo. Eu só quero ser sua amiga.
Nicolas: Amiga? Depois do jeito que você falou comigo?
Beatriz: Olha eu não tenho culpa de você estar numa cadeira
de rodas, ok?
Nicolas- {magoado}: Mas de me humilhar você tem!
A menina começa a rir e
surpreende-se com a chegada de Jasmín.
Jasmín: Você não tem vergonha de fazer uma coisa dessas
não?
Beatriz- {surpresa/cínica}: Fazer o quê? Eu não fiz nada, minha querida!
Jasmín: Eu vi você praticando bullying. Olha o estado do
menino nessa cadeira de rodas? Você acha fácil estar aí e ter que ouvir alguém
te desprezando por isso?
Beatriz: Olha eu não sei do que você está falando. Vai
cuidar da sua vida e deixa nós dois conversamos.
Nicolas- {chocado}: Você é uma cínica mesmo, Beatriz. Você sabe que a
Jasmín está falando a verdade e fica tentando disfarçar.
Jasmín- {ameaça}: Você pode ter certeza, Beatriz. Eu vou contar para
os seus pais o que houve aqui. Isso não vai ficar assim.
Beatriz- {furiosa/descontrolada}:
Olha sua vadiazinha, você tome
muito cuidado com as suas palavras. Você não sabe do que eu sou capaz.
Beatriz sai e deixa os dois
chocados com o que diz.
Cena 5: Tarde// Fade
in- New Rules- {Dua Lipa}//
Imagem
de prédios da cidade de São Paulo// Parque Ibirapuera// Jardim botânico//
Pavilhão japonês// Catavento cultural.
Cena 6: Mansão Riccari// Sala//
Interior// Tarde//
Fade-out- New Rules- {Dua Lipa}
Mauricio está jogando água em uma
orquídea que está na sala.
Flashback:
Mauricio-
{preocupado}: O que
está acontecendo?
Isabela: Nós não podemos continuar o nosso
namoro.
Mauricio-
{chocado}: O quê?
Mas, por quê? –{Insatisfeito}- Aposto
que voltou com o mauricinho!
Isabela: Você tem que me entender... Eu odeio
a Beatriz, eu não posso deixar ela ficar com ele, seria humilhante.
Fim do flashback.
Mauricio- {decepcionado}: Como pode existir uma pessoa tão imbecil como eu
mesmo, hein?
Mauricio fica assustado com as
gritarias no jardim e está indo, mas Fagner entra furioso pela porta da sala.
Isabela vem desesperada. Fagner vê Mauricio e vai para cima do menino com muito
ódio. Fagner dá um soco em Mauricio, que revida. Os dois se pegam e Isabela
grita. Fagner e Mauricio rolam no chão trocando socos.
Isabela- {grita/desesperada}: Pelo amor de Deus, alguém ajuda!
Fagner- {socando}: Eu vou te matar, desgraçado! Você me paga.
Renato chega e fica chocado. O
homem tenta separar a briga e acaba levando um soco de Fagner. O pai de Isabela
cai no chão.
Isabela- {preocupada/grita}: Papai?
Fagner e Mauricio param a briga.
Renato está sentado no chão colocando a mão onde levou um soco.
Fagner: Sr. Renato, foi mal, cara!
Renato: {levantando/grita}: Mas o que significa isso? Mas que saco!
Fagner: A culpa é toda da sua filha e desse jardineiro.
Eles estão me traindo.
Renato- {chocado}: O quê?
Isabela e Mauricio olham-se
tensos.
Renato: Quando você conversou comigo, você estava falando
do Mauricio?
Fagner- {arrasado}: O senhor sabia?
Renato: Sabia que ela gostava de um menino, não que ela
estava te traindo. Eu mandei ela ser honesto com você.
Isabela- {envergonhada}: Me perdoa, Fagner?
Fagner olha para Isabela com
muito desprezo e decide ir embora.
Fagner: Me perdoa por tudo, Sr. Renato. Se tiver que pagar
alguma coisa, manda lá em casa.
O menino vai embora. Isabela
chora.
Renato: E agora, o que você vai fazer?
Mauricio: Com licença, senhor Renato.
Mauricio está indo embora.
Renato- {interrompendo}: Onde você pensa que vai? Vamos conversar!
Renato, Mauricio e Isabela
encaram-se.
Cena 7: Apartamento de Eriberto//
Sala// Interior// Tarde//
Eriberto fica feliz ao ver
Mariana em sua casa. A menina fica chocada ao ver a cabeça do professor com
faixa.
Mariana- {envergonhada}: Ai, professor, eu estou tão envergonhada de ver o
senhor assim por minha culpa.
Eriberto: Calma, não fique assim, eu faria isso por qualquer
um dos meus alunos.
Mariana- {sem graça}: Ah é? O senhor tem mesmo um ótimo coração,
professor.
Eriberto: Mas e aí, veio aqui só dizer que é culpada? Não
precisa ficar com esse sentimento, foi apenas um acontecimento, ainda bem que
não aconteceu nada.
Mariana: Olha, se precisar de ajuda, pode me falar, eu
comunico aos meus pais e eles arrumam alguém para te ajudar.
Mariana estava com uma sacola nas
mãos e entrega ao professor.
Mariana: Eu comprei isso para o senhor, eu sei que bem
material não faz diferença nenhuma, mas é uma forma que encontrei de te
agradecer, além de ter a minha gratidão pessoal.
O homem abre a sacola e encontra
um perfume caríssimo, ele fica surpreso.
Eriberto: Não, eu não posso aceitar isso, Mariana!
Mariana- {insiste}: Por favor, eu vou ficar muito ofendida se não
aceitar isso, professor.
Eriberto- {sorri}: Ok, mas só por isso que vou ficar.
Mariana: Posso te dar um abraço de agradecimento?
Eriberto: Sim, claro.
Mariana abraça o professor por um
longo tempo, ao soltar-se, os dois se olham por um longo tempo e estão com os
rostos próximos um ao outro. O momento perdura por quase 1 minuto.
Mariana- {tímida}: Eu preciso ir embora, professor.
Eriberto: Tudo bem, Mariana. Mais uma vez, muito obrigado.
Mariana: Eu quem agradeço.
Mariana vai embora e o professor
fica olhando para ela. O homem fica pensativo e põe a mão na boca.
Eriberto: O que está acontecendo comigo? Eu sou professor
dessa menina!
Cena 8: Mansão Riccari//
Escritório// Interior// Tarde//
Renato e Mauricio estão no
escritório, sentados frente a frente.
Renato: Agora que estamos à sós, queria saber quais são
suas intenções com minha filha.
Mauricio: Olha, senhor Renato, eu queria muito namorar com a
sua filha, ser alguém bom pra ela, mas ela não me quer, ela não liga pra mim.
Olha teve uma vez que ela decidiu terminar com esse menino para namorar comigo,
mas ela viu ele com uma inimiga da escola e rapidinho voltou.
Renato: A Isabela realmente conversou algumas coisas
comigo, me disse que gostava de alguém, mas ela não me disse que era você. Há
quanto tempo acontece algo entre você e a minha filha?
Mauricio: Senhor Renato, desde quando eu entrei aqui sua
filha e eu tivemos algumas trocas de olhares, mas não tem tanto tempo que temos
alguma coisa.
Renato: O que te levou a dar em cima dela?
Mauricio- {surpreendido}: Não, eu não dei em cima dela, a Isabela quem deu
em cima de mim e ficava me provocando.
Renato- {chocado}: O quê? A minha filha?
Isabela- {entrando}: Sim, papai. O Mauricio nunca deu em cima de mim,
eu quem sempre provoquei ele. Se tiver que punir alguém aqui, faça isso comigo.
Renato: Você gosta da minha filha, Mauricio?
Mauricio- {olha para Isabela}: Não, eu não gosto da sua filha... Eu amo a
Isabela.
Renato: Olha, quanto aos dois, eu não posso fazer nada.
Cada um tem a sua decisão. A única coisa que eu peço é que não traga mais
problemas como esse para a minha casa.
Renato sai do escritório e deixa
sua filha e o jardineiro.
Isabela- {aproximando-se}: Mauricio...
Mauricio- {interrompe}: Nunca mais olha na minha cara, Isabela, se for
conversar comigo, que seja assuntos de trabalho, que é o que eu faço para você.
Nós dois nunca vamos ser mais do que empregado e patroa.
Mauricio sai e Isabela chora.
Isabela- {sofre}: Eu perdi ele...
Isabela senta-se na cadeira e limpa
os olhos. Sua mente cria imagens dela e Mauricio se beijando, tendo momentos de
carinho e de loucuras, o que faz a menina sofrer mais ainda.
Cena 9: Apartamento de Monalisa e
Gilberto// Sala// Interior// Tarde//
Leandro está sentado à mesa
respondendo algumas perguntas no seu caderno escolar e seus pais chegam.
Monalisa: Oi, meu amor.
Leandro vai cumprimentar seus
pais.
Leandro: Como foi, papai?
Gilberto: Horrível, nunca pensei que fosse tão difícil
admitir que eu sou um viciado e dependente do álcool.
Leandro: Mas o bom é que você está procurando um tratamento
e vai se recuperar logo.
Gilberto- {abraçando o filho}: Obrigado, meu filho.
Monalisa fica emocionada com
aquele momento.
Monalisa- {contente}: Ai que lindo. Isso era tudo o que eu queria ver.
Monalisa dá um abraço no marido e
no filho juntos.
Monalisa: Que a nossa família consiga alcançar a união
inabalável.
A mulher dá um beijo no marido e
no filho.
Cena 10: Anoitece. Mansão
Riccari// Quarto de Isabela// Interior//
Jasmín e Isabela estão montando
uma maquete e Natiely mexe no celular.
Isabela- {farta/grita}: Mas que saco! Nós estamos quase terminando essa
merda de trabalho e você não fez nada, Naty.
Jasmín: Eu acho injusto colocar o seu nome no trabalho.
Natiely- {impaciente}: Vocês não sabem a raiva que eu estou passando com
o Henry!
Isabela- {exaltada}: Está passando raiva porque quer, ninguém mandou
você criar essa palhaçada de fake.
Jasmín: Amiga, você está ficando doente com isso. Procure
uma ajuda psicológica.
Isabela- {debocha}: Vá ao mesmo psicólogo que sua amiga Beatriz.
Jasmín: Falar naquela maldita, você não sabe o que
aconteceu, amiga.
Isabela: Vindo daquela ali só pode ser bomba.
Jasmín: Ela estava cometendo bullying com o Nicolas,
estava chamando o coitado de aleijado.
Isabela- {chocada}: Sério? E aí?
Jasmín: Eu a enfrentei disse que ia contar pessoalmente
aos pais dela.
Isabela- {sorri}: Tomara que ela leve um castigo por isso. A cadela
merece.
Jasmín e Isabela olham para
Natiely que permanece mexendo no aparelho.
Cena 11: Fade-in- Vai Malandra-
{Anitta, Mc Zaac ft. Major Lazer}// Alguns meses se passam// Tarde//
Imagem
de prédios da cidade de São Paulo// Parque Ibirapuera// Jardim botânico//
Pavilhão japonês// Catavento cultural.
Cena 12: Consultório de
psicologia// Sala da psicóloga// Interior// Tarde//
Fade-out- Vai Malandra- {Anitta,
Mc Zaac ft. Major Lazer}
Bárbara entra e a psicóloga
Rebeca espera por ela, sentada.
Rebeca: Pode se sentar, querida!
Bárbara- {sentando-se/sorrindo}: Boa tarde.
Rebeca: Bom, não vamos prolongar a nossa conversa. Eu
preciso te entregar o diagnostico da sua filha.
Bárbara: Bom, eu estava esperando ansiosamente por isso.
Rebeca: Sim, até porque eu devo te dizer algo que eu pude
notar até em você, quando nos falamos do seu casamento.
Rebeca: Então, Bárbara. Através de minhas conversas e
métodos que usei para avaliar sua filha, eu pude concluir que sim, ela terá
ataques da síndrome do pânico enquanto não houver uma reconciliação sua e do
seu marido e se ela não prosseguir com o tratamento. Eu também pude notar que a
sua filha está prestes a desenvolver a psicopatia.
Bárbara- {surpresa}: Psicopatia? Por quê?
Rebeca: A fala dela, as expressões dela demonstra que ela
não está se arrependendo de possíveis decisões, ou até de decisões que tomam e
estão erradas, nada de grave e preocupante, mas problemas de adolescentes no
cotidiano.
Bárbara: E como podemos mudar esse quadro?
Rebeca: É aí que eu queria chegar.
Bárbara: Pois então diga.
Rebeca: Sabe, mãe, muitas vezes nós achamos que a vida ela
não nos trata como merecemos, muitas vezes nós esquecemos que a vida nos traz
problemas, que um casamento tem que ser sempre um mar de rosas -{Lágrimas escorrem do rosto de Bárbara}-,
nós achamos que não temos culpa em algumas coisas que acontecem em nossas
vidas. Você tem uma família formada, tem uma filha, eu não me baseei na minha
formação para descobrir que sua filha é patricinha e mimada, porque essa é a
verdade, porque você e o pai permitiram que ela fosse assim algum dia, pessoas
assim costumam não ter amizades que saibam aconselhar, e outra, adolescente não
sabe aconselhar o outro, qual é a experiência de vida que essa faixa de idade
têm diante de situações em que eles passam para aprender com seus erros? Alguns
são maduros sim, mas não são capazes de realizar um feito desse em outro
adolescente, eles não são psicólogos, não são pais. Hoje temos um quadro de
adolescentes que comentem bobagens talvez inconscientemente por erro dos pais,
porque se sentem largados, mal amados e a sua filha se sente assim, -{Bárbara chora gemendo como se tivesse uma
faca cravada em seu coração}- você já procurou alguma ajuda especializada
para salvar seu casamento? Já procurou uma crença? O maior erro dos seres
humanos é achar que eles conseguem algo sozinho, com as próprias forças. Você
acha que só por que eu sou psicóloga eu consigo resolver todos os meus
problemas e tenho uma vida perfeita? Não. Quem dirá um adolescente que precisa
dos pais para aconselhar, de ter uma família unida. Você pode achar que todo o
seu sofrimento e do seu marido vai acabar com essa separação, mas já pensou no
sofrimento da sua filha? Tenho certeza que se você tivesse pensado que tudo
isso poderia acontecer você não teria se casado, mas você como mãe, tem o
objetivo de cuidar da sua filha, eu sei que ela tem que entender, mas você não
me mostra provas suficientes de que tentou salvar o seu casamento. A sua filha
está sofrendo e ela vai sofrer, e você? O que vai fazer?
Bárbara chora compulsivamente
enquanto a psicóloga olha-a com repreensão.
A imagem se divide
em dois, congela no olhar de Bárbara e da psicóloga, cria-se um tom preto e
branco, fixando em um quadro.